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Complicações do infarto
Infarto de VD: 
Turgescência jugular, hipotensão (choque), pressões altas de enchimento do lado direito, pulmões limpos
Conduta: Dar volume (não dar nitratos, já que causaria vasoconstrição e pioraria o infarto – status isquêmico)
Complicações mecânicas:
Grande maioria culminam em choque cardiogênico e estão associadas a refratariedade do tto
Queda da incidência após era da reperfusão
Anatomia:
Artéria Coronária direita: Origina-se no seio aórtico direito, dando origem a diversos ramos, entre eles: 1) Ramo do cone (VSVD), 2) artéria do sinusal (nó sinusal e AD), 3) ramos marginais direitos (parede livre do VD, 4) Artéria DP (1/3 inferior do septo e parede inferior), 5) artéria VP ( parede posterolateral).
Artéria Descendente Anterior: Localiza-se anteriormente sobre o SIV em direção ao ápice, dando origem aos ramos diagonais (parede livre do VE) e septais (2/3 superiores do septo). 
Artéria Circunflexa: Localiza-se no sulco atrioventricular esquerdo e dá origem aos ramos marginais esquerdos e ao ramo atrioventricular. Irriga a parede lateral e posterior do VE
Ruptura da parede livre do VE:
Atividade elétrica sem pulso (tem o ritmo elétrico, mas não tem contração)
Mais frequente em IAM anteriores ou laterais e a ruptura costumar ocorrer na junção entre a área lesada com a área normal
Fatores de risco: 
Ausência de circulação colateral ou pacientes sem história prévia ou sintomas de angina
 Extensão do IAM: pico de CKMB acima de 150UI/l
 Elevação do segmento ST ou desenvolvimento de onda Q no ECG inicial
 Localização anterior do IAM
 Idade > 70 anos
 Sexo feminino
 Uso de agentes fibrinolíticos (principalmente se uso > 14 horas do início dos sintomas) 
Quadro clínico: Hemopericárdio e morte por tamponamento, ICC aguda, choque, AESP
Tratamento: Reconhecimento rápido e terapia imediata, pericardiocentese guiada por eco, estabilização hemodinâmica (fluidos e inotrópicos), cirurgia imediata se hemopericardio 
Ruptura do septo IV:
Se tem choque cardiogênico, cirurgia imediata
Ocorre com igual frequência em infartos anteriores e não anteriores
IAM anterior – CIV apical
IAM inferior – CIV basal
Fatores de risco: Doença coronariana uniarterial, lesão miocárdica extensa, circulação colateral limitada, 1o episodio de IAM, infarto do VD
Quadro clínico: Hipotensão, IC biventricular (predominantemente direita), Novo sopro (holossistólico e audível em borda esternal esquerda baixa), Supra ST persistente por mais de 72 horas 
Diagnóstico: ecocardiograma, cateter de artéria pulmonar, cineangiocoronariografia
Tratamento: 
O tempo para correção cirúrgica do SIV é controverso
 Choque cardiogênico: cirurgia
 Estabilização clínica (vasodilatadores, agentes inotrópicos, diuréticos BIA)
 Mortalidade hospitalar dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico: 25-60% (estudo GUSTO – I : 47% cx X 94% tto clínico)
 Fechamento percutâneo (porém cirúrgico ainda é preferível)
Insuficiência mitral aguda:
***Caso de paciente que rompeu as cordoalhas: o que fazer? Usar vasodilatadores para diminuir a resistência sistêmica e depois faz a cirurgia (isso leva a hipotensão porque reduz o fluxo para o lado esquerdo e paciente vai estabilizando) – Utilizar também diuréticos (Furosemida pelo edema); Quanto antes operar melhor 
Causas: Isquemia do músculo papilar, dilatação do ventrículo esquerdo, ruptura de cordoalha ou de músculo papilar
Músculo papilar posteriomedial é de 6 a 12X mais acometido do que anterolateral (posteromedial: DP; anterolateral: DA e CX)
FR: Ruptura de músculo papilar, Admissão tardia, Angina recorrente antes ou durante internação, IAM de parede inferior
QC:
Sopro meso, tele ou holossistólico ( a intensidade do sopro não necessariamente se correlaciona com a gravidade da IM - inaudível em até 50% dos casos)
 Início súbito de hipotensão ou edema pulmonar
Diagnóstico: Ecocardiograma transtorácico ou transesofágico ( até 35% não há flail) 
Tratamento:
Medicamentos: diuréticos e redução agressiva da pós carga através do uso de nitratos (nitroprussiato)
 Tratamento cirúrgico de emergência (mortalidade cirúrgica 20-25%, porém mortalidade clínica 75% nas primeiras 24hrs)
 Alguns pacientes com IM moderada a grave (sem ruptura do músculo papilar) são hemodinamicamente estáveis, e muitos melhoram com tratamento clínico associado à revascularização
Dissecção de aorta:
Relacionado ao uso de cocaína 
Quando pensar? Assimetria dos pulsos periféricos, sopro de insuficiência aórtica associado, assimetria de pressão entre os mmss, surgimento de déficits neurológicos associados 
Sintomas: Irradiação para dorso, diferença de pulso, sincope, HAS
FR: Idade avançada, sexo masculino, HAS, aneurisma de aorta preexistente, FR para aterosclerose, doenças do colágeno, vasculites, valva aórtica bivalvular, coarctação de aorta, cirurgia previa de valva aorta
Diagnóstico: TC, ECO TE, ECO TT, ECG, Rx tórax 
Tratamento: Controle da dor, controle da PA, avaliação clinica lab e imagem
Disseccao tipo A: cirurgia imediata
Dissecção tipo B: evolução complicada – cirurgia imediata ou tratamento percutâneo

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