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O Faz-de-Conta na Educação Infantil

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UNIP – Universidade Paulista
APS
“Atividades Práticas Supervisionadas”
Curso: Pedagogia - 1º Semestre
Profª Ms. Nanci da Silva Pereira
São Paulo – SP
2018
UNIP - Universidade Paulista
O FAZ-DE-CONTA NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Ana Carolina Rosário de Oliveira – D806G19
Bruna Giovanna Morais – D847DD4
Mariane Thamires Dias Florindo – D823CH3
Victória de Almeida Sampaio – N381BC5
São Paulo – SP
2018
Introdução
O objetivo desse trabalho visa apresentar quatro relatórios sobre a brincadeira do “faz-de-conta”, expor com clareza como ela é importante para o desenvolvimento social, cultural e emocional das crianças. Por meio desta atividade que é estimulado o senso de realidade e imaginação da mente infantil também. “O lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.” (VYGOTSKY, 1998)
Desenvolvimento 
Vygotsky trabalha com tese como: á relação individuo/ sociedade em que afirma as características humanas não estão presentes desde o nascimento, elas são resultadas das relações homem e sociedade. A criança nasce apenas com as funções psicólogas elementares, a partir do aprendizado da cultura, estas funções transformam-se em funções psicológicas superiores. Para ele o desenvolvimento mental da criança é um processo continuo de aquisições, desenvolvimento intelectual e linguístico. Impondo estruturas superiores, ao saber de novos conceitos evita-se que a criança tenha que reestruturar todos os conceitos que já possui. 
Para ele a criança inicia seu aprendizado muito antes de chegar a escola. A aprendizagem é um processo continuo e a educação é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de aprendizagem ao outro. Há dois tipos de desenvolvimentos: desenvolvimento real, que se refere aquelas conquistas que já são consolidadas na criança, aquela capacidade ou funções que realiza sozinha sem auxílio de outro indivíduo. Já o desenvolvimento potencial se refere aquilo que a criança pode realizar com auxílio de outro indivíduo. 
A distância entre os dois níveis de desenvolvimento é chamada de zona de desenvolvimento potencial ou proximal, o período que a criança fica utilizando um “apoio” até que seja capaz de realizar determinadas atividades sozinha. 
“Aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã, ou seja, aquilo que a criança pode fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã. ” (Vygotsky, 1984 p.98)
O brinquedo é um mundo imaginário onde a criança pode realizar seus desejos. O ato de brincar é uma importante fonte de desenvolvimento, sendo muito valorizado na zona proximal, neste caso em especial, as brincadeiras de faz de conta. Sendo estas atividades utilizadas, em geral, na educação Infantil fase em que as crianças aprendem a falar, escrever, e são capazes de envolver-se numa situação imaginaria. Através do imaginário a criança estabelece regras do cotidiano no real. A escola tem o papel fundamental na formação dos conteúdos, proporcionado à criança um conhecimento sistemático de algo que não está associado a sua fase de amadurecimento. 
Já para Kishimoto a brincadeira é a atividade principal na infância. A característica social, de acordo com a perspectiva sociocultural, é vista como válvula para o desenvolvimento infantil. 
No primeiro caso, o sentido do jogo depende da linguagem de cada contexto social. As línguas funcionam como fontes de expressão. Nossa noção de jogo não nos remete à língua particular de uma ciência, mas a um uso cotidiano. Considerar que o jogo tem sentido dentro de um contexto significa a emissão de uma hipótese, a aplicação de uma experiência ou de uma categoria fornecida pela sociedade veiculada pela língua enquanto instrumento de cultura dessa sociedade. Toda dominação pressupõe um quadro sociocultural transmitido pela linguagem e aplicado ao real.
Deferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma abertura e indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. Admita-se que o brinquedo representa certas realidades, uma representação é algo presente no lugar de algo. O brinquedo coloca a criança na presença de reproduções, tudo que existe no cotidiano, na natureza e nas construções humanas. Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar a criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los. 
