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06 CLINICA DE AVES

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CLÍNICA DE AVES
As aves demonstram diversas ordens de classificação, sendo a divisão entre passeriformes e não passeriformes a maior. Os passeriformes são animais pequenos, geralmente com menos de 100g e metabolismo bem alto. 
A alimentação das aves é muito variada e depende muito do tipo de bico do animal que é adaptado para o manejo alimentar deste. Estes animais apresentam ossos penumatizados, tais como fêmur, úmero, coracóide. Apresentam ulna mais desenvolvida que o rádio, além de tarso e carpo fusionado ao metacarpo e metatarso respectivamente, denominando-se tarsometatarso e carpometacarpo. As penas quando estão em processo de formação são altamente vascularizadas e quando formadas não. Além das penas serem altamente inervadas. Sacos aéreos de 7-9 dependendo da espécie. 
Pirâmide diagnóstica anamnese – exame físico – testes diagnósticos – diagnóstico. Aves apresentam fenômeno “masking” mascaram muito seus sinais uma vez que são animais base da cadeia alimentar, mas também são animais de rápida mudança de comportamento, podendo morrer rapidamente. Avaliar o animal de longe e de forma rotineira, pois ele se estressa muito e o manejo não é possível ou não por muito tempo. A obtenção de informações deve-se basear no conhecimento natural da espécie, quanto a nutrição, comportamento, dimorfismo sexual. À anamnese deve-se pedir sobre idade, sexagem, postura, origem do animal, tempo com o animal, histórico pregresso, além de alojamento, nutrição e se convive com outras aves ou outros animais. Segue-se com a anamnese especifica dos sistemas, início das alterações e tempo de evolução. 
A inspeção visual deve ser realizada a uma certa distância, porém tem como limitações a necessidade em alguns casos de contenção física e dos recintos as vezes serem muito grande dificultando a visualização individual. Nos recintos deve-se avaliar a limpeza dos recintos.
Exame físico deixar tudo fechado para avaliação e contenção do paciente animal pode fugir. TOMAR muito cuidado com a cabeça e bico do animal esta é a arma de defesa do animal, então sempre conter de forma adequada, e dar maior importância àquilo que te gera maior dano. 
O escore corporal de aves vai de 1 a 5 baseado na deposição de gordura em região de quilha, palpando peito. É importante em aves, pesar o paciente frequentemente pois qualquer alteração em gramas pode ser um grande diferencial na recuperação ou piora do paciente. Sempre associar escore com o peso.
A avaliação das penas é de suma importância, avaliando se há a presença de fraturas ou parasitas (transiluminação). Sempre avaliar a cavidade oral estes animais apresentam em palato, uma fissura palatina e a abertura das tubas auditivas. Palpar em procura de fraturas ósseas. A colheita de sangue pode ser feita em asa, na artéria basílica.
Muitas vezes chegam animais em grande número ao mesmo tempo, principalmente em razão de apreensão de criadouros ilegais. São animais de metabolismo acelerado sob uma grande situação de estresse, além de que muitas vezes estes animais passaram por um grande tempo de transporte e podem estar com hipertermia e em hipoglicemia. Por isso de início, com exceção dos animais que necessitam de intervenção imediata, os animais vão ser trocados de gaiolas, para gaiolas limpas, se oferta água e comida, da uma gota de glicose e deixa em local calmo e fresco até se acalmarem, depois toma-se medidas mais intervencionistas. 
OBESIDADE
A obesidade é uma afecção bastante comum a animais cativos, principalmente em papagaios, calopsitas, canários. Principalmente pela alimentação através de alimentos com alto teor energético, pela má alimentação, com itens anormais ou porque é livre sem um manejo. Ou ainda por sedentarismo devido as condições do recinto, que não é apropriado, ou pela ausência de poleiros, ou ainda excesso de poleiros (animal caminha e não voa/pula). 
Há um acumulo de gordura em subcutâneo, o animal pode estar dispneico e apático. Esses acúmulos podem evoluir para formação de lipomas ou xantomas, assim como a quadros de lipidose hepática, cardiopatias, pancreatite e predispõe a quadros de retenção de ovos. 
O diagnostico se dá pelo histórico e associação a achados do bioquímico colesterol, TAG. Assim como na avaliação de AST e ácidos biliares visando identificar hepatopatia. Amostra lipídica. 
Terapia adequação dietética, exercícios, hepatoprotetores (lactulose). 
