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EDUCANDÁRIO NOVA GERAÇÃO 2000 
MATÉRIA: HISTÓRIA. DATA:___/___/____ 
PROFESSOR: ANDERSON SANTOS 
ALUNO (A):______________________________ 
 
FICHA DE HISTÓRIA - 3° ANO ENSINO MÉDIO 
 
TEMA: O SOCIALISMO NA CHINA E EM CUBA 
 
REVOLUÇÃO CHINESA 
 
Até meados do século XX, a China nem de longe 
se assemelhava ao gigante econômico que hoje 
representa. Abalizado em uma economia 
essencialmente agrícola e arcaica, o país 
apresentava péssimos indicadores sociais, com 
uma profunda concentração de riquezas nas mãos 
dos setores mais abastados. É precisamente 
contra esse estado de coisas que surgem grupos 
oposicionistas ao governo, inclusive alguns 
defensores do ideário comunista. 
 
Com o sucesso da resistência chinesa às 
investidas japonesas durante a Segunda Guerra, 
a popularidade de Mao Tsé Tung (um dos mais 
importantes líderes dessa resistência) atingiu 
proporções nacionais. Em 1949, o jovem socialista 
liderou um golpe de Estado, instaurando o 
comunismo no país. Estava criada a República 
Popular da China. 
 
As primeiras medidas instituídas por Mao 
seguiram o modelo soviético de socialismo, sendo 
praticado um amplo programa de reformas sociais, 
especialmente a agrária, e de nacionalização da 
economia. No entanto, tais ações não garantiram 
um recuo relevante das desigualdades, tão pouco 
o aumento dos níveis produtivos, fazendo com que 
o governo revolucionário estabelecesse um novo 
projeto de reformas, intitulado Grande Salto. 
 
A despeito do nome promissor, o Grande Salto 
mostrou-se um fracasso. Distanciada da URSS de 
Kruschev, a China não contou com o suporte 
tecnológico normalmente ofertado por esta última 
a seus aliados. Somava-se a isso a paralisante 
burocracia governamental, determinante para a 
frustração do projeto. 
 
Deste modo, seria somente ao longo da década de 
60 que a experiência socialista chinesa viria a 
adquirir maior solidez. Neste processo, assumiu 
papel central a Revolução Cultural, um conjunto 
de medidas implementadas pela administração 
maoísta, que se por um lado modernizaram a 
economia do país, por outro aprofundaram o 
autoritarismo oficial. 
 
Em tais ambiências, foram criados dois dos mais 
importantes instrumentos de centralização 
político-ideológica estabelecidos por Mao, o Livro 
Vermelho e a Guarda Vermelha. Ambos cumpriam 
um duplo propósito, o de fortalecer as estruturas 
governamentais e combater os opositores do 
regime. Torturas, exílios e prisões passaram, 
então, a ser cada vez mais utilizados como 
instrumentos de repressão contra os “inimigos da 
Revolução”. 
 
Todavia, com a morte de Mao Tsé Tung e a 
ascensão de Deng Xiaoping à liderança do 
governo chinês, o socialismo desenvolvido no país 
passou a seguir outras diretrizes. Sob a 
justificativa de potencializar a produção nacional, 
foram incorporadas medidas econômicas de 
caráter liberalizante, como a permissão da entrada 
de capital estrangeiro no país, a expansão da 
iniciativa privada e a criação das chamadas Zonas 
Econômicas Especiais. Através das Quatro 
Modernizações, ganhava espaço o chamado 
socialismo de mercado chinês. 
 
REVOLUÇÃO CUBANA 
 
Nessa mesma conjuntura marcada pela lógica da 
Guerra Fria, chegou ao poder o primeiro governo 
socialista latino-americano, justamente em um dos 
países até então mais vinculados ao capitalismo 
estadunidense. Sob a liderança de Fidel Castro, 
Che Guevara e Camilo Cienfuegos, Cuba assistiu 
no ano de 1959 à queda do ditador Fulgêncio 
Batista e, tempos depois, a implementação do 
comunismo na região. 
 
A primeira grande reação contrarrevolucionária foi 
arquitetada pelos cubanos exilados, 
conjuntamente ao governo estadunidense, 
interessado em combater a expansão socialista no 
continente americano. Intervenções militares 
foram, então, feitas na “ilha de Fidel”, com grande 
destaque para o episódio conhecido como a 
“invasão à Baía dos Porcos”. Apesar de tais 
“esforços capitalistas”, no entanto, Cuba 
continuaria a seguir sob a égide do comunismo. 
 
No campo diplomático, os Estados Unidos 
lideraram ainda outras sanções ao país. Sua 
retirada da OEA (Organização dos Estados 
Americanos) e a imposição do embargo 
econômico buscavam claramente asfixiar o 
governo castrista. As lideranças cubanas, 
entretanto, resistiam a tais ingerências, 
notadamente com o apoio da também socialista 
União Soviética. 
 
