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IMUNOLOGIA II TORCHS Francisco Alves Graduado em Biologia pela UNIJORGE Especialista em Análises Clínicas pela UCSAL Especialista em Hematologia pela UFRJ Graduando em Farmácia - FTC TORCHS TOXOPLASMOSE RUBÉOLA CITOMEGALOVÍRUS HESPES SIMPLES SÍFILIS TORCHS • Conceito: Síndrome de TORCHS ou infecções congênitas são infecções maternas agudas, que algumas delas são passíveis de transmissão ao feto. Podem determinar a morte do concepto ou causar alterações que agravam o prognóstico neonatal dos sobreviventes como: prematuridade; retardo de crescimento intra-uterino; anomalias do desenvolvimento; malformações congênitas e doença generalizada; ou criança normal ao nascer que pode apresentar sequelas futuras ou infecções crônicas persistentes. TORCHS • Agente etiológico: Pode ser (vírus, bactérias ou protozoários) alcança a placenta predominantemente por via hematogênica e pode causar uma doença materna clínica, subclínica ou assintomática. As infecções fetais porvia ascendente, ocorrem através do canal endocervical, ou por via hematogênica, através do sangue materno. TOXOPLASMOSE • Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita. • A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados — em especial carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas. • A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se transmite de uma pessoa para outra. • Seu diagnóstico é feito levando em conta exames clínicos e exames laboratoriais de sangue. TOXOPLASMOSE A toxoplasmose pode ser uma doença absolutamente assintomática ou provocar quadros graves no miocárdio, fígado e músculos, encefalite e exantema máculo- papular (vermelhidão pelo corpo em forma de pequenas manchas e pápulas). No caso de haver sintomas, merecem destaque: Febre; Manchas pelo corpo; Cansaço; Dores no corpo; Linfadenopatia, ou seja, ínguas espalhadas pelo corpo; Dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira; Lesões na retina. Toxoplasma gondii TOXOPLASMOSE Agente Etiológico • Etiologia: O Toxoplasma gondii é um protozoário do filo Apicomplexa, pertencente Sarcicystidae, à família da classe Sporozoa, é um parasita intracelular obrigatório. Fig.: 1 Esquema para mostrar as estruturas de um esporozoário. Protozoário coccídeo intracelular, causador da toxoplasmose. A toxoplasmose, apesar de ser bastante comum, pode ser grave em certas situações como no caso de gestantes e pacientes HIV positivos infectados com Toxoplasma. A infecção pode ter como hospedeiro intermediário vários mamíferos, sendo que o principal é o homem. O mais importante felídeo infectado pelo protozoário é o gato, visto que ele é um animal domesticado e freqüentemente transmite a infecção ao homem. TOXOPLASMOSE Agente Etiológico MORFOLOGIA Trofozoítos ou taquizoítos: Apresenta-se com forma grosseira de banana ou meia-lua. Uma das extremidades é mais afilada e a outra é mais arredondada; Medem cerca de 4 a 9 micrômetros de comprimento por 2 a 4 micrômetros de largura. O núcleo é quase central; Na extremidade mais afilada está o oonóide que tem função de penetração. Taquizoítos (setas) de Toxoplasma gondii MORFOLOGIA Bradizoítos ou cistozoítos: Mede cerca de 100 a 300 micrômetros de diâmetro; É esférico ou tem o contorno da célula parasitada; Apresenta uma membrana interna, própria do parasito e uma externa, produzida pela célula parasitada; Dentro do cisto existe um grande número de Bradizoítos ou Cistozoítos. Cisto tecidual contendo bradizoíto MORFOLOGIA Oocistos: Tem forma oval; Mede de 10 a 12 micrômetros de diâmetro; Apresenta no seu interior 2 esporocistos e cada um com 4 esporozoítos. BIOLOGIA HABITAT: Taquizoítos: dentro das células, líquidos orgânicos, excreções e secreções, células do SMF, células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas e musculares; Bradizoítos: tecidos musculares esqueléticos, cardíacos, retina, tecido nervoso; nas células produzidos de felídeos não imunes e Oocistos: intestinais eliminados com as fezes dos