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Impacto dos Bancos Digitais no Mercado Bancário

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O impacto dos Bancos digitais no mercado bancário tradicional
Resumo
Atualmente mais e mais clientes preferem fazer suas operações bancárias - de consultar suas contas correntes para transferir fundos - utilizar ATM, telefone ou eletronicamente usando a Internet em vez de ter que fisicamente ir a um banco utilização física. A possibilidade de realizar estas transações a partir do conforto de sua casa, escritório ou qualquer outro local; ter acesso imediato aos serviços bancários; consulta e analise de suas contas online; fazer pagamentos do cartão de crédito; e muitos outros, são os principais incentivos para os clientes recorrerem ao banco eletrônico. Com base no exposto nisso, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma descrição do analisar o impacto desta nova modalidade financeira no sistema bancário tradicional, bem como fornecer informações sobre os principais produtos tecnológicos oferecidos pelo mercado bancário nos dias de hoje. Como veremos mais adiante, embora o banco eletrônico ainda não seja muito conhecido pela maioria dos clientes e ainda visto como não confiável para muitos e para muitos outros ainda não é possível acessá-lo, sabemos que em um futuro próximo um número maior clientes se beneficiarão das vantagens oferecidas pelo banco eletrônico.	Comment by Autor desconhecido: A parte final do Resumo deve ser deixada por último. Trata-se da síntese de sua contribuição, que é descrita com mais detalhes na parte da conclusão. Por hora, apenas exclua as partes que risquei.
Palavras-chaves: Banco Sistema Bancário Tradicional, Serviços bancários, Internet Baking, Financeiro.
Introdução
Os serviços bancários fornecidos através de mídia digital estão gerando uma verdadeira revolução disruptiva. Esta revolução tecnológica já gerou grandes inovações em setores antes tracionais como o comércio via E-commerce que se refere à compra e venda de bens ou serviços usando a Internet e à transferência de dinheiro e dados para executar essas transações. O E-commerce é frequentemente usado para se referir à venda de produtos físicos on-line, mas também pode descrever qualquer tipo de transação comercial facilitada pela Internet, sendo que a primeira venda on-line de todos os tempos: em 11 de agosto de 1994, um homem vendeu um CD da banda Sting a seu amigo por meio de seu site NetMarket, uma plataforma de varejo americana. Este é o primeiro exemplo de consumidor que compra um produto de uma empresa através da World Wide Web - ou "comércio eletrônico", como normalmente o conhecemos hoje. Transportes Uber onde os passageiros usam um aplicativo, onde estão cotados a tarifa. O Uber usa um modelo de precificação dinâmico; os preços para a mesma rota variam de acordo com a oferta e a demanda de viagens no momento em que a viagem é solicitada. No final do percurso, o pagamento é feito com base nas preferências pré-selecionadas sendo hoje a maior empresa de transporte sem nenhum veículo, a hospitalidade (Airbnb), mídia de entretenimento e conteúdo digital (Netflix) e cadeias de informação e publicidade (Facebook-Google, com avanços de alta segmentação e foco em tais esforços publicitários). [1: “Disrupção é uma quebra ou descontinuação de um processo já estabelecido” – www.significados.com.br]
Esse processo é conhecido como Fintech que engloba a natureza de ambos os produtos de serviços bancários via internet de intermediação financeira tradicional e suas extensões para toda a gama de mercado de capitais (incluindo plataformas, serviços de internet, aplicativos de telefone celular, etc.) (JINKINS, 2005).
Em todos os casos acima, a solução é baseada em um uso muito mais eficiente de dados de massa e sua potencial expansão para novos clientes. Nestes casos os mesmos desempenham um papel fundamental fazendo o engajamento tecnológico através de plataformas de informação de algoritmos de inteligência artificial tendo hoje a capacidade de projetar "máquinas de aprendizagem" (por exemplo, Deep da Google e Watson-IBM). Há também as vantagens de redes online e capilaridade da telefonia móvel, com a implantação de smartphones de alta capacidade de processamento (aumentando a capacidade computacional a custos mais baixos), tornando-se verdadeiros "agências virtuais". (SOUZA, 2002).
