Prévia do material em texto
ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ- AESPI xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx IDENTIFICAÇÃO QUÍMICA DE GLICOSÍDEO FLAVONOÍDICOS Triagem Fitoquímica Teresian-PI Agosto 2019 SUMÁRIO 1 Introdução 01 2 objetivo 02 3 MATERIAIS E MÉTODOS ..............................................................................03 4 RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................04 5 CONCLUSÃO ................................................................................................05 6 REFERÊNCIAS 06 7 ANEXO......................................................................................................................07 INTRODUÇÃO A planta popularmente conhecida no Brasil pelo nome de “arnica” ou “arnica do mato” possui várias espécies, dentre elas a Arnica montana e Lychnophora ericoides. A Arnica montana pertence a família Asteraceae, é uma espécie nativa da Europa, comumente utilizada no tratamento tópico de inflamações, dores musculares e reumáticas, sob a forma de géis, pomadas e flores secas. Esses benefícios são atribuídos devido à presença de lactonas sesquiterpênicas do tipo helenalina em sua composição. A Lychnophora ericoides, também pertencente à família Asteraceae é regularmente utilizada como substituta da Arnica montana devido a maior facilidade de aquisição, pois é uma espécie nativa do Brasil abundantemente encontrada em regiões de cerrado. Apresenta propriedades antiinflamatórias e analgésicas, geralmente utilizada sob a forma de tinturas. Seu efeito antiinflamatório é resultante da presença de triterpenos, lactonas sesquiterpênicas e flavonoides, enquanto que sua ação analgésica ocorre devido a presença de ácidos caféicos. A arnica é uma planta considerada tóxica e deve ser administrada internamente com estrita indicação e monitoramento médico. Além disso, a preparação caseira das espécies de arnica tem efeitos de medicação amarga, adstringente, estomáquica, depurativa e cicatrizante. É extremamente utilizada no tratamento de traumatismos, como contusões, e mais comumente por via tópica aplicando-a na área lesionada (LORENZI et al, 2002). OBJETIVO O objetivo do presente trabalho foi verificar a presença de flavonoides na arnica-do-mato. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais: Droga vegetal: Arnica Espátula Béquer 250 Béquer 100 Proveta 50 ou 100 mL Funil de vidro Pêra de borracha Procedimento: Reação de Shinoda No teste foram usada 3 ml de solução hidroalcoólica obtida, foi adicionado 1 fragmento de magnésio metálico e 1 ml de ácido clorídrico. Os resultados foram alaranjado para droga vegetal que possuem flavona, avermelhado para as que possuem flavonóides. Reação com cloreto férrico Nesta reação foi adicionado 3mL da solução hidroalcoolica junto com 2 gotas de cloreto férrico a 2%. A coloração azul indica a presença de taninos hidrolisáveis, já a coloração verde a de taninos condensados. Reação com hidróxido de sódio Nesta reação foram adicionado 3ml da solução hidroalcoolica junto a 2 gotas de solução de hidróxido de sódio a 5%. Verifique-se o aparecimento de cor amarela que varia de intensidade. RESULTADO E DISCUSSÃO Através dos resultados obtidos (Tabela 1), pode se verificar que a confirma a presença de flavonoides, por meio de reações de coloração positivas (reação de Shinoda, cloreto férrico e hidróxido de sódio), confirmando os dados obtidos por intermédio de revisão de literatura em que estes compostos são citados como majoritários nestas plantas. Tabela 1: Reações para identificação química de flavonoides em arnica-do-mato Reações Arnica-do-mato Shinoda Castanho-avermelhado Cloreto férrico (FeCl3) Verde-acastanhado Hidróxido de sódio (NaOH) Amarelo-esverdeado A reação de Shinoda é considerada positiva para o grupo de flavonoides quando desenvolve coloração que varia de laranja (para a classe das flavonas) a vermelho (para flavonóis) e violeta (para flavanonas), enquanto isoflavonas e chalconas não desenvolvem reação, conforme exposto na (Tabela 2). O desenvolvimento de cor nesta reação ocorre a partir da redução dos flavonoides sem compostos antociânicos, com coloração mais intensa. Como é comum em ensaios qualitativos, a intensidade da cor obtida está relacionada com a concentração dos flavonoides na droga, sendo maior quanto mais intensa a coloração. Os reativos de cloreto férrico e hidróxido de sódio desenvolvem coloração pela reação com hidroxilas fenólicas, presentes na estrutura química dos flavonoides. Embora essas reações não sejam específicas para esses compostos, pois é possível encontrar nos vegetais outras substâncias fenólicas como os taninos e os antraderivados, por exemplo, elas são importantes como ensaios complementares para a caracterização da classe de flavonoide presente (Tabela 2). Dessa forma, pelos resultados obtidos, foi detectada a presença de flavonoides da classe dos flavonóis. Essa informação confirmou um estudo fitoquímico, que revelou a presença, em sua parte aérea, de quercitrina, um glicosídeo flavonoídico da classe dos flavonóis. Consequentemente, pode-se considerar que, nas amostras, também estão presentes as flavonas, cuja coloração mais clara das reações pode ser mascarada pela detecção dos flavonóis, que desenvolvem cor mais intensa. Isso se explica pelo fato de os flavonóis serem flavonas substituídas na posição do carbono 3 por uma hidroxila, ou seja, as flavonas quimicamente são derivados da 2-fenilcromona, enquanto os flavonóis são 3-OH2-fenilcromona. Tabela 2: Padrão de coloração positiva para identificação química das principais classes de flavonoides CLASSES DE FLAVONOIDES Reações flavonas flavonóis chalconas flavanonas isoflavonas Shinoda laranja vermelho – violeta – FeCl3 verde verde-acastanhado amarelo verde-acastanhado verde NaOH amarelo amarelo-escuro amarelo amarelo amarelo CONCLUSÃO Conclui-se, que nesse estudo da fitoquímica, foi possível identificar as classes de metabólicos secundários presentes na arnica-do-mato. A análise da triagem fitoquímica evidenciou a presença de flavonoides com intensa reação de cor para a reação A, e para a reação C de fraca intensidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SIMÕES et al., 2004). OLIVEIRA, AKISUE & AKISUE, 2002. TORRES, AKISUE & ROQUE, 1987 ALMEIDA et al, 2004; FORZZA et al 2010 BORELLA et al, 1988; BORSATO et al, 2000; CERQUEIRA, 1987. BLUMENTHAL, 1998; HALL, 1979; LYSS et al 1997.