mesmos. OToxoplasma gondii é transmitido ao homem por diversas maneiras: Através da ingestão de carne mal cozida contendo cistos de Toxoplasma; fezes ou Pela ingestão de oocistos provenientes de mão contaminada por alimento e água; Transmissão transplacentária; Inoculação acidental de traquizoítos ou pela ingestão de oocistos infectantes na água ou alimento contaminado com fezes de gato; Pode ocorrer transmissão através da inalação de oocistos esporulados; As fezes de cabras e vacas infectadas podem conter traquizoítos; A infecção por transfusão de sangue e transplante de órgãos de um doador infectado é rara, porém pode ocorrer. TRANSMISSÃO CICLO BIOLÓGICO Após ingestão pelo gato de tecidos contendo oocistos ou cistos, estes são liberados no organismo e penetram no epitélio intestinal onde sofrem reprodução assexuada seguida de reprodução sexuada se transformando em oocistos, podendo ser excretados junto com as fezes; A ingestão ou inalação de oocistos pelo homem; O oocisto se rompe no intestino, liberando os esporozoítos que invadem os enterócitos; Dentro do enterócito, cada parasito é denominado taquizoíto; O taquizoíto se divide várias vezes, de forma assexuada até o rompimento da célula hospedeira. Esse processo se repete várias vezes, liberando grande número de taquizoítos para a invasão de novas células, no sangue e nos tecidos parenquimatosos; CICLO BIOLÓGICO Logo após a invasão de uma nova célula por um taquizoíto, o ciclo assexuado pode levar à formação de bradizoítos intracelulares; A formação de bradizoítos começa a ocorrer com maior intensidade quando o hospedeiro intermediário desenvolve imunidade específica, caso contrário os taquizoítos continuam infectando novas células; Os bradizoítos se multiplicam bem mais lentamente que os taquizoítos, mas estão menos acessíveis a resposta imune, no interior de cistos teciduais; O ciclo se completa, quando o felídeo ingere os tecidos infectados do hospedeiro intermediário; Isso possibilita aos bradizoítos encistados infectarem o seu intestino, levando a formação final de oocistos. DIAGNÓSTICO Diagnóstico Parasitológico Busca de Toxoplasmas: Exames anatomopatológico – tecidos – coloração por hematoxilina-eosina ou Giemsa; Em exudatos e líquor – sedimentação. Isolamento de Toxaplasmas: Faz-se habitualmente pela inoculação do material suspeito em camundongo jovem . DIAGNÓSTICO Diagnóstico Imunológico: Método de Elisa (IgG e IgM); Reação de Imunofluorescência Indireta; Reação de Imunofluorescência Direta; Reação de Hemaglutinação; Reação de Aglutinação do látex (IgG e IgM); Reação de Fixação do complemento DIAGNÓSTICOS • Sorologia em Mulheres Grávidas: Imunofluorescência indireta para IgM – captura de anticorpos IgM específicos. • Sorologia em Pacientes Imunodeprimidos: Detrminação de IgG, IgM, IgA, IgE – insatisfatório; Procura de toxoplasma em líquor, lavado broncopulmonar. EPIDEMIOLOGIA Animais domésticos, silvestres Gatos Doença de distribuição mundial PROFILAXIA Evitar contato com fezes de animais, especialmente de gatos ou outros felinos; Ter cuidado com a higiene das mãos e dos utensílios de cozinha Não comer carne mal passada nem vegetais mal lavados Não se descuidar do acompanhamento pré-natal, se você estiver grávida Gestantes precisam estar atentas, principalmente se tiverem contato com gatos.. RUBÉOLA Considerada como uma forma de sarampo e escarlatina até meados do século XVIII; A rubéola 1941, quando foi considerada virose banal até o ano de o oftalmologista australiano Norman McAlister Gregg, em trabalho pioneiro, chamou a atenção para a relação entre rubéola materna, catarata e cardiopatia congênita em recém-nascidos. Hoje, a rubéola é considerada doença exantemática comum, principalmente entre jovens, causada por um vírus RNA encapsulado. RUBÉOLA Agente Etiológico Sua característica mais marcante são as manchas vermelhas que aparecem primeiro na face e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo inteiro. A rubéola congênita, é a forma mais grave da doença, porque pode provocar malformações