HIPOVITAMINOSE A
A vitamina A é de extrema importância na manutenção da imunidade, visão e formação do tecido epitelial. É de maior prevalência em psitacídeos pelo manejo errôneo da dieta, principalmente pela alimentação rica em sementes ou ainda pobre em vitamina A. a vitamina A regula a multiplicação celular, e na sua ausência há um quadro de metaplasia escamosa e hiperqueratose. 
Manifestações crescimento excessivo de bico e garras, dificuldade respiratória com coriza e sinusite, alterações renais como nefrite e gota, blefarite com acumulo de material em região ocular, e predisposição a infecções secundárias fúngicas e bacterianas. Pode causar flavismo falha do metabolismo dos pigmentos normais da pena ficam amareladas desordem hepática.
Diagnostico manifestações e dosagem de retinol.
Terapia correção nutricional, suplementação e terapia de suporte especifica as manifestações que ele apresente. 
HIPOCALCEMIA
Pode ser provocada por dietas pobres em cálcio ou ricas em fosforo, sendo que a alimentação baseada em carne apresenta muito fosforo. Outras causas são a baixa exposição à radiação UVB, doenças reais e deficiência de vitamina D. é comum em rapinantes, principalmente pela alimentação altamente proteica e principalmente quando se é alimentado esse animal com pintos de 1 dia (pobre em cálcio), ou ainda papagaios alimentados apenas com milho. 
Com a diminuição das concentrações de cálcio, absoluta ou relativa, ativa a paratireoide a produção de PTH que estimula a reabsorção óssea. 
Manifestações apatia, tremores musculares, convulsão, fraturas, deformações ósseas, calos ósseos, incoordenação motora, fraturas em galho verde, espessamento das articulações. 
Diagnóstico exame de imagem, histórico e manifestações, dosagem de cálcio e fosforo, cálcio ionizável, bioquímicos renais, dosagem de vitD. 
Terapia eutanásia no caso de pacientes com mau prognostico, correção dietética com presas inteiras (rapinantes codornas/roedores tem mais cálcio) e concentrado, suplementação de cálcio, e exposição a raios UVB. 
ALTERAÇÕES EM PENAS
As alterações nas penas podem ser de etiologia comportamental, traumática, parasitaria, viral, etc.
Coloração: alterações na coloração das penas podem ser por alteração hepática, deficiências nutricionais, infecções virais. Animais de cativeiro devem ser suplementados com componentes na dieta que na natureza são responsáveis por corar as penas, como no caso dos flamingos. Quando há deficiências de componentes básicos da dieta o organismo pode desviar a rota metabólica e não gerar pigmento para pena, formando marcas de estresse na pena. Infecções por circovirose também levam a alterações de pena, assim como hepatopatias, pois não há a formação do pigmento ou o metabolismo completo flavismo/tapirismo.
Traumas: os traumas em penas em crescimento levam a sangramentos e hemorragias pela circulação de sangue em seu interior. Em animais adultos há fraturas. As manifestações são a presença de penas em dentes/serrilhadas, alteração na qualidade de voo, hemorragias, e relutância em movimentar as asas. Diagnóstico é baseado na avaliação das asas. Terapia controle da hemorragia, retirada do canhão, enxerto de penas, transfusão no caso de pacientes que perderam sangue (pode ser heterológas ou homologas tira no máximo 1% de sangue da ave). Hidratação e controle da dor com AINE e analgésicos. 
Infecções virais circovírus, poliomavírus (periquito australiano), herpesvírus (doença hepática doença de Pacheco). Manifestações anomalias de plumagem, deformidade de bico e garras, queda de penas. Diagnostico PCR (do sangue ou pena em crescimento),histopatologia (presença de corpúsculos de inclusão). Terapia não há nada especifico, faz o uso de imunoestimulantes e vacinação do Poliomavírus (não tem no BR)
Comportamental principalmente o arrancamento de pena pode ser por frustração sexual, apego a uma pessoa, solidão, separação da mãe malsucedida, desrespeito ao fotoperíodo (sempre ter bem definido seu horário de sono). São animais que tem pena na cabeça e não tem na cabeça, diferente de casos de brigas onde falta na cabeça ou por quedas generalizadas por doenças sistêmicas (calopsitas é normal ter uma área calvície atrás do topete). Manifestações ausência de penas, dermatites, feridas e lacerações em tecidos moles. Diagnostico exclusão de causas infecciosas e DOR, localização das lesões, e avaliação criteriosa do contexto, nunca é o primeiro diferencial. Terapia correção da causa base, enriquecimento ambiental (cognitivo ou alimentar fornecer coisas para que o animal perda a ociosidade e esqueça de se mutilar). Uso de moduladores comportamentais - Haloperidol (a longo prazo pode provocar neoplasia). Controlar infecções secundárias. 
