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Flexões Nominais e Verbais em Português

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GRAMÁTICA
CLASSE DE PALAVRAS: Flexões nominais e verbais
Flexão nominal é o estudo do gênero e número dos substantivos, adjetivos, numerais e pronomes.
Essencialmente é o estudo do plural e gêneros dos nomes.
Ex.: Mala e malas ou cachorro e cachorra
FLEXÃO NOMINAL DE GÊNERO:
Os substantivos masculinos são precedidos pelo artigo “o”.
Ex. O cachorro ou o piloto.
Os substantivos femininos são precedidos pelo artigo “a”.
Ex.: A cachorra ou a pilota.
Formação do feminino:
Substantivos masculinos terminados em “o” substitui  por “a”:
Ex.: piloto por pilota
Substantivos masculinos terminados em “ão” substitui  por “ã”:
Ex.: o Anão por a anã ou o capitão por a capitã.
Substantivos masculinos terminados em “r” acrescenta a letra “a”:
Ex.: o cantor por a cantora
Pode acontecer em que substantivos masculinos terminados em “or” substitui por “eira”:
Ex.: O arrumador por a arrumadeira.
Tem substantivo que terminado em “e” mudam para “a” no feminino
Ex.: Elefante por elefanta
Substantivo terminado com “ês”, “L” ou “z” acrescenta o “a” no feminino.
Ex.: Freguês fica freguesa
Conforme o sentido da frase pode ser feminino ou masculino.
Ex.: A capital (cidade); o capital (dinheiro)
 
FLEXÃO NOMINAL DE NÚMEROS
Os nomes, geralmente admitem a flexão de número: Singular e plural.
FLEXÃO VERBAL
 
Das classes de palavras a que tem mais flexões é a do Verbo.
Os verbos sofrem flexão em modo, tempo, número e pessoa.
 
Modo:
Mostra em que contexto acontece o verbo.
Temos:
Modo indicativo – A pessoa que fala tem certeza do que tá dizendo.
Ex.: Eu vou assistir ao jogo hoje.
Modo subjuntivo – A pessoa que fala tem dúvidas sobre o que tá dizendo.
Ex.: Espero que você jogue bem hoje a noite
Modo imperativo – A pessoa fala uma ordem ou faz um pedido.
Ex.: Pare de dizer estas besteiras!
 
Tempo:
São ações que podem ocorrer no passado (pretérito), presente ou futuro.
No passado temos o pretérito: Perfeito, imperfeito, mais que perfeito, perfeito composto do indicativo e mais que perfeito composto do indicativo, imperfeito do subjuntivo e o mais que perfeito composto do subjuntivo.
No presente temos o presente do indicativo e o presente do subjuntivo.
No futuro temos futuro: do presente do indicativo, do pretérito do indicativo, do presente composto do indicativo, do pretérito composto do indicativo, do subjuntivo e o composto do subjuntivo.
 
Número:
Singular ou plural
Eu preciso estudar (singular)
Nós precisamos estudar (plural)
 
Pessoa:
1ª pessoa: Eu e nós. Seria a pessoa que esta falando
2ª pessoa: Tu e vós. Seria a pessoa com quem se esta falando
3ª pessoa: ele e eles. Seria a pessoa de quem estão falando.
Exercícios de Flexão nominal:
1. (FCC) A frase em que a flexão verbal e a nominal estão em total concordância com o padrão culto escrito é:
a) Sei que ele remoe a ideia de que sua cônjuge possa ter dificuldades durante sua ausência, por isso ele proviu a família do necessário antes de viajar.
b) Se ele não se comprouvesse, seria diferente, mas, como soe acontecer, ele imediatamente se prontificou a organizar a exéquia do soldado morto em ação.
c) Isto constitue verdade inconteste: ele sempre obstrói as negociações, mesmo quando se desenvolvem apoiadas em legítimos abaixo-assinados.
d) Peça-lhe que remedie a falta de conforto que gerou ao distribuir indiscriminadamente os salvo-condutos disponíveis, e, se ele não se dispor a fazê-lo, avise-nos.
e) Se ele antevir os problemas que possam decorrer de sua ousadia, ou se reouver o juízo, certamente não será uma vítima do próprio atrevimento.
