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Resumo Quadrilátero Ferrífero

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Província Mineral do Quadrilátero Ferrífero – QF
Estatigrafia: 
ARQUEANO 1
Complexos granito-gnáissicos Bação, BH e Bonfim: gnaisses bandados migmatizados (met+def sobre rx composição TTG com 3 Ga) 
Intrusivas de comp. granítica 2,78-2,70 Ga -faixas de vulcanossedimentares e diques básicos.
ARQUEANO 2
Supergrupo Rio das Velhas: 
Grupo Nova Lima – metaperidotitos, serpentinitos, esteatitos, basaltos komatiíticos e toleíticos, vulcanoclásticas e raras félsicas; metapelitos, bifs, chertes, lapa-seca e quartzitos.
Predominam rochas clásticas (topo): Depósitos auríferos em Córrego do Sítio – níveis mais rasos, topo do Grupo (Santa Bárbara). Predominam rochas químicas (chertes e BIFs na porção intermediária): Depósitos Cuiabá e Lamego (Sabará-Caeté), Raposos, São Bento (níveis abaixo dos metassedimentos de Córrego Sítio (Sta Bárbara). Depósito da Morro Velho (hidrotermalito a albita, quartzo, carbonatos e sulfetos da “lapa seca”) 
Grupo Maquiné – quartzitos, metaconglomerados e filitos
DEPÓSITOS MINERAIS DO QF GREENSTONE BELTS MUNDIAIS
Au, Ni, Cu, EGP e Mn 
Supergrupo Rio das Velhas: apenas Au no greenstone belt (Grupo Nova Lima).
Depósito de Ouro
1º - Depósitos no greenstone belt Rio das Velhas. Estes depósitos podem ser subdivididos em quatro categorias: (a) Jazidas Hidrotermais em veios de Quartzo-pirita-Au em clorita xistos máficos e ultramáficos. Essas jazidas são de pequeno porte, porém largamente distribuídas nas proximidades de Morro Velho, numa faixa a oeste de São Bartolomeu, a oeste de Caeté e a sudeste de Conselheiro Lafaiete. São reservas pequenas raramente ultrapassando 5 t de Au e os teores variando entre 0.5 e 3 g/t Au. (b) Formação ferrífera bandada (BIF) fortemente sulfetadas com magnetitapirita±pirrotita±calcopirita-Au e sulfetos menores tipo Raposos, Cuiabá e São Bento. São jazidas de maior porte, com reservas podendo ultrapassar 15 t e teores entre 5 e 10g/t Au (c) "Lapa seca", ou quartzo-ankerita-albita-clorita xisto com quartzo-pirita+arsenopirita +pirrotita-calcopirita-Au associado com metavulcanicas ácidas ou sedimentos carbonatados tipo Morro Velho. São depósitos longos, ramificados e relativamente delgados, fortemente controlados pelo plunge das dobras, podendo apresentar reservas de até 40 t Au, chegando em 100 t. Seus teores oscilam entre 7 e 12 g/t Au (d) Turmalinito em quartzo-biotita-carbonato xistos em depósitos concordantes tipo "Lode" com fracos mergulhos, com piritaarsenopirita-pirrotita-Au-teluretos-Bi minerais, tipo Mina da Passagem, com reservas de até 15 t e teores variando entre 3 e 7 g/t Au. Vários depósitos ao longo da faixa de Passagem representam pequenas mineralizações. Aparentemente não restam mais que 5 t Au em Passagem. 
2º - Mineralizações em Itabiritos (Jacutinga): Trata-se de itabirito pulverulento, estruturado, com caolinita, quartzo, hematita, talco, sendo caracterizada pela ausência de sulfetos. A presença de goethita e óxidos de Mn é relativamente frequente. A mineralização segue uma zona específica, concordante nos itabiritos da Formação Ferrífera Itabira. O Au é paladiado, e seus teores variam entre 2 e 5 g/t. Concentrações erráticas e menores de Pt, Sb, Bi, Cu e As podem ser encontradas. Os depósitos de jacutinga aurífera no QF correspondem aos seguintes depósitos conhecidos desde os tempos do Império com suas produções cumulativas: Gongo Soco - 12.887kg; Maquiné - 5.277 kg; Água Quente - 350 kg; Pitangui - 285 kg; Cocais - 207 kg; Cata Preta - 93 kg. Anteriormente a 1900, oriunda de Itabira foi reportada a produção total estimada de 1300 kg de Au. 