Genético Cisto de pena de maior prevalência em canários pelo cruzamento com o objetivo de obter uma plumagem bonita para competição passa-se a ter várias penas num mesmo folículo levando a dificuldade da emersão das penas. Manifestações aumento de volume em dorso e asas, dor, dificuldade de voar, inflamação (queratina acumulada ruptura do folículo e exposição da queratina antigênico) e pode levar a mutilação. Diagnóstico avaliação física, estudos de imagem (saber a consistência), citologia/histopatologia. Terapia retirada do cisto (só do conteúdo ou de todo o folículo plumoso), animal deve estar sedado/anestesiado. A ressecção cirúrgica demonstra riscos, e pode levar a hemorragias, por isso só fazer com o animal estável. Tirar só o conteúdo pode levar a reincidência daquele isto. 
SARNA KNEMIDOCÓPTICA 
De etiologia parasitária. Manifestações lesões crostosas, hipertrofia e hiperqueratinização, manchas branco-amarelada comissura no bico e membros pélvicos. Diagnostico visualização do agente (raspado e fita) e manifestações. Diferencial para poxvírus bouba aviária. 
Terapia antiparasitário ivermectina, diluição em 1:9 com solução salina. 1gt para cada 15g de PV do animal por via oral, pode banhar o animal com esta solução e repete a cada duas semanas a administração. Além disso manejo ambiental limpeza da gaiola, e troca dos poleiros. 
ENDOPARASITOSES
Associada a fatores como estresse, superpopulação e manejo nutricional incorreto imunossupressão.
Capilariose doença de alta mortalidade, causada por uma capilária que causa esfoliação na mucosa intestinal e diminuição da capacidade absortiva, como é mais comum em piciformes, animais de intestino curto, pode levar o animal a desnutrição e anemia. Pode ser aguda ou crônica, e a infecção se dá pela ingestão dos ovos presentes em no solo, água ou substrato. Manifestações apatia, letargia, arrepio de penas, emaciação, hematoquezia ou melena. Diagnóstico exames coproparasitológicos técnica de Willis-mollay ovo leve e bioperculado, estudo necroscópico (macroscopia e histopatologia). Terapia tentar diminuir a carga ambiental, sendo um grande problema principalmente em animais presentes em recintos mistos, com animal que não são sensíveis. Controle recintos para só uma espécie, comedouros elevados (para evitar descer e se contaminar), revolver o solo e usar cal, antiparasitário (febendazol e levamizol).
Giardíase zoonose, de maior acometimento sobre periquitos-australianos, calopsitas e agapornis, sendo de lata mortalidade em filhotes mas adultos são tresistentes (portadores). A giárdia causa lesão intestinal, queda na absorção diarreia osmótica. Presença de gás nas excretas pela fermentação nas fezes pelas bactérias. Manifestações: anorexia, emagrecimento, diarreia crônica, ressecamento de pele, bicamento de penas, depressão, morte rápidas no jovens. Diagnostico coproparasitologico (coleta durante três dias seguidos). Terapia terapia de suporte e antiparasitário (metronizadol ou giadicidas), higiene dos recintos (principalmente qualidade da água). 
Sarcosporidiose importante para aves do velho mundo (cacatuas, papagaios do congo). Doença de etiologia protozoária. Ingestão do parasita na comida ou água contaminada --. Faz migração endotelial em pulmão, fígado, hepático e renal. Posteriormente formar cistos (desencadeiam inflamação) em musculatura e SNC. SC: assintomáticos, aves do velho mundo morte súbita, anorexia, fraqueza, dispneia, sangue em cavidade oral, traqueia, sinais neurológicos. As aves do velho mundo geralmente morrem antes de chegar a formar cistos. Diagnóstico visualização de cistos em exame necroscópico (macro/micro). Terapia pirimetamina e trimetoprima-sulfa (porém o tratamento não é muito eficiente). Controle qualidade da água, qualidade da comida, controle dos hospedeiros (gambás) acesso, abrigo, alimento, água. 