 
2. (CESGRANRIO) Assinale o par de vocábulos que formam o plural como órfão e mata-burro, respectivamente:
a) cristão / guarda-roupa
b) questão / abaixo-assinado
c) alemão / beija-flor
d) tabelião / sexta-feira
e) cidadão / salário-família
 
3. (BB) Não varia no plural:
a) tique-taque
b) guarda-comida
c) beija-flor
d) pára-lama
e) cola-tudo
4. (ETF-SP) Assinalar a forma correta do plural de “O cristão vê, no cesto, apenas um peixinho e um pãozinho”:
a) Os cristãos vêem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãezinhos.
b) Os cristões vêm nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãezinhos.
c) Os cristãos vêm nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos.
d) Os cristãos vêem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos.
e) Os cristães vêem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos.
5. (SÃO JUDAS) O plural de blusa verde-limão, calça azul pavão e blusão vermelho-cereja é:
a) blusas verde-limões, calças azul-pavões, blusões vermelho-cerejas
b) blusas verde-limões, calças azul-pavões, blusões vermelhos-cerejas
c) blusas verde-limão, calças azul-pavão, blusões vermelho-cereja
d) blusas verde-limão, calças azuis-pavão, blusões vermelhas-cereja
e) blusas verde-limão, calças azuis-pavão, blusões vermelho-cereja
Resposta questão 1: E
Resposta questão 2: A
Resposta questão 3: E
Resposta questão 4: A
Resposta questão 5: C
Termos da oração
A oração é dividida de acordo com a função que exerce. Essa divisão é feita através de termos, os quais podem ser essenciais, integrantes ou acessórios.
Termos Essenciais da Oração
Os termos essenciais são os termos básicos, que geralmente formam uma oração. Trata-se do sujeito e do predicado. Vale lembrar que nem sempre a oração tem sujeito.
Sujeito
O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. O núcleo dosujeito é a palavra que tem mais importância, é o principal termo contido no sujeito.
Exemplos:
Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (pessoa é o núcleo do sujeito Uma pessoa)
O casal saiu para jantar. (casal é o núcleo do sujeito O casal)
O sujeito pode ser:
Determinado quando é identificado na oração ou Indeterminado quando não é possível identificá-lo, por exemplo, se o verbo não se refere a alguém determinado na oração.
Os sujeitos determinados, por sua vez, se dividem em:
Simples quando tiver apenas um núcleo.
ou
Composto quando tiver dois ou mais núcleos.
Nem sempre o sujeito está expresso na oração. Quando isso acontece, estamos diante do sujeito oculto, elíptico ou desinencial.
Exemplos:
Está um calor! (oração sem sujeito)
Estão chamando aí à porta. (sujeito indeterminado)
A Ana acabou de chegar. (sujeito simples)
Caderno, lápis e borracha estão na mochila. (sujeito composto)
Agi conforme suas orientações. (sujeito oculto: eu)
Predicado
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto faz parte do predicado.
Predicação Verbal
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos não necessitam de complemento porque têm sentido completo.
Verbos Transitivos
Os verbos transitivos necessitam de complemento porque não têm sentido completo.
Exemplos:
Acordei! (verbo intransitivo)
O velhinho morreu ontem. (verbo intransitivo)
Vou preparar o jantar. (verbo transitivo)
O velhinho contou uma história. (verbo transitivo)
Verbos de Ligação
Os verbos de ligação não indicam uma ação, mas sim uma forma de estar.
Exemplos:
Esta matéria é extensa.
O estudante está com atenção.
O Predicativo do sujeito e o Predicativo do objeto são complementos que informam algo ou atribuem uma característica a respeito do sujeito ou do objeto. Esse complemento pode seguir (ou não) um verbo de ligação.
