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Aula 7 - A Logística na Farmácia Hospitalar -Programação 2 2

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LOGÍSTICA NA FARMÁCIA HOSPITALAR: PROGRAMAÇÃO
Vantagens da Seleção
Disciplinar o receituário e uniformizar a terapêutica,quando possível, para estabelecer protocolos criteriosos;
Reduzir o custo da terapêutica, sem prejuízos para asegurança e efetividade do tratamento;
Reduzir o número de fórmulas e formas farmacêuticas;
Reduzir os estoques qualitativos e quantitativos;
Reduzir o custo da aquisição de medicamentos;
Vantagens da Seleção
Reduzir o custo da manutenção do estoque;
Facilitar a comunicação entre farmácia, equipe médica,pessoal de enfermagem e seções administrativas;
Simplificar rotinas de aquisição, armazenamento,dispensação e controle.
Aumentar a qualidade da farmacoterapia e facilitar a vigilância farmacológica;
Garantir a segurança na prescrição e administração do medicamento, reduzindo a incidência de efeitos adversos.
RENAME
Seleção de Medicamentos
A Rename é uma lista de medicamentos que deve atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira. Essa seleção de medicamentos essenciais é proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das estratégias da sua política de medicamentos para promover o acesso e uso seguro e racional de medicamentos.
Solicitação de Inclusão de Medicamentos na Padronização
Anexo V – Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar
Anexo I – Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica 
Formulário Terapêutico
Documento que reúne um conjunto de informações científicas, isentas de conflitos de interesse e com base em evidências sobre os fármacos e insumos constantes na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). 
Tem por objetivo principal subsidiar profissionais de saúde para a prescrição, dispensação e promoção do uso racional dos medicamentos. 
ATOS NORMATIVOS E INSTRUMENTOS DE GESTÃO
1998 Política Nacional de Medicamentos 
2004 Assistência Farmacêutica 
2011 Decreto nº 7.508 - Regulamenta a Lei nº 8.080/1990 
2016 - 2019Plano Plurianual
● FTN versão cidadão: conteúdo elaborado e que está em fase de revisão. Previsão de lançamento: 1º trimestre de 2019. 
● Obras físicas: publicações previstas para o 1º semestre de 2019
Critérios de Seleção: Inclusão e exclusão de Medicamento na Padronização
Conhecemos a demanda
Conhecemos as alternativas terrapêuticas e farmacológicas
Possui evidências Clínicas?(Seguro/Eficaz/custo-efetivo)
Possui Registro Sanitário p/ as Indicações Clinicas Solicitadas
Identificação da Necessidade de Uso
Análise pela CFT
COMPARAR AS ALTERNATIVAS
TOMADA DE DECISÃO FUNDAMENTADA EM CRITÉRIOS
SELEÇÃO
RESULTADO
RESULTADO DA SELEÇÃO
FORMULÁRIO TERAPÊUTICO
LISTA DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS
PROTOCOLOS CLÍNICOS
CIM – CENTRAL DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS
MONITORAMENTO DAS POLÍTICAS
PADRONIZAÇÃO
INDICADORES
PERCENTUAL DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
PERCENTUAL DE ITENS AVALIADOS
PERCENTUAL DE PRM (Problemas Relacionados à Medicamentos)
CUSTO EFETIVO DO SERVIÇO
Formulário de Inclusão de item
CLASSIFICAÇÃO
A ordenação do estoque pode seguir diferentes modos: 
• Por ordem alfabética; 
• Por forma farmacêutica; 
• Pela Curva ABC de consumo ou valor. 
A classificação é de extrema importância como forma de acompanhamento de estoque, auxiliando o armazenamento, possibilitando inclusive, a substituição de um produto pelo outro, quando há falha no reabastecimento. 
Classificar um medicamento é agrupá‑lo elegendo critérios para a sua posterior codificação, facilita a distinção de produtos que tem maior probabilidade de serem confundidos, ou que são extremamente semelhantes em relação ao nome, colocando‑os em seu respectivo local. 
CLASSIFICAÇÃO 
Medicamentos analgésicos e antipiréticos
Medicamentos antiarrítmicos
Medicamentos antibióticos
Medicamentos anti-histamínicos
Medicamentos anti-inflamatórios COXIBs
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides
Medicamentos broncodilatadores
Medicamentos diuréticos
Medicamentos sedativos
Medicamentos trombolíticos
Medicamentos vasodilatadores
Medicamentos vasopressores
Atualmente a codificação tem sido feita por sistemas informatizados que apontam esses dados automaticamente.
