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1 
 
 
 
 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
O Curso de Gestão escolar com ênfase em coordenação, 
orientação e supervisão é um curso em que procuro situar o aluno 
quanto as questões de Gestão no âmbito educacional, os 
enfoques de Coordenação, Orientação e Supervisão visam melhor 
classificar a gestão em espaços e pessoas dentro de um ambiente 
(seja ele escola, secretaria, superintendência, departamento, etc.) 
a fim de que possa entender o papel de um gestor focado na 
modernidade dos dias atuais, com certeza não vamos esgotar o 
assunto que só terá as principais diretrizes (haja visto existirem 
cursos com este tema com mais de 700 horas). Este curso é sim 
um bom início na jornada da Gestão Escolar, espero que goste. 
A SECTI - Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação 
Profissional vem oferecer diversos cursos de formação no 
Programa Qualificar ES, dando novas oportunidades e formando 
o cidadão que procura aperfeiçoar seu conhecimento melhorando 
suas oportunidades na vida. Então a todos um bom estudo. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
Neste módulo dois vamos focar nas competências do gestor na 
qualidade escolar e na coordenação pedagógica, são dois assuntos 
muito ricos com detalhes que com certeza não se extinguem aqui. 
Muitos dos detalhes que são apresentados tem norte em autores 
e sites que buscam o dia a dia da vivência, do cargo e das práticas. 
Espero que goste de sua apostila. 
 
 
Bons estudos. 
 
 
 
 
4 
 
COMPETÊNCIAS DO GESTOR NA QUALIDADE ESCOLAR 
Para falar da competência do Gestor vamos conceituar gestor, 
situando melhor a palavra a pessoa, ou as pessoas. 
 
O gestor é o indivíduo que exerce, dentro da instituição, a 
liderança no desenvolvimento e controle das atividades, 
coordenando os demais funcionários para atingir os objetivos 
propostos. 
Além de ser responsável pela organização do ambiente de 
trabalho, o gestor também precisa ser o agente de mudança, ou 
seja, motivar a equipe para o desenvolvimento da capacidade de 
renovação de cada um. 
O gestor precisa estar atento às necessidades da instituição assim 
como às necessidades de seus colaboradores, fazendo desta 
 
 
 
5 
 
forma adequações sempre que necessário, devido à mudança 
constante das necessidades e aspirações do mercado. 
Mudanças sociais, econômicas, tecnológicas, políticas e 
governamentais podem provocar mudanças rápidas tanto no 
ambiente interno como externo, que influenciarão nas 
habilidades e necessidades organizacionais. Tudo pode ficar 
obsoleto em pouco tempo, o que justifica também o 
retreinamento de empregados. 
 
O gestor deve ser um líder que acredita no potencial da equipe 
incentivando o espírito de cooperatividade. Ele não é um chefe 
que apenas manda para ser obedecido e sim aquele que propõe 
desafios encorajando a inovação e a participação de todos. 
 
 
 
6 
 
 
Figura 1 - Chefe x Lider 
Um gestor escolar envolvido com o princípio democrático e com a 
aprendizagem dos alunos deve desenvolver em sua prática a 
capacidade de interação e comunicação com os pares, alunos e 
pais; participar ativamente dos grupos de trabalho ou de 
discussões na escola e fora dela, objetivando acompanhar a 
política educacional e normatizações dos sistemas de ensino; 
desenvolver capacidades e habilidades de liderança; 
compreender os processos envolvidos nas inovações 
organizativas, pedagógicas e curriculares. 
Deve estar aberto às novas aprendizagens como a de tomar 
decisões sobre os problemas da organização escolar, das formas 
de gestão, da organização e prática na sala de aula, dentre outras; 
conhecer, informar-se e dominar o conteúdo das discussões para 
 
 
 
7 
 
ser um participante atuante e crítico; dominar métodos e 
procedimentos de pesquisa, bem como, as modalidades e 
instrumentos de avaliação do sistema de ensino, da organização 
escolar (avaliação institucional) e da aprendizagem escolar; 
elaborar plano, com metas e ações objetivando a implementação 
do Projeto Pedagógico da escola. 
Com o objetivo de fundamentar as competências da gestão 
escolar democrática e de subsidiar os estudos, apesar de extensa, 
vale a pena citar Lück (2009) quando destaca que o diretor: 
- Garante o funcionamento pleno da escola como organização 
social, com o foco na formação de alunos e promoção de sua 
aprendizagem, mediante o respeito e aplicação das 
determinações legais nacionais, estaduais e locais, em todas as 
suas ações e práticas educacionais. 
- Aplica nas práticas de gestão escolar e na orientação dos planos 
de trabalho e ações promovidas na escola, fundamentos, 
princípios e diretrizes educacionais consistentes e em acordo com 
as demandas de aprendizagem e formação de alunos como 
cidadãos autônomos, críticos e participativos. 
- Promove na escola o sentido de visão social do seu trabalho e 
elevadas expectativas em relação aos seus resultados 
 
 
 
8 
 
educacionais, como condição para garantir qualidade social na 
formação e aprendizagem dos alunos. 
- Define, atualiza e implementa padrões de qualidade para as 
práticas educacionais escolares, com visão abrangente e de 
futuro, de acordo com as demandas de formação promovidas pela 
dinâmica social e econômica do país, do estado e do município. 
- Promove e mantém na escola a integração, coerência e 
consistência entre todas as dimensões e ações do trabalho 
educacional, com foco na realização do papel social da escola e 
qualidade das ações educacionais voltadas para seu principal 
objetivo: a aprendizagem e formação dos alunos. 
- Promove na escola o sentido de unidade e garante padrões 
elevados de ensino, orientado por princípios e diretrizes 
inclusivos, de equidade e respeito à diversidade, de modo que 
todos os alunos tenham sucesso escolar e se desenvolvam o mais 
plenamente possível. 
- Articula e engloba as várias dimensões da gestão escolar e das 
ações educacionais, como condição para garantir a unidade de 
trabalho e desenvolvimento equilibrado de todos os segmentos 
da escola, na realização de seus objetivos, segundo uma 
perspectiva interativa e integradora. 
 
