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aula-leguminosas-2013

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25/04/2013 
1 
 
 
LEGUMINOSAS 
Principais cultivares e suas implicações 
Morfologia de leguminosas 
RAIZ 
• Sistema radicular pivotante (raiz 
principal) 
• Raiz tuberosa (raiz caulinar) 
• CAULE 
• 1. Rizoma 
• 2. Estolão 
• 3. Caules volúveis 
• 4. Caules erectos (herbáceos e lenhosos) 
FOLHAS 
Compostas e recompostas 
 
 Folíolos 
Peciolulo 
Pecíolo 
A folha de leguminosa consiste de três partes: 
1. Folíolo; 
2. Pecíolo (peciolulo); 
3. Estípula. 
 
Estípula 
 FLORES 
 
• Brácteas 
• Cálice 
• Corola 
• Androceu 
• Gineceu 
 
 
 FRUTOS 
 
• Legume 
(deiscente ou 
indeiscente) 
25/04/2013 
2 
Leguminosas 
Aumenta o teor de N no sistema solo/planta 
Aumenta o teor de proteína da forragem 
Aumento no estoque de proteína para a 
estação seca 
Aumenta o consumo de forragem 
Redução nos custos de suplementação 
Leguminosas Forrageiras 
• Pouca expressão 
• Insucessos do passado 
• Complexidade de manejo 
• Novas cultivares 
• Poucas informações em sistemas de produção 
Fixação Simbiótica de Nitrogênio 
• FBN  Principal via de inclusão do N atmosférico no sistema 
solo-planta (170 x 109 kg de N/ano) 
 
• Leguminosas fixadoras de N  ~75 % do N  fixação 
biológica 
 
• Leguminosas forrageiras tropicais podem fixar  2 a 183 
kg/ha/ano de N, e a FBN responde por 70 a 94 % do N na parte 
área 
 
 Pastagens de puerária (Pueraria phaseoloides) apresentaram 
75 a 92 % do NDFB; 
 
 Stylosanthes spp. o NDFB representou de 60 a 90 % do N da 
planta ao longo de três anos (2 a 84 kg/ha/ano de N fixado) 
 
 
Fixação Simbiótica de Nitrogênio 
• A quantidade de N fixado varia com a espécie e com as 
condições do ambiente. 
1. Acidez do solo 
2. Salinidade 
3. Deficiências ou excesso de minerais 
4. Estresse hídrico 
5. Variações na temperatura 
6. Quantidade de N inorgânico no solo 
7. Pragas e doenças 
 
 
Quanto mais pobre em N for o solo, maior será a proporção do N da 
planta derivado da fixação biológica (% FBN). 
 
• A velocidade da liberação interfere na participação da 
gramínea e da leguminosa na consorciação; 
 
• Condições ambientais; 
 
• Ritmo de crescimento da planta forrageira; 
 
• Atividade da fauna e do microbiota e, Manejo do pastejo. 
C
O
N
S
Ó
R
C
I
O 
A liberação do nitrogênio fixado 
biologicamente responderá em grande 
parte pela manutenção da produtividade 
da gramínea Altas taxas de transferência de N não são 
desejáveis porque afetam a estabilidade da 
consorciação, uma vez que favorecem o 
crescimento da gramínea, diminuem o 
crescimento da leguminosa. 
25/04/2013 
3 
Opções de cultivares de leguminosas 
tropicais para uso em pastagens 
 O êxito na utilização de pastagens consorciadas inicia-se pela 
escolha da cultivar mais adequada: 
 
 às condições ambientais, 
 à natureza da exploração, 
 à capacidade de intervenção e 
 à disponibilidade de recursos. 
 
 Como determinante, tem-se a percepção da relação entre 
custo e risco da opção por leguminosas. 
 
 Para minimizar os riscos e incertezas, o 
principal instrumento, é o conhecimento das 
vantagens e, as desvantagens, restrições ou 
limitações que os cultivares apresentam. 
 
 A interação genótipo x ambiente pode 
modificar acentuadamente a resposta 
adaptativa e produtiva 
Gênero Stylosanthes 
 
Características gerais: 
44 espécies (25 do Brasil) 
No Brasil = 8 cultivares comerciais 
Arbusto ereto ou semiereto, podendo ser anual ou perene, 
normalmente de altura 1,2m, folhas pilosas trifolioladas, 
flores amarelas (ou laranja). 
 
