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1 @eai.fisio Objetivo principal: promover o retorno da funcionalidade muscular. Origem: direta interrompida. Tipo de pulso: retangular. Fase: bifásica (é despolarizada, ou seja, não tem polo fixo, alterna entre eles). Simetria: simétrica (formato retangular nas suas distribuições de cargas). Balanço: balanceada (quantidade de cargas semelhantes). A frequência representa o número de pulsos por segundos (Hz) Trabalhar na faixa de 20-80Hz, possibilita a estimulação do axônio motor e promove contração muscular. Fibras musculares do tipo l: são estimuladas de 30-50Hz). Fibras musculares do tipo ll: são estimuladas de 50-100Hz). A frequência mais utilizada é 50Hz, pois assim consegue estimular tanto as fibras do tipo l como do tipo ll. Obs: frequência de pulsos elevados acarretam fadiga muscular e frequências muito baixas não permitem que a contração muscular produza um trabalho funcional. ON = contração OFF = repouso/intervalo Conforme a frequência aumenta (Hz), o intervalo entre os pulsos vai diminuindo. O ciclo de trabalho é determinado considerando o grau de força muscular, trofismo e resistência a carga, se for uma musculatura fraca pode-se considerar um ciclo 1:3 (10s/30s), ou seja, o repouso é o triplo do tempo de contração, já em uma musculatura com grau de força bom, é possível utilizar 1:1, 10 segundos contraindo e 10 relaxando. Cálculo da porcentagem do ciclo = ON/ON+OF x 100%. Ex: 5s ON e 15s OFF 5/20 = 0,25 x 100 = 25% Largura do pulso: representa a duração do pulso, é preciso estar numa faixa de 200-500 microssegundos para estimular o axônio motor. Ideal e mais utilizado: de 300 a 400. 2 @eai.fisio Nota-se que pulsos com duração acima de 500 microssegundos produzem sensação desagradável, pois estimula fibras sensitivas. Aplicações da FES tem bons resultados em algumas formas de paralisia e em especial, na recuperação da marcha. Pode ser empregada também na medicina desportiva para facilitar a recuperação motora em casos de entorses de tornozelo ou no pós operatório de lesão ligamentar de joelho. FES sincronizado: estimular dois músculos de forma simultânea. Aplicar a eletroestimulação nos dois membros, tanto no sadio como no lesionado, ajuda a recuperar a percepção do movimento. FES recíproco: um músculo contrai após o outro. Mioenergética: eletrodos de tamanhos iguais, um é colocado na origem do músculo e outro próximo a inserção, deixando um espaço entre os dois. Ideais para estimular grandes músculos. Ponto motor: eletrodos de tamanhos diferentes. O eletrodo menor é aplicado sobre o ponto motor do músculo e o maior à distância. São aplicados para estimular pequenos músculos. Ponto motor do músculo: local de maior excitabilidade muscular. Bipolar: eletrodos do mesmo tamanho, onde a densidade é igual. Quanto mais próximos estão os eletrodos, maior é a concentração de energia. E quanto maior é a distância, menor é a concentração de energia, sendo necessário um aumento da intensidade para o paciente sentir a corrente. Monopolar: eletrodos de tamanho diferente, um eletrodo menor se localiza sobre o ponto motor do músculo que deseja estimular e maior mais distante. O de tamanho menor é mais ativo, isto ocorre porque a aplicação em uma área menor concentra mais energia. 3 @eai.fisio 1. Na primeira imagem a corrente de estimulação é nula, então a perna permanece relaxada. 2. Já na segunda imagem, a corrente está passando em uma baixa frequência, o músculo começa se contrair e a perna subir. 3. Na terceira imagem, por sua vez, a frequência da corrente aumenta e a contração é maior, então a perna sobe mais ainda. 