Este processo envolveu um aprofundamento do "capitalismo sem capital", dado o aumento do investimento em ativos intangíveis. Seu elemento característico tem a ver com o quão rápido eles estão mudando a forma como fazemos negócios e valorizando o intangíveis relacionados a patentes e suas "aplicações tecnológicas." ((JINKINS, 2005).
O objetivo deste trabalho é analisar o impacto desta nova modalidade financeira no sistema bancário tradicional, bem como fornecer informações sobre os principais produtos tecnológicos oferecidos pelo mercado bancário nos dias de hoje, sendo estudo caracterizado como uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, onde a pesquisa para o embasamento teórico contou com dados quantitativos. O caráter exploratório desta pesquisa caracteriza-se por trabalhar como “universo de significações, motivos, aspirações, atitudes, crenças e valores. Esse conjunto de dados considerados qualitativos” corresponde a um espaço mais profundo das relações, não podendo reduzir os processos e os fenômenos à operacionalização de variáveis.
Justifica-se o trabalho pela necessidade que os bancos tradicionais tem de entender que nosso mundo está se movendo rapidamente em direção ao digital, e a decisão de suportar essas mudanças levará ao fim de muitas empresas. O setor bancário é uma das indústrias afetadas neste clima digital atual. Pesquisas sugerem que as empresas que se recusam a avançar com a transformação digital podem perder 35% de lucro, enquanto os bancos que estão atualizados com a evolução das tecnologias podem ganhar 40% ou mais. Pesquisas também sugerem que os bancos têm de três a cinco anos para iniciar o programa, mas, infelizmente, muitos bancos estão apenas nos estágios iniciais.
Com o aumento do banco digital, a maioria dos clientes não está mais visitando as agências físicas. Os clientes exigem maneiras mais rápidas e eficientes de fazer transações, e os bancos simplesmente não podem se atrasar. Por exemplo, a economia está mudando constantemente e os regulamentos estão aumentando. Além disso, as expectativas dos clientes são maiores do que nunca. Portanto, é vital que os bancos levem esses desafios em consideração antes de alinhar seus negócios às expectativas dos clientes. Além disso, tendências como serviços bancários móveis, serviços bancários na nuvem e o movimento da fintech, principal concorrente do setor bancário tradicional, são fatores importantes a serem levados em consideração. Mas a causa raiz da mudança na face dos bancos é a geração do milênio, a maior população demográfica do mundo. Para a geração do milênio, o sistema bancário tradicional é obsoleto. Os bancos enfrentam um desafio real, pois as demandas dos clientes mudam constantemente, mas é do interesse deles adaptar-se a essas mudanças se quiserem sobreviver à próxima geração. Não adianta tentar reviver as formas tradicionais de operação bancária - esses dias já se foram. A geração do milênio aproveita a conveniência do banco digital e gerações antes o adotam. Chegou a hora do setor bancário avançar com a transformação digital, porque a mudança está acontecendo agora.
Os Bancos Privados Tradicionais - Definição
De acordo com a definição da Lei, as empresas bancárias são aquelas cujo negócio principal é receber dinheiro do público em depósito ou sob qualquer outra modalidade contratual e usar esse dinheiro, seu próprio capital e aquele que deles é obtido em outras fontes de financiamento na concessão de créditos nas diversas modalidades ou na aplicação a operações sujeitas a riscos de mercado (JINKINGS, 2005).
Desde o final da década de 1970, governos em todo o mundo começaram a eliminar regulamentações que limitavam as atividades que um banco poderia realizar e / ou restringiam o acesso dos concorrentes ao negóciobancário. Da mesma forma, eles adotaram uma atitude mais severa em relação a todos os tipos de práticas que tendem a manter ou criar acordos de preços tácitos ou explícitos, ou limitar a concorrência de alguma forma. Isso determinou que os bancos começassem a competir de forma totalmente inesperada, não só entre eles poderiam acessar negócios que antes eram reservados para o setor bancário (OLIVEIRA, 2002).
No que diz respeito à concorrência de taxas de juros, é importante mencionar o caso norte-americano em que os bancos estiveram sujeitos, durante quase meio século, a um regulamento que limitava as taxas de juros que os bancos poderiam pagar por depósitos de juros e prazo, ao mesmo tempo em que proibia o pagamento de juros para depósitos à vista. 
