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25/09/2017 1 IF 235 – CULTURAS FLORESTAIS Escolha de espécies de eucalipto Prof. José Carlos Arthur Junior – josecarlosarthurjunior@gmail.com Agosto/2017 INSTITUTO DE FLORESTAS DEPARTAMENTO DE SILVICULTURA 1. POR QUE USAR O EUCALIPTO? 2. DE ONDE VEM O EUCALIPTO? 3. COMO ESCOLHER? 4. CENÁRIO ATUAL DE USOS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO 5. CONSIDERAÇÕES 6. DICAS/SUGESTÕES SUMÁRIO 1. Por que usar o eucalipto? IBÁ (2015) 1. Por que usar o eucalipto? 1. Por que usar o eucalipto? IBÁ (2016) 1. Por que usar o eucalipto? IBÁ (2015) 25/09/2017 2 1. Por que usar o eucalipto? IBÁ (2015;2016) http://bracelpa.org.br/bra2/?q=node/567 1.1 O eucalipto seca o solo? - Cana de açúcar seca o solo? - Batata seca o solo? - Milho seca o solo? É necessário usar/consumir água para produzir alimentos e madeira http://bracelpa.org.br/bra2/?q=node/567 1.1 O eucalipto seca o solo? 1.1 O eucalipto seca o solo? - Qual volume de água produz a microbacia? - Qual volume de água a sociedade precisa? - Quanto de área dessa microbacia pode ser utilizada para plantar culturas agrícolas e florestais? - Quanto de área de preservação permanente e de reserva legal devem ser plantadas? - Tramitação, outorga de uso da água para plantios florestais Água, recurso em escassez!! 1.1 O eucalipto seca o solo? 1.1 O eucalipto seca o solo? 25/09/2017 3 1.1 O eucalipto seca o solo? 1.1 O eucalipto seca o solo? Veracel, Bahia Cenibra, Minas Gerais Suzano, Bahia 1.1 O eucalipto seca o solo? 1. POR QUE USAR O EUCALIPTO? 2. DE ONDE VEM O EUCALIPTO? 3. COMO ESCOLHER? 4. CENÁRIO ATUAL DE USOS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO 5. CONSIDERAÇÕES 6. DICAS/SUGESTÕES SUMÁRIO São árvores, nativas da Oceania, onde constituem, o gênero dominante da flora. O gênero inclui mais de 600 espécies, quase todas originárias da Austrália, com poucas espécies da Nova Guiné e Indonésia, e uma espécie no sul das Filipinas. 2. De onde vem? 1. POR QUE USAR O EUCALIPTO? 2. DE ONDE VEM O EUCALIPTO? 3. COMO ESCOLHER? 4. CENÁRIO ATUAL DE USOS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO 5. CONSIDERAÇÕES 6. DICAS/SUGESTÕES SUMÁRIO 25/09/2017 4 3. Como escolher? Escolha do material genético: - Desenvolvimento (crescimento, resistência a doença, a seca, Uso (celulose, postes, bioredutor, serraria, óleo essencial, etc) Exigências edafoclimáticas: - Clima: precipitação e temperatura - Solo: textura, profundidade e drenagem 3.1 Para produção de celulose Propriedades importantes Fatores físicos Densidade básica (0,40 e 0,55 g cm-3) Umidade Fatores químicos Teor de celulose e de hemicelulose Teor de lignina Teor de extrativos Fatores anatômicos Comprimento e largura da fibra Coarseness (peso por unidade de comprimento da fibra) Fonte: ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17 – 2013. 3.1 Para produção de celulose Espécies mais utilizadas (clones) Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis Eucalyptus urophylla (AEC 144; H13) Eucalyptus grandis Eucalyptus dunnii Eucalyptus benthamii 3.2 Para produção de bioredutor Propriedades importantes da madeira Características de Crescimento DAP, Altura e Volume individual Características Físicas Densidade básica e Massa seca estimada Característica Anatômica Espessura da parede celular Característica Química Teor de lignina e Massa de lignina estimada 3.2 Para produção de bioredutor Propriedades importantes do carvão vegetal Rendimentos gravimétricos Rendimento gravimétrico do carvão Rendimento em carbono fixo Análise física e química Densidade relativa aparente Teores de carbono fixo, materiais