Evidências Clínicas
A qualidade da evidência indica a extensão de sua confiabilidade, e se a estimativa de efeito está correta. A força da evidência indica sua relevância clínica e aplicabilidade, ou seja, a capacidade de se ajustar à prática clínica e a estimativa de que a recomendação por ela gerada tenha mais benefício do que risco
Busca por Evidências
Portal SBE – Saúde Baseada em evidências – www.psbe.ufrn.br
2012 – Uma iniciativa da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC) para desenvolvimento de uma biblioteca eletrônica com conteúdos específicos para profissionais de saúde.
Parceria junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da OPAS/OMS (BIREME/OPAS/OMS) para incorporação da Prática Baseada em Evidências
Quem pode acessar?
O acesso aos conteúdos está disponível aos profissionais e estudantes da área da saúde. No caso dos profissionais, o acesso é definido pelo vínculo destes aos seus respectivos Conselhos Profissionais. Desta forma, têm acesso às bases de dados os profissionais das 15 áreas da saúde, sendo estas: Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Saúde Coletiva e Serviço Social, Técnico em Radiologia.
Evidências Clínicas
Evidências Clínicas
Dabigratana
Evidências Científicas
17
USP, 2010; SFORSIN, 2012; CRF-PR, 2012
PROGRAMAÇÃO
Programação
Processo no qual se estima as quantidades a serem adquiridas para o atendimento a determinada demanda por um período de tempo definido.
Baseia - se em informações gerenciais consistentes
Está associado ao planejamento e a organização do serviço	
Com Base na Lista de Medicamnetos Selecionados
Programação
Planilhas Programação
Formulários
Instrumentos de Avaliação
CMM
CMA
Curva ABC
Quais fatores podem influênciar ? 
Variação no consumo
Fornecedores
Tipo de reposição
Condições de ARMAZENAMENTO
20
USP, 2010; SFORSIN, 2012; CRF-PR, 2012
ESTRUTURA FÍSICA
RECURSOS HUMANOS
ORÇAMENTO 
TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO 
Recursos
Política de Cobertura
21
ESTOQUE DE SEGURANÇA
(Estoque Mínimo p/ Evitar falta)
Qde Máxima 
a ser mantida
Qde Mínima 
que atende
à organização
CRF-PR, 2012
Perfil epidemiológico: Estima-se com base na população a partir dos dados de incidência e prevalência dos principais problemas de saúde que acometem esta população. Deve-se considerar a capacidade de cobertura e a captação dos serviços de saúde.
Aplica-se
Requer
Limitações
Na inexistência de dados de consumo;
Para estimativas de programas novos e situações emergenciais;
Para avaliar consumo histórico e;
Para fundamentar necessidades de recursos.
Dados demográficos; morbidade e mortalidade;
Esquemas terapêuticos padronizados;
Oferta de serviços e cobertura e
Estimativa de custos.
Dificuldade de obtenção de dados de morbidade;
Falta de adesão aos protocolos terapêuticos estabelecidos.
Oferta de serviços: Estima-se com base nos serviços ofertados à população-alvo ou seja, é estabelecido pelopercentual de cobertura, não sendo consideradas as reais necessidades existentes.
Aplica-se
Requer
Limitações
Na inexistência ou precariedade de dados de consumo;
Para avaliar consumo histórico e ;
Para fundamentar necessidades de recursos
Dados sobre serviços oferecidos; Diagnósticos mais frequentes;
Estimativa da evolução da oferta e;
Esquemas terapêuticos padronizados.
Dificuldade de obtenção de dados de morbidade;
Falta de adesão aos protocolos estabelecidos;
Baixa articulação com a programação da oferta de serviços clínicos.Métodos de Programação
Demanda
23
CRF-PR, 2012
Métodos de Programação
Consumo histórico: Estima-se com base no consumo por meio da análise do comportamento do consumo de medicamentos em uma série histórica no tempo.
Aplica-se
Requer
Limitações
Quando há disponibilidade de dados de demanda confiáveis e;
Para estimar consumo futuro
Registros de consumo e inventário;
Determinação do tempo necessário até a entrega e;
Estimativa de custos
Dados de consumo nem sempre confiáveis;
Pode perpetuar o uso irracional;
Não reflete necessariamente as prioridades de saúde pública.