Esta regulamentação, mais conhecida como Lei Q (fazia parte da Lei Bancária de 1933, mais conhecida como Lei Glass Steagall), foi promulgada com o objetivo de evitar a concorrência excessiva entre os bancos, na arrecadação de depósitos, induzindo a aumentar os níveis de risco de suas operações de empréstimos e outros investimentos em ativos (ZAMBERLAN, 2000). 
Desta forma, a probabilidade de falência dos bancos foi aumentada e os depósitos do público foram postos em perigo. Em 1980, o governo dos Estados Unidos promulgou a Lei de Desregulamentação das Instituições de Depósito e Controle Monetário que, entre outras medidas, ordenou a eliminação gradual, dentro de seis anos, desta Lei Q. Como na maioria dos países latino-americanos, as taxas de juros foram reguladas por várias décadas. A história dos limites das taxas de juros começa em 1949, com o Decreto-lei 110, emitido em 15 de julho daquele ano, considerando que, era facultativo que os bancos definissem os juros que devem pagar pelos depósitos ou depósitos do público ... Isso, seguindo uma política sólida, as instituições pagavam de juros uniformes.
1.1 Comportamento e perfil do consumidor de bancos
A situação do setor financeiro, em geral, está passando por duas importantes mudanças em relação a (EMBID, 2002):
1) A composição da clientela.
2) Os hábitos e cultura financeira dos clientes.
Primeiro, o aparecimento de unidades familiares menores e uma população mais velha onde o temos um choque de gerações inibindo assim o uso dos clientes mais velhos do recurso Internet banking sendo um segmento extremante conservador é "banking" com um comportamento mais fielmente à entidade.
Em segundo lugar, novos tipos e segmentos de clientes (profissionais urbanos, casamentos em que ambos os cônjuges trabalham, ...), com pouco tempo para ir ao banco. Em geral, são indivíduos que exigem produtos e preços competitivos, qualidade adequada de serviço e "produtos" sob medida. Obviamente, aumentar a visão financeira dos consumidores e, consequentemente, a demanda levará a uma mudança no comportamento do consumidor (EMBID, 2002).
Os bancos devem aceitar o mundo virtual como um pré-requisito para manter relacionamentos duradouros com seus clientes (PEREIRA, 2003). Mas o surgimento de serviços interativos oferecidos pela Internet, por sua vez, fomentou uma nova forma de relacionamento entre um cliente e uma instituição. 
Em relação a este novo relacionamento, a comunicação comercial de tais serviços pode levar direta ou indiretamente várias formas e essas crenças podem afetar o consumidor (MORGAN; HUNT, 2006). Neste sentido, o estudo de usuários de banco eletrônico, do ponto de vista de suas atitudes, opiniões, comportamento de navegação, o uso de serviços eletrônicos, etc., permite que a organização possam melhor atender às suas necessidades financeiras individuais depois que o serviço é prestado, necessitando medir até que ponto suas necessidades foram atendidas.
Em geral, tem sido reconhecido que a Internet pode fortalecer o relacionamento com os clientes (ROBINSON, 2000) e, uma vez consolidado, implicará numerosos impedimentos para retornar ao executar algumas operações por métodos tradicionais.
1.2 Perfil do novo usuário da Internet
Tanto no caso de clientes que preferem acessar suas contas através de um escritório físico quanto daqueles que preferem serviços bancários eletrônicos, são necessários tratamentos diferenciados. No entanto, no segundo caso, há uma falta de conhecimento sobre como os serviços eletrônicos são avaliados para adoção. 
Algumas tentativas de descrever o perfil típico do usuário de serviços bancários eletrônicos são baseadas em suas características pessoais, medidas de autoeficácia com a Internet e inovações, em geral, e seu comportamento de investimento e navegação.
As últimas pesquisas descreve-o como um homem entre as idades de 35 e 65 anos que vive em cidades com mais de 50.000 habitantes, solteiro ou casado sem filhos. Embora, os resultados apontam mais para um homem relativamente jovem, com um nível médio e alto de educação e um alto nível de renda (o primeiro estudo também inclui um nível intermediário de renda) e um emprego adequado. 
