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TCC ANDRES GRECO


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UNIVERSIDADE FUMEC
FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA – FEA
Andrés Felipe Greco
PENITENCIARIA METODOLOGIA APAC
Protótipo construtivo
Alexandre Menezes 
Belo Horizonte
Dezembro/2016
Andrés Felipe Greco
PENITENCIARIA METODOLOGIA APAC
Protótipo construtivo
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec, como requisito parcial para conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo. 
Prof. Orientador Alexandre Menezes
Belo Horizonte
Dezembro/ 2016
RESUMO
O resumo deve anteceder o Sumário. Quanto a sua extensão o resumo deve ter de 150 a 500 palavras e deverá ser redigido em uma única folha. Deverá ser digitado em espaço simples. As palavras-chave são os termos representativos do conteúdo do trabalho. Devem ser apresentadas três palavras-chave, separadas por ponto final, postas logo abaixo do resumo. Palavras-chave: Trabalhos acadêmicos. Estrutura. Formatação básica.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Crimes mais praticados pelas mulheres no Estado de Minas Gerais
LISTA DE SIGLAS
APAC – 	Associação de Proteção e Assistência ao Condenado
CNJ – 	Conselho Nacional de Justiça
CNMP – 	Conselho Nacional do Ministério Publico
CSS – 	Comitê Sinceridade e Solidariedade
DEPEN – 	Departamento Penitenciário Nacional 
INFOPEN – 	Sistema de Informações Penitenciária
REDS –	 Registro de Eventos de Defesa Social
SEDS – 	Secretaria de Estado de Defesa Social 
SUAPI – 	Subsecretaria de Administração Prisional
TJM – 	Tribunal de Justiça Mineiro
INTRODUÇÃO
Essa monografia é o desenvolvimento da primeira fase do trabalho de conclusão de curso em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade FUMEC, e visa elucidar o desenvolvimento do modelo jurídico penal, no Brasil, pelos métodos convencionais e pelo sistema da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) criando um contraponto entre ambos.
O crime é um fenômeno social que permeia a sociedade desde os tempos mais primórdios e suas formas de punição e controle estão inseridas em cada cultura ou Estado, de forma peculiar àquele local. 
O ilícito, ao lesar os bens mais importantes da sociedade, passa a ser reprimido sob um cunho penal, ou seja, é passível de pena. (FOUCALT, 1996).
O Brasil sofreu grandes transformações judiciárias para chegar ao que se tem nos dias atuais: busca-se a ressocialização do preso, por meio da privação de liberdade e/ou medidas socioeducativas. 
Quando se trata de pena há de, inicialmente, conceituar-se a sanção; a pena é a punição imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração, como retribuição de um ato ilícito. (JESUS, 1991)
A pena, com o objetivo de ressocialização do delinquente, suscita uma mudança de escopo em relação à execução penal brasileira. As prisões, antes apenas unidades de privação da liberdade, passaram a ser norteadas por novos princípios, de cunho humanizadores, prescritos na legislação. (FALCÃO & CRUZ, 2015)
O Estado não está cumprindo seu papel de ressocializar e custodiar com dignidade o preso sob sua égide; o preso, por sua vez, demonstra por meio de rebeliões, fugas e motins que também não concorda com o tratamento a ele dispensado. (CRUZ, 2013). 
Segundo dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (INFOPEN) de junho de 2014, há um déficit de aproximadamente 230 mil vagas em todo o pais. Minas Gerais é o segundo estado com maior deficiência de vagas: 23.963. O sistema penitenciário sofre com a superlotação: atualmente um espaço desenvolvido para custodiar 10 pessoas, aloca por volta de 16 indivíduos encarcerados. Atualmente, há, no estado, 38 instituições na metodologia APAC contra 147 penitenciárias convencionais e suas localizações encontram-se no Mapa 01, no qual percebe-se uma concentração de penitenciárias próximas à região metropolitana de Belo Horizonte, deixando o norte de Minas desfavorecido. 
Mapa 01 - Penitenciárias x APACs
Fonte: INFOPEN (2014) inseridos no Google Maps pelo autor (2016). 