 
 
9 
 
- Adota em sua atuação de gestão escolar uma visão abrangente 
de escola, um sistema de gestão escolar e uma orientação 
interativa, mobilizadora dos talentos e competências dos 
participantes da comunidade escolar, na promoção de educação 
de qualidade. 
Isto posto, um gestor escolar que estabelece sua prática em 
fundamentos, princípios democráticos e normas, organiza sua 
ação maximizando o seu tempo na escola, na busca de resultados 
qualitativos. 
Com estes conceitos e atributos podemos citar então estes 
atributos de gestão escolar, mas voltados ao gestor. 
Podemos ver em O Monge e o Executivo, de James C. Hunter, um 
livro de desenvolvimento pessoal, a reflexão sobre o perfil de um 
líder. E a competência de um bom gestor vai muito além do 
gerenciamento puro e simples: é essencial ter também liderança. 
A gestão escolar é uma tarefa desafiadora, pois um bom gestor 
deve conduzir institucionalmente a escola de forma a alcançar 
metas e cumprir planos estratégicos da instituição. Mas também 
é necessário, ainda que indiretamente, acompanhar como seus 
assistentes conduzem as questões relacionadas às dificuldades 
dos alunos, ao gerenciamento correto de equipe e ao 
conhecimento sobre as novas tecnologias e métodos de ensino. 
 
 
 
10 
 
Elencamos 11 habilidades indispensáveis para que você, como 
bom gestor escolar, consiga gerir uma instituição com liderança 
inspiradora. 
1. SEJA LÍDER 
Existediferença entre um chefe e o líder e que também se aplica 
à área educacional. O chefe é, geralmente, centralizador e rígido. 
Ele distribui tarefas de forma arbitrária, faz cobranças sem se 
importar com o que está acontecendo de fato e suas ordens são 
incontestáveis (do ponto de vista dele). 
 
Já o gestor líder veste a camisa e é um referencial para sua equipe, 
inspirando, orientando e motivando. E isso é essencial para que 
sua equipe se mantenha sempre motivada, mesmo diante das 
dificuldades do dia a dia, para cumprir suas atividades sem se 
desviar dos propósitos estratégicos da instituição. 
 
 
 
11 
 
NA PRÁTICA 
Mesmo que você não seja diretamente responsável pela gestão 
da rotina, coloque-se à disposição para atender às demandas dos 
seus supervisores e assistentes. Trabalhe com eles para dissecar 
problemas crônicos, de forma a encontrar suas causas e 
potenciais soluções. 
2. COLOQUE A PEDAGOGIA COMO CENTRO DE TRABALHO 
É impossível falar de educação sem abordar a gestão pedagógica. 
A pedagogia é indissociável dos projetos metodológicos, do 
gerenciamento de recursos humanos e da organização da rotina 
administrativa escolar. 
 
É essencial motivar os professores para o melhor ensino e, ao 
mesmo tempo, incentivar o aluno a querer aprender sempre mais. 
O objetivo é ter uma escola mais funcional e humanizada, 
atendendo aos parâmetros educacionais do currículo escolar. 
 
 
 
12 
 
NA PRÁTICA 
Procure conhecer os principais estudiosos e pesquisadores da 
educação; aqueles que formam a base das orientações de ensino-
aprendizagem aplicáveis em qualquer escola. Mantenha-se 
atualizado sobre os parâmetros e diretrizes educacionais. Isso, 
aliás, facilitará e muito a construção do plano estratégico da 
escola em curto, médio e longo prazo. 
3. SEJA ESTRATÉGICO (SEMPRE!) 
Saber planejar para atingir seus objetivos é fundamental para um 
bom gestor escolar. Além de gerir o pessoal, é preciso 
compreender que a instituição também é uma empresa, que tem 
metas financeiras e de qualidade para atingir. 
 
NA PRÁTICA 
Faça antecipadamente o planejamento de cada ano letivo, 
definindo inclusive a missão, visão de futuro e objetivos da 
 
 
 
13 
 
instituição. Construa o plano estratégico (com metas e 
indicadores), imprima-o e deixe num local a que toda a equipe 
tenha acesso. 
4. ESTABELEÇA METAS ALCANÇÁVEIS 
Quando se tem um alvo determinado para chegar, o caminho fica 
mais claro e objetivo. Essas metas devem ser estabelecidas 
semestral e anualmente, incluindo: combate à evasão escolar, 
combate ao bullying, melhorias de infraestrutura, entre outros. 
Mas é importante que as metas sejam alcançáveis; não adianta 
querer dar um passo muito maior que a perna. Pode-se utilizar a 
técnica SMART onde cada letra representa uma palavra em inglês 
que deve fazer parte de cada meta, mas podemos facilmente 
traduzir para o português: 
● S – Specific (específico) 
● M – Measurable (mensurável) 
● A – Attainable (atingível) 
● R – Relevant (relevante) 
● T – Time based (temporal) 
 
 
 
14 
 
● 
NA PRÁTICA 
Ao conduzir a elaboração do plano estratégico da escola, como 
gestor escolar, você deve procurar elucidar as principais 
dificuldades encontradas por docentes, funcionários técnicos e 
alunos. 
Problemas crônicos, como os de indisciplina recorrente, 
abandono escolar, alto índice de reprovação, sexualidade na 
escola, tráfico de drogas nas imediações etc, não devem ser 
postergados. É preciso ter metas e um plano de ação para 
equacionar cada um deles, considerando suas causas e efeitos. 
 