Estes resultados são bastante semelhantes aos obtidos por outros estudos focados em Internet banking., especificamente, o Inquérito ao Equipamento e Uso da Tecnologia da Informação e Comunicação nos agregados familiares revelando que o utilizador típico da banca eletrônico é um homem de 25 a 44 anos ou trabalhador por conta própria que mora em uma cidade com mais de 50.000 habitantes (quase 70 dos 100 dos entrevistados). 
Da mesma forma, há um maior uso de Internet entre solteiros (39,3%) ou casais sem filhos (39,3%) (IBGE, 2010). O nível de renda é a variável sociodemográfica com maior poder preditivo e com efeito positivo sobre a adoção dessa modalidade bancária.
Schwaiger e Locarek-Junge (2008) estabelecem três tipos de usuários potenciais de serviços bancários virtuais, adaptando o grau de adoção de inovações tecnológicas:
• inovadores reais ("soberanos"). São indivíduos atraídos pelos avanços tecnológicos e pelos menores custos de transação que eles oferecem. Eles são os pioneiros no uso de serviços bancários diretos e intensivos em tecnologia.
• Seguidores ("calmos"). Eles adotam rapidamente as inovações tecnológicas sem demonstrar preocupação com a perda de contato pessoal ao usar a comunicação eletrônica. Eles também mostram algum interesse em ofertas bancárias diretas.
• Despreocupado. Eles são baseados no conforto oferecido pelo serviço, não se importam com a perda de contato pessoal, embora mostrem uma preocupação maior com relação à segurança e confidencialidade das informações.
Com relação ao comportamento do consumidor, os clientes que usam o Internet banking tendem a diversificar seus investimentos e a tentar encontrar ofertas que melhorem substancialmente o que o banco usual oferece. Eles geralmente não confiam que o banco oferece o melhor retorno possível. 
Para isso, eles coletam todas as informações possíveis em revistas especializadas ou na Internet e negociam com o banco. Desta forma, as decisões tomadas por eles sempre serão justificadas e não serão devidas à má gestão do funcionário da filial. A questão que é levantada continuamente é: "Por que pagar alguém para fazer o que posso ou me sinto capaz de fazer?" Eles geralmente preferem investir o tempo necessário para tomar uma decisão, esperar na fila no escritório ou pagar para aconselhamento financeiro. 
Além disso, uma grande porcentagem de indivíduos (40 por 100) tem em mente os serviços on-line oferecidos na escolha de seu banco. Os "compradores" na Internet (em comparação com os não compradores) usam em maior medida os serviços que exigem maior confiança, como é o caso de outros serviços financeiros on-line, como a compra de ações ou seguros. Especificamente, eles são contratados por 13,2% dos casos (em comparação com 5,8% dos não compradores) (de acordo com o estudo da ABRANET, 2012).
O observatório de redes (ABRANET, 2012)) obtém uma série de grupos de usuários da Internet, dentre os quais as chamadas "Intensidades Estáveis". Este é um grupo que possui maior percentual de usuários em todas as atividades consideradas e faz mais compras atravésda Rede, sendo as atividades que mais aumentaram os usuários para este grupo, entre o terceiro trimestre de 2011 e as mesmas. trimestre de 2011, são o download de vídeos (10 pontos a mais), mensagens instantâneas (9,4), consultas bancárias (8,6) e busca por informações de saúde (8,5). 
Em outras palavras, atividades funcionais aumentam em detrimento de atividades de lazer (chat, jogos online). Este grupo de Intensivas Estáveis, é o que mais consulta suas contas bancárias (48,1 por 100) e mais opera financeiramente (21,15 por 100) através da Internet. Isto está relacionado duplamente com o perfil deste tipo de usuário - com uma taxa de ocupação maior que os demais grupos - e com sua maior experiência na Rede que lhes confere maior confiança para realizar este tipo de transações.
Na análise de seu comportamento de navegação por instituições financeiras on-line, entre novembro de 2010 e janeiro de 2012, os usuários brasileiros visualizaram um total de 998,5 milhões de páginas, representando um crescimento de 106,4 por 100. em relação ao ano anterior. Em média, cada usuário realizou 16,9 visitas a essas páginas no último período analisado, o que representa um aumento de 23,3%. A comparação desses percentuais anteriores revela que as entidades oferecem cada vez mais serviços financeiros (com o aumento de páginas) através da Rede, cada usuário navegou mais de uma hora e meia pelas páginas financeiras e de investimento, o que supõe aumento do tempo médio de navegação em aproximadamente 17 minutos. Para a maioria das entidades, a frequência de uso é entre duas vezes por mês e uma vez por semana.