4. Na quarta e última imagem, a frequência se mantém a mesma, mas aumenta-se a amplitude da corrente, atingindo um número maior de fibras, proporcionando a força muscular necessária para manter a perna levantada. Obs: sempre que o grau de força muscular for o suficiente para contrair o músculo voluntariamente, é válido pedir para o paciente realizar a contração juntamente com o estímulo, pois aumenta a demanda de estímulos sensoriais e torna o estímulo elétrico mais suave e agradável. Marca-passo: pode alterar o ritmo cardíaco; Útero gravídico: apenas o TNS e nas costas para não interferir no organismo do feto; Tumores; Osteossíntese: apenas longe, pois contém metal; Região pré-cordial: pode provocar uma arritmia; Região de seio carotídeo: também pode alterar a atividade do coração; Sensibilidade alterada: o indivíduo não sente o quanto de corrente está passando e dificulta a aplicação. Comprometimento da junção neuromuscular: quando a junção neuromuscular está comprometida, não é considerado a utilização da eletroestimulação, visto que o nervo não possui contato com o músculo e o estímulo não é conduzido corretamente. Fortalecimento muscular; Melhora da massa óssea em indivíduos que apresentam osteoporose por desuso, a contração estimula a produção de osteoblasto e osteoclasto. Auxílio na reabilitação da marcha. Evitar a fadiga; Evitar exagerar no tempo das sessões, pode lesar o músculo. A FES produz contração muscular por intermédio do estimulo do nervo periférico. Doenças que acometem o neurônio motor inferior não são eleitas à aplicação desta técnica. (Ex: poliomielite). Doenças que acometem a placa motora interferindo na passagem do impulso nervoso para o músculo também não devem 4 @eai.fisio ser tratadas com essa técnica. (Ex: miastenia gravis). As miopatias que se caracterizam pela perda da capacidade de contração muscular também não tem indicação de tratamento pela FES. Doenças que acometem a bainha de mielina geram fraqueza muscular. Os nervos acometidos não podem transmitir sinais provenientes do sistema nervoso central com eficiência, levando a uma perda da habilidade de grupos musculares responderem aos comandos cerebrais (Ex: síndrome de Guillain-Barré). Grau de força muscular presente; Determinar o objetivo da estimulação; Selecionar o ciclo de trabalho; Determinar o tempo da sessão; Quando suspender ou modificar o tratamento. Estimular a contração muscular eleva o input sensorial, ou seja, a quantidade de estímulos. O paciente sente o músculo contrair, vê esse mecanismo e pode tentar duplicar a resposta muscular. I = suportável F = 35 a 55 Hz T = 300 a 500 microssegundos (largura de pulso). ON/OFF = 1:3 (ou de acordo com os parâmetros do equipamento). Observar o nível de fadiga (quando presente pode-se aumentar o período off). O paciente pode alternar a contrações voluntárias com as contrações induzidas. Tempo do tratamento = 15 min/diariamente. Estimula a circulação ao bombear líquido e sangue através dos canais venosos e linfáticos. Indicado para edemas crônicos. I = suportável F = 35 a 55 Hz T = 300 a 500 microssegundos ON/OFF = 1:1 (5 a 10s no tempo ON) Membro em elevação Apenas contração induzida Tempo total do tratamento = 20-30 min. O tratamento pode ser repetido de 2 a 5x ao dia. Obs: o paciente precisa ter uma boa força muscular para esse protocolo (grau de 4 a 5). A estimulação elétrica reproduz os eventos físicos e químicos associados à contração muscular voluntária e ajudar a manter a funcionalidade. I = máxima suportável Deve ser capaz de produzir movimento antigravicional ou atingir 25% do torque da contraçãoisométrica voluntária máxima para o músculo. 5 @eai.fisio F = 50 a 85 Hz ON = 6-15s OFF = pelo menos 1 minuto Ciclo = 1:4 O músculo deve oferecer resistência, seja à gravidade ou a fixação da articulação para que a contração se torne isométrica. Promove efeitos analgésicos diferentes devido aos diferentes tipos de dor. Além disso, pode ser utilizado para diminuir edema. Estimulação que emite correntes elétricas através da superfície intacta da pele. Os receptores captam o estímulo e conduzem até o cérebro, o cérebro então envia uma resposta terapêutica em todo o trajeto da corrente, quando por exemplo, colocada um eletrodo no ombro e outra no punho, ou na raiz de um nervo, estimulando por onde ele se estende. Quanto mais funcional a articulação, mais receptores contém, portanto os parâmetros de regulagem variam de acordo com a área do corpo estimulado, considerando também as particularidades de cada paciente. Se a causa da dor não for cessada, depois de cerca de 2h a dor volta, a aguda volta antes da crônica. Estímulos na fibra A-beta gera motricidade muscular, onde o cérebro interpreta como contração e esse estímulo motor inibe o estímulo doloroso conduzido pelas fibras lentas A-delta e C. Se a frequência for muito elevada, pode atingir as fibras a-Alfa, responsáveis pela