como surdez e problemas visuais na criança. • Etiologia: causada por um vírus RNA encapsulado, medindo entre 120 e 160 µm de diâmetro. Esse vírus pertence ao grupo dos Togavírus, é o único membro do gênero Rubivírus. Epidemiologia • Aproximadamente 80% dos americanos desenvolvem anticorpos contra o vírus da rubéola até atingir 20 anos de idade. • No Brasil, 80% de adultos estão imunes à rubéola • Em Goiânia - GO mostraram que 15,5% da população feminina entre 20 e 30 anos de idade entram em período gestacional sem apresentar anticorpos para vírus da rubéola, constituindo um grupo de risco quanto à infecção congênita. RUBÉOLA Diagnóstico Clínico Na ausência de gravidez: O exame clínico revela febrícula, exatema maculopapular e adenopatia e raramente o paciente refere artralgia. RUBÉOLA Mecanismo de Transmissão É geralmente transmitido por contato direto através das vias aéreas, excretado pela nasofaringe, ou por fezes e urina, e é disseminado vastamente durante períodos irregulares de epidemia. A transmissão fetal se dá principalmente por ocasião da infecção materna, quando a passagem transplacentária do vírus ocorre durante a viremia materna. O recém-nascido infectado vai se transformar em reservatório do vírus, propagando a doença aos seus contatos, já que a eliminação viral pode se dar até aos 18 ou 24 meses de idade. RUBÉOLA Diagnóstico Clínico Na gravidez, durante o acompanhamento pré-natal preconiza- se a solicitação de sorologia materna para rubéola já na primeira consulta – se imune – só orientação ao casal. Em caso de sorologia negativa, não há ainda um consenso geral quanto à propedêutica ideal. Estas gestantes devem informar ao pré-natalista sobre possíveis quadros clínicos sugestivos desta repetição mensal da sorologia ate a virose. Recomenda-se a 16ª semana, com o intuito de não deixar passar despercebidas as infecções. RUBÉOLA Diagnóstico Clínico O diagnóstico da infecção fetal pode ser realizado no sangue fetal, no líquido amniótico ou na vilosidade corial. O diagnóstico de infecção congênita é feito através de coleta partir de sangue fetal a da 22ª semana de gestação, pela pesquisa de IgM específica para rubéola. RUBÉOLA A síntese de IgM pelo feto ocorre desde a 12ª semana, porém, somente após a 22ª semana estes anticorpos são regularmente evidenciados no soro fetal. Riscos do feto ter síndrome de rubéola congênita No 1º mês: risco de 30% a 50% No 2º mês: risco de 20% a 30% No 3º mês: risco de 10% a 20% Após o 3º mês: risco reduzido (±5%) RUBÉOLA O vírus pode ser isolado em cultura e a confirmada infecção pode ser sorologicamente, o que permite diagnóstico mais preciso da infecção congênita Consequências da rubéola na gravidez: As consequências da rubéola na gravidez podem ser pode levar ao aborto RUBÉOLA a rubéola congênita, que ou malformações fetais como: Surdez; Cegueira; Cataratas; Problemas cardíacos; do sistema Lesões nervoso; Aneurisma; Retardo mental; RUBÉOLA - Diagnóstico Laboratorial Testes Rápidos para IgG e IgM Isolamento do vírus Métodos sorológicos, que correspondem à pesquisa de anticorpos específicos produzidos (IgM e IgG). Outros: Teste de Avidez: Pesquisa de IgG circulante. Tratamento Não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da rubéola, mas deve-se proporcionar um bom suporte clínico. Para os órgãos comprometidos deve ser feito o acompanhamento por especialista, tais como neuropediatras, cardiologistas, cirurgiões cardíacos, oftalmologistas, otorinolaringologista, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. O tratamento da rubéola na gravidez consiste em controlar os sintomas que a mulher sente porque não existe cura para a rubéola. Normalmente o tratamento é feito com remédios antipiréticos e analgésicos, como o paracetamol, associados a repouso e ingestão de líquidos pela grávida. RUBÉOLA Prevenção Para diminuir a circulação do vírus da rubéola, a vacinação é muito importante, recomendada meses de idade (vacina aos 15 MMR) e para todos os adultos que ainda não (vacinação de tiveram a doença