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Resumo parasitologia

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ORDEM PHTHIRAPTERA - PIOLHO
Achatados ventro-dorsalmente.
Não tem asas.
Patas robustas, com garras para se aderir ao hospedeiro – para se segurar.
Olhos pouco desenvolvidos ou ausentes. 
Corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen – por ser Insecta. 
Todo o ciclo sobre o hospedeiro – não trocam de HO só de maneira acidental. 
Mastigadores (cabeça mais larga que o tórax):
Subordem Amblycera (antena escondida, palpo maxilar presente).
Subordem Ischnocero (antena exposta, palpo maxilar ausente).
Sugadores
Subordem Anoplura.
Ciclo de vida: fêmea deposita seus ovos (lendia) operulados (tem uma tampa por onde irá sair o piolho pronto: ninfa de primeiro estágio – menos sexualmente – terá três estágios). Todas as fases estão acontecendo no HO, a ninfa 1 se transforma em ninfa 2 e posteriormente em ninfa 3. A última irá evoluir-se e virar o adulto, mas para copularem ela (mais fêmeas – mais gordas) irá necessitar do macho (copula vários ovos).
SUBORDEM AMBLYCERA 
Família: Menoponidae (duas garras no tarso)
Gênero: Menopon
Espécie Menopon gallinae: piolho da haste (pode cortar) das penas das aves (galinhas). 
São mastigadores.
Quando aumenta a luminosidade eles descem (escondem-se) para a pele. 
Movem-se rapidamente. 
Não coça, só irrita, mas não morde. 
Espécie Menacanthus stramineus: na base das antenas (mastiga – morde a pele – e deposita seus ovos), se alimenta do conteúdo das penas, incluído o sangue. 
Localizado nas regiões com menos penas. 
Comum em poedeiras.
Causa irritação, inflamação com formação de crostas escamosas, sangramento e anemia (bicamento), perda de peso, queda no número dos ovos, hemorragias na cloaca. 
Família: Boopidae
Espécie Heterodoxus spiniger: duas garras no tarso.
É um mastigador de tecidos, mas é hematófago. 
Ganchos na cabeça voltados para trás.
Parasita de cães (na rua – sem proprietários) e canídeos em geral. 
Laterais do abdômen (pleuritos) bem quitinizados. 
Causa dermatites (confundido com sarnas), prurido intenso, associado geralmente a doenças debilitantes. 
SUBORDEM ISCHNOCERA
Família: Philopteridae
Espécie Lipeurus caponis: piolho das aves.
Antenas com cinco segmentos.
Último par de patas maior que os outros. 
Olhos rudimentares.
Adultos podem viver até 45 dias. 
Não é específico, mas ataca aves. 
Animais jovens estão mais propensos a infestações maciças, inquietação e irritação, na maior parte está associado a má nutrição e doenças debilitantes. 
Presente na parte inferior das asas e cauda, pernas grossas, alimenta-se ao longo das penas, tem a haste mais grossa (bem na base).
Gênero Gonides sp. : parasitas de aves, na haste da pena, na parte de baixo das asas, cloaca (locais mais escondidos). 
A cabeça tem duas cerdas em cada lado.
Antenas com 5 segmentos.
Cabeça é maior que o tórax.
Família: Trichodectidae
Gênero: Bovicola 
Parasita de mamífero (específico). 
Espécie Bovicola (Damalinia): 
B. ovis (ovinos), B. caprae, B. bovis (bovino) – morfologicamente são iguais. 
Cabeça grande (larga e longa) com bochechas grandes. 
Uma garra única em cada tarso. 
Antena com três segmentos. 
Alimentam-se das camadas externas das hastes dos pelos (externa do pelo – parte morta das escamas), escamas dérmicas, sangue (que está livre na pele). 
Vai mastigando (comendo) – arranca a pele e a saliva causa a irritação.
Não suga, só se aproveita.
Ovos são depositados no pelo ou lã próximo a pele.
Esses ovos as fêmeas irão produzir esses por partenogênese. 
Reproduz sozinha (dois gametas).
Mas a maioria irá se reproduzir com o auxílio de um macho. 
São monoxeno, tudo acontece no HO.
Sinais: são entrados na região dorsal (locais difíceis para coçar), irritação e prurido intenso, alopecia (perca de pelo), produção de feridas devido ao ato de coçar (no verão pode levar a miíase). 