Essa carência penitenciária é ainda maior quando o sistema é nos moldes APAC. A região Norte conta com apenas duas unidades, sendo elas exclusivamente masculinas. O Mapa 02 mostra a distribuição das instituições de acordo com o gênero.
Mapa 02 - APAC por gêneros
FONTE: SEDS (2015) inseridos no Google Maps pelo autor (2016). 
O crescimento de crimes na região de acordo com o Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) teve um aumento significativo nos últimos anos, como mostra a Figura 03. Entre 2012 e 2013, houve um aumento de 30%; entre 2013 e 2014, 5%; e entre 2014 e 2015, 35%. Até o mês de junho, constava, em 2016, 4707 crimes registados no vetor norte do estado, um crescimento de 23% se comparado ao mesmo período do ano anterior. 
Figura 03 - Crimes violentos – número de registros.
Fonte: Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) / SEDS. ADAPTADO (2016). 
A secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) e a Subsecretaria de Administração Prisional (SUAPI) são responsáveis por gerir as 147 unidades do sistema tradicional e têm convênio com as 38 APACs, totalizando 58 mil presos.
A APAC é uma entidade civil dedicada à recuperação e reintegração social dos condenados. Ela atua diretamente nos presídios, objetivando a humanização das prisões e, principalmente, defendendo a ideia de que o tratamento dado aos condenados, muitas vezes, piora a sua socialização. Dentro deste contexto, nota-se a demanda de uma parceria entre profissionais capacitados, junto à APAC e aos próprios usuários/condenados, no desenvolvimento de projetos de arquitetura prisional que favoreçam a recuperação destes indivíduos.
Assim, esse trabalho pretende desenvolver uma pesquisa que acolha e elucide alguma das demandas de estudantes e profissionais de arquitetura que se interessam ou trabalham nesse setor.
JUSTIFICATIVA
 Segundo dados do INFOPEN (2014), houve um aumento de 575% no período de 1990 a 2014 na população carcerária brasileira, passando de 600 mil presos. Minas Gerais é o segundo estado com maior população carcerária - 61.286 presos; contava com um total de 184 unidades prisionais, sendo elas, 104 unidades para presos provisórios, 17 para o regime fechado, três para o regime semiaberto e regime aberto, uma unidade para medida de segurança, 34 unidades com múltiplos regimes e 21 caracterizado como outros, além das organizações sem fins lucrativos nos quais os métodos APAC se estabelecem. A soma desses empreendimentos gera um total de 37.323 vagas.
Figura 04 – Vagas e pessoas privadas de liberdade 
 Fonte: INFOPEN, julho/2014.
O relatório do Conselho Nacional do Ministério Publico avaliou 1.598 prisões no ano de 2012 e 2013 e constatou que, em quase 50%, não havia cama para todos os detentos e, em apenas 30%, água quente nas penitenciárias.
No âmbito geral, a situação se agrava em presídios destinados ao público feminino. Segundo o INFOPEN (2014), o aumento da população carcerária feminina chegou a 567%, totalizando 37.380 mulheres presas, com um déficit de mais de 13 mil vagas. Minas Gerais conta com um déficit de 1.270 vagas. O estado possui 2.935 mulheres presas, distribuídas em cinco estabelecimentos sendo eles: uma penitenciária, três cadeias públicas e um hospital de custódia e tratamento penitenciário, sem a existência de creches nem módulos de saúde para gestante e parturiente. Cerca de 80% da população carcerária feminina provém de área urbana, sendo seus crimes estabelecidos na Tabela 01.
Tabela 01 - Crimes mais praticados pelas mulheres no Estado de Minas Gerais
	CRIME
	VALOR (%)
	Contra pessoa
	4,49
	Contra patrimônio
			18,94
	Contra paz publica
	0,78
	Contra Fé publica
	0,51
	Trafico
	23,88
	Trafico Internacional
	0,37
Fonte: dados de INFOPEN (2011) desenvolvida pelo autor (2016). 
A figura 05 representa uma comparação entre os tipos de crime praticados por gênero. As mulheres, assimcomo os homens, são, na maioria das vezes, aprendidas por tráfico. 
Figura 5 – Distribuição por gênero de crimes tentados/consumados entre os registros das pessoas privadas de liberdade