Adaptação: 
Ampla variação de climas 
Resistência às secas: S. guianensis, S. macrocephala e S. 
capitata 
Ótima performance em solos arenosos e de baixa 
fertilidade 
Produção de forragem superior a 10 t MS/ha 
 
 
Gênero Stylosanthes 
 
• Estilosantes Mineirão - Stylosanthes guianensis var. 
vulgaris cv. Mineirão 
• Estilosantes Campo Grande - Mistura de duas espécies 
de leguminosas, Stylosanthes capitata e S. macrocephala 
 
• Qualidade da forragem: 
 Águas (18%PB e 60% Dig) 
 Secas (mineirão=12%PB e Campo Grande=16%PB) 
 
 Uso: 
 Banco de proteína com pastos de capim Marandu, 
Tanzânia ou Mombaça 
 
 Taxa de semeadura: 800g a 2,0 kg/ha 
Fig. 1. Nitrogênio fixado (kg/ha) por plantas de estilosantes Campo 
Grande, estilosantes cv. Mineirão e estilosantes cv. Pioneiro 
(Adaptado de Miranda et al., 1999). 
Fig. 3. Ganho médio diário e anual em pastagens de Brachiaria decumbens pura e consorciada com estilosantes Campo Grande (Adaptado de 
Valle et al., 2001). 
25/04/2013 
4 
Stylosanthes guianensis Stylosanthes hamata 
Stylosanthes capitata Stylosanthes humilis 
Stylosanthes guianensis 
Stylosanthes humilis 
Arachis pintoi 
 Nome comum: amendoim forrageiro, amendoim de veado 
 Características vegetativas: estolonífero, crescimento 
rasteiro 
 Ciclo vegetativo: perene 
 Caules: estolão 
 Folhas: composta 
 Flores: coloração amarelo 
 Adaptação: regiões tropicais úmidas, no Brasil central 
(várzeas). Perde folha na seca, mas tem rebrote veloz. Tolera 
geada e rebrota com vigor na primavera. Pequena resposta ao 
Ca, boa resposta ao P. 
 Propagação: sementes 
 Utilização: pastagens consorciadas e feno com produção de 10-
15 t/ha 
 
http://www.hear.org/starr/hiplants/images/600max/html/starr_061109_1488_arachis_pintoi.htm
25/04/2013 
5 
Pueraria (Pueraria phaseoloides) 
 Nome comum: kudzu tropical 
 Características vegetativas: prostrado 
 Ciclo vegetativo: perene 
 Caules: bem desenvolvidos, volúveis e recobertos 
totalmente 
 Folhas: trifoliadas, com folíolos rombóides, 
apresentando-se recobertos de pelos ferrugíneos 
 Flores: coloração lilás 
 Frutos: vagens cilíndricas, estreitas e longas (9-10 cm) 
 Adaptação: qualquer tipo de solo, preferindo os de 
média fertilidade e com boa precipitação 
 Propagação: sementes (3 a 5 kg/ha) 
 Utilização: pastagens consorciadas e feno 
Kudzu tropical 
LEUCENA 
• Gênero: Leucaena 
• Espécie: Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. 
• Nome comum: LEUCENA 
• Características Vegetativas: Planta arbustiva 
ou arbórea perene. Folhas bipinadas, paripinadas 
com 4 a 10 pares de pinas. Flores brancas, muito 
pequenas, agrupadas em inflorescência tipo 
capítulo, globoso. As vagens são finas, achatadas 
e longas (10 a 20 cm). As sementes são de 
coloração marrom escura, brilhantes. 
 
25/04/2013 
6 
LEUCENA 
• ADAPTAÇÃO: Prefere solos com pH mais elevado, mas 
pode crescer em solos ácidos, desde que não apresentem 
alumínio. 
 Não aceita solos encharcados. 
 Requer 600 a 700 mm de chuva- 22 a 30˚C. 
 Suporta estiagem curta e geadas 
 Atacado por cupins e formigas 
 Psilídeo é a principal praga do mundo 
• PROPAGAÇÃO: 
 Sementes: 5 a 6 Kg/ha (40 a 60 sementes/m em linhas 
espaçadas de 2,00 m) 
 20 a 40 Kg/ha: linhas espaçadas de 0,5 a 1,0m) 
 10 cultivares no mundo (2 híbridos), cv. 
Cuningham é o mais usado no Brasil 
 
 
Os cultivares foram agrupados em três tipos 
principais: 
 Havai: baixo, arbustivo, de florescimento precoce. 
 
 El Salvador: alto, ramos esparsos na base, de 
florescimento tardio. 
 
 Perú: alto, bastante ramificado na base, de 
florescimento tardio. 
 
 
 
LEUCENA 
UTILIZAÇÃO: Banco de proteína, Pastagens consorciadas 
(gramíneas estoloníferas) e Adubação verde, Produção de madeira. 
 
 Ótima qualidade de forragem e aceitabilidade (PB<15%). 
 
 
 
 OBSERVAÇÃO: mimosina (aminoácido) transformado pelas 
bactérias do rúmen em 3,4 dihidroxipiridina, que provoca 
queda de pêlos, salivação excessiva e paralização do 
crescimento dos animais. Dietas com menos de 30 % de 
leucena na base da materia seca - sem problemas para 
bovinos. 
25/04/2013 
7 
Guandu 
• Gênero:Cajanus 
 
• Espécie:Cajanus cajan (L.) Millsp 
 
• Nome comum:Guandu 
 
• Características Vegetativas:Arbusto perene de 1,5 a 3m de 
altura, 
 
• Origem: África tropical ocidental, e América Central Folhas 
trifolioladas, Flores podem ser totalmente amarelas ou 
apresentarem o estandarte com estrias vermelhas. Frutos 
são vagens com reentrancias visíveis lateralmente. As 
sementes tem formato globoso, podendo ser de coloração 
creme amarelada, marrom ou apresentar pintas escuras 
sobre fundo claro. 
 