bloqueio). É importante saber que a Criança que nasce com rubéola pode transmitir o vírus por até um ano. Por isso, devem ser afastadas de outras crianças e de gestantes que ainda não tiveram a doença. RUBÉOLA É conhecida como doença de inclusão citomegálica, ou das glândulas salivares, pela de lesão na descoberta do vírus como causador glândula. A exemplo de outros herpesvírus os CMV podem permanecer latentes no interior de vários órgãos e serem reativados em decorrência de depressão da imunidade celular, em situações como a gravidez e doenças como a AIDS, ou quando do uso de drogas imunossupressoras. CITOMEGALOVÍRUS • Etiologia: O CMV é um membro subfamília Betaherpesvirinae, da família Herpesviridae, com grande capacidade da para se adaptar e permanecer latente, apresentando em que a resposta imune do reativações em situação individuo esteja deprimida. CITOMEGALOVÍRUS O CMV têm núcleo com DNA de dupla hélice, capsídeo com 162 capsômeros e envoltório glicolipídico abraçando, por inteiro, a estrutura vírica. Epidemiologia Sendo a infecção encontrada em todas as partes do mundo, afeta, crianças preferencialmente, as de nível socioeconômico mais baixo. Frequentemente é adquirida no primeiro ano de vida, sendo que, adulta 80% apresentam dos títulos na fase indivíduos positivos CITOMEGALOVÍRUS Mecanismo de Transmissão As fontes de infecção mais frequentes são: intradomiciliar, sexual, nasocomial (transfusão de órgãos, pessoa a sanguínea, transplante pessoa), e vertical. A disseminação da doença ocorre por contato íntimo com qualquer fluído biológico infectado, especificamente as lágrimas, a saliva, a urina, o muco endocervical, o colostro,o sangue (recebido por transfusão) e o sêmen. CITOMEGALOVÍRUS Mecanismo de Transmissão A transmissão vertical do CMV pode ocorrer por via transplacentária (infecção congênita), contaminação com as por secreções CITOMEGALOVÍRUS contaminadas da mãe durante o parto (infecção perinatal) ou através do aleitamento materno (pós-natal). A via perinatal é a mais frequente das vias de contaminação através de mãe soropositiva. A transmissão da mãe para o feto, frequentemente, segue-se a uma infecção materna primária. Diagnóstico Clínico Pode-se observar: Febre. Gânglios infartados, principalmente os do pescoço. Dores de garganta. Alterações no fígado. Alterações no baço. CITOMEGALOVÍRUS CITOMEGALOVÍRUS Diagnóstico laboratorial O médico chega ao diagnóstico de infecção pelo citomegalovírus através de um exame de sangue que evidencia os anticorpos contra o vírus. O resultado citomegalovírus reagente CMV IgM indica a infecção aguda, e o CMV Igg permanece por toda vida. Complicações do citomegalovírus As complicações do citomegalovírus podem ser: coriorretinite, cegueira. que pode levar à do intestino ou comprometimento fígado. comprometimento do sistema nervoso central, que pode gerar ausência de movimento nas pernas, mielite ou encefalite. CITOMEGALOVÍRUS CITOMEGALOVÍRUS Complicações congênitas Embora raras, as complicações que podem surgir devido à infecção pelo citomegalovírus na gravidez podem incluir: parto prematuro, calcificações cerebrais no bebê, retardo mental e/ou motor ou morte fetal. Tratamento Atualmente estão sendo testadas novas drogas antivirais que poderiam ser eficazes contra a infecção pelo CMV. As drogas não são eficazes na forma congênita da doença, más existem três drogas antivirais licenciadas para o tratamento da infecção congênita: Ganciclovir Foscarnet Valaciclovir CITOMEGALOVÍRUS Profilaxia para prevenir a infecção nos recém- são importantes, devendo-se evitar Medidas nascidos contato com fômites e lavar cuidadosamente as mãos ao manipular os mesmos. Por outro lado, o sangue e os hemoderivados a serem utilizados devem ser submetidos a exame sorológico e, não se deve usar sangue de doador soropositivo para receptor pré maturo soronegativo. CITOMEGALOVÍRUS SÍFILIS É uma doença infectocontagiosa também denominada Lues. Pensava-se tratar-se de mera fantasia, escrito no século XVI pelo médico e poeta Fracastoro, onde