Exemplos:
Esta matéria é extensa. (extensa=predicativo do sujeito)
O rapaz brigou e deixou a namorada infeliz. (infeliz=predicativo do objeto)
Complemento Verbal
Os complementos verbais são os termos utilizados para completar o sentido dos verbos transitivos.
Assim, os verbos transitivos subdividem-se em:
Transitivos Diretos – exigem complemento sem preposição obrigatória (Objeto Direto).
Transitivos Indiretos – exigem complemento com preposição (Objeto Indireto).
Transitivos Diretos e Indiretos - exigem dois complementos, um sem e um compreposição. (Objeto Direto e Indireto).
Exemplos:
Ganhei flores. (verbo transitivo direto)
Preciso de um bom café. (verbo transitivoindireto)
Ganhei flores do João. (verbo transitivo direto e indireto)
Complemento Nominal
O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Exemplos:
Os idosos têm necessidade de afeto.
A professora estava orgulhosa dos seus alunos.
Agente da Passiva
Agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva e vem sempre seguido de preposição.
Exemplos:
O bolo foi feito por mim. (por mim é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Eu fiz o bolo.)
Os índios foram catequizados pelos jesuítas. (pelos jesuítas é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Os jesuítas catequizaram os índios.)
Termos Acessórios da Oração
Os termos acessórios são os termos dispensáveis e são utilizados para determinar, caracterizar, explicar ou intensificar.
Adjunto Adnominal – caracteriza um substantivo, agente da ação, através de adjetivos, artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas.
Exemplos:
O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. (educado, sua, de idade= adjunto adnominal)
A economia do Brasil vai de vento em popa. (do Brasil = adjunto adnominal)
Adjunto Adverbial – se refere a um verbo ou a um advérbio e indica uma circunstância.
Exemplos:
Canta lindamente. (lindamente = adjunto adverbial)
Cheguei cedo. Vim de bicicleta. (cedo e de bicicleta = adjunto adverbial)
Aposto - tem a função de explicar um substantivo.
Exemplos:
Sábado, dia sete, não haverá aula de música. (dia sete = aposto)
O melhor do carnaval: alegria e disfarce das crianças. (alegria e disfarce das crianças= aposto)
Leia Função Sintática.
Agora que você já sabe tudo sobre Análise Sintática, aprenda também Análise Morfológica e Análise Morfossintática.
Exercícios
Vamos pôr em prática o conteúdo estudado acima e analisar sintaticamente os enunciados abaixo:
1. Falam muito mal dela, agora fingem-se seus amigos fiéis.
Aqui temos um período formado por duas orações:
1.ª oração: Falam muito mal dela,
2.ª oração: agora fingem-se seus amigos fiéis.
Portanto, trata-se de um período composto.
O sujeito é indeterminado nas duas orações. Não se pode ou não se quer identificar o sujeito sobre o qual estão sendo dadas as informações: Falam (quem?), fingem-se (quem?)
Vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 1.ª oração:
Falam (o que ou sobre o que falam?) – uma vez que precisa de complemento, estamos diante de um verbo transitivo.
muito mal – são adjuntos adverbiais. Muito, de intensidade e mal, de modo.
dela – uma vez que complemente o sentido de um advérbio, trata-se de complemento nominal.
Agora, vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 2.ª oração:
Fingem-se (do que fingem-se?) – uma vez que precisa de complemento, estamos diante de um verbo transitivo.
seus amigos – o sentido é completado sem a necessidade de preposição, logo o objeto é direto.
fiéis – caracteriza o substantivo amigos, logo é um adjunto adnominal.
2. As marchinhas, as cantadas por Carmem Miranda, eram maravilhosas.
Aqui temos um período simples. O enunciado é formado por apenas uma oração.
O sujeito é simples: As marchinhas. O núcleo do sujeito é marchinhas.