Guandu 
• ADAPTAÇÃO:De elevada rusticidade, pode ser 
cultivada em qualquer tipo de solo. Não apresenta 
exigências. 
 
• PROPAGAÇÃO: Sementes: 
 10 a 14 Kg/ha: linhas espaçadas de 0,5 a 1,0m) 
 120 a 150 Kg/ha: linhas espaçadas de 0,3- 0,4m) 
 
 linhas espaçadas de 5 a 10m(20sementes/cova) 
Guandu 
• UTILIZAÇÃO: 
 Enriquecer palhada de milho (na razão de 30% de sementes) 
 Grãos na alimentação humana e animal 
 Adubação verde 
 Fenação 
ALFAFA 
• Espécie: Medicago sativa L. 
 
• Nome comum: alfafa 
 
• Origem: Ásia 
 
• Ciclo vegetativo: perene 
 
• Aspectos morfológicos: 
 Raíz pivotante (2a 5 m de profundidade) 
 Caule herbáceo 
 Folhas trifoliadas com folíolos ovais 
 Flores pequenas de cor violácea dispostas em rácemos abertos 
 Fruto Legume, indeiscente 
Sementes pequenas (1 g/ 500 a 550 sementes) 
25/04/2013 
8 
ALFAFA 
• Clima: temperado, crescimento reduzido no inverno rigoroso. 
• Temperatura Ótima: 10 a 25˚C. 
• Produção >na.primavera/verão 
• Tolerante a seca = raiz profunda 
• Chuvas 900 a 1400mn/ano . 
• Produção 1 kg de MS = 700 a 800 litros d’água. 
• Solo: 
 Exigente em fertiridade ( Solos profundos), 
 Textura areno argilosa. 
 pH ótimo 6 a 7,5 (ausência de alumínio e manganês) 
 Exigente em K,P,Ca,Mg, S,B, Zn, Mo, Co. 
ALFAFA 
• ADUBAÇÃO:remoção de nutrientes=produção 
de 20 t MS/ha 
 P-106 kg de P2O5; 493 de k2O; 196 de Ca; 45 de 
Mg e 45 de S. 
 
 Recomendação:400 kg de KCl; 50 kg de sulfato 
de Zn; 25kg de ácido bórico. 
 calcário 1,0 t/ha. Matéria orgânica( 20-25t/ha) 
Alfafa 
Plantio 
 
 Época= outono com 130 a 150 plantas/m2 
 Preparo do solo x tamanho das sementes 
 Profundidade= 1 a 2 cm 
 Densidade= 10 a 20kg/ha 
 
Plantio=lanço (manual, mecânico) 
 Linhas de 20 a 30 cm 
ALFAFA 
• UTILIZAÇÃO: feno,silagem, corte e pastejo 
 Alimentação humana (brotos, extratos de folhas); 
alimentação de aves (fonte de beta caroteno); 
 
Cortes – brotação basilar abaixo de 8 cm 
 10 a 20 % de florescimento (primavera-verão) 
 outono-inverno 34 a 36 dias 
 Altura de corte 7 a 8 cm 
 
Problemas – pragas e doenças52 
 
 
25/04/2013 
9 
Pragas e doenças 
 Por se tratar de uma cultura perene, a 
alfafa é predisposta a sofrer ataque de 
pragas e doenças, tanto na parte aérea 
como nas raízes, cujos efeitos são 
acentuados pelo manejo inadequado ou 
condições ambientais desfavoráveis. 
Entretanto, as mais sérias são aquelas que 
afetam as partes perenes das plantas, 
como a coroa e as raízes. 
Alfafa – pragas e doenças 
Lagarta rosca (Agrostis apisilon) 
 
Lagarta da folha (Mocis latipens) 
 
Lagarta da alfafa (Colis lesbia pyrrthothera) 
 
Lagarta mede palmos (Rachiplusia nu) 
 
Outros : pulgões e besouros. 
 
Doenças 
 Antraquinose (Colletrotriclum trifolii): mancha de coloração 
marrom ou negra na base do caule. 
 
 Cercóspora (Cercospora medicaginis): manchas amarelo-escuras 
nos folíolos; 
 
 Podridão úmida da raiz: (Phytophthora megasperma) 
 
 Fusarium (Fusarium) : podridão de coloração marrom nos tecidos 
vasculares das raízes 
 
 Nematóides; 
 
Manejo adequado, acompanhamento freqüente do estado 
sanitário e, em alguns casos, pulverizações com fungicidas ou 
inseticidas podem evitar prejuízos maiores a cultura. 
 
CALOPOGONIO 
 Gênero: Calopogonium 
 
 Espécie: Calopogonium mucunoides Desv. 
 
 Nome comum: CALOPOGONIO 
 
 Características Vegetativas: 
 Hábito de crescimento- prostrado. 
 Ciclo vegetativo- perene 
 Caules- finos, flexíveis, volúveis, recobertos de pêlos 
ferrugineos. 
 Folhas- trifoliadas com folíolos de formato irregular e 
também recobertos de pêlos ferrugineos. 
 Flores- azuladas 
 Frutos- vagens curtas e retas(2a 4 cm) e também 
recobertos de pêlos ferrugineos. 
 
