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V e t e r i n a r i a n D o c s 
www.veterinariandocs.com.br 
 
 
 
 
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www.veterinariandocs.com.br 
Patologia Clínica e Cirúrgica 
 
 
Prolapso Retal 
Definição 
É uma enfermidade caracterizada pela protrusão de uma ou mais camadas do 
reto através do ânus. Ele pode ser parcial ou completo, dependendo das estruturas 
envolvidas. 
 
Tipo 
 -Parcial: no prolapso retal parcial, também chamado de eversão retal, somente a 
mucosa retal sofre protrusão. 
 -Completo: o prolapso retal completo é a evaginação de dupla camada do reto, 
algumas incluindo a junção anorretal do canal anal. 
 
Etiologia 
Dificuldade de defecação, associada à proctite ou colite grave secundária à 
infecção parasitária, podendo ainda ter outras causas predisponentes como doenças 
anorretais que causam disquezia, doenças do trato urinário inferior (cistite e obstrução 
uretral)e doenças prostáticas (prostatite e hiperplasia prostática) que provocam 
estrangúria, tumores de cólon distal, reto ou do ânus, colite e proctite. 
 
Epidemiologia 
 Afeta cães e gatos de qualquer idade, sexo ou raça. Mas é mais visto em animais 
jovens com diarreia e tenesmo graves. 
 
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Figura 1. Prolapso retal em canino jovem atendido na 
Clínica Veterinária Cães e Gatos Lages-SC. 
 
Sinais Clínicos e Achados Físicos 
 Presença de massa tubular de comprimento variável que se projeta pelo o ânus. 
*É importante distinguir um prolapso retal verdadeiro de uma intussuscepção iliocólica 
prolapsada. Esta diferenciação se dá pela passagem de um termômetro bem lubrificado ou um 
dedo entre o ânus e a massa prolapsada. No prolapso retal, o fórnix está localizado a cerca de 1 
centímetro dentro do ânus e na intussuscepção prolapsada, o termômetro ou o dedo passam 
facilmente cerca de 5 cm da massa. 
 
Diagnóstico 
 O diagnóstico é realizado pela presença de massa tubular de comprimento variável que 
se projeta pelo o ânus. 
 
Tratamento 
 O tratamento está baseado na identificação e na correção da causa fundamental, e na 
redução do prolapso retal. 
 Prolapso parcial: geralmente responde bem ao tratamento médico. A mucosa é 
delicadamente recolocada através do ânus e pomadas antibiótico-esteroidais são aplicadas 
topicamente, pelo menos uma vez na semana. Caso o prolapso recidive pode-se administrar 
loperamida na dose de 0,1 mg/kg TID a qual aumenta a tonicidade do esfíncter anal e reduz o 
tenesmo. Uma sutura em bolsa de tabaco pode ser feita ao redor do ânus. 
 
 
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 Figura 2. Porção prolapsada sendo recolocada digitalmente. 
 
 Prolapso completo: é dependente do grau de viabilidade do tecido e do número de 
recidivas. Caso a mucosa retal esteja viável, o que é determinado por uma temperatura morna e 
pela presença de fluxo sanguíneo, pode-se fazer o tratamento com a redução manual seguida de 
sutura em bolsa de tabaco ao redor do ânus. Sob anestesia geral ou analgesia epidural, deve-se 
lubrificar e massagear delicadamente a mucosa com gel como o KY para reduzir o aumento de 
volume. Um tubo de coleta de sangue ou seringa é lubrificado e então colocado no interior do 
reto e a sutura em bolsa de tabaco é apertada o suficiente para não ocorrer recidivas e livre o 
suficiente para permitir a defecação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Prolapso retal reduzido e mantido com seringa 
para posterior sutura em bolsa de tabaco. 
 
 
 
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Figura 4. Prolapso retal reduzido e ânus com sutura em 
bolsa de tabaco. 
 
 Caso o prolapso retal seja viável, porém não possa ser reduzido digitalmente, ou se 
existe história clínica de recidivas múltiplas, então se recomenda a colopexia. A colopexia é 
realizada na parede abdominal esquerda com uma leve tração do cólon. Uma secção elíptica de 
5mm por 1 cm de peritônio é removida da parede abdominal e uma área correspondente é então 
removida da serosa do cólon. As superfícies são aproximadas e suturadas com cinco ou seis 
pontos simples separados com fio 3-0 náilon ou de polipropileno. 
 Quando o segmento prolapsado está desvitalizado, deve-se realizar a amputação e a 
anastomose retal. 
Cuidados Pós-Operatórios 
 -Eliminação do tenesmo pós-operatório geralmente é essencial para o resultado positivo. 
 -A instalação de pomadas anestésicas locais no reto ou analgesia epidural podem ser 
realizadas por período curto. 
 -Uso de emolientes fecais como o dioctil sulfosuccinato de sódio ou metamucil são 
ricos em fibras e produzem fezes mais moles. 
 -O tratamento sintomático na forma de antibióticos não-absorvíveis, protetores 
intestinais ou anticolinérgicos é aconselhado caso haja a presença de diarreia. 
Prognóstico 
 É dependente do grau, da duração e da causa primária. Ele geralmente é bom quando a 
causa principal é identificada e corrigida. 
 
 
 
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Referências Bibliográficas 
ETTINGER, J.S., FELDMAN, E.C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. 3 ed. Vol 3. Manole: São 
Paulo, 1992.

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