		Fonte: INFOPEN, julho/2014. 
“Os dados sobre a infraestrutura dos estabelecimentos contemplam também, a questão da maternidade no ambiente carcerário: a existência – primeiro passo para garantia de acesso – de equipamentos e espaços que tornem a maternidade, no ambiente prisional, minimamente viável. Vale dizer, a existência de cela específica para gestantes, de berçário, de creche e de centro de referência materno-infantil foram contemplados por este levantamento. No que toca à infraestrutura das unidades que custodiam mulheres, a Figura 06 demonstra que menos da metade dos estabelecimentos femininos dispõe de cela ou dormitório adequado para gestantes (34%). Nos estabelecimentos mistos, apenas 6% das unidades dispunham de espaço específico para a custódia de gestantes. ” (INFOPEN MULHERES – JUNHO DE 2014, pg.18) 
Figura 06 - Dados de cela dormitório adequado para gestantes
Fonte: INFOPEN MULHERES JUNHO 2014
Figura 07 - Existência de berçários ou centro de referência
Fonte: INFOPEN MULHERES JUNHO 2014 
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no sistema penitenciário comum, 70% dos presos voltam a cometer outro crime. Nas APACs esse número não chega aos 15%. Em Minas Gerais, a taxa de mortes intencionais para cada 10 mil presos é de 3,7%, segundo dados do IFOPEN 2014. Contudo, não há quaisquer relatos de assassinato no sistema APAC.
 A APAC
Em 1972, em São José dos Campos – SP surgiu uma das mais eficientes medidas para o sistema prisional brasileiro a APAC.
Com um esforço de 15 voluntários coordenados pelo advogado Mario Ottoboni, resolve se criar o método APAC, com intuito de humanizar as penas e valores humanos, baseando-se na evangelização. O grupo de cristãos se denominava “Amando o próximo, Amarás a Cristo”. Infelizmente as dificuldades transformaram o trabalho pastoral penitenciário em uma entidade civil de direito privado.
Quando uma rebelião assolou a cidade, o juiz da época entregou alguns presidiários ao grupo a pedido do próprio presidente da APAC, já que os mesmos não tinham onde serem alocados. Entidade sem fins lucrativos tinha como incentivo apenas o pagamento das contas de água, luz e alimentação. Assim deu-se início realmente ao método APAC, e hoje já conta com mais de 100 unidades no Brasil das quais 38 estão no estado de Minas Gerais, com números e estatísticas que fizeram a metodologia ser copiada em diversos países do mundo.
A estrutura da prisão funciona com poucos empregados, alguns voluntários e com a cooperação dos recuperados, que trabalham em diversos setores, desde a portaria até na manutenção da disciplina, reduzindo o custo mensal para aproximadamente R$1000,00. No sistema tradicional, gasta-se entre R$1800,00 a R$2800,00 por mês por preso. 
O sistema APAC não prevê o uso de câmeras, cercas elétricas ou concertina, sendo essas opcionais ao estabelecimento. O Comitê Sinceridade e Solidariedade (CSS) é um método usado pelos presos para resolver os casos de indisciplina, aplicando as sanções que variam de advertência oral ao isolamento em celas. 
O Tribunal de Justiça Mineiro (TJM) apoia os juízes na implantação do método em suas comarcas por meio do Programa Novos Rumos. O Estado também aprovou a lei que reconhece as APACs como aptas a firmar convênio com o governo, permitindo, assim, o direito a uma verba para implantação e manutenção das existentes, além das doações. 
Por ser uma instituição privada e sem fins lucrativos, a APAC pode cuidar da tutela de presos. É preciso que o juiz concorde em enviar o preso para essas unidades, porém a própria instituição tem o direito de negar a transferência de um preso, caso ele não concorde em seguir as normas impostas ou seu histórico não seja aceito para transferência. 
De acordo com a SDES de Minas Gerais, uma vaga em APAC custa R$27 mil, enquanto no sistema comum esse valor pode chegar a R$ 60 mil.
ANALISE DO LOCAL, CONDICIONANTES FISICOS E LEGAIS