CALOPOGÔNIO 
ADAPTAÇÃO: Qualquer tipo de solo. Não tolera sombra 
nem excesso de umidade. 
 
PROPAGAÇÃO: Sementes: 
 2 a 4 Kg/ha 
 3 a 5 Kg/há 
 
UTILIZAÇÃO: pastagens consorciadas e fenação 
 
 
 
25/04/2013 
10 
Neonotonia wightii 
Soja Perene 
http://www.acguanacaste.ac.cr/paginas_especie/plantae_online/magnoliophyta/fabaceae/calopogonium_mucunoides/c_mucunoides_13abr1999/calopogonium mucunoides_2700/ACG-PI-d-5710_g.jpg
25/04/2013 
11 
JAVA OU JADE 
Espécie 
 
Cultivar 
 
Porte 
e 
cresci
m. 
 
Exigênc
ia 
fertilid
ade 
 
Dificuldad
e 
 no 
manejo 
 (em 
consórcio) 
 
Resistência 
 à praga e 
 doença 
 
Tolerância 
ao mau 
manejo 
persistênci
a 
 
Prod. 
sement
e 
 
VN 
 
Arachis 
 pintoi 
 
Amarillo 
 
 
Herbác
eo, 
prostr
ado, 
estolon
ífero 
 
Média 
 
Baixa 
 
Média - 
Cercosporios
e 
 
Alta 
 
Média 
 
Alto, com 
alta 
palatabilid
ade 
 
Belmont
e 
 
Alta - 
Cercosporios
e 
 
Nula ou 
despre
zível 
 
Calopogoniu
m 
 mucunoides 
 
Comum 
 
 
Herbác
eo, 
volúvel 
 
Baixa 
 
Média 
 
Alta 
 
Alta 
 
Alta 
 
Médio 
 
Cajanus 
 Cajan 
 
Super N 
 
 
Subarb
usto, 
ereto 
 
Baixa 
 
Média 
 
Alta 
 
Média 
 
Alta 
 
Médio 
 
Algumas características morfológicas e adaptativas de 
cultivares de leguminosas forrageiras tropicais 
Espécie 
 
Cultivar 
 
Porte e 
Cresci-
mento 
 
Exigên-
cia 
fertili-
dade 
 
Dificulda-
de 
 no manejo 
 
(consórcio) 
 
Resistência 
 à praga e 
 doença 
 
Tolerância 
ao mau 
manejo 
Persistên-
cia 
 
Prod. 
Se-
mentes 
 
VN 
 
Leucaena 
 leucocephala 
 
Cunning
ham 
 
Arbusti
vo-
arbóre
o, 
ereto 
 
Alta 
 
Alta 
 
Ataque de 
formigas e 
cupins no 
estabelecime
nto 
 
Média 
 
Alta 
 
Alto, com 
alta 
palatabilid
ade 
 
Pueraria 
 phaseoloides 
 
Comum 
 
 
Herbác
eo, 
volúvel 
 
Média-
Alta 
 
Média 
 
Alta 
 
Baixa 
 
Alta 
 
Médio 
 
Stylosanthes 
 guianensis 
 
Mineirão 
 
Herbác
eo-
subarb
ustivo, 
ereto 
 
Baixa 
 
 Alta 
 
Alta - 
Antracnose 
 
Baixa 
 
Baixa 
 
Médio 
 
Stylosanthes 
 
macrocephala 
 
Pioneiro 
 
 
Herbác
eo, 
ereto 
 
Baixa 
 
Média 
 
Média - 
Antracnose 
 
Baixa 
 
Alta 
 
Médio 
 
Espécie 
 
Cultivar 
 
Porte 
e 
cresci- 
mento 
 
Exigên 
cia 
fertili-
dade 
 
Dificulda-
de no 
manejo 
(consórcio) 
 
Resistência 
 à praga e 
 doença 
 
Tolerância 
ao mau 
manejo 
Persistên-
cia 
 
Prod. 
Semen
-tes 
 
VN 
 
Stylosanhte 
spp. 
(S. capitata 
+ 
 S. 
macrocepha-
la) 
 
Campo 
 Grande 
 
Herbác
eo, 
ereto 
 
Baixa 
 
Média 
 
Alta - 
Antracnose 
 
Baixa 
 
Alta 
 
Médio 
 
Neonotonia 
 wightii 
 
Clarenc
e, 
Cooper, 
Tinaroo 
 
Herbác
eo, 
volúvel 
 
Alta 
 
Média 
 
Média - 
Oídio 
 
Baixa 
 
Média 
 
Alto 
 
25/04/2013 
12 
Principais aspectos positivos e negativos de 
cultivares de leguminosas forrageiras tropicais 
 
Espécie 
 
Cultivar 
 
Aspectos positivos 
 
Aspectos negativos 
 
Arachis 
 Pintoi 
 
Amarillo 
 
Qualidade da forragem; persistência; 
tolerante ao encharcamento do solo; 
boa capacidade de consorciação. 
Também utilizada como planta de 
cobertura 
 
Baixa retenção de folhas na 
seca; oferta e preço de 
sementes. Baixa 
produtividade em vários locais 
 
Belmonte 
 
Idem cv. Amarillo 
 
Baixa retenção de folhas na 
seca. Propagação apenas por 
mudas. 
 