voláteis, cinzas e umidade Teor de lignina e massa de lignina estimada 3.2 Para produção de bioredutor Espécies mais utilizadas (clones) Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis Eucalyptus urophylla Eucalyptus grandis Testes de hibridação com C. citriodora x C. torelliana 25/09/2017 5 Programa de Seleção Clonal da Gerdau Seleção de Árvores Superiores Implantação de Testes Clonais Plantios Pilotos Avaliação 3 Anos SIM NÃO Avaliação 6 Anos NÃO SIM Plantios Comerciais CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO • IMA > 30 m³/ha.ano • Tolerância à Déficit Hídrico • Fitossanidade • Boa Cobertura do Solo • Matéria Seca >115 Ton/ha • IMA > 30 m³/ha.ano • DBM > 0,55 Ton/m³ • Teor de Lignina • Densidade Aparente do Carvão • Resistencia Mecânica Carvão Manter Descartar 3.2 Para produção de bioredutor 3.3 Para produção de painéis Propriedades importantes Características de crescimento DAP e Altura (volume) Características físicas Densidade básica ( ), casca ( ) 3.3 Para produção de painéis Programa de melhoramento genético da Duratex Espécies para hibridação complementar: - E. grandis (iniciando 6º ciclo de melhoramento) - E. urophylla Espécies principais trabalhadas: - Para resistência ao frio: E. dunnii e E. benthamii - Para resistência a seca e densidade: E. longirostrata, Corymbia citriodora subsp. variegata e Corymbia henryi Prancha Central sem Rachadura Prancha Central com Rachadura 3.4 Para produção de madeira serrada Propriedades importantes Rendimento Volume serrado/volume da tora s/casca Características de Crescimento DAP, Altura e Volume individual Características Físicas Densidade básica, coloração Qualidade Conicidade Encurvamento Rachaduras atingindo a superfície Medição do encurvamento Medição do arqueamento 3.4 Para produção de madeira serrada 3.4 Para produção de madeira serrada A madeira serrada de Corymbia torelliana apresentou a mesma qualidade que a madeira serrada de Eucalyptus grandis quando avaliada para arqueamento e encurvamento. Foi ainda superior a esta última espécie na intensidade de rachaduras de topo. Já com relação à madeira do híbrido Eucalyptus grandis X Eucalyptus urophylla, a mesma apresentou intensidade inferior de arqueamento, encurvamento e rachaduras de topo. 25/09/2017 6 3.5 Para produção de mel Propriedades importantes Época e duração da floração, produção de néctar Eucalyptus punctata apresenta florada alternadas, ano sim, ano não E. corymbosa, E. scabra, E. paniculata e E. tereticornis: mel muito saboroso e escuro E. triantha, C . citriodora, E. maculata, E. microcorys, E. pilularis, E. melliodora, E.viminallis e E. camaldulensis: mel apreciado e excelente, bem claro e límpido E. alba, E. robusta e E. saligna produzem um mel de cristalização muito rápida E. alba, C. citriodora e E. camaldulensis: concentração de 50% de açúcar nas flores, o mel varia de cor, indo do quase branco ao pardo e escuro, passando pelo âmbar e vermelho. 3.5 Para produção de mel Fonte: (Moreira, 2014) 3.5 Para produção de mel FEENA (Rio Claro/SP) OBS: a época de floração é influenciada pelas condições edafoclimáticas. 3.6 Para produção de óleo essencial • O que é óleo essencial? International Standard Organization (ISO): produtos obtidos de partes das plantas, através da destilação por arraste com vapor d´água, bem como por espressão dos pericarpos de frutos cítricos. Misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmenteodoríferas e líquidas (Simões e Spitzer, 1999). 