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O POVO BRASILEIRO: A formação e o sentido do Brasil Darcy Ribeiro Marco Antonio Catussi Paschoalotto Disciplina: Sociedade Civil, Governo, Estado e Organizações no Brasil Professor: Dr. André Lucirton Costa Agenda 1. DARCY RIBEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 3. GESTÃO ÉTNICA (CAPÍTULO II) 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (CAPÍTULO III) 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Agenda 1. DARCY RIBEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 3. GESTÃO ÉTNICA (CAPÍTULO II) 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (CAPÍTULO III) 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nasce em 1922 (Montes Claros – MG), e falece em 1997. Antropólogo; Ministro da educação (1962 – João Goulart); Criador da UNB (1º reitor); cargos políticos no Brasil e fora; Membro da ABL (Academia Brasileira de Letras). Grande parte dos estudos voltados para Educação e Cultura. Escritor de inúmeros livros, a maioria voltada para a questão da formação cultural (indígena; étnica; educacional). 1. DARCY RIBEIRO Agenda 1. DARCY RIBEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 3. GESTÃO ÉTNICA (CAPÍTULO II) 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (CAPÍTULO III) 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Publicado em 1995 (encerra os “Estudos de Antropologia da civilização”). É considerada a obra final de Darcy Ribeiro, como um conjunto final de seu conhecimento adquirido durante toda a vida (e em suas outras obras). O autor procura retratar a formação do Brasil, tanto do posto de vista étnico, quanto sociocultural. Ou seja, procura retratar a história de formação do Brasil. Basicamente ele procuro resposta na obra: “Por que o Brasil não deu certo? Ou deu?” 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO “ Escrever este livro foi o desafio maior que me propus. Ainda é. Há mais de trinta anos eu o escrevo e reescrevo, incansável. O pior é que me frustro quando não o faço, ocupando‐me de outras empresas. Nunca pus tanto de mim, jamais me esforcei tanto como nesse empenho, sempre postergado, de concluí‐lo. Hoje o retomo pela terceira vez, isto se só conto aquela primeira vez em que o escrevi e completei, e a segunda em que o reescrevi todo, inteiro, esquecendo as inumeráveis retomadas episódicas e inconseqüentes. Ultimamente essa angústia se aguçou porque me vi na iminência de morrer sem concluí‐lo. Fugi do hospital, aqui para Maricá, para viver e também para escrevê‐lo.” Prefácio - Darcy Ribeiro 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO CAPÍTULO I – O NOVO MUNDO CAPÍTULO II – GESTAÇÃO ÉTNICA CAPÍTULO III – PROCESSO SOCIOCULTURAL CAPÍTULO IV – OS BRASIS NA HISTÓRIA CAPÍTULO V – O DESTINO NACIONAL Agenda 1. DARCY RIBEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 3. GESTÃO ÉTNICA (CAPÍTULO II) 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (CAPÍTULO III) 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS a) CRIATÓRIO DE GENTE Cunhadismo: Incorporar estranho à sua sociedade (com a entrega de uma moça índia). Tornou-se um grande modo de conseguir mão de obra para os portugueses. Governo geral: Combater o cunhadismo instalou-se as Donatárias (posses de terra). Posterior instalação do governo geral (roça indígena). Cativeiro indígena: Escravidão indígena, marca do Séc XVI. Os jesuítas tiveram papel fundamental na escravização. Posterior substituição pelo escravo. 3. GESTAÇÃO ÉTNICA (Capítulo II) b) MOINHOS DE GASTAR GENTE Brasilíndios ou mamelucos: Foram os grandes responsáveis pela expansão do domínio português terra adentro (apesar disso não era aceito por seus pais). Afro-brasileiros: Contingente fundamental de mão de obra para produção do açúcar. Foram os agentes da expansão da língua portuguesa. Neobrasileiros: Instalaram-se em núcleos, que posteriormente se tornariam em cidades (formadas por todas as raças, com especialização de funções). 