Calopogonium 
 mucunoides 
 
Comum 
 
Oferta de sementes no mercado; boa 
capacidade de ressemeadura natural; 
facilidade de estabelecimento. Plantio 
pode ser associado com arroz. Também 
utilizada como planta de cobertura 
 
Qualidade da forragem; baixa 
retenção de folhas na época 
seca; baixa 
aceitabilidade/palatabilidadeno período chuvoso 
 
Espécie 
 
Cultivar 
 
Aspectos positivos 
 
Aspectos negativos 
 
Cajanus 
 Cajan 
 
Super N 
 
Crescimento rápido; Uso múltiplo; 
oferta de sementes no mercado; 
facilidade de estabelecimento 
 
Baixa retenção de folhas na 
época seca. Ciclo de vida 
bienal. 
 
Leucaena 
 leucocephala 
 
Cunningham 
 
Qualidade da forragem; alta 
palatabilidade; capacidade de 
consorciação; alta produtividade na 
estação chuvosa e, em locais de alta 
fertilidade natural, boa produção na 
seca; oferta de sementes no 
mercado. Alta sobrevivência depois 
de estabelecido. 
 
Baixa tolerância a solos 
ácidos, afetando a retenção 
de folhas na seca. Não pode 
ser o único volumoso na 
dieta, devido a presença de 
mimosina (fator anti-
nutricional). 
 
Pueraria 
 phaseoloides 
 
Comum 
 
Capacidade de consorciação com 
gramíneas agressivas; alta qualidade 
da forragem, adaptada a áreas 
úmidas; pouco atacada por pragas e 
doenças; boa ressemeadura natural 
 
Baixa retenção de folhas na 
seca 
 
Espécie 
 
Cultivar 
 
Aspectos positivos 
 
Aspectos negativos 
 
Stylosanthes 
 guianensis 
 
Mineirão 
 
Adaptação a solos ácidos e de baixa 
fertilidade; alta retenção de folhas na 
época seca; resistência à antracnose; 
florescimento tardio. Muito utilizado 
como banco de proteína no período seco. 
 
Difícil manejo do pastejo; alto 
custo das sementes; pequena 
ressemeadura natural; 
estabelecimento/crescimento 
inicial lento 
 
Stylosanthes 
 
macrocephala 
 
Pioneiro 
 
Adaptados a solos arenosos; bom 
produtor de sementes com boa 
ressemeadura natural; capacidade de 
consorciação com B. decumbens e 
Andropogon gayanus; 
 
Baixa retenção de folhas na 
seca; atualmente sem oferta de 
sementes no mercado. 
 
Stylosanhtes 
spp. 
(S. capitata + 
 S. 
macrocephala) 
 
Campo 
 Grande 
 
Adaptação a solos arenosos; persistência 
sob pastejo; ressemeadura natural; baixo 
preço da sementes; tolerância à 
antracnose alta ou média, dependendo do 
local de cultivo. 
 
Baixa retenção de folhas na 
seca 
 
Neonotonia 
 wightii 
 
Clarence, 
Cooper, 
Tinaroo 
 
Alto valor alimentício; capacidade de 
consorciação com gramíneas mais 
agressivas; boa ressemeadura natural 
 
Não validada em várias regiões 
do Cerrado; possibilidade de ser 
invasora em áreas de integração 
pecuária lavoura; baixa oferta 
de sementes no mercado; baixa 
retenção de folhas na seca 
 
• Nos atuais cultivares, a produtividade de 
forragem e a estacionalidade da produção 
dependerão da duração da estação seca e do 
ciclo fenológico. 
 
• Em geral, os cultivares têm comportamento 
tardio e foram selecionados para sistemas com 
baixo uso de insumos. 
 
• Características como porte, hábito de 
crescimento e palatabilidade, demandarão 
estratégias diferenciadas de manejo. 
 
 Dentre os cultivares ou gêneros botânicos 
com maior estoque de informações, 
destacam-se: 
 
• os estilosantes (Stylosanthes spp.), 
• o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) e 
• a leucena (Leucaena spp.), 
 
 Por serem os mais cultivados e/ou mais 
promissores. 
 
Conhecendo: 
 
 as características adaptativas dos cultivares (solo e 
clima, principalmente), 
 a capacidade de retenção de folhas na seca e, 
 a distribuição da produção ao longo do ano.... 
 
 .....diversas combinações de pastagens consorciadas 
poderão existir na propriedade visando o melhor 
suprimento em quantidade e qualidade ao longo do ano, 
como por exemplo: 
 
 pastagens consorciadas de Leucaena nas águas; 
 pastagens de Cajanus na transição águas-seca e 
 pastagens de Stylosanthes na época seca. 
 