 
 
15 
 
Da mesma forma, é preciso também focar as necessidades de 
otimizar as estratégias relacionadas com a melhoria do sistema de 
ensino. 
Mantenha uma planilha de controle dos objetivos a serem 
alcançados. Pense no Projeto Político Pedagógico de sua escola 
como meta a ser alcançada. 
5. CONHEÇA (DE VERDADE) A SUA EQUIPE 
Certas pessoas são motivadas por desafios, enquanto outras 
perdem produtividade quando estão sob pressão. Um gestor 
escolar que não conhece sua equipe acaba cometendo equívocos 
na hora de distribuir (e cobrar) responsabilidades quanto ao 
atingimento de cada indicador estabelecido no plano estratégico. 
 
NA PRÁTICA 
Separe um tempo para realizar uma pesquisa de pessoal, 
obviamente contando com o suporte de seus supervisores e 
assistentes (coordenação, supervisão, pedagogia, etc.). A ideia é 
 
 
 
16 
 
conhecer melhor as competências, expectativas e nível de 
satisfação de cada profissional. No mínimo, o seu colaborador 
sentirá que é importante para a escola e você colherá muitos 
subsídios extras para colocar a sua equipe no caminho para a 
excelência. 
Depois, converse com sua equipe assistente sobre como as 
tarefas diárias podem ser distribuídas entre os profissionais, mas 
sempre com foco nas metas a serem cumpridas. 
6. CONSTRUA UMA GESTÃO DESCENTRALIZADA 
O objetivo de uma gestão pautada na descentralização e na 
democracia é criar um ambiente no qual todos se respeitem e 
tenham seu ponto de vista levado em consideração. Com isso, o 
gestor incentiva a equipe a ser mais autônoma e responsável, de 
forma que ele (o gestor) possa ir se desligando gradualmente dos 
procedimentos operacionais até que possa atuar apenas no plano 
estratégico da escola. 
 
 
 
 
17 
 
NA PRÁTICA 
Avalie sempre a opinião dos coordenadores, supervisores, alunos, 
pais e equipe em geral. Isso não quer dizer, entretanto, que todo 
mundo vai fazer o que quer e nem que todos os desejos serão 
atendidos. Para que a sua escola não vire “casa da mãe Joana”, 
tenha sempre em mãos o plano estratégico. Assim, se for 
necessário intervir, você estará sempre embasado. Ou outro lado 
também é importante: metas não são cláusulas pétreas; se você 
sentir que tem que mudar uma ou outra, faça isso. 
7. MOTIVE, SEMPRE! 
Manter a equipe motivada é um dos grandes diferenciais de 
gestão escolar, pois, dentre tantos outros benefícios, minimiza a 
rotatividade de funcionários e promove a formação de uma 
cultura para a excelência. E um colaborador satisfeito trabalha 
com mais disposição e faz suas tarefas da forma mais eficiente. 
 
 
 
 
18 
 
NA PRÁTICA 
Crie sistemas de recompensa e reconhecimento para cada boa 
atuação dos membros da sua equipe. Lembre-se de elogiar o 
trabalho bem-feito e premiar (e não precisa ser necessariamente 
com dinheiro) os funcionários que se destacam. 
8. ESTEJA ATENTO ÀS MUDANÇAS 
O bom gestor conhece as tendências no cenário educacional. 
Desde novas tecnologias, materiais didáticos diferenciados até 
uma gestão mais eficaz, o diretor conhece o seu mercado. Ele se 
mostra proativo e busca trazer para sua escola o que há de melhor 
para uma melhor dinâmica pedagógica, os incentivos para o 
gestor são diversos, pense em qual é a sua motivação e da equipe. 
NA PRÁTICA 
Aja com proatividade. Busque a visão de outros profissionais 
sobre as tendências que são comprovadamente funcionais. 
Pesquise sempre sobre as novas metodologias que estão sendo 
aplicadas. 
9. ESTUDE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO 
Não dá para fugir: é essencial saber como lidar com números, 
estatísticas e finanças. Não se furte a este conhecimento, mesmo 
o curso básico de contabilidade é uma grande ajuda. 
 
 
 
19 
 
Procure fazer alguma qualificação em gestão, este curso é um 
bom fator de aprendizado para isso, mas não pare por aqui, esteja 
sempre querendo mais. 
 
NA PRÁTICA 
Como meta pessoal, invista na sua educação financeira e no 
conhecimento sobre estratégiasde negócios. Hoje, há cursos 
presenciais e on-line que ensinam isso, além de bons livros sobre 
os dois assuntos. Busque informação em como gerir o recurso da 
educação, procure por pessoas mais experientes, leia as leis, 
busque sempre auxílio qualificado. Procure órgãos públicos 
responsáveis pela prestação de conta, eles também podem e 
devem ser consultados. Para as instituições públicas, há um órgão 
em cada administração junto a secretaria de educação, com 
pessoas responsáveis para fiscalizar, estas pessoas também tem 
de informar. Procure sempre a lei, lá há o correto, qualquer outra 
 
 
 
20 
 
coisa é achismo. Consultas oficiais devem ser feitas por ofício/e-
mail, geram documentos e minimizam os mal entendidos, esteja 
sempre com documentos que comprovem seus atos, provando a 
licitude de tudo que faz a frente dos recursos escolares. 
Lembre-se que o documento é algo palpável que pode te tirar de 
enrascadas muito grandes, pessoas por mais amigas que sejam, 
quando há um problema seguem o padrão que diz a lei, e o gestor 
que não estiver documentado acaba por ter sérios problemas. 
Previna-se!1 
10. INVISTA NA ESTRUTURA ESCOLAR 
Ter uma escola com uma boa estrutura física é um diferencial que 
conta bastante na hora de um responsável decidir matricular (ou 
não) seus filhos na instituição. 
 