Análise comparativa das entidades online e entidades tradicionais
A maioria das entidades financeiras que operam na Internet são entidades tradicionais que adotaram esse novo canal de distribuição, mantendo os canais tradicionais. Embora os bancos on-line ativos tenham sido criados recentemente, uma grande parte deles já excederam o limite de lucratividade. Apesar do argumento geralmente aceito de que os serviços bancários on-line têm custos operacionais significativamente mais baixos do que os serviços bancários tradicionais, alguns estudos indicam que as entidades on-line são menos lucrativas do que os bancos tradicionais (ALMEIDA, 2008). 
Avaliaremos agora de forma muito sucinta o modelo de negócios embrionário do banco on-line em relação ao modelo mais maduro de banco tradicional. Em relação à lucratividade do banco on-line, devemos mencionar que existem vários estudos indicando que os benefícios associados com internet banking são aparentes quando fazem parte de uma estratégia integrada de Internet que coexiste com a rede de agências, mas eles não são tanto quando a Internet é adotada como o principal ou único canal de distribuição (CERNEV; DINIZ, 2009).
Os estudos revelam que os bancos online têm margens de intermediação mais baixas (negativos no período de reporte) para entidades de referência tradicionais do grupo devido a títulos mais baixos de produtos financeiros e custos financeiros mais elevados incorridos. Também indica que, embora os bancos on-line tenham maiores gastos com publicidade e tecnologia da informação do que as entidades tradicionais de referência, eles suportam custos operacionais mais baixos. 
De fato, os dados dos estudo mostram que as despesas de pessoal do banco on-line representam um terço das despesas de pessoal do banco tradicional da amostra selecionada. Além disso, Cernev e Diniz (2009) estudaram o impacto da adoção da Internet através de portais transacionais na demonstração de resultados de uma amostra de instituições financeiras. 
Os autores concluem que o impacto sobre o resultado leva tempo para ocorrer (cerca de um ano e meio), e resulta em uma redução progressiva de sobrecarga (especialmente pessoal, marketing e tecnologia da informação). 
Podendo ser apontado ainda que a Internet está sendo utilizada como canal complementar e não como substituto de agências. Por outro lado, o trabalho de Dias (2011) também mostra uma menor rentabilidade das entidades online em comparação a um grupo de comparação de entidades tradicionais de tamanho similar, podemos atribuir as baixas margens de intermediação das entidades on-line ao menor volume de produtos financeiros e os maiores custos financeiros incorridos. 
Na análise dos custos operacionais do banco on-line, destacam os altos custos de TI e publicidade e os menores custos de pessoal. A este respeito, deve-se notar que o banco online é ainda muito jovem, e a rentabilidade dos bancos recém-criadas difere sistematicamente de que dos seus concorrentes amadurecer como eles verificam, para o caso norte-americano. Tendo em conta que o novo modelo bancário começou a ser implementado a pouco tempo e que parece razoável pensar que os dados correspondentes aos últimos anos são mais significativos do que os dos anos anteriores.
2.1 O que é o internet Banking
Nós vamos a partir de agora conhecer mais do internet banking que é um serviço que esta sendo promovido de forma maciça entre os clientes das instituições financeiras. O primeiro passo é definir o que entendemos a partir de agora o Internet banking, a fim de distinguir entre vários conceitos semelhantes utilizados em todo este serviço; posteriormente, são apresentadas as diferentes estratégias que as entidades seguiram desde o surgimento do canal no banco. Além disso, para ter uma idéia do mercado que lida, indicar o volume de usuários que já utilizam este serviço hoje e parar em algumas características do seu perfil para aumentar a conscientização do cliente.
2.2 Conceito de internet Banking
O Banco Central, dá a seguinte definição de Internet banking: Banco Operativa em que a Internet é usada como uma ferramenta de marketing e comunicação com o cliente. O cliente não precisa ir a uma agência para verificar o saldo ou operações, requer apenas um computador com acesso à Internet e uma senha que facilita a entidade para autenticar sua identidade. 