descreveu a história de Sifilo, o pastor que teria insultado o sol e como castigo foi acometido pela terrível moléstia. Muitas epidemias de sífilis assolaram a Europa na antiguidade, com milhares de mortos. Na França era chamada de mal de Nápoles e na Inglaterra, de doença espanhola, na Itália conhecida como morbo gallico ou doença francesa. Em 1905, Fritz Richard Schaudinn e Paul Erich Hoffmann descreveram como o agente o Treponema causador da pallidum sífilis. SÍFILIS Em 1906 August von Wasserman desenvolveu o sorológico para diagnosticar a primeiro exame enfermidade. Em 1909, Paul Ehrlich desenvolveu o primeiro tratamento efetivo. Em 1943, a penicilina mostrou-se eficaz no combate a sífilis e continua sendo o medicamento de eleição para o seu tratamento SÍFILIS Etiologia: O agente etiológico é o Treponema pallidum, assim nomeado por sua aparência pálida, brancacenta, ao campo escuro do microscópio. É uma bactéria gram negativa do grupo das espiroquetas, em forma de espiral (10-20 voltas). É um delgado e delicado organismo espiriliforme, com 6-15 µm de comprimento e 0,25 µm de diâmetro, móvel e que não pode ser cultivado in vitro. Treponema pallidum. Bactéria gram negativa do grupo das espiroquetas SÍFILIS Treponema pallidum É um delgado e delicado organismo espiriliforme, com 6-15 µm de comprimento e 0,25 µm de diâmetro, móvel e que não pode ser cultivado in vitro. Epidemiologia: Para cada pessoa diagnosticada como tendo sífilis, no mínimo, existe outra com sífilis. Entre os fatores de risco que contribuem para que a prevalência de sífilis congênita se mantenha, está o baixo nível socioeconômico, a baixa escolaridade, promiscuidade sexual e, sobretudo, a falta adequada de assistência pré-natal. A sífilis, embora conhecida pela humanidade há vários séculos, continua como um crescente desafio, sendo considerada, em alguns países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como o principal problema de Saúde Pública. SÍFILIS Transmissão: É preciso sempre haver uma pequena lesão para que o Treponema penetre, pois na pele normal ele não consegue penetrar. Sua sobrevida fora do corpo é curta e a transmissão ocorre sempre por contato direto com lesões infecciosas (contato sexual). Raramente citada após uma inoculação acidental ou seguida de uma transfusão de sangue. Uma exceção é a sífilis congênita, cuja infecção é transmitida da mãe para o feto. SÍFILIS Diagnóstico: Nas fases iniciais, o diagnóstico pode ser confirmado pelo reconhecimento da bactéria no exame de sangue. V.D.R.L. (Venereal Disease Research Laboratory) – Investigativo. FT-ABS (Fluorescent Treponemal Antibody Absorption) - Confirmatório. Comparação: VDRL positivo e FTA-ABS positivo confirmam o diagnóstico de sífilis. VDRL positivo e FTA-ABS negativo indicam outra doença que não sífilis. VDRL negativo e FTA-ABS positivo indicam sífilis em fase bem inicial ou sífilis já curada ou sífilis terciária. VDRL negativo e FTA-ABS negativo descartam o diagnóstico de sífilis. SÍFILIS Diagnóstico: Além do exame de sangue, pode-se fazer pesquisa em amostras de material retiradas das lesões. Na fase avançada, é necessário pedir um exame de líquor para verificar se o sistema nervoso não foi afetado. SÍFILIS O período aproximadamente de incubação é de três semanas, se não for tratada, ela torna-se crônica e passa pelas seguintes fases: sífilis primária (cancro duro). sífilis secundária (lesões cutâneas). sífilis terciária (fase destrutiva da doença). sífilis congênita (A transmissão transplacentária) SÍFILIS Sífilis primária: pequenas feridas nos órgãos genitais (cancro duro) que desaparecem espontaneamente e não deixam cicatrizes; gânglios aumentados e ínguas na região das virilhas. SÍFILIS Sífilis secundária: manchas vermelhas na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés; febre; dor de cabeça; mal- estar; inapetência; linfonodos espalhados pelo corpo, SÍFILIS Sífilis terciária: Ocorre em aproximadamente um terço das pessoas infectadas, é caracterizada por lesões cutâneas, óssea, visceral, cardiovascular