3.6 Para produção de óleo essencial 1 x 1 m, 1,5 x 1,5 m, 2 x 1 m, 3 x 0,75 m, 3,30 x 0,75 m, 3 x 1 m, 3 x 1,5 m, 3,9 x 0,5 m Primeira desrama (2/3 da copa) aos 18 meses, depois anualmente até 4 ou 5 anos (corte final) 1 ha ~10 toneladas de folha ~ 100 a 160 kg de óleo 3.6 Para produção de óleo essencial 25/09/2017 7 3.7 Para paisagismo/arborização Eucalyptus ptychocarpa Eucalyptus deglupta Eucalyptus caesia Eucalyptus gunnii INDEPENDENTE DO USO Fitossanidade Resistência/tolerância à doenças Resistência/tolerância à pragas Condições climáticas Resistência/tolerância à déficit hídrico Resistência/tolerância à geada Materiais genéticos Maior eficiência de uso dos recursos (água, luz e nutrientes) Maior produtividade O que todos procuram/desenvolvem Principais espécies de eucalipto plantadas no Brasil, considerando seus principais usos Usos Espécies mais recomendadas Energia E. grandis, E. citriodora, E. cloeziana, E. camaldulensis, E. urophylla Celulose e papel E. grandis, E. saligna, Eucalyptus urophylla x E. grandis (E. urgorandis) Estruturas e construção civil E. citriodora, E. paniculata, E. cloeziana, E. urophylla Postes, dormen- tes e moirões E. citriodora, E. paniculata, E. cloeziana, E. urophylla Móveis E. grandis, E. saligna, E. urophylla., E. dunnii, E. urograndis Fonte: Silva e Xavier (2006) Espécies de eucalipto recomendadas considerando seus principais usos Fonte: Angeli (2005) Uso Espécie recomendada Celulose E. alba, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E. saligna, E. urophylla e E. grandis x E. urophylla (híbrido) Lenha e carvão E. brassiana, E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. deglupta, E. exserta, E. globulus, E. grandis, C. maculata, E. paniculata, E. pellita, E. pilularis, E. saligna, E. tereticornis, E. tesselaris e E. urophylla Serraria E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, C. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. punctata, E. resinifera, E. robusta, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla Móveis E. camaldulensis, C. citriodora, E. deglupta, E. dunnii, E. exserta, E. grandis, C. maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. resinifera, E. saligna e E. tereticornis Laminação E. botryoides, E. dunnii, E. grandis, C. maculata, E. microcorys, E. pilularis, E. robusta, E. saligna e E. tereticornis Caixotaria E. dunnii, E. grandis, E. pilularis e E. resinifera Construções E. alba, E. botryoides, E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, E. deglupta, C. maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. resinifera, E. robusta, E. tereticornis e E. tesselaris Dormentes E. botryoides, E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. deglupta, E. exserta, C. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. punctata, E. robusta e E. tereticornis Postes E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, C. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. punctata, E. propinqua, E. tereticornis e E. resinifera Estacas e moirões C. citriodora, C. maculata e E. paniculata Óleos essenciais E. camaldulensis, C. citriodora, E. exserta, E. globulus, E. smithii e E. tereticornis Taninos E. camaldulensis, C. citriodora, C. maculata, E. paniculata e E. smithii http://www.ipef.br/identificacao/eucalyptus/indicacoes.asp Textura do solo Espécie recomendada Argilosos C. citriodora, E. cloeziana, E. dunnii, E. grandis, C. maculata, E. paniculata E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna, e E. urophylla Textura média C. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. exserta, E. grandis, C. maculata, E. paniculata, E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla Arenosos E. brassiana, E. camaldulensis, E. deanei, E. dunnii, E. grandis, E. robusta E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla Hidromórficos E. robusta Distróficos E. alba, E. camaldulensis, E. grandis, C. maculata, E. paniculata, E. pyrocarpa e E. propinqua Fonte: Angeli (2005) Espécies de eucalipto recomendadas em função de clima e de solo Clima Espécie recomendada Úmido e quente E. camaldulensis, E. deglupta, E. robusta, E. tereticornis e E. urophylla Úmido e frio E. botryoides, E. deanei, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E. maidenii, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. resinifera, E. robusta, E. saligna e E. viminalis Subúmido úmido C. citriodora, E. grandis, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla Subúmido seco E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, C. maculata, E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. tereticornise E. urophylla Semiárido E. brassiana, E. camaldulensis, E. crebra, E. exserta, E. tereticornis e E. tessalaris 1. POR QUE USAR O EUCALIPTO? 2. DE ONDE VEM O EUCALIPTO? 3. COMO ESCOLHER? 4. CENÁRIO ATUAL DE USOS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO 5. CONSIDERAÇÕES 6. DICAS/SUGESTÕES SUMÁRIO 25/09/2017 8 2014 Norte de MG E. urophylla x camaldulensis (VM01) 4 anos E. urophylla (AEC 144) 4 anos 4. CENÁRIO ATUAL DE USOS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO ESCOLHA DE MATERIAIS GENÉTICOS DE EUCALIPTO EM FUNÇÃO DO USO E DAS CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS VIII Simpósio sobre “Técnicas de Plantio e Manejo de Eucalyptus para Usos Múltiplos” – Prof. José Leonardo de Moraes Gonçalves – ESALQ/USP Distribuição esquemática dos principais maciços florestais por região do pais Fonte: Associadas individuais e coletivas da ABRAF (2012) e diversas fontes compiladas por Pöyry Silviconsult (2012). Fonte: Gonçalves (2014) 0 20 40 60 80 100 120 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Telemaco Borba – PR Altitude : 768 m PP: 1629,2 mm T°C média: 18,5°C DH: 0 m Exce: 767,6 mm 0 20 40 60 80 100 120 140 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC São Mateus do Sul – PR Altitude : 910 m PPP: 1629,2 mm T°C média: 16,9°C DH: 0 m Exc: 841,1 mm 0 20 40 60 80 100 120 140 160 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Lages- SC Altitude : 1402 m PP : 1691,0 mm T°C média: 13,2° C DH: 0 m Exc: 1017,2 mm Fonte: Gonçalves (2014) -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Aracruz – ES Altitude : 28 m PP: 1200 mm T°C média: 23,6°C DH: 110 mm Exc: 90 mm -20 0 20 40 60 80 100 120 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Jacareí- SP Altitude : 570 m PP: 1239 mm T°C média: 21,4 °C DH: 37,9 mm Exc: 252,8 mm -20 0 20 40 60 80 100 120 140 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Itatinga- SP Altitude : 655 m PP: 1308 mm T°C média: 19,9°C DH: 2,4 mm Exc: 389,8 mm -10 0 10 20 30 40 50 60 70 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Capão Bonito – SP Altitude : 702 m PP : 1210 mm T°C média: 20,1°C DH: 0,8 mm Exc: 271,4 mm -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 140 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Mogi Mirim - SP Altitude : 588 m PP: 1325 mm T°C média: 21,7 °C DH: 59,3 mm Exc: 337,4 mm -100 -500 50 100 150 200 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Três Marias – MG Altitude : 760 m PP: 1439 mm T°C média: 22,5 °C DH: 225 mm Exc: 570 mm Fonte: Gonçalves (2014) -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Três Lagoas – MS Altitude : 313 m PP : 1302,0 mm T°C média: 23,8 °C DH: 52,7 m Exc: 94,5 mm -20 0 20 40 60 80 100 120 140 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Sinop- MT Altitude : 118 m