 
 
 
21 
 
Seja um laboratório para as aulas biológicas, uma boa sala de 
computação, cadeiras confortáveis a até aparatos tecnológicos, é 
importante investir na estrutura escolar. Um ambiente de estudos 
com inovações tecnológicas, por exemplo, costuma atrair os 
estudantes da nova geração e ajuda a mantê-los motivados para 
estudar. Campanhas de conservação do material que possui 
também são bem-vindas, afinal, ao invés de novos materiais você 
pode estar perdendo recursos para reposição, isso é marcar 
passo. Conscientize todo o corpo da escola, a comunidade 
consciente trabalha de forma proativa, e conseguir avançar na 
estrutura mantendo o que já possui dá um sentimento de 
pertencimento e este sentimento é mais importante até que 
novos equipamentos. 
NA PRÁTICA 
Boas ideias de investimento em infraestrutura são: aquisição de 
aparelhagem necessária para a exibição de vídeos em sala de aula; 
estímulo ao uso da sala de computação para jogos educacionais 
interativos ou pesquisas on-line e desenvolvimento de um perfil 
público nas redes sociais. 
11. INCENTIVE SUA EQUIPE A SE CAPACITAR 
Ter uma equipe que está continuamente se aperfeiçoando faz 
com que a escola possa enxergar sempre novos horizontes. Ou 
 
 
 
22 
 
seja, está em constante evolução. Aproveite formações que o 
governo propicia de forma gratuita, procure unir a equipe e crie 
uma atmosfera de crescimento. 
 
NA PRÁTICA 
Estimule os funcionários a participar de cursos de capacitação e 
de formação continuada. Se for possível, traga treinamentos para 
a escola, incentive a criação do currículo lattes 
(http://lattes.cnpq.br/), para que todos possam acompanhar o 
desenvolvimento e crescimento, uns dos outros. 
Com essas habilidades indispensáveis para um bom gestor 
escolar, certamente sua instituição de ensino alcançará um novo 
patamar no que se refere à construção de ambiente educativo 
inovador. 
 
 
 
23 
 
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
Nas últimas décadas, a coordenação pedagógica foi instituída em 
todas as escolas. As muitas atribuições desses profissionais, 
definidas pelas legislações estaduais, municipais, envolvem desde 
a liderança do projeto político pedagógico da escola até funções 
administrativas de assessoria à direção, e, sobretudo, atividades 
relacionadas ao funcionamento pedagógico da escola e o apoio 
aos professores. 
 
Uma gestão fomentada na parceria, na democracia e no 
envolvimento de toda comunidade escolar, tende a garantir ao 
coordenador pedagógico certa autonomia na organização do 
trabalho pedagógico, como preconiza as orientações da LDB 
9394/96, quando delega ao diretor da escola a tarefa de constituir 
uma gestão democrática e participativa. No entanto, o que se 
observa são muitos gestores encontrando dificuldades na 
implantação desta tão almejada gestão, que pode ser decorrente 
da rotina estabelecida no cotidiano educacional. 
 
 
 
24 
 
Dessa forma, a ação do CP (Coordenador Pedagógico) conjunta à 
direção escolar pode contribuir para o desenvolvimento de ações 
pedagógicas coletivas. Esse caminho faz muita diferença, uma vez 
que educação se constrói em parceria e coletividade, postura 
inerente ao gestor escolar. 
Acredita-se que é possível um trabalho coletivo gerenciado pela 
direção da escola e organizado pelo Coordenador Pedagógico, 
envolvendo todos os segmentos da escola e da comunidade 
escolar, de forma participativa. 
Para Lück: “Portanto, quando se pensar em algum setor da escola, 
deve-se pensar em suas relações com os demais setores, bem 
como com a comunidade”. Sendo assim, aborda-se a coordenação 
pedagógica e sua estreita relação com a gestão, conceitos e 
reflexões em torno do trabalho da coordenação, que sofre 
diuturnamente influência de diferentes tipos de gestões 
escolares. 
 
 
 
 
25 
 
Nas últimas décadas, inúmeras mudanças na sociedade - 
transformações inevitáveis que interferiram na constituição do 
contexto educacional que ora vivencia-se. Uma sociedade cujos 
conflitos sociais e econômicos influenciaram no modo de viver dos 
cidadãos contemporâneos, aproximando-os cada dia mais das 
discussões frente à qualidade de vida e do ensino. 
Pesquisadores de diversas áreas têm se dedicado ao estudo em 
prol de discutir caminhos que possibilitem a elevação dos índices 
de desempenho escolar, dados em constante processo de coleta 
sistematizada por meio de instrumentos criados e 
regulamentados pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC. “O 
sucesso de uma escola é medido pelo desempenho de seus 
alunos.” (GROSBAUM; DAVIS). 
Gestores, especialistas e docentes têm concentrado seus esforços 
e discussões em prol da constante busca por uma educação 
promovedora de melhores índices de aprendizagem; resultantes 
de práticas pedagógicas inovadoras, interdisciplinares, 
transdisciplinares e multidisciplinares. 
Constata-se, portanto, uma complexidade na educação: recém se 
diagnosticam os conflitos educacionais atuais para mobilizar toda 
a comunidade para a solução, e já surgem, dia após dia, novas 
tecnologias, meios de aquisição de conhecimentos, novos 
 
 
 