B. ovis: apenas um animal contaminado pode acabar infestando todo um rebanho em apenas 4 meses.
É de notificação obrigatória (RS) – inspetoria veterinária. 
Ciclo completo dura cerca de 3 semanas, mas consegue ficar um determinado período fora do HO sem alimento (até três dias).
Gênero: Felicola sp.
Espécie Felicola subrostratus: bochechas proeminentes.
Patas curtas.
Antenas com três segmentos.
Três pares de estigmas respiratórios no abdômen.
Tergitos (manchas abdômen) nítidos. 
Ciclo de vida dura 30 - 40 dias.
Único piolho de felinos.
Comum em animais idosos ou debilitados.
Animais com pelos mais longos são mais acometidos – pois tem dificuldade de higienização. 
Mastigador, escamas, pelos e sangue livre. 
Sinais: se está bem de saúde ele irá ingerir o parasita, mas conseguira controlar. Encontrado na face, dorso e pavilhão auricular, causa prurido, crosta, alopecia. 
Gênero: Trichodectes spp.
Tem apenas uma garra.
Não tem palpos.
Produz vários ovos por dia, mas vai largando apenas um por dia.
Espécie Trichodectes canis: piolho de cachorro: encontrado na cabeça, pescoço e cauda do cão (pelo, escamas, sangue livre). 
Aderido à base do pelo.
Seu ciclo tem a média de 30 – 40 dias. 
Importância: HI do cestódio Dipylidium caninum (o cachorro come opiolho com esse já). 
Sinais: prurido intenso, alopecia, infecções secundárias – parecido com a alergia a pulga, o tratamento é a base de banhos (cipermetrina – princípio ativo). 
SUBORDEM ANOPLURA
Piolhos sugadores - hematófagos.
Apenas de mamíferos. 
Palpos ausentes.
Aparelho bucal com dentes (apenas perfuram a pele do HO) que ficam expostos no momento da alimentação.
Estruturas musculares (auxiliam) o piolho suga o sangue do HO. 
Pleuritos esclerosados. 
Apenas uma única garra por tarso.
Família: Pediculidae
Pediculus humanus: piolho humano. 
Pthirus pubis: piolho humano.
Gênero Haematopinus spp.: bem importante para os animais domésticos.
Não possui olhos.
Todas as patas tem o mesmo tamanho. 
H. quadripertusus (bovino): ovos postos na cauda e ninfa na cabeça e pescoço.
H. eurysternus (bovino): climas temperados, pescoço, base da cauda e chifre. 
H. asini (equinos geral): base da crina e cauda, cabeça, pescoço e entrepernas.
H. suis (suínos): javali é bem acometido, importância no BRA, dobras do pescoço, base da orelha e entrepernas.
H. tuberculatus (búfalo): pode parasitar bovinos.
Causam coceira, até mais que os mastiigadores. 
Ciclo: dura uns 20-40 dias, é bem variado dependendo da espécie.
Sinais clínicos: mais severos nos H. suis, prurido, alopecia, formação de crostas e infecções secundárias. 
Gênero: Linognathus spp.: sem placas quitinizadas.
Primeiro par de patas é menor que o segundo e o terceiro. 
Ciclo de vida dura uns 30-40 dias. 
Tem vários estigmas. 
Linognathus setosus: sugador, cães, ataca orelhas, cabeça, pescoço e abaixo da coleira.
L. pedalis e L. stenopsis (não tem especificidade): ovelhas e cabras, ataca patas (mas pode ter no corpo todo). 
L. vitulli: bovinos, ataca ombros, pescoço e patas posteriores. 
Sinais clínicos: anemias, alopecia, prurido intenso, pode ser confundido com alergias. 
ORDEM SIPHONAPTERA – PULGA
Ausência de asas.
Terceiro par de patas adaptados ao pulo maior.
Corpo achatado lateralmente.
Cerdas projetadas para trás. 
São hematófagos na fase adulta – macho e fêmea.
Parasita obrigatório periódico.
Ectoparasita de mamíferos e aves.
Olhos simples.
Antena curta – não observo.
Pode ou não ter ctenídeos: barba e pelo (tipo um dente), sua função é aderência.