3º - Mineralizações em lentes de meta-conglomerado da Formação Moeda. São inúmeros pequenos corpos explorados pelos escravos durante o período imperial do Brasil. A dificuldade de acesso, teores baixos e escassez de água não incentivaram aos antigos mineradores a trabalhar esses depósitos. Essas mineralizações estão concentradas nos conglomerados Moeda, particularmente junto aos contatos com os greenstones. São conhecidas as mineralizações de Cata Branca, Joaquina.
BIF TIPO ALGOMA dá minério de Fe no QF? 
Bacia profunda 
Associação com folhelhos, turbiditos, grauvacas e vulcânicas 
Gross (1964,1970) adotou conceito de 4 fácies (James 1954) separando, porém, o ambiente tectônico, e classificou-as em dois tipos: Algoma e Lago Superior.
66% do Au do Brasil ocorre em rochas arqueanas, 19% e 15% em rx paleo-proterozoicas e neoproterozoicas.
Depósitos Au no QF 
Associados ao Grupo Nova Lima
Au orogênico em metaBIFs e metachertes Em metassedimentos Na “lapa seca” (Morro Velho) 
OURO ASSOCIADO A SULFETOS EM VEIOS DE QUARTZO - Au orogênico, gold only
Au orogênico em metassedimentos (metagrauvacas): Alterações hidrotermais a carbonato, a sericita, a sílica e a sulfeto 
Au orogênico na lapa seca: Os minerais essenciais são dolomita ferrosa, ankerita, siderita, calcita e quartzo e os varietais, moscovita, mica cromífera, clorita cromífera ou não, albita, epídoto e estilpnomelano. Os minerais acessórios são sericita, clinozoisita, rutilo, ilmenita, pirita, pirrotita, turmalina, scheelita, apatita, magnetoilmenita, magnetita e esfeno.
Associados ao Supergrupo Minas:
Contato bif a ankerita e qz-carb-biot-ser xisto) - Au em turmalinitos – Passagem Eschwege
Faixas estreitas associadas a hematita e Qz nas bifs - Au jacutinga: Au jacutinga em Congo Soco, Bananal, Cata Preta, Maquiné, Itabira
Au paladiado: Para Cabral (1996), formação Au no pico do metamorfismo transamazônico. Já Galbiatti et al. (2007) sugerem que seja brasiliano.
Tipo Witwatersrand versus tipo Orogênico
Depósito de Au e U do tipo Witwatersrand – conglomerados fluviais arqueanos, atmosfera anóxida. No Brasil há um depósito próximo a Rio Acima (MSOL) e em Jacobina (BA). Durante o apartheid sul-africano, e consequente embargo econômico, as montanhas de rejeitos aurífero foram reprocessadas para extrair urânio que alimentou usinas nucleares (energia elétrica).
Os depósitos “Wit” ainda são os principais produtores de Au mundial. A liberação de gases sulfurosos por erupções vulcânicas gerou chuvas ácidas que promoveram a dissolução e transporte de Au em águas superficiais como complexos de enxofre. A pptação teria sido conduzida pela redução do Au dissolvido mediante material orgânico em lagos no Arqueano, antes da atmosfera conter oxigênio.
Há muitos anos já se concluiu que houve hidrotermalismo posterior nos depósitos Wit.
DEPÓSITOS DE FERRO
Perfis intemperismo alojam grandes depósitos de minérios itabiríticos supergênicos que irão representar o principal minério de Fe do QF, devido à exaustão dos minérios hematíticos.
Itabiritos dolomíticos - toda (~100 km) Serra do Curral 
Sinclinal Moeda - dominam quartzo itabirito e itabirito anfibolítico
TIPO LAGO SUPERIOR:
Próximo a crátons Associação com dolomitos, arenitos e folhelhos negros Formações Cauê e Gandarela Dolomitos, BIFs, quartzitos ferruginosos e filitos
EVOLUÇÃO TECTÔNICA QF:

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