3. GESTAÇÃO ÉTNICA (Capítulo II) b) MOINHOS DE GASTAR GENTE Brasileiros: Surge a partir da diferenciação dos primeiros núcleos neobrasileiros. Eram considerados brasileiros: Mamelucos; Os crioulos nascidos aqui; ou seja, aqueles que não eram índios, europeus e negros, mas nascidos no Brasil. O ser e a consciência: A consciência do povo brasileiro começou a ser notada a partir de um grupo exótico e ambíguo, como os letrado. Ex: Frei Vicente do Salvador (“olhou o mundo com nossos olhos”). 3. GESTAÇÃO ÉTNICA (Capítulo II) c) BAGOS E VENTRES Desindianização: A população indígena na chegada dos portugueses girava em torno de 5 milhões (posterior genocídio com doenças e trabalho forçado). O incremento prodigioso: 1584 (57 mil habitantes); 1700 (500 mil habitantes); 1800 (5 milhões); sempre com cada vez mais mestiçagem. Estoque negro: Os negros tornaram-se a partir do final do séc.XVI o grande negócio para época, na venda e posterior utilização como mão de obra escrava. 3. GESTAÇÃO ÉTNICA (Capítulo II) Agenda 1. DARCY RIBEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 3. GESTÃO ÉTNICA (CAPÍTULO II) 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (CAPÍTULO III) 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS a) AVENTURA E ROTINA As guerras do Brasil: As guerras são fruto da luta entre população instalada no território e o invasor (Tamoios; Cabanos; Palmares Canudos). A empresa Brasil: Baseada na mão de obra escravocrata (em larga escola e com grande rentabilidade); indígena (menos rentável); microempresas de subsistência. Avaliação: O Brasil foi economicamente pelos latifúndios de alta rentabilidade, com mão de obra barata e escravocrata. 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (Capítulo III) b) A URBANIZAÇÃO CAÓTICA Cidades e Vilas: As cidades e vilas da época eram essencialmente centros de dominação colonial criados para exploração. Industrialização e Urbanização: O processo de urbanização se intensificou apenas no séc.XX com a industrialização do país (traços anteriores). Deterioração urbana: As cidades não comportaram toda a massa salarial, fazendo com que atualmente, o crime se tornasse organizado. 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (Capítulo III) c) CLASSE, COR E PRECONCEITO Classe e Poder: Poder está nas classes dominantes (em menor número) e o componente majoritário nas classes é a classe oprimida (combate só em revoltas). Distância social: A distância entre as classes ricas e as pobres sempre foram e ainda são presentes no Brasil (não apenas de condições, mas também de educação). Classe e raça: “...mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros arraigado preconceitos de classe”. 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (Capítulo III) d) ASSIMILAÇÃO OU SEGREGAÇÃO Raça e cor: Aumento de brancos e pardos e o baixo crescimento dos negros no período de 1872 a 1990 (miscigenação). Brancos vs Negros: Forte preconceito de brancos e negros, ao passo de querer moldar o mulato claro como branco (miscigenação discriminatória). Imigrantes: Encontram um país socialmente estruturado, e sua opção é também, paulatinamente, a miscigenação. 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (Capítulo III) e) ORDEM versus PROGRESSO Anarquia original: O projeto colonial cresceu de forma desgarrada. O colono agindo longe das vontades oficiais, o fez de maneira circunstancial, sem regras. O arcaico e o moderno: O domínio da classe dominante se mantém ao longo dos séculos, com pequenos ajustes para sua manutenção no poder. Transfiguração étnica: O Brasil passou, e ainda passa, por uma grande transformação de seu povo, com uma perspectiva contínua de miscigenação. 