Vamos analisar a função de cada elemento do predicado:
as cantadas por Carmem Miranda – está identificando as marchinhas, assim, estamos diante de um aposto.
eram – uma vez que indica um estado, é um verbo de ligação
maravilhosas – uma vez que complementa o sujeito, estamos diante de um predicativo do sujeito.
3. Meu avô e minha avó morreram felizes.
Temos um período simples. O enunciado é formado por apenas uma oração.
O sujeito é composto: Meu avô e minha avó. O núcleo do sujeito é avô e avó.
Vamos analisar a função de cada elemento do predicado:
morreram – esse verbo tem sentido completo, por isso, é um verbo intransitivo.
felizes - uma vez que complementa o sujeito, estamos diante de um predicativo do sujeito.
Regência verbal
Chamamos de regência verbal a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Os verbos podem ser intransitivos e transitivos.
Os verbos intransitivos não exigem complemento. Isso acontece porque são verbos que fazem sentido por si só, ou seja, possuem sentido completo. Em alguns casos, eles são acompanhados por adjuntos adverbiais, elementos que não podem ser considerados como objetos. O adjunto adverbial é um termo acessório da oração cuja função é modificar um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade etc.). Sendo um termo acessório, pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática. Veja alguns exemplos:
Choveu muito ontem.
↓             ↓      
                                       
 verbo impessoal    adjunto adverbial de intensidade e de tempo        
(intransitivo)                                  
Chegamos no voo das onze horas.
↓                       ↓          
             
 verbo intransitivo           adjunto adverbial de meio e de tempo
 Verbos transitivos diretos
Chamamos de verbos transitivos aqueles que precisam de um complemento, uma vez que não possuem sentido quando sozinhos. Eles podem ser transitivos diretos e indiretos. Os transitivos diretos são acompanhados por objetos diretos e não exigem preposição para o correto estabelecimento da relação de regência. Veja os exemplos:
Quero bolo!
 ↓        ↓
verbo transitivo direto   objeto direto            
Amo aquele rapaz.
↓           ↓       
verbo transitivo direto      objeto direto                     
Para facilitar o reconhecimento dos verbos transitivos diretos, você poderá fazer algumas perguntas para eles (quero o quê/quero quem? Amo o quê/amo quem?). As respostas serão os objetos diretos.
Verbos transitivos indiretos
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos, isto é, exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Veja:
preposição 'de' + artigo 'a' = da
       ↑
Gostamos da prova.
   ↓               ↓ 
verbo transitivo indireto       objeto indireto            
Outro exemplo:
preposição + artigo = às
↑
Respondi às questões.
↓                ↓ 
verbo transitivo indireto       objeto indireto               
Você também pode fazer perguntas para o verbo para assim identificar se ele é ou não transitivo indireto (gostaram de quê/gostaram de quem? Respondeu a quê/respondeu a quem?). Note que, ao fazer a pergunta com o uso de uma preposição, o objeto responderá também com uma preposição (gostamos da prova/ respondi às questões).
Verbos transitivos diretos e indiretos
Antigamente, os verbos transitivos diretos e indiretos eram chamados de bitransitivos. Essa nomenclatura, entretanto, não é mais utilizada. São verbos acompanhados de um objeto direto e um objeto indireto. Observe:
a (preposição) + os = aos                  
↑                 
Agradeço aos ouvintes a audiência.
↓                 ↓               ↓  
verbo transitivo direto e indireto    Objeto indireto    objeto direto ('a' é artigo)           
Quem agradece, agradece a alguém algo.
Outro exemplo:
    preposição + artigo = à
      ↑
Entreguei a flor à professora.
 ↓            ↓            ↓    
   verbo transitivo direto e indireto   Objeto direto   objeto indireto                                
Regência nominal
Chamamos de regência nominal o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. Veja alguns exemplos (vale lembrar que existem muitos outros):
Substantivos:
Admiração a/por
Devoção a/ para/ com/ por
Medo de
Respeito a/ com/ para com/ por
Adjetivos:
Necessário a
Acostumado a/com
Nocivo a
Agradável a
Equivalente a
Advérbios:
Longe de/ Perto de
Obs.: Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:
Paralela a; paralelamentea
Relativa a; relativamente a 
Sintaxe de regência
A regência é um estudo muito importante da língua portuguesa, pois abrange, especificamente, a ligação correta que deve existir entre um verbo e um complemento, ou entre um nome e um complemento.