25/04/2013 
13 
 Dentre as gramíneas, o Andropogon gayanus cv. 
Planaltina ou cv. Baetí é o que apresenta maior 
facilidade de consorciação com as leguminosas 
herbáceas. 
 
 A Brachiaria brizantha cv. Marandu tem se 
mostrado a gramínea mais agressiva, sendo difícil a 
estabilidade dos pastos consorciados com 
leguminosas herbáceas ou de porte baixo. 
• Em Brachiaria, o cultivar Basilisk (B. 
decumbens) tem sido a gramínea mais 
adequada para o consórcio com leguminosas 
herbáceas no Cerrado. 
• No ecossistema de Mata Atlântica, a 
consorciação de B.humidicola com o 
amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. 
Belmonte) ou com o Desmodium ovalifolium 
cv. Itabela tem apresentado grande 
estabilidade. 
• A Pueraria phaseoloides (kudzu tropical) 
assume grande expressão em consórcio com 
diversas gramíneas na região amazônica. 
 
Persistência da leguminosa forrageira 
 A produção de sementes pela leguminosa, em 
condição de pastejo, exerce uma forte 
influência na sua persistência no sistema. 
 Os cultivares que não conseguem constituir um 
razoável banco de sementes no solo, ficam mais 
suscetíveis a ação do fogo e de fenômenos como 
secas prolongadas, comprometendo sua 
regeneração na comunidade de plantas da 
pastagem. 
 
Leguminosas forrageiras e seu valor para 
produção animal 
Item 
 
Arachi
s pintoi 
 
Stylosanthes 
guianensis 1 
 
Glycine 
wightii 
2 
 
Leucaena 
leucocephala3 
 
Medicag
o sativa 4 
 
Coef. Digestib. Aparente 
 
64,4 
 
49,2 
 
44,3 
 
55,6 
 
59,9 
 
Matéria Seca 
 
88,1 
 
91,6 
 
90,1 
 
92,7 
 
90,0 
 
Proteína Bruta 5 
 
14,3 
 
9,8 
 
12,3 
 
16,3 
 
17,0 
 
Carboidratos(CHO) 5 
 
79,9 
 
81,0 
 
52,0 
 
 
 
 
 
Fibra Det. Neutro 5 
 
52,5 
 
63,7 
 
 
 
43,3 
 
53,4 
 
Fibra Det. Ácido 5 
 
35,8 
 
50,1 
 
19,3 
 
33,8 
 
 
 
Celulose5 
 
38,3 
 
26,3 
 
11,6 
 
24,5 
 
 
 
Hemicelulose5 
 
16,7 
 
13,6 
 
13,9 
 
9,5 
 
 
 
Lignina 5 
 
11,2 
 
11,8 
 
 
 
14,4 
 
12,9 
 
A. 
gayanus 
 
G
a
n
h
o
 e
m
 p
e
s
o
 (
k
g
/a
n
im
a
l)
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Mai Jul Set Nov Jan Mar Abr
 Efeito de leguminosas no ganho em peso de novilhas azebuadas durante 
os períodos de seca e chuva (1993/94).
A. gayanus+S.guianensis cv. Mineirão
A. gaynus
G
a
n
h
o
 e
m
 p
e
s
o
 (
k
g
/a
n
im
a
l)
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Mai Jul Set Nov Jan Mar Abr
 Efeito de leguminosas no ganho em peso de novilhas azebuadas durante 
os períodos de seca e chuva (1993/94).
A. gayanus+S.guianensis cv. Mineirão
A. gaynus
Efeito de leguminosas no ganho de peso de novilhas azebuadas durante 
os períodos de seca e chuvas 
25/04/2013 
14 
c 
Local/Épocas 
 
 
 
g/dia/an 
 
kg/ha 
 
Lotação 
(UA/ha) 
 
 
 
g/dia/an 
 
kg/ha 
 
Lotação 
(UA/ha) 
Fazenda 
Cachoeira² 
 
 
 
B ruziziensis + Mineirão 
 
 
 
B. ruziziensis pura 
 
Anual 
 
 
 
 
 
303 
 
 
 
 
 
 
 
190 
 
 
 
Chuvas 
 
 
 
450 
 
 
 
1,42 
 
 
 
406 
 
 
 
1,27 
 
Seca 
 
 
 
-12 
 
 
 
0,86 
 
 
 
-72 
 
 
 
1,18 
 
Fazenda Santa 
Inês³ 
 
 
 
B. decumbens + Mineirão 
 
 
 
B. decumbens pura 
 
Anual 
 
 
 
 
 
460 
 
 
 
 
 
 
 
301 
 
 
 
Chuvas 
 
 
 
622 
 
 
 
1,51 
 
 
 
511 
 
 
 
1,17 
 
Seca 
 
 
 
205 
 
 
 
0,80 
 
 
 
131 
 
 
 
0,80 
 
Efeito de pastagens de Brachiaria spp recuperadas pela introdução de Stylosanthes guianensis cv. 
Mineirão, em dois solos de Uberlândia (MG), no ganho de peso de novilhas nelores. 
 
c 
Período 
 
 
 
0,6 
UA/ha 
 
 
 