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (Capítulo III) Agenda 1. DARCY RIBEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 3. GESTÃO ÉTNICA (CAPÍTULO II) 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (CAPÍTULO III) 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS CRIOULO: https://www.youtube.com/watch?v=C7BFMR86Sd0&index=5&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz CABOCLO: https://www.youtube.com/watch?v=K-gO3MIhAMY&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz&index=9 SERTANEJO: https://www.youtube.com/watch?v=QNuK_13-Qck&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz&index=6 CAIPIRA: https://www.youtube.com/watch?v=Kv_jpWk4cok&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz&index=7 SULINOS: https://www.youtube.com/watch?v=xy6_50D6nxo&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz&index=8 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA (Capítulo IV) CRIOULO: O processo de formação histórica possui grande influência da matriz africana. Açúcar: Principal atividade econômica que moldou a formação socioeconômica. O negro adaptou-se mais facilmente ao sistema escravocrata. Influências: Religião (Umbanda), Dança, Lutas (Capoeira)... Queda do sistema escravocrata, fazendo com que os crioulos buscassem as cidades com sua mão de obra livre (concentração nos guetos, periferias das cidades). 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA (Capítulo IV) CABOCLO: Sua origem se dá com a miscigenação de índios e portugueses localizados inicialmente na Amazônia. A chegada do europeu com suas doenças dizimou grande parte dos índios localizados naquela região. Ciclo da borracha e integração nacional degradam o espaço caboclo. Influências: Língua (tupi); Cupuaçu; Agricultura organizada; Turismo e possível Biomassa. 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA (Capítulo IV) SERTANEJO: Sua origem encontra-se na criação do gado (interiorização). “O pedaço mais sofrido do Brasil” (sem grandes riquezas, apenas o sol). Ameríndios, brancos e mestiços moldaram essa nova etnia. Surge a figura do “coronel”, dono dos latifúndios produtores de couro (a lei). Sua religião é rodeada de misticismos. Influências: Poesia popular; Roupas; Espírito de resistência; Comida (carne de sol...); Música. 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA (Capítulo IV) CAIPIRA: O caipira está presente na Paulistânia (resultado dos primórdios da colonização de São Paulo, do cruzamento do português com as índias). Falaram por muito tempo a língua geral (o tupi). Formação econômica caracterizada pelo ciclo do ouro e café, mas que com o fim dos mesmos, levou o caipira a formação dos “bairros” e vida pastoril. Com a revolução industrial, ocorreu o êxodo rural (caipira vai para cidade). Influências: Festas; Modo de vida pastoril; Música... 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA (Capítulo IV) SULINOS: Sua formação é a genérica das etnias (missioneiros, gadaria, portugueses e os gringos). Os missioneiros conquistaram as almas dos índios; A gadaria era formada pela criação de gado (surge o gaúcho); Portugueses criaram as estâncias produtoras com mão de obra escrava; e os gringos trazidos pelo governo para povoar. Influências; Festas; Cultura pastoril de gado; Grande sentimento de pertencimento a terra; Músicas... 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA (Capítulo IV) Agenda 1. DARCY RIBEIRO 2. OBRA – O POVO BRASILEIRO 3. GESTÃO ÉTNICA (CAPÍTULO II) 4. PROCESSO SOCIOCULTURAL (CAPÍTULO III) 5. OS BRASIS NA HISTÓRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considero a obra de Darcy Ribeiro como uma continuidade dos trabalhos desenvolvidos pelos “Interpretes do Brasil” (Casa grande e senzala; Raízes do Brasil; Formação do brasil contemporâneo). Darcy Ribeiro demonstra em toda sua obra o encanto com a formação cultural do Brasil, mas um desencanto com a formação econômica e social. “O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem um perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso”. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das letras. 2ª ed, 1999. FUNDAR – Fundação Darcy Ribeiro. Disponível em: <http:www.fundar.org.br>. Acesso em: 20 de Outubro de 2016. O povo brasileiro: Documentário Darcy Ribeiro. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=wfCpd4ibH3c&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz>. Acesso em: 20 de Outubro de 2016. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Obrigado!!! Marco Antonio Catussi Paschoalotto marcocatussi@gmail.com
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