Assim, é possível afirmar que a sintaxe da regência é a forma como é analisada a relação dos termos de uma oração com seu complemento, de maneira que esta ligação aconteça da maneira mais adequada em cada oração.
Crase
A crase é um dos sinais que mais causa dúvida dentre os diferentes tipos de sinais da língua portuguesa, especialmente com relação à quando seu uso é necessário e correto dentro de uma oração.
Quando utilizar a crase
A crase é utilizada, de maneira geral, quando há uma palavra feminina na oração, que possa admitir um artigo feminino anteposto nesta mesma oração, e ainda esteja relacionada a uma outra palavra que necessite da preposição “a”.
Além disso, a crase também é utilizada nos casos de locuções prepositivas, locuções conjuntivas e também nas locuções adverbiais, pois são situações em que ocorre a presença da preposição e do artigo a, resultando assim na utilização da crase.
Quando não utilizar a crase
A crase não deve nunca ser utilizada nas seguintes situações:
– Antecedendo nomes masculinos
– Antecedendo verbos no infinitivo
– Quando o a no singular é utilizado antes de palavras no plural
– Antes de numerais
– Antes da palavra casa quando esta não é determinada (quando casa é uma palavra determinada ocorre o uso de crase)
– Antes de qualquer palavra que tenha o significado de terra firme, utilizada como antônimo de bordo.
– Nos casos de locução a distância também não deve ser utilizada a crase.
– Nos casos de locuções adverbiais que sejam compostas por palavras repetidas, como em “ficar frente a frente”, por exemplo.
Concordância Verbal e Nominal
Observe:
As crianças estão animadas.
Crianças animadas.
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, as crianças.
No segundo exemplo, o adjetivo animadas  está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem.
Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.
Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade estabelecida entre cada componente da oração.
Enquanto a concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, a concordância nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:
concordância verbal = sujeito e verbo
concordância nominal = classes de palavras
Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.
Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância:
Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), estamos diante de um caso de concordância verbal.
Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam com o adjetivo (complicados), estamos diante de um caso de concordância nominal.
Conheça as principais regras em cada caso:
Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural.
Exemplo:
Maria e José conversaram até de madrugada.
2. Sujeito composto depois do verbo
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.
Exemplos:
Discursaram diretor e professores.
Discursou diretor e professores.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.
Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).
Exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa.
Tu e ele falais outra língua?
Concordância Verbal
Exercícios de Concordância Verbal
Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplo:
Adorava comida salgada e gordurosa.
2. Substantivos e um adjetivo
No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:
2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo.
Exemplo:
Linda filha e bebê.
2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos:
Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.
Exercícios com Gabarito
1. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática:
I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
II. Muito obrigadas! – disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
a) em I e II
b) apenas em IV
c) apenas em III
d) em II, III e IV
e) apenas em II
Ver Resposta
Alternativa c: apenas em III. 
2. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
Alternativa c: Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
3. (Mackenzie) Indique a alternativa em que há erro:
a) Os fatos falam por si sós.
b) A casa estava meio desleixada.
c) Os livros estão custando cada vez mais caro.
d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.
e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.
Alternativa d: Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.
A silepse é um tipo de concordância na qual o termo flexionado concorda com as ideias de número, gênero ou pessoa associadas ao referente do sujeito da oração. Por esse motivo, ela pode ser classificada como silepse de número, silepse de gênero e silepse de pessoa.
Esse tipo de concordância tem como referência a ideia associada ao sujeito da oração, por isso, é intitulada de “concordância ideológica”. Vejamos cada uma delas a seguir:
Silepse de número
Ocorre quando o sujeito da oração tem a forma singular,mas expressa ideia de pluralidade. A silepse de número ocorre com mais frequência na linguagem literária do que em diálogos cotidianos.
