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Estimulação elétrica funcional - FES Introdução • Sempre que o pcte tem a função muscular comprometida, esta musculatura provavelmente irá encurtar, atrofiar e adquirir fibrose ou então, alongar, atrofiar. Isso vai depender se a musculatura comprometida é agonista ou antagonista. Na hemiparesia, por exemplo, temos os flexores de punho encurtados e os extensores alongados. Introdução Além do comprometimento muscular, o pcte irá apresentar uma falta de mobilidade articular, adquirindo também um quadro de rigidez articular Introdução A FES foi criada com o intuito de trabalhar musculaturas agonistas e antagonistas e não músculos isolados Ou seja, a eletroestimulação muscular deve garantir uma estimulação funcional. Características • A corrente conhecida como FES, não difere muito da corrente farádica ou outro tipo de corrente que possa promover contração muscular. • o que caracteriza a FES, é ela consegue aplicar uma corrente no músculo de forma que se possa fazer flexão e extensão dos músculos de forma alternada. FES • Corrente de baixa frequência destinada a produzir contrações mediante trens de pulsos em grupos musculares; Definição: • Reeducação muscular, retardamento de atrofia, inibição temporária de espasticidade e redução de contraturas e edemas. Objetivo: • Essa técnica é formulada para intervir diretamente na dinâmica do controle sensoriomotor, restabelecendo o feedback proprioceptivo bloqueado nas tentativas de movimento muscular FES Tipos de ondas possíveis na FES O importante é que haja a opção de controlar a frequência desta corrente num intervalo de 1 a 100 Hz, pois é nesse intervalo que podemos obter contrações desde um abalo até a tetânia. 1. Trabalho muscular: o tempo de subida, sustentação e descida juntos representam o trabalho muscular, ou seja, o tempo em que o músculo está sendo submetido à ação da corrente. Características da FES Rampa: 2. Pausa: é o tempo em que o equipamento ficará desligado, permitindo a recuperação do músculo. Esse ciclo ocorrerá várias vezes durante o tempo de tratamento. 3. A pausa não deve ser menor que o tempo de contração, preze sempre pelo dobro de tempo. 4. Se quisermos fazer uma sobrecarga grande em um músculo, fazemos o trabalho maior do que a pausa. (Pode lesionar o músculo) Características da FES Rampa: 5. Se quisermos fazer uma sobrecarga pequena, fazemos uma pausa grande e um trabalho pequeno. Como determinar o tempo ideal das partes da rampa? É necessário avaliar a condição muscular, vascular, emocional, da impedância da pele etc... Não podemos determinar o tempo de cada parte da rampa em função da patologia. para cada caso, mesmo com a mesma patologia, pode ser necessário parâmetros totalmente diferentes O melhor procedimento é fazer uma avaliação da condição muscular do paciente, aplicar a corrente respeitando os 5 itens apresentados anteriormente e não deixar o músculo fadigar. Como determinar o tempo ideal das partes da rampa? 1. Modo sincrônico (sincronizado), simultâneo ou interrompido: eleva e interrompe todos os canais simultaneamente; 2. Modo alternado ou recíproco: alternância da estimulação entre grupos de canais (um canal de cada vez é estimulado). Características da FES Modo de saída de corrente: Mas quando usamos um ou outro? Disposição dos canais Modo aplicação da corrente Sincrônico Recíproco 1 canal no MM agonista Contração Isotônica 1 canal no agonista e 1 canal no antagonista Contração Isométrica (Não indicado) Contração Isotônica com mobilidade articular Características da FES Modo de saída de corrente: Indicações • Espasticidade; • Favorecimento da contração muscular; • Fortalecimento muscular; • Estimulação para facilitar a marcha; • Retardar atrofias musculares; • Fraqueza muscular pós operatório FES - Em casos de ADM passiva ou ativa diminuída - Controle da espasticidade - Auxílio na dorsiflexão durante a marcha. - Subluxação do ombro Algumas aplicações do FES: Fisiologia da FES • A estimulação elétrica despolariza o motoneurônio, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo. • Largura de pulso 80 a 150 microsegundos • Duração do pulso: 0,1 a 0,5 milisegundos ou 100 a 500 microsegundos > 0,5ms são desconfortáveis Parâmetros Largura de pulso em músculos inervados: • Mais utilizadas: 10 a 90 Hz < 10Hz promove contração ineficiente • Padrão: 50Hz Frequências: • Fibras musculares de contração lenta (tipo I) respondem melhor a estimulação 10 a 30 Hz, logo está frequência é mais indicada para estimular (fibras vermelhas); • Fibras musculares de contração rápida (tipo IIA e IIB) respodem melhor a estimulção entre 80 a 100Hz (branca) Frequências: Pcte P. operatório de bíceps braquial: F: 80Hz, T: 150 ms; rise:5s; Tempo on: 5s; Decay: 5s; T off: 15s Exemplo de protocolo: • Quanto mais sincrônico for o recrutamento maior será à força de contração do músculo. Parâmetros Tempo de contração (trabalho muscular): OFF ON • As rampas de subida e descida na corrente de estimulação são usadas para causar um recrutamento gradual das unidades motoras do músculo; • Normalmente são configuradas com 0,5 a 0,8s para maior conforto. • O tempo de interrupção da estimulação (off-time) permite que os gradientes iônicos e os neurotransmissores envolvidos na contração muscular possam se recompor nos nervos e nos músculos e também que o músculo descanse antes da próxima contração. Parâmetros Sempre usar o ventre mm mais próximo do ponto motor Posicionamento dos eletrodos • Osteoporose • Calcificação articular • Idade: menor que 15 e maior que 60 anos; • Intolerância ao estímulo. Contra-indicações: Referências • Efeitos da estimulação elétrica funcional (FES) sobre o padrão de marcha de um paciente hemiparético http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=191 • SISTEMA PARA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL (FES-PEB) http://www.peb.ufrj.br/teses/Tese0052_2007_06_13.pdf • Uso da Estimulação Elétrica Funcional Pós Acidente Vascular Cerebral: Revisão Sistemática http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2015/2301/ original/1008original.pdf
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