A cidade de Montes Claros – MG, possui, segundo IBGE 2015, cerca de 394 mil habitantes em uma unidade territorial de 3.582.034 km². Possui apenas duas unidades prisionais, o Presídio de Montes Claros Viallage II com capacidade para 260 presos e o Presidio de Montes Claros com capacidade de 592 presos, atualmente a população carcerária da região é de 1960 presos, número superior a quantidade de vagas oferecidas. 
Mapa 03 - Localização de Montes Claros
	Fonte: Raphael Lorenzeto de Abreu - Image:MinasGerais MesoMicroMunicip.svg, own work, 		CC BY 2.5 (2016).
A prefeitura em 2013 cedeu um terreno de aproximadamente 18 mil m², para a criação de uma APAC no bairro Jardim Olímpico, na região sul. O bairro está em processo de loteamentos e consta com toda a infraestrutura básica de água, esgoto, energia e pavimentação.
Mapa 05 – Terreno e sua relação com a cidade
Fonte: Google editado pelo autor (2016)
. A facilidade para chegar ao terreno, seja por meio do transporte público, linhas 1501/5601/502, ou por transporte particular, foi critério pala eleger o local, aproximadamente vinte minutos do presidio de Montes Claros com fácil acesso pelo Rodoanel Leste, a sete minutos do batalhão de polícia militar e a quinze minutos do centro, facilitam a socialização e locomoção dos presos do regime aberto e a visita de familiares e afins aos demais recuperandos. 
Em suas proximidades a o Centro de Saúde Dr. Alpheu Gonçalves a sete minutos e a previsão de construção de uma unidade básica de saúde na região.
Mapa 06 – Terreno e sua relação com entorno imediato
Fonte: Google editado pelo autor (2016)
O terreno possui baixa declividade o que favorece a construção de equipamentos públicos, o mapa 07 mostra as curvas de nível. 
Mapa 06 – Terreno e sua relação com entorno imediato
Fonte: XXXXXXXXXXXXXXXXX
De acordo com o plano diretor de Montes Claros 23 de dezembro de 2009 a região faz parte da área do Setores Especiais-1 (SE-01), espaços, estabelecimentos e instalações sujeitos à preservação ou controle especifico, contudo, o terreno é uma área institucional e implica sobre ela o Art. 18 do capitulo IV, dos usos – que no parágrafo III que diz:
“III – institucional metropolitano: estabelecimentos, espaços ou instituições destinadas à educação, cultura, lazer, culto religioso, assistência social, saúde e administração pública de atendimento regional [...] área mínima de terreno 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) e sem limitação de área construída. ”
O plano contempla no capítulo V dos assentamentos na seção I dos moldes de assentamentos Art. 23, o terreno como MA-15 que diz:
“XIII- MA-15: edificação destinada à instalação de equipamentos para atendimento coletivo [...] sem limitações quanto ao número de pavimentos ou a altura máxima, atendendo os requisitos do anexo 4, adotando-se para ZR-01 coeficiente de aproveitamento de 2,00. ”
Porém mesmo se tratando de uma zona SE-01 o coeficiente de aproveitamento e os afastamentos são regidos pelo Art.23 assim sendo temos os seguintes valores:
Tabela 02 - dados da legislação vigente
	LEGISLAÇÃO ART.23 CAPITULO V - ZONA MA-15:
	Coeficiente de aproveitamento
	4
	Afastamento frontal
	5m
	Afastamento lateral e fundos
	2m
Fonte: Plano Diretor de Montes Claros (2009) editado pelo autor (2016)
Montes Claros situa-se na mesorregião norte de Minas Gerais a 422km da capital mineira, com uma temperatura média anual de 22,65 °C e com vegetação uma mistura de cerrado com caatinga. A figura 08 mostra que a sede está localizada em uma zona AW, onde a estação seca ocorre durante a época de Sol mais baixo e dias mais curtos. A figura 09 mostra as médias de temperatura. 
Figura 08 – Zonas climáticas.
 Fonte: Koppen_World_Map_Hi-Res.png: Peel, M. C., Finlayson, B. L., and McMahon, T. A. (University of Melbourne) 
Figura 09 – Médias Climatológicasde Montes Claros. 
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (médias climatológicas de 1961 a 1990). 
Em relação à frota automobilística, em 2009 foram contabilizados 120 436 veículos. Com uma taxa de urbanização da ordem de 90%, o município contava em 2009 com 224 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,770, considerando-se assim como alto em relação ao país, estando acima da média estadual e nacional no mesmo ano.