26 
 
instrumentos de registro e/ou reformulação de conceitos tidos 
como verdades absolutas até “ontem”. 
Entende-se que a gestão da qualidade de ensino demanda um 
olhar mais específico, com visão na comunidade escolar em 
questão, por meio de uma gestão escolar democrática e 
participativa que elabora e reelabora de forma sistemática o 
Projeto Político Pedagógico. 
Destaca-se que o Coordenador pedagógico ocupa papel norteador 
nesse processo de constante busca de soluções através da 
sistematização do planejamento coletivo, que leva em 
consideração o contexto social. 
Os sistemas educacionais e os estabelecimentos de ensino, como 
unidades sociais, são organismos vivos e dinâmicos, e como tal 
devem ser entendidos. Assim, ao se caracterizarem por uma rede 
de relações entre os elementos que nelas interferem, direta ou 
indiretamente, a sua direção demanda um novo enfoque de 
organização. E é a essa necessidade que a gestão educacional 
tenta responder. A gestão abrange, portanto, a dinâmica do seu 
trabalho, como prática social, que passa a ser o enfoque 
orientador da ação diretiva executada na organização de ensino,papel a ser desempenhado pelo Coordenador pedagógico. 
 
 
 
27 
 
A expressão “gestão educacional”, comumente utilizada para 
designar a ação dos dirigentes, surge, por conseguinte, em 
substituição à “administração educacional”, para representar não 
apenas novas ideias, mas sim um novo paradigma, que busca 
estabelecer na instituição uma orientação transformadora, a 
partir da dinamização de rede de relações que ocorrem, 
dialeticamente, no seu contexto interno e externo. Assim, como 
mudança paradigmática está associada à transformação de 
inúmeras dimensões educacionais, pela superação, pela relação 
teoria-prática, de concepções dicotômicas que enfocam ora o 
diretivismo, ora o não-diretivismo; ora a heteroavaliação, ora a 
autoavaliação; ora a avaliação quantitativa, ora a qualitativa; ora 
a transmissão do conhecimento construído, ora a sua construção, 
a partir de uma visão da realidade. 
Embora existam certos instrumentos e condições para orientar 
um ensino de qualidade, estes se tornam ineficazes por falta de 
ações articuladas e conjuntas. E essa tarefa de gerenciar a escola 
e sua rotina é função da gestão escolar, delegando funções e 
acompanhando o processo no intuito de garantir o alcance das 
metas elencadas coletivamente no momento da reelaboração do 
PPP, bem como do Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE. 
Para Grosbaum e Davis, esse sucesso é uma construção. Depende 
da participação de toda equipe escolar e, sobretudo, da atuação 
 
 
 
28 
 
das lideranças. Os gestores precisam trabalhar com os professores 
a concepção de escola que desejam implementar e, de acordo 
com essa concepção, como se definirá o projeto político 
pedagógico da escola e a prática de seus professores, de maneira 
a promover a aprendizagem contínua dos alunos. 
 
Firma-se, pois, diante da complexidade instaurada na educação, o 
parecer de que a fomentação de qualidade da educação depende 
em especial de uma boa gestão escolar. Ela é fruto de uma postura 
democrática - quando se garante à comunidade escolar seu direito 
legal de participar ativamente das decisões em torno da escola -, 
e participativa - quando se articula diariamente a participação 
ativa de todos os sujeitos na organização da rotina escolar. 
O diretor escolar, por sua vez, não poderá gerir todo o processo 
ensino-aprendizagem sozinho e, por esse fator, a legislação 
nacional compreende a implantação do papel do Coordenador 
pedagógico, responsável pela organização do trabalho 
 
 
 
29 
 
pedagógico da escola, pelo acompanhamento do planejamento 
escolar, pela sistematização da formação dos docentes, pela 
realização de reuniões pedagógicas, pela verificação dos índices 
de aprendizagem e pelo desenvolvimento do currículo escolar, 
dentre outros. 
O coordenador pedagógico é também um dos profissionais que 
mais recebe cobranças internas e externas. Por ser um expert nas 
práticas de ensino, ele se torna uma espécie de conselheiro para 
professores e pais interessados na metodologia de ensino 
aplicada. 
Por conhecer bem as práticas de ensino e ter mais experiência, o 
coordenador pedagógico atua junto ao diretor para facilitar o 
trabalho de quem está dentro de sala de aula e expor as vantagens 
da prática adotada. 
Dessa forma, o coordenador pedagógico é um elo entre a escola e 
a família dos alunos e entre os professores e os diferentes projetos 
que são executados na instituição. Para isso, deve atuar para 
garantir o aprendizado dos alunos e a participação das famílias no 
projeto educativo. 
O coordenador pode estar presente em escolas de diversos 
tamanhos e trabalhar com alunos de diferentes faixas etárias. 
Assim, deve auxiliar os professores a compreender as 
 
 
 
30 
 
especificidades dos alunos para garantir a organização dos 
ambientes escolares. 
A principal qualidade de um bom coordenador pedagógico é estar 
presente em todos os âmbitos para conseguir enxergar a escola 
como um todo. A partir disso, deve criar uma abertura para que 
todos os envolvidos na instituição possam criar questionamentos, 
intervenções e propostas colaborativas. Dessa forma, é possível 
criar um ambiente agradável para todos, garantindo a confiança 
mútua. 
Funções do coordenador escolar: 
● Compreender os pontos fortes e fracos da escola; 
● Garantir a aplicação do Projeto Político-Pedagógico (PPP); 
● Zelar pela formação continuada de toda a equipe 
pedagógica; 
● Acompanhar os resultados de aprendizagem da escola; 
● Mediar as demandas dos pais, alunos, professores e 
diretores; 
● Reunir-se com os professores para elaborar o planejamento 
pedagógico. 
As particularidades de cada escola se baseiam nos próprios atores 
da escola: os gestores, professores, auxiliares de apoio, os alunos 
e seus pais. A qualidade das relações construídas na escola está 
 
 
 
31 
 
diretamente ligada às características de cada uma dessas pessoas. 
Por isso, é necessário cuidado e boa condução nos processos de 
atendimento e comunicação interna e externa. 
 