Tricomoníase importante principalmente para aves de rapina, sendo provocando por um protozoário que acomete trato respiratório. Pombos normalmente apresentam tricomonas em sua cavidade oral, e ao alimentar o filhote com o “leite de pombo” contamina o filhote, geralmente convivem bem com o agente, porém demonstrando imunossupressão desenvolvem a doença e se tornam mais susceptíveis a predação e o rapinante se infecta. SC disfagia, dispneia, regurgitação, emagrecimento, placas caseosas em cavidade oral, esôfago, traqueia. Diagnóstico manifestações clinicas e citologia da cavidade (swab fresco umedecido com solução). Terapia metronidazol (entrar em contato com as áreas de lesão – VO, NUNCA arrancar a placa caseosa – sangramentos), tratar infecções secundárias com atb sistêmico e terapia de suporte hidratação e alimentação (pode fazer via esofagostomia).
OBS: diferencias para placa branca em cavidade oral tricomoníase, candidíase ou pseudomonas.
BOTULISMO
Infecção bacteriana. Urubus normalmente apresentam substancia capaz de neutralizar a toxina botulínica devido ao seu hábito de alimentação. Para aves o sorotipo de maior importância é o tipo C. o mais comum é a morte de aves, com sua putrefação há o surgimento de larvas que se infectam e ao serem ingeridas contaminam as aves, causando bloqueio da acetilcolina. SC paralisia flácida (pernas, asas, pescoço, terceira pálpebra), dispneia (músculos intercostais), animais ficam deitados, penas arrepiadas. Diagnóstico isolamento da toxina (fígado, sangue), PCR, necropsia (presuntivo não há lesões). Terapia isolamento de aves doentes, fornecimento de água e alimentos, vit. A, E e D, antibióticos e antitoxina, manejo adequado e rápidos das aves mortas para evitar a contaminação e outras aves. 
DOENÇA RESPIRATÓRIA INFECCIOSA DOS PASSERIFORMES
Doença importante principalmente aos animais que cantam. Patogenia lesões epiteliais primárias – imunossupressão – aerossaculite - infecções secundárias ou respiratórias. SC apatia, dispneia, respirações ruidosas, bico abeto, asas caídas (pela aerossaculite neurite nos nervos da asa que passam próximos aos sacos aéreos), dificuldade em se empoleirar, ave PARA de cantar. 
Diagnóstico histórico, manifestações, estudo radiográfico (imagem de qualidade ruim pelo tamanho do paciente). Terapia suporte (hidratação, alimentação e AINE), antibióticos (sistêmico e nebulização – sacos aéreos não são vascularizados). De preferencia na nebulização, ser um aspersor ultrassônico – partícula menor fazendo com que chegue até o saco aéreo, e não fique só molhando a ave. Pode-se usar também a N-aceticisteína associado à nebulização – mucolítico. 
PODODERMATITE 
Importante para praticamente todas as aves, principalmente sobre as de rapina e as aquáticas. Fatores predisponentes: obesidade, sobrecarga dos pés (dor, traumas, cirurgias, amputação), sedentarismo (tempo de poleiro, fluxo sanguíneo), poleiros inadequados, parada de treinos abruptas (rapinantes), traumas por presas, substrato abrasivo,higiene, desnutrição. A etiologia é associada a gentes comensais com E.coli e Staphylococcus que são infecções secundárias em razão de alguma solução de continuidade e fragilidade tecidual, causando inflamação, infecção e consequente necrose. SC dor, feridas, claudicação, hiperemia, relutância em movimentar-se. 
As pododermatite pode ser classificada em grau 1 – avermelhamento, leve descolorização, pele calejada em superfície plantar. 2 – Hiperqueratose, início de necrose e descoloração da pele, desenvolvimento de cicatrizes e aumento de volume ao redor da lesão. 3 – Hiperqueratose central, necrose central, comunicação da lesão com subcutâneo, aumento de volume distinto da região pela presença de abscessos. 4 – envolve bainhas e tendões, com artrite séptica ascendente. 5 – osteomielite ou artrite séptica. 4 e 5 aumento de volume dorsal dos pés, infecções graves e abscessos (podem ter calo de peito – por não apoiarem os pés). Diagnóstico - avaliação física e RX para estadiamento da lesão. Terapia – depende do grau da lesão, de forma geral há a utilização de ATB, AINE e manejo da lesão, com bandagem (2), cirurgia (amputação em altura de fêmur) e maior importância em solicitar o RX para estadiar (3), grau 4 e 5 faz-se o mesmo que no grau 3, porém com prognóstico reservado e ruim respectivamente, podendo no 5 fazer eutanásia pelas complicações, principalmente em animais extremamente dependentes das patas como os rapinantes. Quando é feito a cirurgia, pode-se ter pododermatite contralateral, principalmente nos não psitacídeos, pois os psitacídeos ainda apresentam o bico para ajudar na locomoção, respondendo melhor à terapia cirúrgica. 
