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Clínica médica de aves

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1 @samanthastudies_ 
Clínica médica de aves 
INTRODUÇÃO: 
PARTICULARIDADES DAS ESPÉCIES: 
 Atendimento clinico 
 Orientações de manejo variam de acordo com 
a espécie e a origem da espécie, por exemplo: 
vida livre ou sob cuidados humanos 
 Equipe deve ser preparada 
 Equipamentos e materiais específicos, como 
um abre e bico, esteto neonatal, doppler e etc 
AS AVES: 
 Possuem metabolismo acelerado 
 Pouco resistentes a situações de estresse, 
principalmente térmico 
 Mais ou menos 40 graus de temperatura 
corpórea 
Primeira inspeção deve ser feita a distância 
(antes da contenção), para desestressar o 
paciente e dar um tempo para que o organismo 
dele consiga fazer a homeostase, já que houve 
uma mudança de temperatura no caminho da 
casa até o local de atendimento. 
 Contenção correta 
 Pesagem 
Existem situações que nem a contenção é 
indicada, correndo o risco de o animal vir a óbito 
durante a contenção. Observar animal, pegar da 
gaiola, avaliar, por na caixa de pesagem e depois 
a alta do animal. Essa sequencia ajuda a diminuir 
o estresse. 
A avaliação de escore corporal em aves vai de 1 a 
3, onde 1 seria um animal desnutrido, 2 magro, 3 
ok, 4 sobrepeso e 5 obeso. É sempre bom pesar, 
porque as vezes o animal pode apresentar 
aumento de peso dos órgãos internos. 
AVALIAÇÃO CLÍNICA: 
 Avaliação física – pesagem 
 Administração de medicamentos 
 Fluidoterapia 
 Vias de acesso 
 Termorregulação 
 Fotoperíodo 
FOTOPERÍODO: 
As aves devem ser expostas a luminosidade por 
pelo menos 12 a 14 horas por dia, e devem ter 
também 10 a 12 horas de escuro. Esse 
fotoperíodo varia de acordo com a finalidade da 
ave. Vaia de acordo também com o eixo 
hormonal da ave. A ave associa a luz artificial a 
luz do sol, então a exposição a luz do animal fica 
alterada. 
A ave entende que deve dormir ao escurecer, se 
ela não sente essa mudança, ela teoricamente 
não vai dormir. Isso afeta não so a questão 
hormonal, mas também o comportamento e o 
metabolismo. 
É importante estar atento a temperatura de 
todo o ambiente, desde a sala de recepção até a 
saída do animal da clínica. 
EXAME FÍSICO: 
EXAME COMPLETO: 
Da cabeça a cloaca: 
 Cabeça 
 Membros 
 Cavidades 
 Anexos (penas) 
 Escore corporal 
INSPEÇÃO DA CAVIDADE ORAL: 
Normalmente associada a coleta de amostras 
para exames complementares. 
AUSCULTAÇÃO: 
 Pulmonar 
 Cardíaca 
Levar em consideração o metabolismo 
acelerado, tornando difícil a auscultação da 
frequência cardíaca. Focar mais na qualidade do 
batimento. 
 
2 @samanthastudies_ 
VIAS DE COLETA: 
VEIA JUGULAR DIREITA: 
Região sem pena. Utilizar cotonete úmido, 
separar as penas para localizar a jugular. Em 
pombos não é tão evidente. Mais indicada em 
psitacídeos e passeriformes. 
 
METATÁRSICA MEDIAL: 
Mais indicadas em rapinantes e galiformes. 
 
ULNAR 
Veia relativamente frágil e quase sempre 
extravasa. 
 
VIAS DE ACESSO E APLICAÇÃO DE FÁRMACOS: 
SUBCUTANEO: 
Excelente via, porem absorção não é tão rápida. 
Então não é indicada para situações de 
emergência e urgência. 
 
INGUINAL: 
Mas pode ser realizada através das pregas 
inguinais. As pregas são bilaterais. Esse sitio 
suporta o maior volume. 
 
PROPATAGIO: 
A aplicação também pode ser feita no 
propatagio, que é uma membrana que fica na 
asa. Também pode ser feita na região do dorso, 
mas não cabe muito volume. 
 
3 @samanthastudies_ 
 
VIA ORAL 
A administração de fármaco também pode ser 
feita via oral, mas deve ser levado em 
consideração o volume do liquido e o peso do 
animal, para evitar falsa via. Outro detalhe 
importante é sempre administrar o 
medicamento em posição vertical. 
 
