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LITERATURA BRASILEIRA III 4a aula Lupa Vídeo PPT MP3 Exercício: CEL0584_EX_A4_201709086831_V2 26/08/2019 Aluno(a): DANIELLE VIEIRA BRAGANÇA 2019.3 EAD Disciplina: CEL0584 - LITERATURA BRASILEIRA III 201709086831 1a Questão Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos; "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário: a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido. a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores. a linguagem está além do tema , e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor. a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores. o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor. Respondido em 26/08/2019 09:24:54 Explicação: "(...) o eu-poético realiza uma composição acerca da educação e apresenta o tema sem sentimentalismo, de tom mais objetivo, com vista a exercer o trabalho poético, lúcido e preciso, mediante a observação direta da realidade, expressando sua conclusão de modo concreto, racional. Além disso, exercita a técnica da linguagem artística, aprimorando a própria linguagem poética, como uma espécie de linguagem-objeto." ( Livro proprietário, p.84) No trecho do enunciado da questão, também é possível identificar a temática privilegiada pelo autor: a vida social. Gabarito Coment. 2a Questão (Unifesp 2005) Observe a figura a seguir: A tela de Portinari - A criança morta - tematiza aspecto marcante da vida no sertão nordestino, frequentemente castigado pelas secas, pela miséria e pela fome. Os escritores que se dedicaram também a esse tema foram: Rachel de Queiroz e João Cabral de Melo Neto. José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade. Graciliano Ramos e José de Alencar. Guimarães Rosa e Cecília Meireles. Hilda Hilst e Jorge Amado. Respondido em 26/08/2019 09:26:26 Explicação: Raquel de Queiroz ficou reconhecida com o seu romance "O quinze", que trata da seca de 1915. Já João Cabral de Melo Neto é autor do Auto Morte e vida severina, que trata da saga de um retirante. 3a Questão Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, identifica-se como: um auto que explora a temática do nascimento como signo do ressurgir da esperança. um auto de Natal que rememora a visita dos reis Magos e pastores ao Deus menino. um conto cujo interesse se centraliza na preocupação do autor como o problema da seca no nordeste. uma obra que, refletindo inovações e experimentações linguísticas do autor, torna tênues as barreiras entre a prosa e a poesia. um poema que encerra uma síntese das propostas vanguardistas contidas na obra geral do autor. Respondido em 26/08/2019 09:26:52 Explicação: "Morte e vida severina", de joão Cabral de Mello Neto, é um Auto de Natal, ou seja, uma peça que procura tomar como tema o nascimento, mas como o ressurgir da esperança e um elogio à dádiva de estar vivo. Gabarito Coment. 4a Questão No poema o Engenheiro, de João Cabral de Melo Neto é flagrante: O Engenheiro A luz, o sol, o ar livre envolvem o sonho do engenheiro. O engenheiro sonha coisas claras: Superfícies, tênis, um copo de água. O lápis, o esquadro, o papel; o desenho, o projeto, o número: o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nenhum véu encobre. (Em certas tardes nós subíamos ao edifício. A cidade diária, como um jornal que todos liam, ganhava um pulmão de cimento e vidro). A água, o vento, a claridade, de um lado o rio, no alto as nuvens, situavam na natureza o edifício crescendo de suas forças simples. O humor a preocupação com a geometrização e exatidão da linguagem. o coloquialismo da linguagem A ironia A informalidade Respondido em 26/08/2019 09:26:56 Explicação: "A chamada ¿geração de 45¿ rejeitava o poema-piada, o verso-livre, a irreverência, buscando uma poesia formal, com vocabulário erudito e temas universais, com marcas do experimentalismo poético. (...) O experimentalismo advém da necessidade que os escritores da geração de 45 sentiam em se distanciar dos ideais propostos pelas primeiras fases modernistas. Com isso, as produções da terceira geração constituíam uma nova investigação estética e reforma das formas de expressão literária. O experimentalismo gira em torno de pesquisa acerca da própria linguagem, com um trabalho estético e linguístico que propiciava a exploração da forma literária, tanto na prosa quanto na poesia, porém esta é vista como ¿a arte da palavra¿, sem a necessidade de assumir um caráter social, político, filosófico e religioso, explorado nas gerações anteriores." ( Livro proprietário, p.84, 85) Gabarito Coment. 5a Questão Na obra O engenheiro, João Cabral de Melo Neto enfatiza a linguagem simples e a vida no campo o regionalismo e os problemas sociais a emoção e o amor o ambiente onírico e os dilemas existenciais a geometrização e a exatidão da linguagem. Respondido em 26/08/2019 09:26:59 Explicação: Em 1945, Cabral publica seu terceiro livro, O engenheiro. Nesta obra, percebemos que o poeta se afasta das sugestões surrealistas de seu primeiro livro e apresenta uma nova tendência de composição literária: a geometrização e a exatidão da linguagem. 6a Questão A partir do fragmento apresentado, que foi extraído do auto de Natal Morte e Vida Severina, identifique qual é a sina do sertanejo. (...)Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta,(...) a de querer arrancar algum roçado da cinza. http://www.releituras.com/joaocabral_morte.asp Trabalhar para dividir os frutos com aqueles que habitam a mesma região. Trabalhar, arduamente, para fazer brotar da terra seca algo para sua sobrevivência. Não trabalhar na região por falta de esperança, pois a terra já havia se transformado em cinza. Trabalhar sem objetivo algum. Caminhar pelas pedras do sertão Respondido em 26/08/2019 09:27:03 Explicação: Nos versos: "(...)a de abrandar estas pedras/suando-se muito em cima,/a de tentar despertar?terra sempre mais extinta,(...)/a de querer arrancar/algum roçado da cinza"., vemos claramente o objetivo do sertanejo: roçar a terra árida para dela extrair algum alimento. Gabarito Coment. 7a Questão A ficção de Rosa situa-se no limite entre a poesia e a prosa,devido a uma série de fatores, EXCETO: emprego de recursos da poesia, como o ritmo e aliterações. utilização de termos em desuso. criação de neologismos cópia fiel da fala do sertanejo. emprego de metáforas Respondido em 26/08/2019 09:27:08 Explicação: Guimarães Rosa não tem intenção de reproduzir realisticamente a linguagem do sertão. Ele recria a própria língua portuguesa, pela reutilização de termos emdesuso e a criação de neologismos. Somado a isso, o ficcionista lança mão de recursos próprios da poesia como, por exemplo, o ritmo, as aliterações e as metáforas. Dessa forma, a ficção de Rosa situa-se no limite entre a poesia e a prosa. 8a Questão Sobre Guimarães Rosa podemos afirmar: inovou sobretudo nos temas, explorando tipos inéditos. escreveu obra política de contestação à sociedade de consumo. sua obra se revela intimista com raízes surrealistas. inovou sobretudo o aspecto linguístico, revelando trabalho criativo na exploração potencial da língua. foi autor regionalista, seguindo a linha do regionalismo romântico. Respondido em 26/08/2019 09:27:11 Explicação: "Guimarães Rosa foca o regionalismo, mas não deixa de praticar o experimentalismo por meio da recriação da realidade com a manipulação da linguagem que só ele consegue fazer. Para isso, faz uso de arcaísmos e vocábulos conhecidos, passando para a criação de palavras e expressões. Seguindo um estilo próprio, permite-se realizar inventos de ordem semântica e sintática. O resultado? Uma forma de comunicação que não se prende à realidade, mas que se mostra uma ferramenta de apreensão e compreensão dessa realidade" ( Livro proprietário, p.89)