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Memoriais - Prática Simulada III - Penal - Resposta

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PRÁTICA SIMULADA III (PENAL)
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS – Trata-se da defesa final do réu, antes da prolação da sentença. O rito ordinário, o sumário e grande parte dos ritos especiais que adotam o rito ordinário como base prevêem, ao término da instrução probatória, a oportunidade para a acusação e defesa manifestarem-se oralmente, antes da decisão final. 
Como regra, o artigo 403 do CPP diz que não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o Juiz, a seguir, sentença. Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
Caso haja assistente de acusação, após a manifestação do Ministério Público, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.
Ocorre que esses debates orais podem ser substituídos por memoriais escritos, notadamente em duas situações, por disposição expressa do artigo 403, parágrafo 3º e do artigo 404, parágrafo único, aplicáveis ao rito ordinário e por analogia, aos demais. 
São elas: 1) Caso, ao término da instrução probatória, seja necessária a realização de novas diligências (determinadas de ofício pelo Juiz ou a requerimento das partes), após a diligência ter sido realizada as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, na forma de memoriais; 2) Quando o caso for complexo ou houver número excessivo de réus, o Juiz poderá conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais escritos. 
Competência: Os memoriais devem ser sempre dirigidos ao Juiz da causa, em uma peça única.
A apresentação dos memoriais serão na seguinte ordem: primeiro ao Ministério Público ou ao querelante; segundo ao assistente da acusação, se houver e terceiro ao defensor do réu. 
Legitimidade: Tanto à acusação quanto à defesa devem apresentar memoriais. Da parte da acusação, tanto o Ministério Público como o querelante (no caso de ação penal privada). Pode o assistente da acusação apresentar memoriais, manifestando-se logo após o Ministério Público. 		 	 					 
Falta de apresentação das alegações finais orais (memoriais): Existe um entendimento já consagrado, relativo à falta de apresentação das alegações finais: na ação penal exclusivamente privada, o não oferecimento das alegações, agora memoriais, enseja perempção, gerando a extinção da punibilidade do querelado. Também é causa de perempção a hipótese da ausência de requerimento de condenação do querelado por ocasião das alegações finais.
Se a ação for privada subsidiária da pública, a falta de manifestação do querelante obriga o Ministério Público a retomar a ação, devendo este apresentar os memoriais. Se a ação for pública, não pode o Ministério Público deixar de apresentá-los, em face do princípio da indisponibilidade.
Na hipótese da defesa não apresentar os memoriais escritos, existe o entendimento que seja qual for o tipo de ação, é obrigatória, em obediência ao princípio da ampla defesa, a sua apresentação e na falta dela, não pode o Juiz proferir sentença, sob pena de nulidade por cerceamento de defesa.
Caso haja desídia do defensor, o Juiz deverá considerar o réu indefeso e nomear advogado “ad hoc” para apresentar a peça. Caso não o faça e condene o réu, gera nulidade processual absoluta. 
O que se deve requerer nas alegações finais: Nas alegações finais da acusação, seja pública ou privada, deve em regra oferecer memoriais apresentando a existência de justa causa para a condenação. Deve assim demonstrar a comprovação de autoria e materialidade do fato típico e requerer seja julgada procedente a ação e decretada a condenação do réu nas penas do tipo penal imputado na inicial. 
Excepcionalmente, e apenas no caso de acusação pública, o Ministério Público, cuja função, mais do que simplesmente acusar, é fiscalizar o regular cumprimento da lei, pode pleitear a absolvição do acusado e isso porque, embora tenha ajuizado a ação penal, é possível que, ao final da instrução probatória, a prova reunida não seja suficiente para ensejar a condenação, ou ainda que tenha o réu conseguido comprovar circunstância que exclui o crime ou a culpabilidade. Importante ressaltar que o requerimento de absolvição do Ministério Público não vincula o julgamento do Juiz, podendo o magistrado condenar o réu ainda que haja um pedido de absolvição do Ministério Público.
A defesa em seus memoriais deve, em regra, requerer a absolvição do acusado. Não pode jamais requerer a condenação ou concordar com o pedido da acusação, sob pena de gerar nulidade absoluta. Os memoriais são o momento oportuno para a arguição de todas as teses de defesa, devidamente exploradas e demonstradas no curso da instrução processual. É o momento de atacar o mérito da ação (tese de mérito), apontarem-se as falhas do processo (nulidade processual) ou requerer-se, subsidiariamente, no caso de eventual condenação, a concessão dos benefícios cabíveis.
			 					 