e do sistema nervoso central, leva a debilitação e morte. SÍFILIS Sífilis congênita: pode causar má formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. na maioria das vezes, porém, os seguintes sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental e cegueira. SÍFILIS Tratamento: a Indica-se com sífilis ativa em qualquer toda ou não fase ou com tratamento inadequado, ou aumento gestante tratada gestante suspeita dos de reinfecção títulos de anticorpos não de treponêmicos e parto anterior criança com sífilis congênita. SÍFILIS O tratamento é feito com antibióticos,especialmente penicilina. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais. Prevenção: O uso de preservativos durante as relações sexuais é a maneira mais segura de prevenir a doença. Recomendações Use camisinha em todas as relações sexuais. Essa é a maneira mais segura de prevenir a doença; Esteja atento: sífilis pode ser transmitida também nas relações anais e orais; Mulheres devem fazer exame para verificar se são portadoras da doença antes de engravidar. SÍFILIS É uma infecção viral comum caracteriza pelo surgimento de que se pequenas bolhas ao redor dos lábios e/ou genitais – mas que também podem aparecer em qualquer parte do corpo. HERPES SIMPLES Etiologia O International Committee on Taxonomy of Viruses (ICTV) subfamília classificou estes vírus da família Herpesviridae, Alphaherpesvirinae, gênero Simplexvirus, tipos 1 e 2. HERPES SIMPLES O HSV-1 e HSV-2, responsáveis pelos herpes labial e genital, respectivamente são constituídos de um core eletro denso, composto de DNA de fita dupla linear. infectam diferentes tipos de células, tais como células do epitélio escamoso e mucoso, células do epitélio cilíndrico, células gliais e terminações O HSV-1 e 2 fibroblastos, polarizadas nervosas. HERPES SIMPLES Vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1) Normalmente associado a infecções dos lábios, da boca e da face. Esse é o vírus mais comum de herpes simples e muitas pessoas têm o primeiro contato com este vírus na infância. O HSV1 frequentemente causa feridas (lesões) nos lábios e no interior da boca, como aftas, ou infecção do olho (principalmente na conjuntiva e na córnea) e também pode levar a uma infecção no revestimento do cérebro (meningoencefalite). Pode ser transmitido por meio de contato com a saliva infectada. HERPES SIMPLES Vírus da herpes simples 2 (HSV-2) Normalmente transmitido sexualmente, o HSV-2 provoca coceira e bolhas ou mesmo úlceras e feridas genitais. Entretanto, algumas pessoas com HSV-2 não apresentam quaisquer sinais (latência). A infecção cruzada dos vírus de herpes do tipo 1 e 2 pode acontecer se houver contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na área genital. HERPES SIMPLES Epidemiologia A infecção pelo vírus do Herpes (Herpesvirus hominis – HSV) é uma das mais disseminadas na espécie humana. Estimativas do “Center for Disease Control” (1982) sugerem a ocorrência de mais de 500.000 novos casos todos os anos, nos Estados Unidos. Durante os últimos anos houve ascensão notável na incidência de infecções do aparelho genital pelo vírus herpes e pelo menos 50 milhões de pessoas nos EUA têm infecção genital pelo HSV Os índices de infecção neonatal passaram de 2 a 13,8 casos por 100.000 nascidos vivos, entre 1966 e 1982. HERPES SIMPLES Transmissão Esta estabelecida, atualmente, que a via mais importante de transmissão do vírus 2 é por relação sexual, a explicar a maior incidência dessa doença em indivíduos promíscuos. A maioria das infecções é transmitida por pessoas que são assintomáticos e o período de incubação e de 2-20 dias. A possibilidade de transmissão da infecção ao filho depende da fase da infecção materna, sendo de 50% nos casos agudos e de 3-5% nos casos de recorrência. As infecções perinatais acontecem quando o parto é normal em 33- 50% quando há lesões agudas na mãe, 3-5% quando as lesões são recorrentes e menos de 3% nas lesões assintomáticas. HERPES SIMPLES Infecção Congênita A infecção pelos vírus