Consumo ajustado: Estima-se com base na exploração de taxas de consumo, a partir da extrapolação de dados de consumo de outras regiões ou sistemas utilizando-os no serviço chamado alvo.
Aplica-se
Requer
Limitações
Na indisponibilidade do uso dos demais métodos e;
Na comparação com outros sistemas de suprimento.
Dados demográficos;
Morbidade e mortalidade;
Oferta de serviços e cobertura e;
Consumo de medicamentos per capita
Comparabilidade questionável entre população;
Morbidade e práticas assistenciais
Avaliação do Consumo e Demanda
VANTEGENS
Fácil implementação e manipulação
Controle manual ou informatizado
DESVANTAGENS
Pode apresentar dados inconsistentes 
Observação e atualizaçã constantes
Consumo Médio Mensal 
CMM = consumo “n” últimos meses
		N
Previsão de Demanda
 Permanente: para produtos com vida longa, requer ressuprimento periódico;
Sazonal: flutuações com período igual ou inferior a um ano, numa série temporal; 
Irregular: depende de outros fatores (taxas de câmbio, importação);
Em desuso: quando a demanda do produto acaba ou entra um novo produto;
Derivada: ligada a outro produto.
Curva ABC
Liste os principais produtos (por categoria ou aplicação) em uma planilha;
Na coluna ao lado coloque o valor unitário médio de cada item e o total consumido no período;
Multiplique o consumo pelo valor do produto e coloque na próxima coluna;
Calcule todos os itens consumidos no período;
Filtre pelos produtos com maior representatividade de consumo no período;
Calcule o percentual e coloque em uma outra coluna 
Agora basta filtrar em sua planilha os produtos com mais saída e agrupá-los de acordo com a Curva ABC.
CLASSIFICAÇÃO
% DOS ITENS
%CUSTO
CURVAA
20
80
CURVA B
30
15
CURVAC
50
5
Curva ABC 
CURVA ABC POR CUSTO
ITEM
VALOR UNITÁRIO
CONSUMO ANUAL
CUSTO ANUAL
X1
0,60
12000
7200
X2
0,05
50000
2500
X3
2,5
600
1500
X4
19,0
250
4750
X5
0,25
700
175
X6
0,82
200
164
X7
1,25
4000
37500
X8
4,0
20000
48000
X9
9,0
500
4500
X10
0,35
900
315
GRAU
ITEM
CUSTO
CONSUMO ANUAL
CUSTO ANUAL
%
CALSSIFICAÇÃO
1
X8
4
12000
48000
45,06%
A
2
X7
1,25
30000
37500
35,20%
A
3
X1
0,6
12000
7200
6,76%
B
4
X4
19
250
4750
4,46%
B
5
X9
9
500
4500
4,22%
B
6
X2
0,05
50000
2500
2,35%
C
7
X3
2,5
600
1500
1,41%
C
8
X10
0,35
900
315
0,30%
C
9
X5
0,25
700
175
0,16%
C
10
X6
0,82
200
164
0,15%
C
CLASSIFICAÇÃOABC
%ITENS
%VALOR
CURVA A
20 (X8, X7)
80,26
CURVA B
30 (X1, X4, X9)
15,44
CURVA C
50 (X2,X3,X10,X5,X6)
4,37
ESTOQUE DE SEGURANÇA : MARGEM DE SEGURANÇA
O estoque de segurança é caracterizado pelo ato de manter níveis de estoque suficientes para evitar faltas de estoque diante da variabilidade da demanda e a incerteza do ressuprimento (repor item faltante) do produto quando necessário.
TEMPO DE ABASTECIMENTO (TA) = TEMPO QUE O ITEM DEMORA PARA RETORNAR AO ESTOQUE
TA= TPI + TPE
TPI = TEMPO DE PROCESSAMENTO INTERNO
TPE = TEMPO DE PROCESSAMENTO EXTERNO
PONTO DE RESSUPRIMENTO = MOMENTO DE FAZER NOVO PEDIDO
PR = CMM X TA + ES
Aquisição
31
Prover medicamentos primordiais na atividade hospitalar, as pessoas desempenham, direta ou indiretamente, papel fundamental na prestação da assistência.
Conhecer os mecanismos do processo, sendo treinadas e capacitadas.
estabelecem suas diretrizes com foco nas necessidades, adequando‑se a sua capacidade e orçamento
PRIVADO
definem as formas de aquisição a fim atender as normas e leis vigentes.
PÚBLICO

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