propriocepção muscular e causar contrações, de modo que piore a dor. Desta forma, para ativar as fibras a-Beta sem ativar fibras as de dor a-Delta e C, deve-se selecionar correntes de alta intensidade e baixa frequência. A estimulação das fibras sensoriais a-Beta provoca a liberação de endorfina. Resultando em uma ativação prolongada de trajetórias analgésicas descendentes. F = 10 – 250 Hz F = 30 Hz – é necessário para que impulsos elétricos individuais sejam percebidos como uma estimulação contínua. F = 60 Hz – é ótima para produzir o alívio da dor crônica. Dor aguda: A fibra se encontra superexcitada, para inibi-la é necessário regular o aparelho em uma alta 6 @eai.fisio frequência, pulsos de curta duração e baixa intensidade. F: acima de 120 Hz. T: 50-200 Dor crônica: A fibra se apresenta hipoexcitada, ou seja, está gerando poucos impulsos, então utiliza-se uma frequência menor, pois uma maior pode irritar as fibras e transformá-la em dor aguda. F: abaixo de 120 Hz. É a duração do pulso. T = 10 a 100 microssegundos O aumento da duração do pulso levará a ativação de fibras de pequeno diâmetro com amplitudes de pulso menores. A intensidade diz a respeito da amplitude da corrente é regulada de acordo com a sensibilidade do paciente, precisa se forte, mas sem causar dor. A amplitude de corrente necessária para excitar uma fibra nervosa declina com o aumento da duração do pulso e da frequência de pulso. Existem vários tipos de correntes, o aparelho separa tipos de correntes elétricas para formar correntes terapêuticas, emitindo apenas a corrente desejada. (FES, TNS, galvânica, russa, etc). 1 Hz – resulta em uma série de abalos musculares e choques sensoriais. 10 Hz – resulta em tremor do músculo e sensação de percussão. 30 Hz – ocorre uma fusão dos abalos musculares até uma contração tetânica e formigamento sensorial. 50 – 100 Hz – a contração muscular tetânica aumenta com o aumento da frequência, “zumbido” ou formigamento sensorial. Origem: corrente direta interrompida; Pulsada/Despolarizada; Forma de pulso: retangular; Frequência: baixa frequência; Fase: bifásica/ bidirecional; Simetria: assimétrica, isto porque a frequência pode variar. Balanço: desbalanceada. Trabalha a força muscular através da melhora do tônus, ou seja, ativação de fibras, o ventre do músculo fica mais tonificado, contornado, firme e aparente. Porém, o músculo não hipertrofia apenas com a corrente, é preciso haver uma contração muscular voluntária em conjunto para gerar esse efeito. Em um paciente acamado ou mobilizado pós cirurgia ou fratura, é conveniente usar a corrente russa para ativar as fibras, pois promove contração sem carga e movimento articular ou segmentar, preparando então o músculo para um fortalecimento com carga. Obs: utilizar carga com uma musculatura despreparada pode gerar fadiga e consequentemente a perda de fibras. 7 @eai.fisio Não é recomendado utilizar a eletroterapia em pacientes com a doença de Duchenne, na qual o próprio organismo ataca as fibras e elas são substituídas por gordura, as correntes aceleram essa patologia. Inventada pelos astronautas, afim de preservar o tônus fora da gravidade. Origem: corrente alternada Tipo de pulso: alterna entre sinusoidal e retangular Frequência: média – 2.500Hz; (nunca se altera, é a mesma para dor aguda e crônica). Porém, é distribuída em frações de 20-80 Hz em pacientes que não são atletas, sendo mais indicada frações 50 Hz.. Obs: quando aumenta a frequência, o tempo diminui. Fase: bifásica, trabalha do lado positivo e negativo da frequência. Simetria: simétrica (tanto os pulsos sinusoidais quando retangulares são do mesmo tamanho). Balanço: balanceada, é possível determinar a quantidade de pulsos por microssegundos. Intensidade: suportável pelo paciente, porém necessária para produzir a visualização da contração muscular. Não deve gerar dor intensa, apenas a sensação da intensidade da contração. Largura de pulso (T): 400 microssegundos. Modulação: rajada, ocorre uma grande quantidade de pulsos em poucos microssegundos e depois entra em um período de repouso para evitar a fadiga, no qual pode ser modulado considerando a individualidade biológica de cada indivíduo e a fibra que se deseja atingir, a fibra do tipo I que suporta pouca força, mas demora fadigar