Nas alegações finais poderá ser levantada preliminar quer para arguir alguma nulidade havida após o transcurso do prazo para diligências (art. 571, II do CPP), quer para ser apontada alguma causa extintiva de punibilidade, prevista no artigo 107 do Código Penal. Deve também produzir todas as suas alegações quanto ao mérito e às preliminares, sob pena de preclusão.
O oferecimento das alegações finais é termo essencial do processo, vez que a omissão causa o esvaziamento do contraditório. Assim, sua falta implica nulidade absoluta. Como já dito, cabe ao magistrado nomear defensor “ad hoc” para o seu oferecimento se o defensor do réu se omitir.
Na hipótese de renúncia por parte do defensor constituído, não pode, num primeiro momento, o magistrado nomear defensor “ad hoc”, devendo intimar o acusado para que este informe se há interesse na constituição de novo patrono.
Em seu silêncio, caberá a nomeação de advogado para o ato, sendo certo que a não observância desse princípio acarretará nulidade.
A apresentação das alegações finais é ato privativo de advogado habilitado, importando em nulidade insanável a sua não obediência.
São nas alegações finais orais (memoriais) que a defesa irá argumentar com as teses defensivas como por exemplo: Falta de justa causa; nulidade; abuso de autoridade e extinção de punibilidade. Vejamos: 
Caso a defesa alegue falta de justa causa, o pedido deverá ser a absolvição do acusado;
Caso a defesa alegue nulidade processual, o pedido deverá ser a anulação do processo, “ab initio” ou a partir do ato viciado;
Caso sejam alegadas as duas teses de defesa, ou seja, nulidade processual (a ser arguída em preliminar) e falta de justa causa (deduzida no mérito), o pedido deverá ser alternativo, ou seja, a absolvição do réu e, subsidiariamente, a anulação da ação; 
Caso seja alegada a extinção da punibilidade, o pedido deverá ser a decretação desta.
Alegações finais no Tribunal do Júri: No rito do Júri, não há, tal como ocorre no rito ordinário, previsão expressa da possibilidade de substituição das alegações finais orais por memoriais. No entanto, a maioria da doutrina tem entendido tranquilamente pela possibilidade de substituição, vez que as regras do procedimento ordinário aplicam-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais, no que forem compatíveis. 
Aceitos os memoriais, são eles a última manifestação das partes antes do encerramento do sumário de culpa. Logo a seguir, deverá o Juiz proferir sentença, que pode ser de pronúncia, impronúncia, absolvição sumária ou desclassificação, além de, poder também anular o processo ou reconhecer a extinção da punibilidade.
		 					 
No procedimento especial do Tribunal do Júri, os pedidos são diversos, devido aofato deste rito ser bifásico e as alegações finais são apresentadas no sumário de culpa (1ª fase), em momento imediatamente anterior à sentença que encerra essa fase do procedimento. Portanto, neste momento jamais se pode requerer a condenação ou a absolvição do acusado. Deve ser observado, o seguinte raciocínio:
Nas alegações finais da acusação, o pedido será sempre a pronúncia do réu;
Nas alegações finais da defesa, o pedido poderá ser:
- Impronúncia do réu (art. 414 do CPP) - Quando não houver indícios de autoria ou prova da materialidade do delito (falta de prova);
- Desclassificação da infração penal (art. 419 do CPP) - Quando estiver claro que o delito em apreço, ora imputado ao seu cliente, não é de competência do Tribunal do Júri, ou seja, não é um crime doloso contra a vida, tentado ou consumado (ex: latrocínio);
- Absolvição sumária do réu (art. 415 do CPP) - Quando estiver comprovada a existência de alguma excludente de antijuridicidade ou ilicitude (legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal, estado de necessidade, exercício regular do direito) ou houver a inexistência do fato; negativa de autoria; atipicidade; excludente de culpabilidade. 
Processamento: As alegações finais são a última oportunidade de manifestação das partes antes de a sentença ser proferida, portanto, nela tanto a defesa quanto a acusação devem deduzir da forma mais completa possível a sua argumentação, de modo a persuadir o magistrado.
Ordem nas alegações finais: 
Crime de ação penal privada: 1º) Querelante, 2º) Ministério Público e 3º) Defesa.
Crime de ação penal pública: 1º) Ministério Público, 2º) Assistente da Acusação (se houver) e 3º) Defesa.
 				