Sensilium: percebe a temperatura e gás carbônico, é sensorial, encaixa o macho e a fêmea para a cópula. 
Faz repastos em várias espécies. 
Ciclo de vida: depositam seus ovos no solo ou no pelo do HO (acabaram caindo em direção ao solo, pois não conseguiram se fixar). 
Em condições normais o ciclo pode durar de 18-21 dias, mas conseguem retardar para até 1 ano (fase de pupa). 
Normalmente a larva irá eclodir com 5 dias, e já é uma mastigadora (sangue seco, fezes das pulgas adultas, material orgânico e microrganismos) – desenvolve-se em qualquer lugar. 
A larva passa por dois estágios, a segunda irá formar a pupa (no chão) entre 7 a 15 dias (no inverno
pode durar 200 dias). A fase de pupa poderá durara até 1 ano, mas a fase adulta só irá eclodir da pupa quando perceber a presença do HO (quando não acha logo, ela irá ficar ali esperando – pelo sensilium). 
A pulga do cão pode sem se alimentar viver cerca de 50 dias, mas em condições boas será cerca de um ano. 
Família: Tungidae
Gêneros: Hectopsylla (morcegos e ratos) e Tunga (T. penetrans – mais encontrada).
Espécie Tunga penetrans: a parte anterior da cabeça possui uma saliência (nariz empinado). 
Não possui ctenídeos. 
São hematófagos: fêmeas e machos se alimentam de sangue. 
Ciclo: logo após a cópula, que ocorre no ambiente, a fêmea corta a pele do HO e a penetra (pois precisa estar se alimentando para conseguir produzir os ovos). Quando ela está se alimentando, estarão sendo produzidos cerca de 100, esses serão liberados na pele do HO, mas em direção ao meio externo (pele e depois eles irão cair). Além disso, logo após fazer a liberação a fêmea irá morrer ainda no túnel (o corpo irá absorver ou poderá promover uma reação inflamatória – abcesso). A larva por sua vez irá eclodir cerca de 3 a 4 dias, essa irá apresentar 2 fases e riram pupa. Por isso, o ciclo todo será completado com 30 dias. 
Desenvolvem-se em solos arenosos, praças de crianças, areias em construções...
HO: cachorros, humanos, suínos, bovinos, animais silvestres (roedores)...
Sinais clínicos: a fêmea permanece na pele do hospedeiro por vários dias (10), se alimentando; coceira; dor (através das substâncias que ela carrega junto); reações inflamatórias com formação de crostas. 
Importância: animais podem apresentar claudicação (mancar).
Contaminação com Clostridium tetani (tétano - bactéria), Clostridium perfringes (gangrena – bactéria, os tecidos apodrecem rapidamente), micoses.
Importância: a fêmea é o “bicho de pé”. 
Família: Pulicidae
Gênero: Ctenocephalides
Apresentam ctenídeos pronotal e genal. 
Ovos pouco resistente às condições ambientais (seca e frio).
Espécies: C. canis e C. felis
C. canis tem a cabeça mais arredondada.
O primeiro ctenídeo genal é menor que os demais.
C. felis permanece mais tempo no hospedeiro do que no ambiente. 
Sinais clínicos: coceira, alopecia, vermelhidão na pele, dermatite alérgica (DAPP) – a pulga se alimenta e desce -, infecções secundárias.
Importância: hospedeiro intermediário do Dipylidium. 
Transmitir nematoides como Dipetalonema e Dirofilaria immitis (parasita do coração).
Gênero: Pulex 
Espécie Pulex irritans: ctenídeos ausentes.
Cerdas pré-ocular.
Cerdas genal. 
HO: homem, suíno, raramente caninos e felinos. 
Importância: dermatite alérgica.
Transmissão da peste bubônica e outras doenças. 
Gênero: Xenopsylla 
Espécies: X. cheops e X. brasiliensis.
HO: roedores, ocasionalmente humano (acidental).
Não possui ctenideos.
Fileira de cerdas em formato de V no occipício (cabeça).
Importância: transmissão da Yersinia pestis (peste bubônica).
O rato morre e a pulga procura outro HO. 
Sinais clínicos: dores, febre, necroses, calafrios... (responde a antibióticos).