do herpes é causa de abortamentos relatados em até 1/3 das mulheres nas quais a doença incidiu nas 20 primeiras semanas. Há, também, evidências de infecção transplacentária baseadas na existência de malformações do recém-nascido de mãe com infecção pelo vírus herpes surgida durante o trimestre inicial da gestação e na ocorrência de herpes no 1º ou no 2º dia de vida extra-uterina. No ciclo gestacional a infecção pelo vírus herpes é cerca de três vezes mais comum do que fora da gestação, e a presença do vírus, no sistema genital da grávida, conduz ao risco de infecção para o recém-nascido. A contaminação do concepto é, habitualmente, perinatal, sendo que o contágio se estabelece no momento do parto, pelas lesões cervicovaginais ou vulvares. HERPES SIMPLES A contaminação do concepto é, habitualmente, perinatal, sendo que o contágio se estabelece no momento do parto, pelas lesões cervicovaginais ou vulvares. HERPES SIMPLES HERPES SIMPLES Diagnóstico Clínico Adquirida a infecção, os sintomas aparecem após período de incubação de 3 a 7 dias. A incursão primária associa-se, pelo comum, a mal- estar geral, febre de pequena intensidade e linfoadenopatia inguinal. Menos freqüente a paciente se queixa de disúria, e leucorréia, com as lesões primarias envolvendo a vulva, a região perianal e o sistema genital inferior. HERPES SIMPLES A lesão herpética típica é constituída de vesículas, com base eritematosa e conteúdo amarelo-pálido com ulcerações extensas. HERPES SIMPLES genital primaria pode persistir A lesão até seis semanas, mantendo-se a infecção, geralmente, autolimitada. Cerca de 50% das infecções genitais pelo HSV são assintomáticas, as infecções recorrentes comprometem o estado geral, ocorrem eritema e bolhas aparecendo nos mesmos lugares das lesões primarias nos surtos subseqüentes. HERPES SIMPLES Diagnóstico Laboratorial A sorologia pode ser realizada e a IgM não é detectada no soro por mais de duas semanas. A sensibilidade da cultura e isolamento viral das vesículas da pele e mucosas varia de 80 a 98% mas pode ser falso negativo, principalmente na recorrência da lesão. Resultados falsos positivos podem ocorrer especialmente em pacientes com baixo nível de infecção pelo HSV, deve-se nesses casos fazer o Imunoblot para confirmação. HERPES SIMPLES HERPES SIMPLES Citologia: Células cheias de núcleos. Presença de hemácias e leucócitos Células da Herpes Citologia Tratamento Esta infecção, pelas suas características de transmissão e pelas drogas disponíveis, quando precocemente tratada permite uma redução importante da morbidade e mortalidade. HERPES SIMPLES Vidarabina (Ara-A) – por infusão intravenosa indicado no herpes neonatal por 21 dias em Recém Nascido com caso de doença generalizada ou do SNC e 14 dias quando limitado a pele e mucosas . HERPES SIMPLES Tratamento Aciclovir por via intravenosa por 21 dias em caso de RN com doença generalizada ou do Sistema Nervoso Central e 14 dias quando limitado a pele e mucosas (Leone et al. 2002). Famciclovir 250mg VO três vezes ao dia por 7-10 dias. Valaciclovir 1g duas vezes ao dia por 7-10 dias. Profilaxia A prevenção da transmissão vertical do HSV não é fácil e as pacientes devem ser instruídas para comunicar sintomas ou sinais de infecção iniciado o trabalho de parto e antes da rotura das membranas. Deve ser feito cesariana em mulheres com lesões ativas no recém momento do parto, além de uma observação rigorosa do nascido até por volta da 6ª semana após o nascimento. Na Inglaterra, 92% dos obstetras preconizam a cesárea sistemática quando há lesões herpéticas em atividade no momento do parto. HERPES SIMPLES HERPES SIMPLES Verificaram que mesmo as infecçõesainda assintomáticas podem se disseminar no começo do parto, e costumam estar associadas à prematuridade, embora sem outros efeitos adversos. Outra forma de prevenção na grávida que anterior de HSV é não refere lesão contato sexual com portador evitar do vírus, principalmente no final da gestação. HERPES SIMPLES
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