Estrutura da peça:
Endereçamento: Juiz da causa;
Preâmbulo: Nome e qualificação do acusado (não inventar dados), capacidade postulatória (por seu procurador ao final subscrito), fundamento legal (artigo 403, §3º, ou 404, parágrafo único, do CPP), nome da peça (memoriais escritos), frase final (pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos):
Corpo da peça (teses defensivas); 
Pedidos: 
d.1) Nulidades (acompanhar a ordem das preliminares);
d.2) Absolvição com base no artigo 386 do CPP: materialidade (incisos I e II); autoria (incisos IV e V); tipicidade (inciso VI); culpabilidade (inciso VI); subsidiariedade.
d.3) Diminuição da pena, regime carcerário, etc; 
Parte final: Local, data, advogado e OAB.
	 			 				 
MODELO DE ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – SP (crimes não dolosos contra a vida e matéria estadual)
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE____________ (crimes não dolosos contra a vida e matéria federal)
(10 linhas)
 
Processo nº ______/____
 (Nome), já devidamente qualificado, nos autos do processo crime em epígrafe, vem, por seu advogado(a) ao final subscrito(a), nos autos da ação penal que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 403, parágrafo 3º do Código de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
 (2 linhas)
I – DOS FATOS:
						O réu (Copiar o problema apresentado – Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias, sem inventar dados).
											 