As relações pedagógicas criadas em um ambiente escolar são 
diversas, quais sejam: relação direção-professor, professor-
professor, aluno-aluno, professor-aluno, direção-pais. Nesse 
contexto, cabe destacar a grande importância de um coordenador 
pedagógico. 
O Coordenador Pedagógico alcança uma função de destaque no 
contexto escolar. Isso porque suas funções são de articulação, 
formação e de transformação. Esse profissional age como 
mediador entre o currículo e os professores, bem como entre pais 
de alunos e corpo docente. 
Sua função mediadora o torna capaz de revelar os significados das 
propostas curriculares e articulá-las junto aos professores. Assim 
 
 
 
32 
 
este profissional pode viabilizar este trabalho dos professores de 
acordo com as diretrizes pedagógicas e socioculturais da escola. 
Ao mesmo tempo, um coordenador pedagógico deve desenvolver 
amplamente sua capacidade de comunicação. Visto que o 
principal elo entre escola e pais de alunos são os coordenadores. 
A comunicação é um aspecto chave para uma boa gestão escolar. 
Como ajudar a fortalecer a parceria dos pais e a escola? Como 
ajudar os professores a melhorarem o aprendizado dos alunos? É 
um desafio e tanto, e dada a importância disso, vejamos algumas 
dicas interessantes! 
Se uma das principais funções do coordenador é a comunicação, 
usar ferramentas adequadas para facilitar a troca de informações 
pode ajudar muito. Para comunicação interna, ferramentas como 
o Slack, ou Skype, ou WhatsApp etc. podem ajudar. 
Outra vantagem bem interessante é que, em alguns casos, as 
escolas não desejam os professores falem diretamente com os 
pais. Assim, essas mensagens enviadas pelos professores podem 
passar por aprovação dos coordenadores. Assim a coordenação 
tem um controle maior de tudo que é comunicado e tudo que está 
sendo feito. O controle também passa pela necessidade de evitar 
qualquer mal entendido ou mesmo ofensa a algum lado da 
comunicação, podemos verificar também a falta de tempo do 
 
 
 
33 
 
responsável em estar na escola, acompanhar o filho “in loco” para 
estar sempre a par de todo o desenvolvimento e ocorrido nos 
horários de aula, mas modernizar a comunicação pode ser uma 
saída que dá resultado e procura sempre “jogar as claras” com as 
famílias, alunos, professore, comunidade, etc. 
Para facilitar o trabalho, pode também criar um canal de 
atendimento “Fale com a Coordenação” para que os pais enviem 
dúvidas, sugestões, críticas ou elogios. A abertura para o diálogo 
é essencial para que o trabalho da escola continue melhorandodia após dia. 
No entanto, sabemos que a comunicação mais importante é feita 
pessoalmente. Com os pais e os professores. É necessário um 
espírito de liderança, para conseguir articular os interesses, 
ponderar conflitos e buscar soluções em conjunto. Melhorar as 
datas e horários em que a comunidade escolar vai estar junto, 
todo planejamento de quem faz a gestão da escola, e parte disso 
passa pela Coordenação Pedagógica. 
Antes de tudo, é bom ter um ouvido atento, e procurar entrar na 
perspectiva de quem nos fala, para que consigamos diagnósticos 
mais precisos sobre cada situação. Essa capacidade de 
compreensão ajuda e muito o trabalho! 
 
 
 
34 
 
Organização do Trabalho Escolar 
As funções de um coordenador escolar nem sempre estão bem 
demarcadas. Por conta disso, o coordenador acaba fazendo o 
trabalho que poderia ser delegado para outras pessoas, acumula 
tarefas e, consequentemente, não exerce suas principais funções 
com a excelência que gostaria. 
 
Na escola, o coordenador é um profissional dinâmico que orienta 
o trabalho coletivo. Além disso, ele tem o papel de fazer a conexão 
entre todos indivíduos envolvidos no meio educacional. 
É importante ressaltar que o coordenador é o profissional que 
aponta alternativas, reúne ideias, alavanca recursos e sugere 
modos para renovar e inovar a prática escolar. A melhoria das 
ações pedagógicas na sala de aula depende da ação efetiva do 
coordenador. 
 
 
 
35 
 
Ainda assim, muitas pessoas ainda acreditam que a escola se 
resume em professores e alunos, deixando de atribuir a 
importância merecida a outros papéis fundamentais no 
funcionamento escolar, como a direção e a coordenação, por 
exemplo. 
A propósito, a parceria entre esses dois profissionais é essencial 
para que não haja acúmulo de afazeres para ambos. Confira neste 
artigo quais são as principais funções do coordenador escolar e 
como praticá-las com eficiência e qualidade. 
Quais as principais funções do coordenador escolar? 
Até a década de 90, muitos coordenadores eram vistos como 
fiscais, que vigiavam os professores e controlavam as suas ações. 
Porém, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
decretada em 1996, essa concepção ficou para trás e deu espaço 
para outras competências mais relevantes, como o auxílio direto 
aos professores na sua prática escolar e o estreitamento da 
relação entre a família e a escola. 
Dessa forma, as atribuições de um coordenador passaram a ser 
focadas na rotina pedagógica da instituição de ensino. Logo, suas 
funções também passaram a ser diretamente ligadas à sua 
atuação junto aos professores e, consequentemente, à aplicação 
de princípios que resultem em um ensino de qualidade aos alunos. 
 