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Foi justamente a partir dessa aliança entre Cuba e 
URSS que se desenvolveu um dos episódios mais 
obscuros da história, a Crise dos Mísseis (1962). 
Através de imagens captadas por satélites norte-
americanos, foi denunciada a presença de mísseis 
soviéticos em território cubano, aguçando a já 
tensa bipolaridade da Guerra Fria. Após treze dias 
de negociações, ficou acordado que os 
armamentos seriam retirados da região, contendo, 
mas não extinguindo, a possibilidade de um 
apocalíptico confronto nuclear entre Estados 
Unidos e União Soviética. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) (FGV - SP) A Grande Marcha empreendida 
nos anos 30 por Mao Tsé-tung e seus 
seguidores foi: 
a) uma fuga dos contingentes comunistas que 
estavam sendo perseguidos pelas tropas do 
Kuomitang. 
b) uma fuga dos seguidores de Mao perseguidos 
pelas tropas japonesas que invadiram a 
Manchúria. 
c) uma tentativa das tropas comunistas de cortar 
as linhas de abastecimento das tropas 
nacionalistas. 
d) uma tentativa das tropas de Mao de cercar as 
tropas japonesas que haviam invadido a 
Manchúria e o norte da China. 
e) a marcha empreendida pelos comunistas sobre 
Nankim para derrotar as tropas do Kuomitang. 
 
2) Para conseguir estimular a industrialização 
chinesa, Mao Tsé-tung lançou um programa de 
planejamento econômico que ficou conhecido 
como: 
a) Plano Quinquenal. 
b) Grande Marcha. 
c) Plano Salte. 
d) Revolução Cultural. 
e) Grande Salto Adiante. 
 
3) (Uerj 2004) Leia o texto a seguir: 
“O caminho para a revolução pela longa guerra 
de guerrilha foi descoberto um tanto 
tardiamente pelos revolucionários sociais do 
século XX (...). A própria palavra "guerrilha" 
não fazia parte do vocabulário marxista até 
depois da Revolução Cubana de 1959” 
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: o breve 
século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1995.) 
 
A guerrilha foi fundamental para a vitória, em 
Cuba, no ano de 1959, do Movimento 26 de 
Julho, liderado por Fidel Castro e Che Guevara. 
O grupo revolucionário cubano fez a opção por 
essa estratégia por acreditar que: 
a) a adesão ao comunismo impunha a luta direta 
contra o poder estabelecido. 
b) a ocupação militar norte-americana anulava 
outras formas de luta contra a elite política. 
c) a ditadura instalada no país eliminava a 
possibilidade de uma oposição ao regime por via 
legal. 
d) o nacionalismo pequeno-burguês impedia a 
presença das camadas populares nos partidos de 
oposição à ditadura. 
 
4) (FGV/2011) A Revolução Cubana, vitoriosa 
em 1959, teve como principal característica: 
a) A mobilização popular por meio de 
manifestações de massas e a organização de 
seguidas greves gerais que interromperam as 
atividades econômicas de Cuba. 
b) A prática do “foquismo”, com grupos armados 
que se dedicavam à luta armada caracterizada 
pela tática de guerrilhas. 
c) A mobilização internacional por meio de 
campanhas que denunciavam o desrespeito aos 
direitos humanos por parte do governo cubano. 
d) A intervenção soviética, que enviou tropas de 
apoio aos revolucionários e bombardeou bases do 
governo cubano. 
e) A vitória eleitoral dos revolucionários no pleito 
de 1958 e a gradativa implementação de medidas 
socializantes por Fidel Castro. 
 
5) (FGV-SP) Em janeiro de 1959, tropas 
revolucionárias comandadas por Fidel Castro 
tomaram o poder em Cuba. A luta 
revolucionária: 
a) foi dirigida por uma guerrilha comunista que 
pôde derrotar o exércitode Fulgêncio Batista, 
graças ao apoio militar oferecido pela União 
Soviética. 
b) foi dirigida pelo Partido Comunista de Cuba, que 
conseguiu mobilizar camponeses e trabalhadores 
urbanos contra a ditadura de Fulgêncio Batista. 
c) foi dirigida por dissidentes do governo de 
Fulgêncio Batista, com apoio inicial do governo 
dos Estados Unidos, interessado em democratizar 
a região do Caribe. 
d) foi dirigida por uma guerrilha nacionalista e anti-
imperialista, que angariou apoios da oposição 
burguesa e de setores da esquerda cubana. 
e) foi dirigida por um movimento camponês 
espontâneo que, gradativamente, foi controlado 
pelos comunistas liderados por Fidel Castro. 
 
6) Por que a chamada “crise dos mísseis 
cubanos”, em 1962, é considerada um dos 
mais tensos episódios da Guerra Fria? 
 
7) Quais as principais características da 
Revolução Cultural na China?

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