PP : 1314 mm T°C média: 25,2°C DH: 295 m Exc: 115 mm Campo Grande- MS Altitude : 530 m PP: 1468 mm T°C média: 22,7 °C DH: 15,4 m Exc: 360 mm Fonte: Gonçalves (2014) 25/09/2017 9 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 250 300 350 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m Extrato do Balanço Hídrico Mensal DEF(-1) EXC Macapá- AP Altitude : 14 m PP : 2570 mm T°C média: 26,6°C DH: 299 m EXC: 1223 mm -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Alagoinhas – BA Altitude : 131 m PP: 1233mm T°C média: 23,9°C DH: 160 mm Exc: 150 mm -150 -100 -50 0 50 100 150 200 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Palmas- TO Altitude : 239 m PP: 1667 mm T°C média: 26,1°C DH: 450 m Exc: 560,5 mm -200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 250 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez m m DEF(-1) EXC Caxias-MA Altitude : 103 m PP : 1557 mm T°C média: 26,9 °C DH: 700 mm Exc: 530 mm Fonte: Gonçalves (2014) Materiais genéticos recomendados para regiões sem ou com pouca deficiência hídrica Tipo climático Cfa = Clima subtropical úmido, sem estação seca, com verão quente Cfb = Clima subtropical úmido, sem estação seca, com verão temperado Média anual de chuvas: 1500 - 2500 mm/ano Temperatura média anual: 13-20 oC Evapotranspiração média anual: 500 – 1000 mm/ano Estação seca No de meses: 0-2 Déficit hídrico: 0-50 mm/ano Materiais genéticos E. grandis, E. urophylla, E. saligna, E. urophylla x grandis C. citriodora Produtividade esperada (IMA): 35 – 60 m3 ha-1 ano-1 Fonte: Gonçalves (2014) Eucalyptus grandis Atributos Db = 0,42 – 0,48 g cm-3 Teor de lignina = 24 – 26% Principais usos • celulose, energia, serraria, painel, madeira tratada, carvão Suscetibilidade/resistência • Pragas: muito suscetível ao percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus) suscetível à vespa-da-galha (Leptocybe invasa) tolerante ao psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei) • Doenças: suscetível a muito suscetível à ferrugem (Puccinia psidii) e ao cancro basal (Diaporthe cubensis) suscetível à mancha foliar de Mycosphaerella (várias espécies) Fonte: Gonçalves (2014) Eucalyptus grandis Atributos Tolerância à deficiência hídrica • baixa a não tolerante • ≤ 3 meses secos (≤ 50 mm chuva/mês) Tolerância à geada • baixa a não tolerante Solos • ideal: profundos (≥ 1m), bem drenados Capacidade de brotação • sobrevivência da cepa: baixa (< 80%) a média (80-90%) • vigor dos brotos: baixo a médio Produtividade esperada • alta (IMA ≥ 40 m3 ha-1 ano-1) Fonte: Gonçalves (2014) Corymbia citriodora Atributos Db = 0,72 – 0,75 g cm-3 Teor de lignina = 27 – 29% Principais usos • madeira tratada, óleo essencial, energia, carvão, serraria, produção de mel Suscetibilidade/resistência • Pragas: suscetível ao psilídeo-de-ponteiro (Ctenarytaina eucalypti) tolerante ao psilídeo-de-concha, à vespa-da-galha e ao percevejo bronzeado • Doenças: suscetível à mancha foliar de Cylindrocladium resistente ao cancro muito resistente à ferrugem suscetível à Armillaria luteobubalina (doença/apodrecimento radicular) Fonte: Gonçalves (2014) Atributos Tolerância à deficiência hídrica • média • 3 a 5 meses secos Tolerância à geada • não tolerante Solos • ideal: profundos (≥ 1m), bem drenados Capacidade de brotação • sobrevivência da cepa: baixa a média • vigor dos brotos: baixo a médio Produtividade esperada • média (IMA entre 30 e 40 m3 ha-1 ano-1) Corymbia citriodora Fonte: Gonçalves (2014) 25/09/2017 10 Materiais genéticos recomendados para regiões com média deficiência hídrica Tipo climático Cwb = Clima subtropical úmido, com inverno seco e verão temperado