ASPERGILOSE
Uma zoonose importante para todas as aves sendo mais comum o acometimento como doença respiratória. Fatores predisponentes: imunossupressão (capturas recentes, filhotes, pacientes geriatras), manejo inadequado (má ventilação, agentes irritantes respiratórios – fumaça, cigarros ou amônia), má nutrição (deficiência e vitamina A), iatrogênica (dexametasona).
Etiologia – Aspergillus sp. Ou outros fungos. Patogenia fungo oportunista, via inalação, quadros de imunossupressão e pode causar metaplasia escamosa. SC letargia, anorexia, dispneia (antecede a morte), mudança de voz, respiração com bico aberto, cianose, morte súbita, emagrecimento, pode apresentar poliúria e polidipsia (extensão da lesão em doença renal/gota). 
Diagnóstico hematologia (heterofilia, monocitose), endoscopia (vê os granulomas traqueais), sorologia, RX, lavado traqueal (citologia e cultura). Terapia antifúngicos sistêmicos e por nebulização, suporte (alimentação, hidratação, AINE, protetores hepáticos – lesão do antifúngico), isolamento dos animais positivos)
CANDIDIASE
Acomete todas as espécies, principalmente filhotes (alimentação com papinhas não fresca – fermentação), associado principalmente a imunossupressão por doenças, desnutrição, além da má higiene. É um agente oportunista. Em filhotes geralmente está associado ao manejo inadequado da alimentação destes animais, seja pela preguiça de fazer papa diariamente e guarda vários volumes, ou seu acondicionamento em temperatura ambiente fermenta.
SC massas branco-amareladas em cavidade oral ou inglúvio, enterites, vômito ou regurgitação, anorexia, apatia, desidratação e até a morte. Diagnóstico citologia, cultura, manifestações clínicas. Filhotes de psitacídeos são mais comuns de terem do que outras espécies. Rapinantes é mais raro como primeiro diferencial. 
Terapia antifúngico (nistatina – VO antifúngico de contato, fluconazol). Suporte (hidratação, alimentação), correção de manejo (limpeza e cuidado com as papas). 
MEGABACTÉRIA
Infecção importante sobre periquitos-australianos. Fatores predisponentes 
Etiologia Macrorhabdus ornithogaster agente comensal da microbiota das aves.
Lesão normalmente em ventrículo, só na camada coelinica, ou pode se estender para as glândulas epiteliais do ventrículo e proventrículo. SC anorexia ou polifagia, vômitos, diarreia (sementes não digeridas – diferencial para isso é a doença de dilatação do ventrículo/Bornavirose), letargia e emagrecimento progressivo. DIganóstico manifestações, presença do agente (sozinho não indica doença), histopatologia.
Terapia hidratação, alimento de fácil digestão, antifúngico – anfotericina B, ou nistatina (pode não responder por resistência do agente), AINE, acidificar água (probióticos, vinagre de maçã).
PREPARO DO PACIENTE AVIÁRIO PARA CIRURGIA 
PENAS um dos principais desafios da cirurgia em aves é criar um campo operatório asséptico. Vai ter que arrancar as penas, porém elas têm grande importância fisiológica principalmente na termorregulação. Arrancar penas 2-3 cm do local de acesso, plumas e semiplumas pode-se tirar várias de uma vez só, porém as de cobertura e voo não, uma por vez na direção de crescimento da pena para evitar lesões na pele do animal. Animal deve estar anestesiado (proximidade ao periósteo – DOR), a retirada é feita no centro cirúrgico. Quando arranca penas gera pó de pena que é fonte de contaminação. Penas de voo evitar o arrancamento pois isso vai aumentar o período em que o animal não vai poder voltar a voar/natureza.
PELE fina e delicada, tomar cuidado com tração excessiva e maior risco de traumas e lacerações. 