Montes Claros foi emancipada no século XIX, tendo, há bastante tempo, a indústria e o comércio como importantes atividades econômicas, sendo considerada um polo industrial regional. Atualmente é formada por dez distritos, sendo que é subdivida ainda em cerca de 200 bairros e povoados. Conta com diversos atrativos naturais, históricos ou culturais, como os Parques Municipal Milton Prates, Guimarães Rosa e Sapucaia, que são importantes áreas verdes, e construções como a Catedral de Nossa Senhora Aparecida e a Igrejinha dos Morrinhos, além dos vários sítios arqueológicos.
O ponto central da cidade tem uma altitude média de 655,21 metros. O ponto culminante do município é o Morro Vermelho, onde a altitude chega aos 1 075 metros. Em Montes Claros predomina um relevo ondulado, com mares de morros e montanhas. A altitude mínima, que é de 502 metros, encontra-se na foz do Ribeirão do Ouro. 
O município pertence à Bacia do rio São Francisco, além de ser banhado pelos rios do Vieira, do Cedro, Verde Grande, Pacuí, São Lamberto e Riachão. Ainda há as lagoas: Tiriricas, Lagoão, Periperi, São João, Brejão, Garça, Vereda dos Caetanos, Mombuca, São Jorge, Freitas, Matos e Barreiro. No solo de Montes Claros predomina uma formação Pré-cambriana antiga, com ocorrência de siltito, ardósia, calcários, filitos, calcita, galena, minério de ferro, azotato de potássio, cristal de rocha e ouro de aluvião.
A precipitação média é de 1 086,4 milímetros (mm) anuais, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 0,5 mm. Em dezembro, o mês mais chuvoso, a média fica em 230,9 mm. A umidade relativa do ar é de 67 %, podendo, em alguns dias do ano, principalmente no inverno, cair para valores abaixo de 30 %, ou ainda de 20 %, sendo que o recomendável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de no mínimo 30%
LEIS E NORMAS COMPLEMENTARES 
A real necessidade do projeto para a construção de um estabelecimento penal, deve-se proceder mediante ao levantamento de dados e informações que comprovem sua demanda. A arquitetura tem como objetivo facilita o controle, administração e manutenção do edifício além de gerar espaços que sejam funcionais e agradáveis aos usuários, assim influenciar no comportamento dos recuperandos. 
 Os sistemas construtivos podem ser de qualquer natureza, desde que sejam atendidos e comprovados todos os objetivos que garantam a segurança na edificação e dos usuários. O projeto com relação a sua capacidade, norteia os métodos construtivos, sistemas pré-moldados são mais usuais em penitenciarias de grande porte, devido a sua rápida construção. De acordo com as Diretrizes básicas para construção penal, a tabela 03 exemplifica a demanda mínima para cada tipo de unidade prisional. Vale ressaltar que as APACs não são consideradas unidades prisionais e sim estabelecimentos particulares de recuperação, dessa forma não necessitam seguir a tabela citada. 
Tabela 03 – Capacidade penitenciária
	Estabelecimento Penal e suas capacidades de acordo com seu regime. 
	Estabelecimentos
	Capacidade
	Segurança Máxima
	300
	Segurança Média
	800
	Segurança Mínima
	1.000
	Colônia Agrícola, Industrial ou similar
	120
	Centro de Observação Criminológica
	300
	Cadeia Pública
	800
Fonte: Diretrizes básicas para arquitetura penal (2015), editado pelo autor (2016)
	Com relação às instalações, o menor modelo possível é o de cela individual, como consta na tabela 04, no qual deve estar previsto uma área para higienização pessoal com pelo menos aparelho sanitário e lavatório, o chuveiro pode ou não constar dentro da cela, cama e espaço para circulação, pode-se projetar bancadas, mesas, prateleiras ou elementos de separação entre os usos. A área mínima deverá ser de 6 (seis) m², que conste no mínimo os elementos básicos citados. Em volume o mínimo é de 15 (quinze) m³, e o diâmetro mínimo é de 2 (dois) m.
Tabela 04 – Dimensões mínimas 
	Dimensões por capacidade de presos 
	Capacidade
	Tipo
	Área mínima (m²)
	Cubagem Mínima (m³)
	Diâmetro Mínimo
	01
	Cela Individual
	6,00
	15,00
	2,00
	02
	
