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BACILLUS CEREUS

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Toxi-infecções alimentares causadas por bactérias
Bacillus cereus
DISCENTES: EMMANUEL MARTINS 
 NÁGELA RAQUEL
Microrganismo 
B. cereus é uma bactéria Gram-positiva pertencente à família Bacillaceae. As células têm a forma de bastonetes (bacilos) de grandes dimensões, geralmente móveis, e formam esporos. 
Histórico
B. cereus, foi pela primeira vez isolado e descrito em 1887.
		
Reconhecido como agente causador de intoxicação alimentar após as publicações de Hauge em 1950 e 1955, tendo sido relacionado com 4 surtos, todos envolvendo molho de baunilha.
Apesar do cepticismo devotado a esta publicação, as investigações subsequentes mostraram que certas estirpes de B. cereus são capazes de causar intoxicação do “tipo estafilicócica” apresentando os pacientes vómitos e náuseas.
Toxina 
B. cereus produz 2 tipos de enterotoxinas, diarreica e emética, que são os agentes responsáveis pela intoxicação alimentar.
Toxina diarreica: A toxina diarreica é uma proteína produzida durante o crescimento das células.
Toxina emética: é um pequeno peptídeo sem propriedades antigénicas, produzido durante a fase estacionária do crescimento e extraordinariamente resistente ao calor, a pH extremos e à digestão enzimática.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS FAVORÁVEIS AO CRESCIMENTO
 TEMPERATURA
Alguns estirpes podem crescer a 50°C, temperatura máxima de crescimento a 55ºC.
Estirpes psicotróficas crescem a 4-5ºC, temperatura máxima de 37°C.
A temperatura ótima de produção de enterotoxina emética situa-se entre 25 e 30°C.
A toxina diarreica é destruída por temperaturas inferiores às de pasteurização (56ºC em 5 min.). A toxina emética é destruída a 126ºC durante pelo menos 90 min.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS FAVORÁVEIS AO CRESCIMENTO
pH
A taxa específica de crescimento máxima atinge-se em ambientes com valores de pH entre 6,0 e 7,0. A toxina emética é estável para valores de pH entre 2 e 11. A toxina diarreica é instável para valores inferiores a 4 e superiores 11.
5,0 – 9,3
CONDIÇÕES AMBIENTAIS FAVORÁVEIS AO CRESCIMENTO
Atividade de água (aW)
 Faixa de crescimento: 0,92 – 0,95
Os esporos resistem por longos períodos em alimentos desidratados (com baixa aw). Para concentrações superiores a 7,5% de NaCl o crescimento de B. cereus é inibido.
Relação com o oxigênio
B. cereus é uma bactéria anaeróbia facultativa (cresce em presença ou na ausência de oxigénio), mas a produção de toxinas é muito baixa em condições de anaerobiose.
Radiação
Os esporos de B. cereus são mais resistentes às radiações do que as células vegetativas. A “pré-irradiação” dos esporos torna-os mais sensíveis a tratamentos térmicos posteriores.
Reservatórios 
 É um patógeno comum no meio ambiente, encontrado em solos, poeira, água e vegetação, por isso é geralmente presente em uma grande variedade de matérias-primas e alimentos de origem agrícola e pecuaria, além dos alimentos crús, em baixos níveis, secos ou processados.
Meio de intoxicação 
Transmitido às pessoas através do consumo de alimentos contaminados devido à falta de higiene e práticas inadequadas de cozimento e conservação: 
Contaminação cruzada nos últimos estágios de transformação de alimentos e na preparação e conservação de alimentos no lar 
Pessoas: manipuladores de alimentos podem ser portadores de Bacillus, para que ao preparar alimentos, sem levar em conta Boas práticas de higiene e conservação contaminam os alimentos.
sintomas
Grupo de risco 
 Associadas aos sintomas estão todas as pessoas, mas principalmente as com sistema imunológico fraco (bebês e crianças menores de 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, pacientes com câncer, diabéticos, portadores de HIV, pacientes tratados com corticosteróides, etc.), nos quais o B. cereus pode provocar problemas mais sérios, como desidratação, cefaléia, cãibras musculares, pressão arterial e alteração coronariana. 
Medidas de controle 
 Notificação de surtos - a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas. 
 Medidas preventivas – educação para os manipuladores de alimentos e donas de casa; alimentos não podem permanecer em temperatura ambiente após cozidos, uma vez que os esporos de B. cereus podem sobreviver à fervura, germinando e multiplicando-se rapidamente em temperatura ambiente. As sobras de alimentos devem ser prontamente refrigeradas; reaquecimento rápido e de todo o alimento ajuda evitar a multiplicação dos microorganismos. 
Surto 
A PepsiCo, fabricante do achocolatado Toddynho, confirmou que 8.810 unidades do produto, distribuídos em redes comerciais de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estavam contaminadas com a bactéria Bacillus Cereus que provoca intoxicação alimentar. No enquando, frisa que as demais unidades, distribuídas pelo Brasil, encontram-se em perfeitas condições para o consumo. 
Segundo a fabricante, as unidades fabricadas em Garulhos, São Paulo, no dia 2 de junho e com validade até 29 de novembro do lote GRU L 15 5, intervalo de 23:04 a 23:46, que abasteceram apenas a cidade de Porto Alegre, não devem ser consumidas. Duas mil unidades do produto contaminado já foram localizadas e recolhidas, de acordo com a PepsiCo. 
A suspeita de intoxicação começou há cerca de duas semanas, quando a Vigilância em Alimentos de Porto Alegre atendeu à reclamação de uma consumidora. Com um laudo médico e duas caixas fechadas do produto em mãos, ela afirmou ter sofrido lesões na boca devido ao consumo do achocolatado. As amostras foram encaminhadas para análise do Laboratório Central do Estado
surto
REFERENCIAS 
 https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/bacillus-cereus.aspx
 https://seguridadalimentaria.elika.eus/wp-content/uploads/2018/01/8Bacillus_act2015.pdf

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