AGENTE ANTISSÉPTICOS Clorexidine: atividade residual, amplo espectro, pouca irritação, não é inativado por contato como microrganismos. Evita álcool pela alteração em temperatura, associando a clorexdine por solução salina. 
CAMPO CIRURGICO adequado ao tamanho do paciente (não ser muito grande para não pesar sobre o animal e atrapalhar a ventilação e a monitoração). Tecido, compressas, TNT, campos incisionais. 
AFECÇÕES ORTOPÉDICAS
As fraturas de longe são as afecções de maior rotina corticais ósseas leves, mais frágeis e finas. As fraturas tendem a ser em bísel e expostas com maior facilidade pela menor quantidade de TM adjacente. As fraturas tendem a ser mais instáveis e por serem abertas maior chance de contaminação. 
Aves não toleram bem a perda de tecido ósseo. Deve-se restaurar a capacidade dos MP’s por serem animais bípedes. 
Etiologia TRAUMAS: quedas, impacto sobre janelas, ventiladores, esmagamentos, lesões por projeteis, mordeduras, iatrogênicas (contenção errada, aves se debatendo), doenças sistêmicas (linfoma - SPN, doenças osteometabólicas).
SC dor local, deformidade angular do membro, mobilidade anormal, edema (7-10 dias após a lesão), asa caída, paresia, claudicação, incapacidade de voo, feridas abertas, crepitação local. RARAMENTE fraturas são emergenciais ESTABILIZAR O PACIENTE ANTES.
Diagnóstico avaliação física/exame ortopédico avaliação a distância (distribuição do peso nos membros, asas simétricas (fratura de coracóide por ex.), ave não está empoleirada, postura corporal). Após contenção: avaliação dos ossos da cabeça através de palpação, palpação da quilha, coluna vertebral, asas e pernas e articulações. SEMPRE COMPARAR COM O MEMBRO CONTRALATERAL. 
Havendo a suspeita de lesão ortopédica após o exame ortopédico analgesia ou anestesia do animal para limpeza e desbridamento da ferida, arrancamento de pena e para fazer os estudos de imagem. 
Estudo radiográfico em exposições ortogonais e estrutura contralateral. Estudo tomográfico também pode ser realizado. 
Terapia estabilizar o paciente. Sempre avaliar os quadros concomitantes às alterações ortopédicas, não se ater as lesões obvias. Bandagens/ talas e cirurgias. Aves de 20g abordagens conservadoras com bandagem e repouso. Avaliar o retorno da função no pós-operatório – qualidade de vida, também avaliar características da lesão, local de fratura. 
Escolher a melhor técnica de acordo com os custos (método ideal x alternativas de menor custo), se é animal cativo, habilidade do cirurgião, e das condições médicas adicionais do paciente. 
Abordagens conservadoras: bandagem e repouso aves mais pequenas, fraturas de digito, em galho verde em aves jovens, fraturas de ossos sem sustentaçãode peso (asa por exemplo). Os animais devem ser mantidos em gaiolas sem poleiros, ou caixas, diminui a luminosidade para ficarem mais calmas e tratamento de suporte com analgesia, hidratação, etc. promove apenas consolidação, e não alinhamento.
Coaptação externa talas e bandagens: uso restrito, volumosas e incomodas, exige imobilização prolongada, (mau alinhamento, anquilose, lesão em penas de voo, contratura de lig. Patagial, emprego incorreto acarreta na piora da lesão, retorno a função é prolongado. 
Em casos onde se necessita de dispositivo provisório, aves muito pequenas que não suportam implantes, utilizar para aves que são cativas, cujo retorno à função não é necessário, é uma alternativa econômica, pode ser utilizada para fraturas de digito, e em casos de DOM podem ser utilizadas. Não devem ser muito apertadas, e SEMPRE pegar articulação proximal e distal ao foco da fratura. 
Bandagem em 8 utilizar em asa ou corpo, em fraturas simples e ou completas de úmero, escapula...
Bandagem de Altman aves pequenas, fraturas de tibiotarso, tibiometatarso.... utilizar como material microporo e cola de cianocriato. REGRA DOS 50% os fragmentos devem ter no mínimo 50% de contato entre si. Deixar o membro semiflexionado, e fazer terapia de suporte com analgesia e ATB. 
Bandagem em Bola para fraturas de digito, principalmente rapinantes. 