ou a fibra do tipo II que suporta muita força, porém fadiga rápido, no período de repouso médio é possível estimular as duas. Fibra tipo I: 30-50 Hz Fibra tipo II: 50 a 100 Hz Obs: a alternância entre pulsos retangulares e sinusoidais somada a característica bifásica da corrente, faz com que os receptores não se adaptem ou entrem em fadiga e o músculo não se adapte ao estímulo. É modulada a partir de pacotes de 50 bursts com intervale de 10 microssegundos entre eles, a força da contração é proporcional a quantidade de bursts. Burst: quantidade de pulsos por segundo, são as frações da corrente. Tempo de aplicação: cerca 10-20 minutos. Em idosos ou hipotônicos pode variar para um número menor e em atletas para um número maior. A corrente russa penetra mais facilmente na pele, estimulando os mecanorreceptores do músculo sem atingir os receptores sensitivos da pele, por isso a corrente é mais agradável quando comparada a outras. 8 @eai.fisio Correntes de frequência mais alta reduzem a resistência dos tecidos ao fluxo da corrente (menor impedância). A medida que a intensidade aumenta, mais nervos motores são estimulados, aumentando a magnitude da contração. Uma vez que esta é uma corrente alternada de oscilação rápida, tão logo o nervo se repolariza e é novamente estimulado, produzindo uma corrente que atinja ao máximo da contração muscular. Obs: pode ativar 30 a 40% a mais de unidades motoras em relação aos exercícios resistidos. Quanto maior a frequência, maior a fadiga. ON/OF = 1:3 (10/30s); Tempo de subida = demora 3s pra atingir o máximo da frequência (contrair) e 5s para retornar ao mínimo (relaxar); Tempo de aplicação = 15 a 20 minutos por dia Tipo de contração:isométrica e somada a contração voluntária. Obs: quando é um indivíduo atleta é relevante diminuir o tempo de relaxamento e aumentar o tempo de aplicação. ON/OF = 1:1 (10s/10s) Tempo de subida = 3s para contrair e 5 segundos para relaxar. Tempo de aplicação = 25 minutos por dia Tipo de contração = isométrica e somada a contração voluntária. Duas correntes em que uma interfere na outra e formam uma nova corrente. Origem: alternada; Tipo de pulso: sinusoidal; Frequência: média frequência (4000-5000 Hz) Fase: bifásica T: fixa em 250 microssegundos. Corrente de média frequência modulada em baixa frequência. A corrente interferêncial é produzida mesclando duas correntes de média frequência que interferem uma na outra e anulam cargas, resultando em uma corrente de baixa frequência, porém com uma capacidade de penetração maior que o TENS, promovendo analgesia em tecidos profundos. Exemplo: uma corrente de 4.000 Hz passa por um eletrodo e outra de 4.100Hz em outro eletrodo, as duas correntes se encontram e se anulam nos tecidos profundos, de modo que resulte em uma corrente nova de 100Hz. Obs: para analgesia superficial utiliza-se TENS e profunda a interferêncial. A utilização do interferêncial em músculos superficiais não resulta em uma analgesia significativa, pois ultrapassa o músculo e age mais profundamente Aplicação comum entre outras corretes, utiliza dois eletrodos, porém, no interferêncial cada um emite uma frequência diferente. 9 @eai.fisio Nesta forma de aplicação o canal 1 emite uma determinada frequência através de um par de eletrodos e no canal 2 por meio de outro par de eletrodos é emitida uma corrente de diferente frequência. O ponto de irradiação do choque das duas correntes que origina a corrente de baixa frequência ocorre em cerca de 45° grau de distância, entre eletrodos de canais diferentes, local onde o ponto de dor deve estar. Obs: utilizar tetrapolar em uma dor localizada e um bipolar em uma dor mais espalhada. A corrente fica girando e promove analgesia em todo o local, é utilizada no caso em que o paciente não apresente sintomas bem localizados. Bastante utilizada em aplicação na lombar. 100 Hz agudo – Slope: 6/6s 70 Hz sub-agudo – Slope: 1/5/1 20 Hz crônico – Slope: 1/1 Quanto tempo o aparelho leva para gerar a frequência desejada. 6/6s para formar 100 Hz. Endopróteses; Osteossíntese; Marcapassos; Gestação (área uterina); Processos cancerígenos; Alteração de sensibilidade; Pele desidratada; Seio carotídeo. Tempo de aplicação: em média 15 minutos (10- 20).
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