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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIAN1 fundamentos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
BIOLOGIA LICENCIATURA
 
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
PORTFÓLIO
ANA VITÓRIA OLIVEIRA BEZERRA
R:8099722
BELÉM-PA
2019
OBJETIVOS
Compreender os elementos que caracterizam a educação homérica.
Praticar a pesquisa, análise de informações e elaboração de textos próprios.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
Leia atentamente o texto abaixo:
 “Havia uma rivalidade entre os deuses e os heróis humanos, o que por sua vez, forçava o homem a superar-se, a tornar-se um deus e a concorrer com eles. Era uma religião que necessitava do “homem-herói”. Á base desse paradigma heroico da existência humana, em que o herói preferia a morte- após uma luta sangrenta coroada pela gloria -do que a existência feliz, a educação toma inspiração.
 A educação homérica foi o primeiro modelo de formação em excelência; a primeira versão da Paideia grega. Temos de notar que esse modelo propiciava a formação do lado subjetivo do homem, todavia, essa formação de excelência traria também para o Estado enorme benefício, pois é o herói quem, nos combates glorificava e dava relevância ao seu Estado (CORRÊA, R, A.; KRATANOV, S. V. Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação. Batatais: Claretiano, 2013, p 42).”
Com base no excerto anterior, e no que foi estudado até momento, pesquise e escolha um mito grego que ilustra o processo de formação proposto pela educação homérica.
Em seguida, elabore um texto, de uma lauda, que contenha:
O nome do mito escolhido.
Um breve resumo deste mito.
Uma explicação sobre a relação existente entre o mito escolhido e o processo de formação proposto pela educação homérica.
 
O mito: A Odisseia
Resumo do mito:
O mito narra a volta do herói Odisseu (Ulisses) para sua casa após 10 anos na guerra de Tróia. Começa com a discursão da deusa Atena com Zeus sobre o destino do herói e como esta interfere com o filho de Odisseu , Telêmaco, agora com a idade de 20 anos, para que este saia em busca do seu pai, enquanto que em sua casa, os pretendentes tentavam persuadir Penélope, sua mãe, para se casar com um deles.
Odisseu, passa sete anos prisioneiro da deusa Calipso. Por intervenção do deus Hermes é solto, mas naufraga na ilha de Esquéria, onde recebe hospitalidade, participa de um pentlato e ouve o aedo cego recitar dois poemas, um sobre Guerra Tróia, que o comove.
Com a emoção, Odisseu, revela sua identidade, e começa a contar sua história, de seu retorno de Tróia, de como atacam Ismara, de como é capturado pelo ciclope Polifemo, da qual cega com um pedaço de madeira, de como seus navios são dispersos pela tempestade. Éolo, deus dos ventos lhe presenteia com um saco de couro contendo todos os ventos, menos o vento oeste. Odisseu, adormecido e com Ítaca, desapontado no horizonte, seus marinheiros abrem o saco dos ventos pensando conter ouro, e com isso uma tempestade manda os navios de volta para o ponto de partida.
Éolo nega-lhe nova ajuda. Zarpam até encontrar o canibal Lestrigão e o Argo, navio de Odisseu é o único que sobrevive. Encontram a bruxa Circe, que transforma metade de seus homens em porcos. Alertado por Hermes, Odisseu toma uma droga chamada móli e fica imune aos feitiços de Circe. Esta, é atraída pela resistência dele aos seus feitiços, e liberta seus homens. Durante um ano, ficam na ilha de Circe, festejando e bebendo, até ser convencido por seus homens a partir.
Seguindo as instruções de Circe, atingem um ponto na beira ocidental do mundo. Tem um encontro com os mortos, feitos através de sacrifícios para obter conselhos de Tirésias. Encontra sua mãe morta de desgosto. Descobre a cobiça dos pretendentes a sua esposa e o perigo a sua casa, retornando a ilha de Circe que os aconselha na etapa final para irem para casa. Costeiam a ilha das sereias, passam por um monstro de muitas cabeças, chamado Cila, por um redemoinho, e chegam a ilha Trinácia. Ignorando os avisos de Tirésias, abatem o gado sagrado do deus sol, Hélio. Como punição, todos morrem em um naufrágio, menos Odisseu, que chega na ilha Calipso, que o força a ser seu amante por sete anos. Odisseu consegue escapar.
Chega ao fim, o relato de Odisseu aos feácios, que concordam em ajuda-lo a voltar para casa, deixando-o em porto escondido em Ítaca, chegando na casa Emeu, um de seus escravos, passa a viajar como mendigo, para descobrir como estão as coisas em sua casa.
Têlemaco volta e pai e filho se reencontram em casa, e decide que os pretendentes tem que serem mortos, com a ajuda de Atena, Telêmaco, Emeu e Filoteu, os pretendentes são mortos em uma disputa de arco, artifício criado por Odisseu. Odisseu se identifica para Penélope.
Ítaca, fica em paz com a intervenção da deusa Atena, que convence o povo e dos pretendentes, que queriam vingança pela morte dos companheiros de Odisseu, acusando-o de duas gerações de homens da ilha, que não retornaram da viagem.
Acaba assim o ciclo da Odisseia.
Uma explicação sobre a relação existente entre o mito escolhido e o processo de formação proposto pela educação homérica.
A compreensão da educação no mundo antigo; a transmissão de saberes, passa pela compreensão da religião desses povos, pois a forma de ver e interpreta o mundo é iluminada por essa “lente”.
A religião dos gregos era composta por deuses antropomórficos e sentimentais como os humanos, sendo que a única diferença era serem imortais. Porém, se o homem se superasse, e concorrer com os deuses para atingir essa imortalidade.
Esse era o ideal grego de ação e comportamento heroico, de superação e da realização do herói, que iria viver com deuses no Olimpo. Era preferível uma morte heroica a uma existência pacífica.
A educação era inspirada nesses mitos, e implicava na formação subjetiva dos indivíduos, na disputa e na concorrência, que acreditavam ser um caminho melhor para o desenvolvimento e que por sua vez davam benefícios ao Estado. A disputa, olímpica, filosófica, lógica, sofística, tem esse aspecto da competição, da superação, da construção do herói que vai caracterizar o pensamento grego arcaico.
Referências:
CORRÊA, R. A.; KRATANOV,S.-V. Fundamentos Históricos e Filosóficos da
Educação. Batatais: Claretiano, 2013.
SILVA, Semíramis Corsi- História antiga I / Semíramis Corsi Silva- Batatais, SP: Claretiano 2013.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paideia, Acesso em 17/09/2019.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Odisseia, Acesso em 17/09/2019.

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