Exemplo:
Lacrem todas as portas e janelas, tripulação!
  Verbo                                        substantivo coletivo
 (plural)                                                 (singular)
Note que o substantivo coletivo “tripulação” tem a forma singular, mas recupera um sentido coletivo (tripulantes).
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Silepse de gênero
Ocorre mais frequentemente com os pronomes de tratamento, mas também pode ocorrer com alguns pronomes indefinidos de gênero neutro.
→ Silepse de gênero com pronome de tratamento:
Exemplo:
Vossa Excelência está preocupado com alguma outra questão?
    Pronome de                   Adjetivo
     tratamento                 (masculino)
      (feminino)
→ Silepse de gênero com pronome indefinido de gênero neutro:
Exemplo:
Sabia que alguém pediu que a convidasse para a confraternização?
    Pronome indefinido      Pronome pessoal
              (neutro)                   do caso oblíquo
                                                   (feminino)
Silepse de pessoa
Ocorre quando o locutor/falante aparece incluído em um sujeito na 3ª pessoa do plural.
Exemplo:
Peço a atenção de todos os presentes para que reflitamos juntos.3ª pessoa do plural / 1ª pessoa do plural
O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o sentido dos verbos transitivos.
Objeto direto
- vem sempre associado a um verbo transitivo;
- liga-se ao verbo sem preposição, exigida por este;
- indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recai a ação verbal.
Ex.:     Maria         vendia            doces. 
             sujeito      v.trans. direto     obj.direto 
          As crianças      esperavam    os pais. 
                sujeito           v. trans.direto    obj.direto
Objeto direto preposicionado 
O objeto direto pode vir precedido de preposição: é chamado objeto direto preposicionado. Tal preposição ocorre por razões várias e não pela exigência obrigatória do verbo.
Ex.:     Estimo aos meus colegas. ( estimar: verbo transitivo direto, a preposição surge como um recurso enfático e não porque o verbo a exija.)
Objeto indireto 
- vem sempre associado a verbo transitivo;
- liga-se ao verbo através de preposição exigida por este;
- indica o paciente ou o destinatário da ação verbal.
Ex.:    Davi    gosta                 de música.
         sujeito   v.trans. indireto     obj.indireto
          A professora não    confia            em seus alunos. 
                 sujeito                  v.trans. indireto       obj.indireto
Núcleo do objeto
O núcleo do objeto é representado por um substantivo (ou palavra com valor de substantivo).
a) substantivo:   Ana     comprou           chocolate. 
                                 sujeito   v. trans. direto     obj.direto
b) pronome substantivo:  O chefe      confia          em nós. 
                                                 sujeito     v. trans.indireto   obj.indireto 
c) palavra substantivada:  Ele       esperava       um tchau. 
                                                  sujeito    v. trans.direto    obj. direto
O objeto pode ser constituído por pronome oblíquo:
 
- os pronomes o, a, os, as atuam como objeto direto.
                    v.trans.direto
Ex.:    O pai deixou-as na escola.
                                   obj.direto 
- os pronomes lhe, lhes atuam como objeto indireto.
                          v.trans.indireto 
Ex.:     A notícia interessava-lhes. 
                                                   obj.indireto 
Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem atuar como objetos diretos ou indiretos, de acordo com a transitividade verbal.
         v.trans.direto 
Ex.:   Elegeram-me representante da classe.
                             obj.direto
v. trans. direto e indireto 
Mostraram-nos               um mundo inacreditável. 
                     obj.indireto      obj.direto
Exercícios
Indique os objetos diretos (OD) e os objetos indiretos (OI) das orações abaixo.
Faço pinturas em tecido.
Afinal, ele gosta de doce ou salgado?
Doou todos os bens aos pobres.
Também falei sobre esse assunto.
Agradeça o presente, filho.
Adoro essa música!
Amo-a.
As sobremesas, provei-as uma a uma.