Am = Clima tropical monçônico, com pequena estação seca no inverno Média anual de chuvas: 1000 - 1800 mm/ano Temperatura média anual: 18-20 oC Evapotranspiração média anual: 800 – 1100 mm/ano Estação seca No de meses: 2-3 Déficit hídrico: 50 - 100 mm/ano Materiais genéticos E. urophylla, E. urophylla x grandis, E. grandis C. citriodora Produtividade esperada (IMA): 35 – 45 m3 ha-1 ano-1 Fonte: Gonçalves (2014) Eucalyptus urophylla Atributos Db = 0,48 – 0,56 g cm-3 Teor de lignina = 27 – 29% Principais usos • energia, carvão, celulose, madeira tratada, produção de mel Suscetibilidade/resistência • Pragas: muito suscetível ao psilídeo-de- concha (C. spatulata e B. occidentalis) tolerante à vespa-da-galha • Doenças: boa fonte de resistência à ferrugem e ao cancro basal suscetível à mancha foliar de Mycosphaerella (várias espécies) Fonte: Gonçalves (2014) Eucalyptus urophylla Atributos Tolerância à deficiência hídrica • média • 3 a 5 meses secos Tolerância à geada • não tolerante Solos • ideal: profundos (≥ 1m), bem drenados Capacidade de brotação • sobrevivência da cepa: alta (> 90%) • vigor dos brotos: alto Produtividade esperada • alta (IMA ≥ 40 m3 ha-1 ano-1) Fonte: Gonçalves (2014) Materiais genéticos recomendados para regiões com alta deficiência hídrica Tipo climático Cwa = Clima subtropical úmido, com inverno seco e verão quente Aw = Clima tropical, com estação seca no inverno Média anual de chuvas: 1000 - 1800 mm/ano Temperatura média anual: 20-24 oC Evapotranspiração média anual: 1000 – 1200 mm/ano Estação seca No de meses: 3 - 4 Déficit hídrico: 100 - 200 mm/ano Materiais genéticos E. urophylla, E. urophylla x grandis, E. grandis x camaldulensis (E. grancam), E. urophylla x camaldulensis, E. camaldulensis, E. tereticornis Produtividade esperada (IMA): 35 – 45 m3 ha-1 ano-1 Fonte: Gonçalves (2014) Materiais genéticos recomendados para regiões com muito alta deficiência hídrica Tipo climático Aw = Clima tropical, com estação seca no inverno Média anual de chuvas: 1100 - 2000 mm/ano Temperatura média anual: 24-26 oC Evapotranspiração média anual: 1100 – 1500 mm/ano Estação seca No de meses: 4 - 6 Déficit hídrico: 200 - 400 mm/ano Materiais genéticos E. urophylla x camaldulensis, E. grandis x camaldulensis E. tereticornis x brassiana, E. tereticornis x urophylla E. brassiana, E. camaldulensis, E. tereticornis Produtividade esperada (IMA): 25 – 35 m3 ha-1 ano-1 Fonte: Gonçalves (2014) Materiais genéticos recomendados para regiões com extrema deficiência hídrica Tipo climático As = Clima tropical, com estação seca no verão BSh = Clima semiárido, com chuvasescassas e irregulares Média anual de chuvas: 700 - 1500 mm/ano Temperatura média anual: 23-27 oC Evapotranspiração média anual: 600 – 1000 mm/ano Estação seca No de meses: > 6 Déficit hídrico: > 400 mm/ano Materiais genéticos O plantio não é recomendado Fonte: Gonçalves (2014) 25/09/2017 11 Materiais genéticos recomendados para regiões com ocorrência de geada • Espécies para regiões com geadas leves: E. grandis, E. saligna, E. deanei e E. urophylla •Espécies para Regiões com geadas moderadas: E. dunnii, E. maidenii e E. camaldulensis • Espécies para regiões com geadas severas: E. benthamii, E. badjensis, E. viminalis, E. nitens, E. globulus Fonte: Gonçalves (2014) E. grandis muito suscetível Fonte: Gonçalves (2014) Materiais genéticos recomendados para regiões com ocorrência de geada EXPERIÊNCIA - KLABIN Tolerância das espécies à geadas severas: E. dunnii E. benthamii Experiência da Klabin Espécies subtropicais de Eucalyptus Fonte: James Stahl 41ª Reunião Técnico-científica do PTSM Fonte: Gonçalves (2014) E. benthamii tolerante à geada Otacílio Costa, SC Fonte: Gonçalves (2014) Materiais genéticos recomendados para regiões com ocorrência de geada 1. Escape da geada pelo local Alocação de genótipos com diferentes graus de tolerância à geada de acordo com a posição topográfica 2. Escape da geada pela época de plantio • Realizado na primavera, quando a ocorrência de geadas é mínima • As plantações crescem o suficiente para sobreviver à chegada da próxima estação fria, que começa em abril Experiência da Klabin Espécies subtropicais de Eucalyptus Fonte: James Stahl 41ª Reunião Técnico-científica do PTSM Fonte: Gonçalves (2014) Estratégias para adequação genotípica em áreas com alto risco de geada Espécies/Clones menos tolerantes Espécies/Clones Tolerantes e/ou resistentes Zoneamento local Zoneamento Local Experiência da Klabin Espécies subtropicais de Eucalyptus Fonte: James Stahl 41ª Reunião Técnico-científica do PTSM Fonte: Gonçalves (2014) 25/09/2017 12 E. dunnii E. dunnii E. benthamii E. benthamii Cotas Inferiores “baixadas” Cotas Superiores Distribuição das espécies Distribuição de Espécies Experiência da Klabin Espécies subtropicais de Eucalyptus Fonte: James Stahl 41ª Reunião Técnico-científica do PTSM IMA médio = 42 m3 ha-1 ano-1 IMA médio = 35 m3 ha-1 ano-1 Fonte: Gonçalves (2014) EXPERIÊNCIA - KLABIN Zoneamento em área de ocorrência de geadas fracas E. dunnii E. saligna Experiência da Klabin Espécies subtropicais de Eucalyptus Fonte: James Stahl 41ª Reunião Técnico-científica do PTSM Fonte: Gonçalves (2014) Pinus taeda (terço inferior) Eucalyptus benthamii (terço médio) Eucalyptus dunnii (terço superior) Mapa Pós-Plantio Mapa Pós-Plantio Fonte: Gonçalves (2014) 1. POR QUE USAR O EUCALIPTO? 2. DE ONDE VEM O EUCALIPTO? 3. COMO ESCOLHER? 4. CENÁRIO ATUAL DE USOS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO 5. CONSIDERAÇÕES 6. DICAS/SUGESTÕES SUMÁRIO 5. CONSIDERAÇÕES Uma única espécie não é capaz de atender todas as aplicações Houve um alto grau de melhoramento genético de algumas espécies (E. grandis, E. urophylla, etc.) A gama de espécies (que é muito grande), se limita a poucas espécies, conforme se aumenta as especificidades que se deseja da madeira 5. CONSIDERAÇÕES As mudanças do clima e o surgimento/introdução de novas pragas e doenças causa pressão sobre os materiais genéticos mais utilizados, necessitando de introdução de novas espécies ou hibridação A hibridação (duas e três espécies) com espécies não “comuns” é necessária Transgenia já é uma realidade 25/09/2017 13 Gênero Subgênero Seção Espécie Importância Melhoramento Eucalyptus 1. Symphyomyrthus 1.1 Transversaria E. grandis Fonte de crescimento E. saligna E. urophylla E. pellita Divisão taxonômica do eucalipto (somente das principais espécies usadas em plantações no Brasil) 1.2 Maidenaria E. dunnii Fonte de resistência ao frio E. benthamii E. globulus E. viminalis 1.3 Exsertaria E. camaldulensis Fonte de resistência à seca E. tereticornis E. brassiana 2. Idiogenes E. cloeziana 3. Monocalyptus E. pilularis E. pyrocarpa Corymbia C. citriodora Fonte de aumento da densidade básica C. torelliana C. maculata MELHORAMENTO GENÉTICO 1. POR QUE USAR O EUCALIPTO? 2. DE ONDE VEM O EUCALIPTO? 3. COMO ESCOLHER? 4. CENÁRIO ATUAL DE USOS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO 5. CONSIDERAÇÕES 6. DICAS/SUGESTÕES SUMÁRIO 6. DICAS/SUGESTÕES Teste do Uso Múltiplo do Eucalipto (TUME) http://www.projetotume.com/ Programa Cooperativo do IPEF: “Tolerância de Eucalyptus Clonais aos Estresses Hídrico e Térmico” (TECHS) http://www.ipef.br/techs/ OBRIGADO
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