 
 
36 
 
Isso não quer dizer que é função do coordenador escolar ir para a 
sala de aula quando um professor falta ou cuidar dos recursos 
financeiros da escola — dois erros muito comuns cometidos 
quando se reflete sobre a função do coordenador escolar. 
Resumidamente, seu trabalho consiste em manter a relação 
harmônica entre seus parceiros (alunos, professores, direção da 
escola e pais) com projetos que visem à integração da escola como 
um todo. 
Mesmo assim, algumas funções não relacionadas ao cargo, como 
as citadas acima, ainda acabam nas mãos do coordenador. Por 
isso é tão importante que as suas principais funções sejam 
estabelecidas de forma clara no âmbito escolar. 
Saiba mais sobre o papel desse profissional: 
1. Garantir a formação continuada dos docentes 
Primeiramente, com as novas diretrizes para a gestão da educação 
no Brasil, a relação do coordenador com os professores passou a 
ser de formador — ou seja, é ele quem dispõe de meios para que 
a formação continuada dos docentes aconteça. 
 
 
 
 
37 
 
É nesse processo de continuidade dos estudos que o professor 
tem a chance de aprofundar e atualizar seus conhecimentos. O 
coordenador pode incentivar essa prática oferecendo cursos 
online voltados para a formação continuada, como aqueles do 
PROFS, e trabalhando para implementar na instituição uma 
cultura que incentive e valorize a formação continuada dos 
docentes. 
Dessa forma, ele também tem o papel de promover a formação 
continuada do corpo docente por meio de cursos e encontros 
focados na melhoria da prática pedagógica dentro da própria 
instituição. 
Assim, a articulação entre teoria e prática acontece por 
intermédio desse profissional, sendo dele a função de refletir 
junto aos professores quanto às suas práticas diante das 
condições e necessidades de ensino-aprendizagem dos alunos. 
Assista ao bate-papo: A Formação Continuada e o Planejamento 
Escolar 
2. Verificar a conexão entre teoria e prática 
É função do coordenador avaliar a conexão entre o currículo e a 
prática diária dos professores na sala de aula. É claro que ele deve 
fazer isso sem a pressão de um fiscalizador, no papel de 
observador. Agora, diferentemente do que acontecia antes dos 
 
 
 
38 
 
anos 90, ele verifica com mais flexibilidade se os professores estão 
acompanhando o que foi decidido no projeto pedagógico da 
escola. 
 
Nessa função ele também pode propor novas formas de lidar com 
a turma ou com alguns alunos que precisam de atenção especial, 
oferecendo soluções para problemas e dando o suporte 
necessário para as atividades que estejam relacionadas ao 
aprendizado. 
3. Incentivar o trabalho em grupo 
O trabalho em grupo também é incentivado por esse profissional, 
que busca motivar o desenvolvimento de atividades 
interdisciplinares. Por isso, a boa comunicação entre a 
coordenação e os professores é um meio eficaz de amarrar pontas 
que estejam soltas para a construção de um projeto alinhado. 
A atuação do coordenador está vinculada tanto ao coletivo 
quanto ao individual. Por isso, ele tem o papel de articular as 
 
 
 
39 
 
ideias. Logo, se o professor de português, por exemplo, tem uma 
ideia que, na visão do coordenador, pode ser utilizada por todos 
os outros docentes, ele provavelmente compartilhará essa ideia 
no intuito de agregar algo à prática do grupo. 
 
4. Ouvir e guiar os professores 
Como já foi dito, a atuação do coordenador se relaciona tanto à 
equipe escolar como um grupo, quanto a cada docente 
individualmente. Isso significa que é função do coordenador ouvir 
e guiar os professores, estimulando o engajamento com projetos 
coletivos e individuais. 
 
 
 
 
40 
 
Para isso, ele traça estratégias e ações focadas na melhoria do 
processo de ensino-aprendizagem, no desenvolvimento do 
conhecimento e no estreitamento das relações interpessoais. 
5. Garantir a boa comunicação 
O coordenador também está na escola para garantir uma boa 
comunicação entre a direção e os educadores, entre os alunos e 
os professores, e entre a família e a escola. 
 
Com uma parceria afinada, em que todos conhecem as funções 
um do outro no ambiente escolar, o coordenador é capaz de dar 
o Norte para as ações, visando sempre ao melhor desempenho do 
todo. Por isso, é dele a função de informar pais e responsáveis 
quanto à situação escolar de seus filhos, sobretudo em casos 
problemáticos. 
6. Inserir novas formas de pensar às práticas escolares 
Em tempos de novas tecnologias, todos os dias há alguma 
novidade inovadora no âmbito escolar. Nessa perspectiva, o 
 
 
 
41 
 
coordenador tem o papel de articular as práticas escolares com as 
novas formas de pensar em uma escola conectada. 
 
Enquanto os alunos estão por dentro de quase tudo o que envolve 
tecnologia, a gestão escolar não pode se fechar para as novidades.Portanto, novas formas de manter o aluno engajado nas aulas 
com a ajuda de ferramentas digitais devem ser pensadas pelo 
coordenador em conjunto com a comunidade escolar. 
No intuito de garantir o trabalho pedagógico coletivo de 
qualidade, o coordenador deve levar a inovação para o âmbito 
escolar, principalmente por meio do incentivo ao uso de novas 
tecnologias educacionais, que, por sua vez, colaboram com a 
organização e com a escolha dos materiais necessários no 
processo de ensino-aprendizagem. 
 
 
 
42 
 
7. Ser líder 
As pressões existem e surgem de todos os lados — dos pais, dos 
professores, do diretor e dos estudantes. Por isso, o coordenador 
se posiciona como um líder no espaço escolar. Contudo, uma boa 
liderança sabe que o diálogo é a base para conduzir e resolver 
conflitos. 
 