ORDEM ACARI – CARRAPATOS
 Amblyomma spp.: tem como HO a maioria dos mamíferos domésticos e silvestres. 
É ornamentado e sem placas adanis.
Tem um ciclo heteróxeno, troca três vezes de HO, mas não precisa ser de apenas uma espécie (ex: cavalo, capivara – adquire, mas não tem sinal –, ser humano), pode ter apenas um HO também. 
Amblyomma cajennense: carrapato estrela. 
Importância: transmissão da doença de Lyme (Borrelia burgorferi), febre maculosa (Rickettsia rickettsii)).
 Sintomas: dor no corpo, febre intenssa, manchas próximas a picada (carrapato é o HO intermediário), ficar um tempo sem respirar. 
Anocentor spp.: o escudo não é ornamentado. 
A quarta coxa é maior que as outras.
Tem a presença de festões. 
Não tem placas adanais. 
Anocentor nitens: HO é o equino.
Tem preferência pelo pavilhão auricular.
É um parasita monóxeno. 
Causa: irritação, ingesta muito sangue, é porta de entrada para infecções secundárias.
Importância: transmite Babesia caballi (igual – dentro do ovário o ovo irá eclodir e disseminar), é altamente letal e apresenta os mesmos sinais clínicos (hemácias). 
SUBORDEM IXODIDA
Família: Argasidae
O corpo não é esclerosado, a quitina é mole – não é dura. 
A maior parte do tempo fora do HO, sobe se alimenta e desce, a muda e a reprodução se dá fora do HO.
Gnatossoma (boca) visível apenas ventralmente. 
É resistente a seca, podem durar até anos – podem murchar na seca e tem reservas de energias.
Tem de dois a sete estágios ninfais – porque se alimenta aos poucos, faz várias mudas rápidas.
Tem vários repastos em diferentes HO (entre um e outro muda de HO – alimentação). 
Fêmea adulta põe ovos toda vez que se alimenta, cópula se alimenta e libera os ovos.
Uma fase larval, depois as mudas de ninfa (2 – 7) até a fase adulta, não irá morrer.
Argas spp.: HO de aves em geral.
Estigma entre os pares de patas 3º e 4º. 
Tem um formato ovoide, a parte dorsal e ventral está bem separada
É encontrado fora do HO, ataca geralmente a noite (vários repastos) e durante a noite fica escondido. 
Ciclo (mais clássico da família): ovo, ninfa (várias – dependem da quantidade de sangue que o carrapato conseguiu ingerir quando subiu no HO – pode acelerar ou retardar), até chegar no adulto.
É heteróxeno.
Sinais: irritação, hemorragias na pele, anemia, desenvolvimento reduzido.
Importância: transmissão da espiroqueta Borrelia. 
B. anserina: carrapato pode ser infectante por até seis meses.
São encontrados em locais úmidos (controle ambiental).
Transmissão: transovariana.
Sinais: letargia, febre, diarreia, ataxia, paralisia, anemia e morte. 
Ornithodorus spp.: formato retangular. 
Face ventral e dorsal é dividida.
HO: mamíferos em geral (homem).
Importância: transmissão (carrapato pode adquirir do homem) da doença de Lyme (humano para humano). 
Mesmo ciclo do Argaside – não é transovariana. 
Otobius spp.: tegumento rugoso.
HO: equinos, ruminantes, suínos e humanos.
Formas larvais e ninfas habitam o pavilhão auricular do HO.
É um parasita transitório (quem sobe no HO é a larva), só uma fase parasita (larva e ninfa), no resto é de vida livre (adulto não é parasita).
O adulto logo após ser formado irá viver enquanto tiver energia (acumulada), que pegou nas outras fases.
Continuará se reproduzindo até acabar por completo sua energia.
É monóxeno. 
Não vive muito.
É hematófago (sangue) e come as secreções (áreas do ouvido).
Pode provocar otites, principalmente em equinos, ruminantes e suínos.
 SARNAS
SUBORDEM SARCOPTIFORME
Ácaros pequenos.
Não tem estigma respiratório – astigmata.
A cutícula é francamente esclerosada – endurecida.
Coxa fusionada no abdômen – patas diretamente do abdômen. 
Não tem olhos.
Tem pedicelos e ventosas – posterior (patas).
Corpo é globular.
Pedicelo: pode ou não ter ventosas. 