Internet banking é, portanto, um serviço oferecido pelos bancos aos seus clientes e compreende as ferramentas tecnológicas oferecidas pela instituição financeira para seus usuários fazer transações bancárias via computador, usando sua conexão de Internet (ZEITHAML; BITNER, 2003). 
Podemos colocar o internet banking como uma espécie de operações bancárias à distância oferecidos pela maioria dos produtos encontrados em escritórios com novos serviços. Existem vários nomes com os quais o Internet banking é conhecido: e-banking, banco direto, banco interativo. 
Todos eles se referem a um banco que usa a Internet como um canal de comunicação complementar aos canais tradicionais. o nome do banco virtual para referir-se a reservas bancárias que oferecem serviços bancários exclusivamente através de Internet, inicialmente sem agências físicas (TEIXEIRA, 2013). 
Às vezes, esse tipo de operação bancária é chamado de banco on-line. Estritamente falando, Internet banking é limitado ao uso de um protocolo de comunicação que permite o acesso a informações em tempo real. Neste sentido, é semelhante ao ATMs implementadas com grande sucesso desde meados dos anos setenta, embora a Internet tem diferenças tecnológicas importantes que afetam a segurança das transações e, portanto, a percepção que os clientes têm de serviço, que é um sistema aberto baseado em aplicativos de sistemas operacionais públicos, mais expostos e menos seguros (ZEITHAML; BITNER, 2003). 
A Internet representa para a tradicional reconfiguração do banco comercial dos canais convencionais, onde há uma estratégia de interação fornecedor-cliente e de marketing empregada. É uma manifestação de um conjunto de inovações que afetam a organização de bancos, a definição de novas estratégias de marketing, novos desafios competitivos e, sobretudo, a introdução de novos produtos e serviços bancários (SOUZA, 2002). 
2.3 Estratégia bancária frente ao canal de internet
Quando a Internet chega ao banco, ela é usada apenas como ferramentade vendas e comunicação, de modo que não há transformações substanciais no modelo de negócios das entidades; mas quando as entidades percebem que a Internet é mais do que um meio de publicidade, elas começam a definir estratégias para marcar sua presença na Web, sempre seguindo dois objetivos claros: melhorar a qualidade do serviço ao cliente oferecendo seus produtos sem precisar ir para a entidade e alcançar maior produtividade, criando um novo modelo de negócio adaptado a uma sociedade mais moderna. 
Como mencionado por Souza (2002), a presença desse novo canal é seguida por entidades financeiras por meio de três tipos de estratégias que inicialmente originam três diferentes tipos de entidades: banco integrado ou multicanal que segue uma estratégia defensiva; banco parcialmente autônomo que é independente em estrutura e administração, mas não em capital; e banco on-line que se refere a novos bancos apenas on-line. 
Esses dois últimos tipos de entidades seguiram uma estratégia mais ofensiva. Vamos aprofundar cada um desses tipos de entidades: Banca Integrada ou Banca Multicanal. 
A Internet é um canal complementar ao escritório tradicional, para que o cliente possa escolher como entrar em contato com sua entidade sem preço ou diferenciação de marca. Os mesmos produtos são gerenciados como na filial, mas por outro canal. O objetivo é manter os clientes convencendo-os a usar o novo meio (SOUZA, 2002). 
É por isso que a mesma marca é usada, beneficiando-se da imagem da entidade. Este tipo de estratégia melhora aspectos como conforto, disponibilidade ou economia de tempo. Não são definidos preços diferentes, embora sejam oferecidas vantagens como descontos em comissões cobradas por transferências, na compra e venda de títulos, etc (RIBEIRO, 2005).
Segundo Ribeiro (2005) é considerada uma estratégia defensiva, uma vez que as entidades que optaram por ela queriam evitar uma possível perda de clientes. Esse modelo retém os clientes que buscam conforto ao realizar transações e geralmente ficam satisfeitos com os serviços bancários que recebem; mas aqueles com mais conhecimento financeiro que buscam preços mais competitivos e uma oferta maior de produtos não serão retidos. Por sua vez, as entidades não tiveram que fazer um grande investimento em infraestrutura tecnológica.