1,0 
UA/ha 
 
 
 
1,4 
UA/ha 
 
 
 
 
 
B + 
CG 
 
 
 
BP 
 
 
 
B + 
CG 
 
 
 
BP 
 
 
 
B + 
CG 
 
 
 
BP 
 
97/98 
 
 
 
138 
 
 
 
139 
 
 
 
264 
 
 
 
220 
 
 
 
330 
 
 
 
309 
 
98/99 
 
 
 
225 
 
 
 
187 
 
 
 
380 
 
 
 
308 
 
 
 
470 
 
 
 
367 
 
99/00 
 
 
 
234 
 
 
 
204 
 
 
 
302 
 
 
 
259 
 
 
 
472 
 
 
 
330 
 
TOTAL 
(kg/ha) 
 
 
 
597 
 
 
 
530 
 
 
 
946 
 
 
 
787 
 
 
 
1.272 
 
 
 
1.00
6 
 
Arroba/ha 
 
 
 
21,2 
 
 
 
18,
7 
 
 
 
34,4 
 
 
 
27,
8 
 
 
 
45,0 
 
 
 
35,5 
 
Diferença - 
Arroba/ha 
 
 
 
+2,4 
 
 
 
 
 
 
 
+6,6 
 
 
 
 
 
 
 
+9,5 
 
 
 
 
 
Efeito da inclusão do estilosantes Campo Grande no ganho de peso na recria 
de bezerros nelore em pastagens recuperadas de B. decumbens 
c 
Produção 
 
Capim Estrela 
 
Estrela + A. pintoi 
 
Incremento (%) 
 
1990 
 
kg/vaca/dia 
 
7,7 b 
 
8,8 a 
 
 
 
kg/ha/dia* 
 
22,3 
 
25,5 
 
14,3 
 
1991 – 1992 
 
kg/vaca/dia 
 
9,5 b 
 
10,9 a 
 
 
 
kg/ha/dia 
 
22,8 
 
25,9 
 
13,6 
 
Produção de leite em pastagens de capim Estrela Africana (Cynodon nlemfuensis) 
em monocultivo e consorciado com Arachis pintoi. 
* Lotação de 2,9 e 2,4 U.A. em 1990 e 1991/1992, respectivamente. 
set nov jan mar mai jul set nov jan mar 
G
a
n
h
o
 d
e
 p
e
s
o
 a
c
u
m
u
la
d
o
 (
k
g
/a
n
im
a
l)
0
50
100
150
200
250
300
B. brizantha cv. Marandu+Bco. de proteína na seca
B. decumbens/S. guianensis cv. Mineirão
B. brizantha cv. Marandu/Leucena "híbrido 11x25"
set nov jan mar mai jul set nov jan mar 
G
a
n
h
o
 d
e
 p
e
s
o
 (
k
g
/a
n
im
a
l/
d
ia
)
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0 (a)
(b)
Ganho de peso de tourinhos da raça Nelore, no período de setembro/2001 a 
março/2003, recriados em pastagens renovadas. O peso inicial médio dos animais era 
de 217  7,4 kg. 
c 
Pastagens1 
 
Concentrado 
 
Produção de leite 
 
 
 
(kg/vaca/dia) 
 
(kg/dia) 
 
(kg/lactação) 
 
(kg/ha) 
 
Setaria+300 kg/ha/ano de N 
 
0 
 
4,90,33 
 
1.364134 
 
6.820 
 
B. decumbens/L. leucocephala2 
 
0 
 
6,10,23 
 
1.836137 
 
9.180 
 
B. decumbens/L. leucocephala 
 
4 
 
8,70,30 
 
2.609102 
 
13.045 
 
B. decumbens/L. leucocephala 
 
6 
 
11,20,25 
 
3.352052 
 
16.760 
 
Produção de leite de vacas (Sahiwal x Friesian) de primeira lactação em pastagens 
de: Setaria sphacelata adubada anualmente com nitrogênio e de B. 
decumbens/Leucaena leucocephala suplementada com três níveis de concentrado 
Fatores antinutricionais das 
leguminosas 
25/04/2013 
15 
Produtos secundários 
Os compostos químicos liberados pelas plantas 
ou microrganismos no ambiente e que causam efeitos 
benéficos ou deletérios sobre outras plantas ou 
microrganismos são denominados de substâncias 
alelopáticas, agentes aleloquímicos ou simplesmente 
aleloquímicos, ou produtos secundários. 
 
Fatores antinutricionais 
 Todas as plantas são potencialmente capazes de 
sintetizar compostos alelopáticos, embora as plantas 
cultivadas e suas variedades comerciais tenham perdido 
muito essa capacidade. 
 
 Essa característica era mais comum nos precursores 
silvestres das atuais plantas cultivadas, que se 
adaptaram para competir com outras plantas, 
garantindo não só a formação de estandes puros, como 
também a defesa contra insetos e outros predadores 
(Bansal & Bhan, 1993). 
 
