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CAPÍTULO I

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TEORIA DAS OBRIGAÇÕES
RECIFE/PE
2019
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR
Seção I
Das Obrigações de Dar Coisa Certa (Art. 233 ao 242)
Seção II
Das Obrigações de Dar Coisa Incerta (Art. 243 ao 246)
As obrigações de dar, são obrigações positivas, pois exige uma atividade do devedor, ou seja, terá que realizar uma atividade, o devedor tem que agir para realizar a obrigação. Exemplo: O devedor assumiu a obrigação de pagar R$ 200,00 a uma pessoa, ele (devedor) tem deve agir e cumprir com sua obrigação. Contudo, a obrigação de DAR se divide em obrigação de dar coisa CERTA e INCERTA. 
A obrigação de dar coisa certa, é um objeto determinado, ou seja, um objeto certo, porque é definido pela quantidade, qualidade e gênero. Ex.: O credor pediu 10 Hilux, da marca Toyota, de cor branca, com o teto solar. O devedor não poderá entregar outro tipo de carro a não ser o qual o credor pediu. 
Já a obrigação de DAR ciosa incerta, é um objeto determinável, ou seja, um objeto incerto, porque é definido apelas pela quantidade e gênero. Ex.: O credor pediu 10 carros, de cor branca. Nesse caso faltou a qualidade, por isso se torna uma coisa incerta. 
CAPÍTULO II
Das Obrigações de Fazer (Art. 247 ao 249)
A obrigação de fazer é uma obrigação positiva assim como a de dar, o devedor tem a obrigação de realizar um servo a favor do credor, ou sela, o devedor tem a obrigação de primeiro fazer o serviço para depois entregar a coisa. Ex.: A costureira tem a obrigação de primeiro fazer a roupa para depois entrega-la.
CAPÍTULO III
Das Obrigações de Não Fazer (Art. 250 ao 251)
A obrigação de não fazer é uma obrigação negativa, o devedor tem a obrigação de não fazer algo, ou seja, terá uma postura negativa. Ex.: A obrigação do empregado em não revelar os segredos da empresa. 
CAPÍTULO IV
Das Obrigações Alternativas (Art. 252 ao 256)
As obrigações alternativas podem ser simples ou compostas. A obrigação Simples é aquela que tem apenas uma prestação. Ex.: Construir uma casa.
Já a obrigação Composta tem duas ou mais prestações. Ex.: Construir a casa e reformar um deposito. A obrigação composta, ainda subdivide em cumulativa e alternativa, na cumulativa todas as obrigações devem ser cumpridas para que o devedor exime da obrigação, já as alternativas existem duas ou mais obrigações, mas o devedor desonerar-se-á da obrigação cumprindo apenas uma das prestações. 
CAPÍTULO V
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis (Art. 257 ao 263)
A obrigação divisível é a obrigação que tem uma prestação divisível, ou seja, que pode ser dividida. Essa obrigação tem a possibilidade de ser cumprida pouco a pouco. Ex.: Carlos comprou 10 canetas a José, constando no contrato que José poderia entregar as canetas em até 60 dias, podendo entregar parcelado as canetas durando o período dos 60 dias.
Já a obrigação indivisível é quando a prestação tem por um objeto ou um fato que não pode ser dividido, ou por natureza ou por motivo de ordem econômica. As espécies de indivisibilidade da obrigação indivisível são: Natural, legal, convencional e a judicial.
A natural é a própria natureza que não permite e divisão. Ex. Um carro. A legal, é indivisível por determinação da lei. Ex. Pensão, a pessoa não pode parcelar a multa por pensão alimentissima. A convencional é indivisível pela vontade das partes, por fim a judicial decorrente de uma decisão judicial. 
CAPÍTULO VI
Das Obrigações Solidárias (Art. 264 ao 285)
A obrigação solidária é quando na mesma obrigação tem mais de um credor e um devedor, com direito ou obrigado a dívida toda. A obrigação de divide em Ativa e Passiva.
Na obrigação solidária ativa, é quando a obrigação existe mais de um credor e cada um dos credores podem exigir a dívida por inteira, entretanto, existe três credores, mas como se fosse apenas um credor, porque cada um pode exigir a dívida por inteira. Ex.: Em um contrato (prevista solidariedade) José, Tiago e Gerson são credores solidários de Pedro no valor de R$ 10.000, ou seja, os três credores poderão exigir a dívida por inteira, mas se Pedro pagar a dívida a Gerson, ele não terá a obrigação de pagar a Tiago e a José, mas José e Tiago deverão exigir sua parte da dívida a Gerson pelo fato de ter recebido a dívida de Pedro por inteiro. 
Na obrigação solidária passiva, existe mais de um devedor e cada um desses devedores são obrigados a pagar a dívida toda, como a obrigação é solidaria, o credor poderá cobrar a dívida integralmente a um devedor ou a dois devedores ou a três devedores, como ele achar melhor. Entretanto, se um devedor pagar a dívida por inteiro poderá exigir aos outros devedores a parte que devem. 
Da Transmissão das Obrigações
 CAPÍTULO I
Da Cessão de Crédito (Art. 286 ao 298)
Na obrigação da cessão de crédito, ocorre a transferência na posição de credor na relação jurídica. Existe o credor e o devedor, mas o credor pode transferir a posição de credor para outra pessoa, ocorrendo a cessão de credito, mas havendo a transferência de credores é necessário que o devedor seja notificado que houve a cessão de crédito entre os credores. Para a cessão de crédito seja eficaz perante terceiro é necessário seguir algumas formularidades especiais exigidas pela lei, que a cessão de credito seja feita por instrumento público ou por instrumento particular com registro. 
CAPÍTULO II
Da Assunção de Dívida (Art. 299 ao 303)
Na obrigação da assunção de dívida, ocorre a transferência na posição de devedor na relação jurídica, ou seja, responsabilizando-se pela dívida e pela obrigação. Existe o devedor A, que deve ao credor B, mas o devedor A transfere para o devedor C, que agora é o responsável pela dívida e pela obrigação. As obrigações se transmitem com o consentimento expresso do credor, se o credor por notificado e ficar em silêncio, entende-se com uma negativa.

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