(2 linhas)
II – DO DIREITO:
						Ocorre que.......(apresentar argumentação conforme a tese de defesa que for ser utilizada, que poderá ser: falta de justa causa, extinção de punibilidade, nulidade processual ou abuso de autoridade).					 
(2 linhas)
III – JURISPRUDÊNCIA:
						Segundo entendimento Jurisprudencial: (Copiar uma ou duas Jurisprudências a respeito da matéria).
(2 linhas)
IV – DO PEDIDO:
						Diante do exposto, postula-se (o pedido irá variar conforme a tese deduzida), como por ex:...a absolvição do réu, com fulcro no artigo 386, (escolher um dos incisos do Código de Processo Penal), como medida da mais legítima Justiça (se a tese for falta de justa causa); ou...a extinção da punibilidade dos fatos imputados ao réu, com fulcro no artigo 107, (escolher um dos incisos do Código Penal), como medida da mais legítima Justiça (se a tese for extinção da punibilidade); ou...a anulação do processo “ab initio” ou a partir de (mencionar o ato viciado), como medida da mais legítima Justiça.
ou
 Diante do exposto, requer-se:
Em preliminar (se houver, como por exemplo nulidade e extinção de punibilidade);
b) No mérito, a absolvição do réu, com fundamento no artigo 386, inciso___do Código de Processo Penal ou salvo melhor juízo_______(elaborar outros pedidos, como por exemplo desclassificação do crime, uma diminuição de pena, benefícios legais, atenuantes, regime mais brando caso o Juiz condene o réu, fixação da indenização cível em seu patamar mínimo e a concessão do direito de apelar em liberdade,etc.)
						Nestes termos,
					Pede deferimento.
						Local e data	
						_______________________________
				 OAB nº ...
MODELO DE ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS: TRIBUNAL DO JÚRI
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA DO JÚRI DA COMARCA DE ___________ (crimes dolosos contra a vida e matéria estadual)
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE____________ (crimes dolosos contra a vida e matéria federal)
(10 linhas)
Processo nº ______/____
 (Nome), já devidamente qualificado, nos autos do processo crime em epígrafe, vem, por seu advogado(a) ao final subscrito(a), nos autos da ação penal que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 403, parágrafo 3º, c/c artigo 394, parágrafo 5º, ambos do Código de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
 (2 linhas)
I – DOS FATOS:
						O réu (Copiar o problema apresentado – Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias, sem inventar dados).									 
(2 linhas)
II – DO DIREITO:
						Ocorre que.......(apresentar argumentação conforme a tese de defesa que for ser utilizada). Em se tratando de Tribunal do Júri a tese via de regra, será: falta de provas suficientes de autoria ou materialidade do delito (impronúncia), existência de crime que não seja de competência do Júri (desclassificação) ou existência de circunstância que exclua o crime ou isente de pena o réu, inexistência do fato, negativa de autoria, atipicidade (absolvição sumária).			 				 
(2 linhas)
III – JURISPRUDÊNCIA:
						Segundo entendimento Jurisprudencial: (Copiar uma ou duas Jurisprudências a respeito da matéria).
(2 linhas)
IV – DO PEDIDO:
						Diante do exposto, postula-se (o pedido irá variar conforme a tese de defesa), como por ex:...a sentença de impronúncia, com fulcro no artigo 414 do Código de Processo Penal (quando não houver indícios de autoria ou prova da materialidade do delito), como medida da mais legítima Justiça; ou...sentença de desclassificação, com fulcro no artigo 419 do Código de Processo Penal (quando o crime não for da competência do Tribunal do Júri), como medida da mais legítima Justiça; ou...sentença de absolvição sumária, com fulcro no artigo 415 do Código de Processo Penal, (existência de circunstância que exclua o crime ou isente de pena o réu, inexistência do fato, negativa de autoria, atipicidade), como medida da mais legítima Justiça.
ou
Diante do exposto, requer-se:
a)Em preliminar (se houver, como por exemplonulidade e extinção de punibilidade);
b) No mérito, que seja julgada improcedente a presente ação penal, decretando-se a impronúncia (artigo 414 do Código de Processo Penal) ou absolvição sumária (artigo 415 do Código de Processo Penal) ou desclassificação (artigo 419 do Código de Processo Penal), como medida da mais legítima Justiça.
						Nestes termos,
					Pede deferimento.
						Local e data	
						_______________________________
				 OAB nº ...
PROBLEMA PRÁTICO
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e trocarem beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge. 
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. 
No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Jorge ficado em choque com essa constatação. 
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. 
Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O “Parquet” requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea “l”, do CP. 
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, local de residência do réu. 
Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. 
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. 
As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas. 
As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e a vestimenta da Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Jorge não estava embriagado quando conheceu Analisa. 
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. 
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses após o ato sexual. 
O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia. 
A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta-feira). 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
RESPOSTA DO PROBLEMA PRÁTICO
COMPETÊNCIA: Juiz de Direito da XX Vara Criminal de Curitiba, Estado do Paraná. 
PEÇA: Alegação final em forma de memoriais: art. 403, § 3, do CPP. 
TESE: Absolvição por erro de tipo essencial, artigo 20, “caput”, do CP que por ser escusável leva à atipicidade da conduta. Sustentar que houve em tese a prática de crime único, por ser o artigo 217-A do CP um tipo misto alternativo. Argumentar com o afastamento da agravante da embriaguez preordenada (art. 61, inciso II, “l”). 
Desenvolvimento jurídico acerca da necessidade de manutenção da pena- base no mínimo legal para o crime de estupro de vulnerável, com a consequente fixação do regime semiaberto de pena, com base no artigo 33, § 2º, alínea “b”, do CP, considerando a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90. 
PEDIDO: a) Absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CPP, por ausência de tipicidade e caso Vossa Excelência não entenda por esta decisão, diante da condenação, requer-se de forma subsidiária: o afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único; a fixação da pena-base no mínimo legal e o afastamento da agravante da embriaguez preordenada. 
O prazo correto para a apresentação dos memoriais é o dia 29 de abril de 2014 (terça-feira).

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