Implantes PIM: efetivos principalmente para fraturas de asas, pois é bom contra as forças de arqueamento e não para as forças de compressão. Mantem boa vascularização óssea e favorecem a manutenção do comprimento ósseo. Pode ser usado como único implante em fraturas de terço médio de diáfise – ulna e úmero. Ocupar de 60-70% da cavidade medular. 
Evitar fraturas muito proximais ou distais (pouca estabilidade), para aves que serão reintroduzidas requer-se a retirada do implante para o equilíbrio de voo. 
Técnicas pode ser normógrada (úmero e ulna) e retrograda (úmero). Em fraturas abertas ou fechadas. 
FE Lineares serie de pinos trans ósseos incorporados a uma montagem rígida externa. uso como tutor primário ou secundário. Utilizado em aves de médio, grande porte. Vantagens: pousa lesão vascular, rígido, retorno precoce a função e pouca interferência no foco de fratura. Deve-se haver pinos em todos os fragmentos, sendo no mínimo dois por fragmento, atravessando as duas corticais ósseas. Primeiro coloca os pinos mais distais do foco e depois os proximais. O pino deve ser colocado em no máximo duas vezes seu diâmetro de distancia do foco de fratura. 
Tie-in FEE com PIM --< muito resistente, porém não se consegue tirar um dos componentes sem desestabilizar o outro. Ter cuidado para não forçar o osso na hora de curvar o PIM. 
Banda de tensão e pinos em X fraturas proximais de úmero (abordagem dorsal cuidado com o nervo radial).
Placas área em desenvolvimento, as placas convencionais causam mais lesão em periósteo e as placas bloqueados causam menor dano pouco uso na rotina. 
A reabilitação e soltura pode acontecer mediante viveiros de voo, corredores de voo, e técnicas de falcoaria (um dos maiores pontos negativos é que esta é uma técnica que demanda muito trabalho, pois ele não ganha alimentação na gaiola e geralmente é só uma pessoa que maneja).
CELIOTOMIAS
São bastantes comuns e indicadas para acesso ao TGI, aparelho respiratórios (AS) e aparelho urogenital. Cuidados inclinação do paciente elevado em 30-40% pelo grande risco de entrar fluido no pulmão pela ruptura de saco aéreo, e em casos de ascite deve-se drenar pelo mesmo motivo. 
Celiotomia medial tem acesso a ambos os antimeros e ampla visão. 
Síntese fio absorvível ou nylon 4-0 a 6-0, plano de sutura em dois planos (pele e parede celomática).
Celiotomia lateral do lado esquerdo à acesso ao proventriculo, ventrículo, aparelho reprodutivo feminino. Acesso posterior à oitava costela e anterior ao sinsacro. Após a divulsão da pele deve-se dissecar uma artéria de calibre importante presente nesta região. Para aparelho reprodutor feminino o decúbito é esquerdo.
INGLUVIOTOMIA
Remoção de corpo estranho como substratos, brinquedos, sondas... ou ainda em casos de impactação de inglúvio (insucesso na abordagem clínica – candídidase), e queimaduras (papinha, produtos cáusticos, contato como lâmpadas) ou laceração do inglúvio. 
Queimaduras anorexia, queda de penas local, alteração de coloração de pele, surgimento de fístulas. Diagnostico mediante anamnese e exame físico. Abordagem cirúrgica de 4-5 dias após a lesão para delimitar exatamente a área de lesão. 
Pós analgesia, AINE, ATB e nutrição mediante dieta pastosa, e até sondagem se necessário. 
CE/impactação regurgitação, anorexia, aumento de volume. Diagnostico: CR avaliação física, RX, endoscopia. Impactação anamnese e exame físico e histórico d e insucesso na manobra clínica. 
Suporte com sondagem, hidratação, analgesia, AINE, ATB. 
Ingluviotomia do lado direito do animal. Alimentação pastosa no pós. 
Síntese com fio absorvível monofilamentar 5-0 ou 6-0, em dois planos no ingluvio com simples continuo e inversão no segundo, e dermorrafia com nylon simples continuo. 
CLOACOPEXIA
Indicada para prolapsos de cloaca recorrente por estímulo reprodutivo ou animais estressados. A terapia cirúrgica se dá mediante o insucesso da técnica simples/clínica.
Abre a cavidade celomática, coloca um swab na cloaca e passa pontos da parede abdominal à parede cloacal até fechar, e depois faz a dermorrafia.

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