Ver Resposta
em tecido = OI
de doce, (de) salgado = OI
todos os bens = OD, aos pobres = OI
sobre esse assunto = OI
o presente = OD
essa música = OD
a = OD
(provei)-as uma a uma = OD
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO
Hagar, o Horrível. Criação de Chris Browne. É comum encontrarmos nas tirinhas recursos expressivos da linguagem, como a conotação
Calvin e Haroldo, criação de Bill Watterson. O uso da conotação confere o efeito de humor da tirinha
No terceiro quadrinho da primeira tirinha, é possível notar um diálogo interessante entre os amigos Hagar e Eddie Sortudo. A pergunta metafórica feita por Hagar ganhou uma resposta inesperada, visto que seu amigo não compreendeu o sentido conotativoempregado em sua linguagem. A resposta “Você está aqui porque o dono do bar deixa você pendurar a conta até o fim do mês” também utiliza uma linguagem figurativa, pois “pendurar a conta” quer dizer, na verdade, consumir e protelar o pagamento, certo?
Na tirinha de Calvin e Haroldo, também encontramos uma expressão empregada em seu sentido metafórico: Quando o valentão Moe diz para Calvin que ele “vai comer asfalto”, não esperamos que a ameaça seja cumprida ao pé da letra, mas sabemos que o sentido dado à expressão é negativo. Moe usou o sentido figurado para dizer que Calvin vai passar por “maus pedaços” no quinto ano. Pois bem, temos aí bons exemplos de denotação e conotação.
Pois bem, a denotação e a conotação dizem respeito às variações de significado que ocorrem no signo linguístico — elemento que representa o significado e o significante. Em outras palavras, podemos dizer que nem sempre os vocábulos apresentam apenas um significado, podendo apresentar uma variedade deles de acordo com o contexto em que são empregados. Observe o exemplo:
Os donos soltaram os cachorros para que eles pudessem passear na fazenda.
Eles soltaram os cachorros quando perceberam que foram enganados!
Você diria que a expressão “soltaram os cachorros” foi empregada com a mesma intenção nas duas orações? Na primeira, a expressão “soltaram os cachorros” foi utilizada em seu sentido literal, isto é, no sentido denotativo, pois de fato os animais foram liberados para passear. E na segunda oração? Qual sentido você atribuiu à expressão “soltaram os cachorros”? Provavelmente você percebeu que ela foi empregada em seu sentido conotativo, pois naquele contexto representou que alguém ficou bravo e acabou se exaltando, perdendo a paciência.
Geralmente, a conotação é empregada em uma linguagem específica, que não tenha compromisso em ser objetiva ou literal. Ela é muito encontrada na literatura, que utiliza diversos recursos expressivos para realçar um elaborado trabalho com a linguagem. Nos textos informativos, por exemplo, a conotação dá lugar à denotação, pois a informação deve ser transmitida da maneira mais clara possível, para assim evitar interpretações equivocadas e o efeito de ambiguidade.
Sintetizando:
Conotação: Sentido mais geral que se pode atribuir a um termo abstrato, além da significação própria. Sentido figurado, metafórico.
Denotação: Significado de uma palavra ou expressão mais próximo do seu sentido literal. Sentido real, denotativo.
DENOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos assuntos, como é o caso da reportagem, editorial, artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata, memorando, receita, manual de instrução, bula de remédios, entre outros. Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.
Exemplos:
A professora pediu aos alunos que pegassem o caderno de Geografia.
A polícia capturou os três detentos que haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do Céu.
O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto para a fabricação de chás terapêuticos a partir das suas flores.
Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
CONOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões, ressignificando-as.
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, sãonos textos secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes.
Exemplo:
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Metáfora
A metáfora é um tipo de comparação, mas sem os termos comparativos (tal como, como, são como, tanto quanto, etc). Na metáfora, a comparação entre dois elementos está implícita, trazendo uma relação de semelhança entre eles. Exemplo:
Tempo é dinheiro.