	7,00
	15,00
	2,00
	03
	
	7,70
	19,25
	2,60
	04
	
	8,40
	21,00
	2,60
	05
	
	12,75
	31,88
	2,85
	06
	
	13,85
	34,60
	2,85
Fonte: Diretrizes básicas para arquitetura penal (2015), editado pelo autor (2016)
	
	O terreno escolhido deve favorecer a implantação do edifício e deve preferencialmente, possuir condições naturais adequadas, de forma a se evitar terrenos com relevo acidentado, de aterro ou alagadiço, tendo em vista ao alto custo gerado por movimentos de terra e por fundações especiais. 
	As diretrizes básicas para arquitetura penal, norteia os recuos das edificações de acordo com seus limites físicos, seja muros ou alambrados, de acordo com a tabela 05, verifica a impossibilidade de edificar nos limites do terreno.
 
Tabela 05 – Recuos mínimos necessários por tipologia arquitetônica 
	Edificações horizontais e verticais e suas respectivas alturas de cerceamento 
	Tipologia arquitetônica
	Recuo mínimo
	
	Muro
	Alambrado
	Horizontal
	Com presos
	10,00
	15,00
	
	Sem presos
	Altura da barreira
	10,00
	Vertical
	Com presos
	10,00+n2/2
	15,00+n2/2
	