Cerdas no corpo.
Família: Sarcoptidae
Ácaro escavador.
Gnatossoma (corpo e rosto) curto, corpo globoso. 
Patas anteriores encaixadas no gnatossoma.
O corpo é cheio de espinhos para abrir túneis na derme do animal.
Gênero: Sarcoptes
Espécie Sarcoptes scabei (var. equi, var. canis, var. suis): 
Corpo estriado com escamas e espinhos (dorsais).
Ânus terminal.
HO: mamíferos em geral, incluindo o humano. 
Importância: causa escabiose (doença causada pela sarna).
Em humanos e na veterinária é conhecida como sarna sarcoptica. 
Ciclo de vida: faz a reprodução sexuada, as lesões geralmente são causadas pelas fêmeas. 
Cópula acontece na superfície do animal, após isso a fêmea cava um túnel (apenas a fêmea, seus ovos e suas fezes) e se alimenta da derme enquanto está produzindo os ovos, quando estão prontos ela irá liberá-los (ovos não se desenvolvem juntos). Por isso, a cada dia ela libera de um a três ovos, durante 2 meses. 
Em cada segmento do túnel ela irá depositar seus ovos, quando eclodirem libero a larva com seis patas apenas e acabam voltando para a superfície da pele, lá irá procurar
um lugar para se alimentar da derme dentro do folículo piloso, e será aqui que acontece a troca de muda (ninfa 1 > ninfa 2 > adulto (o macho procura a fêmea) > todas as formas) – ambas as ninfas com 8 patas. 
O adulto começa a escavar, mas a fêmea quando termina a ovopostura ela irá voltar para a superfície e recomeça o ciclo. 
Patogenia: a forma jovem desenvolvendo no folículo causa a inflamação do pelo e esse irá cair. 
A formação de túneis (galerias intradérmica) irá causar inflamações e causar o espessamento da pele.
Pruridos e eritema são marcados inicialmente.
Hiperplasia epidérmica. 
Sinais: alopecia (focinho, orelhas, face, cotovelos); prurido intenso; espessamento da pele (hiperqueratose); emagrecimento; dermatites secundárias. 
Epidemiologia: zoonoses.
Gatos raramente são afetados.
Altamente contagiosos.
Larvas tendem a ficar mais na superfície sendo facilmente transferidas no contato direto.
O ácaro consegue sobreviver até três semanas no ambiente (dependendo de frio e umidade).
Notoedres spp.: sarna da cabeça do gato.
Espécie N. cati.
Mais arredondada e com o rosto mais curto que o S. scabei.
Ânus é dorsal.
HO: gatos (principal), felinos silvestres, ocasionalmente cães e coelhos. 
Ciclo de vida: igual ao do S. scabei, ela é escavadora, período pré-patente de 6 a 10 dias. 
Patogenia: a formação de galerias intradérmicas leva ao espessamento da pele, vermelhidão, hiperplasia epidérmica, a inflamação desencadeada é bem grande, prurido e eritema são marcados inicialmente. 
Sinais clínicos: alopecia (orelha, face, cauda); prurido intenso; espessamento da pele (hiperqueratose e hiperpigmentação); emagrecimento; dermatites secundárias. 
Diagnóstico: 
Coleta 1: através da raspagem, com uma lâmina de bisturi vou raspar até ficar vermelho, colocar em uma lâmina de vidro o que foi retirado na raspagem, mas por cima colocar a lamínula e uma fita para fixar; logo após já consigo visualizar diretamente no microscópio. 
 Coleta 2: é feita com o auxílio de uma fita durex, pode até ter pelo junto, irei pressionar contra a pele e logo após coloco na lâmina. 
Família: Cnemidocoptidae
Ácaro escavador.
Tem escamas no dorso.
Não possuem espinhos na porção dorsal do corpo.
Gênero: Cnemidocoptes spp.
Ácaro escavador de aves - ornamentado.
Semelhante a S. scabei.
Espécies: C. mutans e C. gallinae.
Ânus é medial, as patas são juntas com a cabeça (é menor). 