O brinquedo propõe um mundo imaginário, da criança ao objeto lúdico. Quando a criança brinca, ela o faz de modo bastante compenetrado. A pouca referência, está relacionada ao cômico, ao riso. O jogo acontece em um tempo e espaço, com uma sequência própria da brincadeira. Ao atender necessidades infantis, o jogo infantil torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares.
Conclusão
Levando-se em consideração as crianças analisadas e os autores abordados, observamos que elas em um modo geral brincando de atividades diferentes, mas com o mesmo objetivo lúdico usam sua imaginação. Algumas se fantasiam, dão voz ao personagem que estão imitando, sempre tentando entrar no contexto que elas se imaginam. A partir disso pudemos observar que elas conseguem compreender o mundo de uma melhor forma brincando, assim trazendo as referências dos autores estudados (Vigotsky e Kishimoto) que afirmam a importância do uso da imaginação durante a brincadeira para o desenvolvimento do psicológico infantil.	Comment by User: 
Referências
KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil.
VYGOTSKY, Lev Semyonovitch. A formação social da mente.
RELATÓRIO 1 
OBSERVAÇÃO DO FAZ-DE-CONTA
Nome da criança: J.O.
Idade: 1 ano e 3 meses
Atividade: Cesto de Tesouros 
Ao observar a J.O. na brincadeira, podemos ver claramente como o faz-de-conta se faz presente nesta atividade. Ela é feita com um cesto no qual se coloca vários tipos de objetos para estimular a criança a descobrir novas sensações. São colocados chocalhos (feitos com garrafas pet e grãos), copos de silicone, funis, garrafas com ervas dentro para estimular o olfato, e afins. Durante a atividade consegui observar alguns faz-de-conta que a Joana desenvolveu, como:
Pegou a colher de pau e fingiu estar fazendo comida dentro de um pote.
Enrolou uma pedra em papel celofane e fingiu ser um presente para mim.
Fez comida no cesto
Pegou uma panela e fez de chapéu.
Pegou pinho e esfregou no chão como se estivesse limpando.
Pegou as ervas do chão e colocou dentro do funil para fingir que estava chovendo. Dizia “uva”, se referindo à palavra chuva.
RELATÓRIO 2 
OBSERVAÇÃO DO FAZ-DE-CONTA
Nome da criança: L.F.
Idade: 5 anos
Atividade: Brincar de futebol
Ao observar o L.F. na brincadeira, percebe-se que ele brinca fingindo ser um jogador da seleção brasileira (Neymar, seu preferido). Durante a atividade consegui observar alguns faz-de-conta que o L.F. desenvolveu estimulando a imaginação, como:
Vestir o uniforme completo para jogar bola
Usou bichinhos de pelúcia para representar pessoas na arquibancada assistindo à brincadeira.
Fingiu sofrer faltas e comete-las também.
Montou duas traves com qualquer calçado
RELATÓRIO 3 
OBSERVAÇÃO DO FAZ-DE-CONTA
Nome da criança: A.G.D
Idade: 4 anos
Atividade: Faz de conta.
A criança gosta muito do desenho My little pony, tem todos os personagens em bonecos, e brinca com eles como vê em filmes que ela assiste, consegue assimilar qual é qual. E em seus brinquedos ela dá o nome referente ao que viu no filme que ela tanto assiste, finge ser elas e brinca
com os bonequinhos como se ela fosse parte deles. Faz barulhos referentes a cavalo e corridas com eles, chamando-os pelos nomes: Applejack,Pinkie pie, Rainbow.
RELATÓRIO 4 
OBSERVAÇÃO DO FAZ-DE-CONTA
Nome da criança: R.M. e I.V.
Idade: 7anos e 8 anos.
Atividade: Imagem e ação.
Apresentei papéis para as crianças e expliquei que elas deveriam escrever o nome de algum personagem, objeto, animal ou pessoa, e colar o papelzinho na testa do amigo. Assim teriam que usar a imaginação para descobrir o personagem do amigo.
Através desta brincadeira as crianças despertam seu lado lúdico, imaginário. Antes de começar a brincadeira as crianças estavam mexendo no celular, elas gostaram tanto que o deixaram de lado para continuar jogando Imagem e Ação.

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