Internet banking parcialmente autônoma é um tipo de estrutura independente banking e gestão, mas sem capital, por isso tem as suas próprias ofertas de produtos mais vantajoso do que o outro comercializado pelos produtos da empresa condições e preços preferenciais para os clientes que querem trabalhar exclusivamente pela Internet. 
Por essa razão, como Puig (2002) confirma, as entidades que optaram por essa estratégia geralmente criam um novo nome de negócio com uma nova licença bancária. Neste tipo de entidades, a concorrência está focada na discriminação de preços por serviços e tipo de cliente. 
Para atrair novos clientes, são oferecidos preços muito competitivos que, na maioria dos casos, não são rentáveis para as entidades. Trata-se de uma estratégia expansiva em que o risco está em saber até que ponto as margens dos próprios clientes estão sendo capturadas em relação ao volume das novas, obtidas como resultado de ofertas desse tipo. 
Dentro desta estratégia, o Bankinter se destaca (com uma entidade na Internet: www.bancointer.com.br) com uma estratégia de natureza mais comprometida, que pode ser descrita como multicanal e ofensiva. É uma entidade integradora muito orientada para o cliente, oferecendo ao mesmo tempo serviços de alta qualidade a preços competitivos, mas obtidos apenas por este meio. 
É um exemplo de uma entidade ativa cujo objetivo é que o cliente possa executar e aprovar todas as operações na Internet. Esses tipos de entidades são líderes em novos aplicativos de computador que permitem oferecer produtos um passo de cada vez (O’BRIEN, 2009).
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, R. C. Bancos, sistemas de qualidade e resultado: um estudo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2008.
CERNEV,A.K.; DINIZ, E.H.; JAYO, M. As cinco ondas de inovação tecnológica em bancos. In: BARBIERI, J.C.; SIMANTOB, M. A.(Org.). Organizações inovadoras do setor financeiro. São Paulo: Saraiva, 2009
DIAS, R. C. S. Reflexos da qualidade do atendimento no setor bancário brasileiro. 2011. Monografia (Especialização/MBA Executivo em Gestão de Operações de Serviços) –Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2011
EMBID, P. Marketing financeiro, Editora McGraw-Hill, 2002.
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MORGAN, R. HUNT, S. The commitment-trust Theory of Relationship Marketing, Journal of Marketing, 2006.
OLIVEIRA, Hermenegildo José de. 0 segmento Econômico Bancário Brasileiro, com ênfase no Banco do Brasil e no Desemprego Estrutural, de 1990 a 2002. Monografia (Bacharel em Economia) — Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Católica de Salvador. Salvador, 2002. 
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O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet. 3.ed. São Paulo: SARAIVA, 2009
RIBEIRO, W. H. P. Tecnologia bancária: um estudo de caso sobre o comportamento e a satisfação do consumidor. Dissertação (Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional) –Universidade de Taubaté, Taubaté –SP, 2005
ROBINSON, T. Internet banking – still not a perfect marriage, Information week, 2000.
SCHWAIGER, M. LOCAREK-JUNGE, H. Realizing customer retention potentials by electronic banking, Electronic markets, 2008.
SOUZA, R. V. de. Adoção de produtos e serviços baseados em tecnologia pelo consumidor: uma avaliação da aplicabilidade da Technology Readiness Index no contexto brasileiro. Dissertação (Mestrado em Administração) –Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002
TEIXEIRA, C. F. A. Dos limites constitucionais ao processo de automação nas relações de trabalho no brasil: o trabalho bancário. Dissertação (Mestrado em Direito) –Universidade de Marília, Marília, 2013.
ZAMBERLAN, Fabio Luiz. Racionalização e Automatização: A Organização do Trabalho nos Bancos. In: FLEURY, Afonso Carlos Correa e VARGAS, Nilton (orgs.) Organização do Trabalho: uma abordagem interdisciplinar: sete casos brasileiros para estudo. São Paulo: Editora São Paulo, 2000.
ZEITHAML, V. A.; BITNER M. J. Marketing de serviços a empresa com foco no cliente. 2.ed. Porto Alegre: BOOKMAN, 2003

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