Percebemos neste exemplo a relação implícita, onde o tempo é tão valoroso quanto o dinheiro, por isso ele é colocado como semelhante à moeda.
Metonímia
É a substituição de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há uma proximidade de sentidos, uma relação de implicação. Exemplos:
Não leu Machado de Assis.
Não leu a obra de Machado de Assis.
Vemos no exemplo que a obra de Machado de Assis foi substituída só pelo nome do autor. A metonímia consiste nessa substituição de palavras, dando o mesmo sentido a uma frase. A seguir, outro exemplo que reforça essa substituição:
A cozinha italiana é maravilhosa!
A comida italiana é ótima.
Antítese
A antítese consiste no uso de palavras, expressões ou ideias que se opõem. Exemplo:
Soneto da Separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
Vinícius de Moraes
Neste soneto vemos claramente a antítese por trás da temática da separação amorosa: o que antes era riso trouxe lágrimas com a separação; as bocas unidas pelo beijo no amor se separam como a espuma que se espalha e se dissolve. A oposição de sentimentos e atos forma claramente a antítese.
Paradoxo
Paradoxo é a presença de elementos que se anulam numa frase, trazendo à tona uma situação que foge da lógica. Exemplo:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
Luís de Camões
A situação do paradoxo aqui é clara: os elementos marcados se anulam, trazendo uma série de questionamentos. Como pode uma ferida, algo que causa dor física, não ser sentida? Como o contentamento, que causa felicidade, pode ser descontente? Como a dor pode não doer? Vemos claramente a fuga da lógica.
Personificação (ou prosopopeia)
A personificação, também chamada prosopopeia, consiste na atribuição de características humanas, como sentimentos, linguagem humana e ações do homem, a coisas não-humanas. Exemplo:
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.
Carlos Drummond de Andrade
Neste exemplo, o medo, uma sensação, é transformado em pai e companheiro, algo que só é atribuído a um ser humano.
Hipérbole
Esta figura de linguagem consiste no emprego de palavras que expressam uma ideia de exagero de forma intencional. Exemplo:
Ela chorou rios de lágrimas.
Chorar rios remete a um choro contínuo, exagerado e o termo rios vem para enfatizar a ideia de que foi um choro intenso.
Eufemismo
O eufemismo ocorre quando utilizamos palavras ou expressões que atenuam e substituem outras que produzem um efeito desagradável e chocante. Exemplos:
Faltei com a verdade ao dizer que fui à igreja.
Menti ao dizer que fui à igreja.
A expressão e o impacto negativo que a palavra menti traz é ""suavizado" ao dizer que "faltei com a verdade".
Ironia
É a expressão de ideias com significado oposto ao que se realmente pensa ou acredita. Exemplo:
Moça linda, bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor!
Mário de Andrade
O trecho é o exemplo claro de ironia: a moça é descrita como, bonita e bem tratada, tradicional, conservadora (é de família) e burra. O destaque em "um amor", apoiando-se na descrição da moça, mostra que ela, ao contrário de ser esse "amor de pessoa", é, na verdade, alguém sem atrativos, sem graça.
Pleonasmo
Repetição de uma ideia por meio de outras palavras. É utilizado como forma de ênfase e, além de ser figura de linguagem, é classificada como vício. A diferença entre a figura de linguagem e o vício de linguagem é simples: para ser figura de linguagem, o pleonasmo vem de forma intencional, para dar mais expressividade no texto, enquanto no vício vem como uma repetição não intencional e desnecessária. Exemplo:
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Manuel Bandeira
A repetição proposital de Manuel Bandeira ao dizer que "chovia uma chuva" intensifica a ideia de que estava chovendo.
Sinonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos: bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico – engraçado.
Sinônimos perfeitos: tratam-se de palavras diferentes, mas que possuem significado idêntico;
Sinônimos imperfeitos: são palavras que, ainda que compartilhem de significados parecidos, tais significados não são idênticos.
Antonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários, ou seja, os antônimos. Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar.

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