	Sem presos
	Altura da barreira = (n – 2/2)
	10,00 + (n – 2/2)
Fonte: Diretrizes básicas para arquitetura penal (2015), editado pelo autor (2016)
A taxa permeável é considerada por áreas descobertas permeáveis que não contenham construções no subsolo, assim, dotadas de solo natural ou vegetação que contribua para o equilíbrio climático e favoreça a drenagem natural das águas. Deve se respeitar a taxa mínima elegível pelo Plano Diretor do município, ou obedecer a Taxa de permeabilidade mínima que varia de 3% (três por cento) nos imóveis de 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) até 10.000,00m² (dez mil metros quadrados); 05% (cinco por cento) para áreas de 10.000m² (dez mil metros quadrados) a 15.000,00m² (quinze mil metros quadrados); 15% (quinze por cento) nos imóveis superiores a 15.000,00 (quinze mil metros quadrados).
Todo estabelecimento penal deve dispor de saídas de emergência, sinalização fotoluminescente independente da altimetria adotada, a circulação interna deve ter no miminho dois metros quando a celas apenas de um lado e dois metros e meio quando a celas nas duas laterais, as passagens cobertas que interligam módulos também devem manter os dois metros e meio de largura. Pontos de água deverão ficar em locais estratégicos, de acordo com a normas do Corpo de Bombeiros. Instalações com área superior a 750m² ou três pavimentos, é exigido o uso de sistemas preventivos. Todo material de fácil combustão, inflamável ou explosivo deverá ser armazenado em local apropriado e isolado da edificação principal. 
O uso de estratégias que contribuam para o aproveitamento da ventilação e iluminação natural, com intuito de se obter maior desempenho térmico. Os revestimentos para paredes e coberturas, assim como seus materiais, são analisados por região bioclimática, no caso de Montes Claros se encontra na zona seis, de intenso calor como mostra a tabela 06, então e recomendado o uso de cobertura de materiais de baixa densidade, pequena espessura e baixa capacidade térmica com camada isolante paredes materiais com maior capacidade térmica e grandes espessuras, tais como concreto, alvenaria ou tijolo maciço. Nas zonas dessa categoria deverá seguir o as dimensões de abertura para ventilação de 16% (dezesseis por cento) a 25% (vinte e cinco por cento) da área de piso e deverá sombrear as aberturas, seja por meionatural, arvores e afins ou por meio físico, uso de beiral da cobertura maior ou até mesmo o uso de brises.
Tabela 06 – Tipo de vedação externa 
	(NBR 15220) zonas bioclimáticas
	Regiões bioclimáticas
	Vedações externas
	
	Parede
	Cobertura
	Zona bioclimática 1
	Leve
	Leve isolada
	Zona bioclimática 2
	Leve
	Leve isolada
	Zona bioclimática 3
	Leve refletora
	Leve isolada
	Zona bioclimática 4
	Pesada
	Leve isolada
	Zona bioclimática 5
	Leve refletora
	Leve isolada
	Zona bioclimática 6
	Pesada
	Leve isolada
	Zona bioclimática 7
	Pesada
	pesada
	Zona bioclimática 8
	Leve refletora
	Leve refletora
Fonte: Diretrizes básicas para arquitetura penal (2015), editado pelo autor (2016)
 
O estacionamento de funcionários deve ser exclusivo, já o para o público deve ser previsto fora da área de segurança. A quantidade de vagas obedece aos critérios de: uma vaga para cada três funcionários e dez vagas para autoridades, estacionamentos com até 100 vagas, pelo menos uma devera se destinada a PNE, se superior a 100 vagas 1% deve ser destinado. 
Os programas para estabelecimentos penais deverão proceder, conforme o uso que se destina o estabelecimento, os módulos conforme o programa de necessidades, desde que atenda as seguintes atividades: administrativas; almoxarifado; de atuação de estagiários; de serviços (alimentação, lavanderia, manutenção); de convivência; de solário; de refeição; religiosas; educativas; esportivas e de lazer; laborais; de visitas às pessoas; de visita íntima; de atendimento médico; de atendimento odontológico; de atendimento psicológico; de atendimento do serviço social; de atendimento jurídico; de comunicação reservada entre a pessoa presa e seu advogado; de enfermaria; de alojamento para agentes ou monitores; de alojamento para guarda externa; de berçário e/ou creche. A necessidade desses espações pode ou não ser obrigatória dependendo do tipo de penitenciária, assim, a figura 07 exemplifica em quais são as locações e sua necessidade, as APACs de modo geral tendem a ter os mesmos requisitos de uma colônia agrícola.
Figura 09 – Programa de necessidades por estabelecimento penal 
Fonte: Diretrizes básicas para arquitetura penal (2015).
É possível a destinação da mesma dependência para mais de uma finalidade ou uso, desde que haja compatibilidade, como é o caso, por exemplo, do espaço inter-religioso, que poderá servir como área de múltiplo uso. 
O diâmetro mínimo exigido para o pátio de sol é de dez metros, devendo, no entanto, possuir uma área de seis metros quadrados, acrescidos de um metro e meio quadrado por pessoa presa.
Existe também medidas específicas para cada estabelecimento que situasse no anexo 01 as respeitavas tabelas.