Ciclo de vida: a fêmea irá liberar diretamente a larva dentro do túnel (não tem a fase de ovo), após a liberação a larva sai e cava o seu túnel próprio, dentro desses faz as trocas de muda de ninfa 1 p/ 2 e por último para o adulto. Após isso, a tendência é subir a superfície, mas a fêmea irá demorar mais para subir, por isso o macho irá procurar e se não achar irá entrar nos túneis de outras sarnas.
Devido a isso, a cópula pode acontecer tanto nos túneis ou na superfície. 
O ciclo dura em média de 17 a 21 dias. 
Ataca pés e bicos (na base), abdômen e pele. 
Patogenia: espessamento da pele (hiperplasia); desprendimento das camadas queratinizadas.
C. gallinae: patas dorso e abdômen. 
C. mutans: escamas dos pés. 
Sinais clínicos: claudicação (mancação); deformidade nos pés e bicos; arrancam as penas; perda de peso e morte. 
Epidemiologia: ocorrem no verão e na primavera. 
Contaminação por contato. 
Podem ficar latentes no HO até uma situação de estresse. 
Ácaros podem estar no solo, sendo mais comuns em aves soltas ou em camas (surtos em poedeiras é em comum). 
Família: Psoroptidae
Ácaro superficial. 
Rosto longo e cônico.
No macho o 4º par de patas é mais curto. 
Gênero:Psoroptes spp.: corpo ovoide.
HO: bovinos, equinos (bem raro), ovinos.
Pedicelo articulado.
Tem articulação entre ventosa e ...
Gnatossoma é mais comprido e largo.
Espécies: P. ovis (agressivo, mais patogênico, escabiose ovina), P. bovis.
Patogenia: ácaros mais superficiais, escava para se alimentar (o resto é na superfície).
Fases de reprodução (não forma túnel – o buraco só para pôr o ovo).
Irritação da pele (inflamação).
Prurido.
Pápulas (por causa da escavação).
Crostas (onde se localizam os ácaros): quando coçam a crosta será formada.
Liquenificação (exsudato – secreção – a base de soro do sangue). 
Sinais clínicos: coceira (úbere, pescoço e patas, dorso), animais esfregam-se freneticamente em superfícies (cerdas), alopecia, seborréia, espessamento da pele, perda de peso, morte. 
Epidemiologia: associado ao pelo ou lã.
Contágio altíssimo.
Sobrevive até 18 dias quando o clima é frio e úmido (preso a crosta). 
Fômintos (material inanimado pode transmitir) tem participação importante na transmissão (tesoura de tosquia). 
Notificação obrigatória – RS. 
Não é mais tão comum. 
Gênero:Chorioptes spp.: semelhante ao anterior.
Ventosas largas, gnatossoma longo e largo. 
HO: ovinos, bovinos, equinos (o que mais acomete), caprinos.
Espécies: C. ovis, C. equi, C. caprae, C. cuniculli.
Abertura anal: final.
Ciclo de vida: igual o anterior, não forma túneis.
Patogenia: semelhante a anterior. 
Sinais clínicos: semelhante, mas mais leve, prurido (cauda, úbere, escroto, pescoço e patas). 
Comum em sistemas intensivos.
Cordeiros e bezerros podem ser contaminados pelo contato com os ácaros dos membros da mãe.
Umidade é um fator predisponente (inverno). 
Notificação obrigatória (só ovelha) – RS.
Sobrevivem até 3 semanas fora do HO.
Gênero:Otodectes spp.: corpo ovoide.
Gnatossoma em cone, ventosas mais largas.
Ácaros auriculares (ouvido) em cães (mais comum) e gatos. 
Tem apodemas, queratinizado.
Ciclo de vida: todo no pavilhão auricular, não faz túnel, escava, mas só na parte superficial, irá se alimentar da pele do animal e tenho uma reação inflamatória muito grande (hipersensibilidade), por mais que ela faça a crosta (?) ele não irá ficar junto. Estará solto no ouvido os ovos, sarnas e podem formar uma cera escura (exsudato céreo marrom – que nem o animal que tem otite), podendo ressecar e formar a crosta. 
Sinais clínicos: inflamação do canal auditivo, depósito de material castanho escuro com alta umidade, prurido intenso, animal constantemente sacudindo a cabeça, pode levar a perfuração do tímpano. Epidemiologia: Ácaros podem permanecer no ouvido sem causar doença clínica e filhotes podem adquirir o ácaro durante a aleitamento.

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