Uma das principais características de um bom líder é a 
flexibilidade de saber ouvir, analisar e discutir de maneira 
profissional. Assim, o coordenador escolar que sabe liderar tem 
visão ampla e, por isso, consegue enxergar a escola como um 
todo, sendo capaz de buscar a melhor solução para os problemas 
existentes. 
8. Avaliar o processo de ensino-aprendizagem 
É o coordenador quem analisa, avalia e dá feedback para pais e 
professores em relação aos resultados de aprendizagem dos 
alunos. Portanto, ele é quem planeja formas de trabalhar as 
demandas dos discentes. Para cumprir a função de 
 
 
 
43 
 
transformador, o coordenador fornece condições reais para a 
aprendizagem. 
 
Isso significa que o coordenador é quem oferece a abertura do 
espaço pedagógico para questionamentos, intervenções e 
propostas colaborativas, em que todos os envolvidos possam 
opinar e trocar informações a fim de ter um clima de confiança 
mútua e um ambiente agradável para se trabalhar. 
Qual é o peso estratégico das funções do coordenador escolar? 
Os pensamentos distintos dentro da comunidade escolar podem 
gerar conflitos. Assim, é preciso que a escola tenha um 
profissional preparado para resolvê-los quando necessário. Essa é 
a função estratégica do coordenador escolar, que, como vimos, é 
o articulador, formador e transformador das relações. 
 
 
 
 
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Cada grupo tem sua função ligada a um setor da escola e, dessa 
maneira, os diretores ficam com a administração e os educadores 
com as práticas em sala de aula. O coordenador escolar, por sua 
vez, garante a boa relação interpessoal desses grupos, além da 
verificação da aplicação do currículo e do Projeto Político 
Pedagógico. 
As alternativas para a elaboração dos projetos que pensem e 
repensem as práticas escolares articulam-se com a capacidade do 
coordenador pedagógico em entender a realidade escolar e criar 
estratégias para implementar as melhorias necessárias — assim 
como para a manutenção daquilo que está dando certo. 
Quais são os princípios da coordenação escolar? 
É importante ressaltar que temos o propósito de detalhar as 
principais funções de um coordenador escolar, ou seja, as funções 
que regem os princípios de formador, articulador e transformador 
desse profissional. Nessa linha de raciocínio, as funções podem ser 
resumidas de acordo com cada um desses princípios: 
 
 
 
45 
 
 
Princípio formador 
Dentro desse princípio, o coordenador escolar: 
● observa a conduta pedagógica dos docentes; 
● acompanha o processo de ensino-aprendizagem; 
● incentiva o trabalho interdisciplinar com projetos e meios 
para tal. 
Princípio articulador 
Para atingir os objetivos de seu princípio articulador, o 
coordenador: 
● faz trabalhos coletivos pedagógicos frequentes; 
● realiza encontros com os docentes; 
● atende aos professores individualmente; 
● estabelece a mediação entre direção, famílias, alunos e 
professores; 
● articula planejamento, currículo, avaliação de aprendizagem 
e a formação continuada da equipe docente. 
 
 
 
46 
 
Princípio transformador 
Para formar professores e favorecer a construção de um ambiente 
harmônico e participativo para a comunidade escolar, o 
coordenador aplica o seu princípio transformador. É dele a função 
de transformar situações, que podem ser negativas ou estar 
ultrapassadas, por exemplo. Faz parte desse princípio as funções 
de: 
● inovar estudos e planejamentos; 
● mapear dados para prevenção de conflitos; 
● implementar tecnologias e inovações que auxiliem o 
processo de ensino-aprendizagem; 
● identificar necessidades dos docentes e alunos, 
transformando a realidade quando necessário. 
Como essas funções influenciam nos processos operacionais de 
uma escola? 
Para que essas funções de um coordenador escolar sejam 
realizadas com eficiência, alguns aspectos precisam ser 
considerados — principalmente na atual conjuntura escolar, em 
que novas tecnologias ganham espaço e otimizam os processos. 
A aquisição de novos conhecimentos e habilidades 
 
 
 
47 
 
Para que a formação continuada dos docentes e projetos 
inovadores sejam pensados e aplicados pelo coordenador 
pedagógico, a atualização se faz necessária. Afinal, a sociedade 
muda constantemente e as formas de ver e pensar também são 
influenciadas e reformuladas. 
A busca por soluções tecnológicas 
A tecnologia é vista como uma ferramenta que agrega valor ao 
papel do coordenador que deseja ser cada vez melhor e ter mais 
eficiência na sua atuação. Com uma alta demanda e prazos curtos 
para cumprir todas as suas tarefas, o uso de tecnologias que 
otimizam o tempo são opções quase que indispensáveis. 
 
Afinal, tarefas que antes gastariam parte da semana para serem 
feitas, como a compilação de resultados para análise do 
desempenho, podem ser realizadas em menos tempo com apoio 
de aplicativos e ferramentas — deixando espaço para que as 
 
 
 
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principais funções de um coordenador escolar recebam a maior 
parte de sua atenção. 
Adaptação de procedimentos de gestão 
A gestão dos dados relacionados ao desempenho dos alunos em 
avaliações e outras informações referentes aos problemas 
administrativos e pedagógicos são avaliados pelo coordenador 
escolar. Com base nisso, ele refletirá, discutirá e compartilhará os 
resultados, associando-os aos objetivos da instituição. 
Conclusão 
Além de fazer o trabalho pedagógico e refletir sobre o 
desempenho da escola para criar maneiras de ver e fazer a prática 
educacional, as funções de um coordenador escolar favorecem a 
construção de um espaço democrático em que a participação de 
toda a comunidade escolar funciona como base para a produção 
de conhecimento — coletiva e individualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
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