Vias prováveis seguidas por compostos aleloquímicos da liberação 
pela planta doadora até causar o efeito alelopático na planta receptora. 
Efeitos Aleloquímicos 
 Sabe-se que afetam processos na planta, tais 
como: 
• a germinação das sementes e o crescimento das 
plântulas; 
• a assimilação de nutrientes; 
• a fotossíntese; 
• a respiração; 
• a síntese de proteína; 
• a atividade de várias enzimas; 
• a perda de nutrientes pelos efeitos na 
permeabilidade da membrana celular. 
 
Alelopatia em alfafa 
 
 O seu crescimento, avaliado pela altura e peso fresco por 
planta, foi significativamente reduzido em solo 
previamente cultivado com alfafa, quando comparado 
àquele obtido em solo previamente cultivado com sorgo 
(Tabela 1). 
 
Efeito das culturas precedentes sobre a emergência 
e o crescimento das plântulas de alfafa e de sorgo 
aos 21 dias após o plantio. 
G = germinação; H = altura das plantas; P = peso fresco/planta 
 
Fonte: Hegde & Miller (1990). 
25/04/2013 
16 
Heterotoxicidade 
• A alfafa contém substâncias solúveis 
em água que são inibidoras não somente 
da própria espécie, mas também de 
outras. 
 
• Essas substâncias são capazes de 
afetar o restabelecimento da alfafa em 
áreas onde ela já existiu. 
Alelopatia 
Esses compostos fitotóxicos solúveis 
em água são liberados dentro do ambiente 
do solo, por meio de folhas frescas, caules 
e tecidos da coroa, bem como de material 
seco, raízes em decomposição e sementes 
(Hall & Henderlong,1989). 
 
Ademais, vale a pena ressaltar que o efeito 
alelopático depende de um composto que é adicionado 
ao ambiente. 
• Nesse sentido, uma planta na pastagem pode 
afetar o crescimento da outra, sem que ocorra o efeito 
alelopático, mediante competição por fatores do 
ambiente, tais como água, luz e nutrientes 
(Rodrigues et al., 1992). 
 
Manejo da área com alfafa 
 Em geral, quando se reintroduz a alfafa em 
estandes já estabelecidos, mas em decadência, a 
incorporação de resíduos das plantas velhas ao 
solo libera substâncias inibidoras que afetaram as 
plântulas novas. 
 
• É possível o estabelecimento de alfafa, 
respeitando-se um período mínimo de duas 
semanas após a incorporação dos resíduos pela 
lavração, ou de três semanas após a aplicação 
de dessecante. 
 Porém, já existem relatos de cultivares de alfafa com 
alguma tolerância à alelopatia, o que indica a possibilidade 
de melhoramento genético para tal fator (Miller, 1996). 
 
 A Crotalaraia juncea é uma leguminosa anual que, segundo 
Calegari et al. (1993), tem efeito alelopático e/ou 
supressor de invasoras bastante expressivo. 
 
 Wutke (1993) cita que há evidências dos efeitos 
alelopáticos da Crotalaria juncea sobre a tiririca (Cyperus 
rotundus). 
 
 
 
Implicações do efeito alelopático 
 É importante fazer a distinção entre o tipo e a duração 
das interações que ocorrem nos ecossistemas para 
melhor visualizar os efeitos alelopáticos. 
 
 Assim, por exemplo, a inibição do crescimento de uma 
leguminosa em uma pastagem, pela mesma leguminosa 
ou por uma gramínea, quando os fatores necessários ao 
crescimento não são limitantes para as plantas 
envolvidas, decorre da autotoxicidade (alelopatia 
intra-específica) ou da alelopatia propriamente dita 
(interespecífica) (Rodrigues et al., 1993). 
 
25/04/2013 
17 
Efeitos alelopáticos de extratos aquosos obtidos de três espécies de Brachiaria (B. 
decumbens, B. humidicola e B. brizantha cv. Marandu) sobre as leguminosas 
forrageiras Centrosema pubescens, Calopogonium mucunoides, Macrotyloma axillare 
cv. Guatá e Stylosanthes guianensis. 
Médias seguidas por letras iguais (maiúsculas – sem extrato e minúsculas – com 
extrato) na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,01). 
Fonte: Almeida (1993). 
Efeitos alelopáticos de extratos aquosos obtidos de três cultivares de Panicum 
maximum (Mombaça, Aruana e Tanzânia-1) 
 sobre as leguminosas forrageiras em laboratório. 
Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas 
colunas, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05). Fonte: Almeida 
(1999) 
Efeitos alelopáticos de extratos aquosos obtidos de três cultivares de Panicum 
maximum (Mombaça, Aruana e Tanzânia-1) sobre as leguminosas forrageiras 
em laboratório. 
Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não 
diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05). Fonte: Almeida (1999) 
Implicações do efeito Alelopático 
 As cultivares de P. maximum estudadas apresentaram potencial 
alelopático, variando de acordo com a espécie de leguminosa. 
 A cv. Mombaça mostrou-se a mais alelopática para as leguminosas 
avaliadas. 
 Sugere-se que o guandu não seja semeado com a cv. Tanzânia–1, 
até que estudos em condições de campo possam confirmar ou não os 
resultados obtidosno presente trabalho, em laboratório e em casa-de-
vegetação 
 
OBRIGADA

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