VIA INTRAÓSSEA: 
Nem sempre é possível ter acesso a vasos, então 
a via intraóssea é de fácil acesso a absorção. Nas 
abordagens: 
 Tíbia-tarso proximal-distal 
 Ulna distal-proximal 
 São ossos de fácil aceso e de medular boa 
 São ossos seguros, já que não tem 
comunicação direta com os sacos aéreos 
INTRAMUSCULAR: 
Normalmente se faz no peito, já que é uma 
musculatura bem desenvolvida e de fácil acesso 
e absorção em aves. Normalmente se faz 
quando animal está em observação, não em 
emergências. 
Em casos de emergência: intraóssea ou 
endovenosa. 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Coproparasitológico 
 Hematológico 
 Bioquímico 
 Imagem 
 Sexagem (algumas aves não tem dimorfismo 
sexual) 
 Dermatoscopia 
Exame de sexagem é feito com duas ou três 
gotas de sangue. Não é interessante fazer a 
coleta por unha, e sim penas. 
TERAPIAS COMPLEMENTARES: 
 Leserterapia 
 Ozônioterapia 
 Acupuntura 
 Eletrocumpuntura 
PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: 
 Anatomia 
 Fisiologia 
 Anamnese 
Varia de espécie para espécie. É preciso ter uma 
boa base de fisiologia e anatomia para uma boa 
clínica. A abordagem de manejo vai variar de 
acordo com a origem do animal, assim como 
anamnese. 
ASPECTOS ANATÔMICOS DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO: 
SISTEMA RESPIRATÓRIO INFERIOR: 
 Narinas 
 Cavidade nasal 
 Conchas nasais 
 Seio infra-orbitrario 
 Coana 
 
4 @samanthastudies_ 
 Laringe 
 Sacos aéreos cervicais 
 Traqueia 
TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR: 
 Siringe 
 Brônquios 
 Saco aéreo clavicular 
 Sacos aéreos torácicos craniais e caudais 
 Sacos aéreos abdominais 
 Pulmões 
São no total 9 sacos aéreos na maioria das aves. 
 
 
A nível de pulmão não existe muita diferença, a 
não ser os parabrônquios, que nos mamíferos 
são chamados de alvéolos. Essa é a unidade da 
troca gasosa do ar para o sangue. 
ASPECTOS FISIOLÓGICOS: 
 
 
Sacos aéreos: 2 ciclos respiratórios por vez para 
completar o ciclo respiratório completo, ou seja: 
o ar vai ficar 2x o tempo dentro do sistema 
respiratório que ficaria em um mamífero. Sendo 
assim, a eficiência do sis respiratório de aves é 
20% melhor que a dos mamíferos, a troca 
gasosa é maior. 
Ausência de diafragma, a abordagem deve ser 
feita então como “cavidade celomática”. 
Respiração mecânica: eles precisam dos músculos 
intercostais, então a contenção não deve 
comprimir o peito. 
Trocas gasosas acontece dos parabrônquios 
para os capilares aéreos. 
MECANISMOS DE DEFESA: 
 Tosse, espirro e muco 
 Inflamação 
 Células de defesa 
FLUXO DOS SACOS AÉREOS: 
1. Inspiração: o ar vai para os sacos aéreos 
abdominais 
2. Expiração: o ar que saiu não foi o que foi 
inspirado no primeiro movimento 
 
5 @samanthastudies_ 
3. Inspiração 2: partícula vai para os sacos 
craniais 
4. Expiração 2: a partícula é finalmente eliminada 
 
Sacos aéreos abdominais -> pulmão -> sacos 
aéreos craniais -> sai. 
Os sacos não fazem a troca gasosa, ela ocorre 
nos pulmões. Os sacos tem pouca vascularização. 
MANEJO E ANAMNESE: 
 Nutricao 
 Ventilação 
 Umidade/temperatura 
 Higiene 
 Relações Inter e intraespecíficas 
 Automedicação 
EXAME CLINICO: 
 Estresse 
 Inspeção (sinais respiratórios) 
 Contenção 
 Oxigenioterapia 
AFECÇÕES BACTERIANAS: 
KLEBSIELLA SPP 
 Bacilo gram negativo nativo da flora 
 Agente primário ou secundário 
 Infecção sistêmica ou localizada 
 Doença respiratória crônica 
 Resistencia da bactéria 
Normalmente quando a infecção é de bactéria 
ela é generalizada. 
SINAIS: 
 Sinusite 
 Acomete tanto sis superior quanto inferior 
 Aerossaculite 
 Pneumonia 
DIAGNOSTICO: 
Cultura bacteriana. 
TRATAMENTO: 
Antibioticoterapia de amplo espectro até sair o 
resultado do antibiograma. Depois ajustar o foco. 
PSEUDOMONAS SPP: 
 Gram negativa 
 Normalmente encontrada em pequenas 
quantidades 
 Trato respiratório superior 
 Aves imunossuprimidas 
 Deficiência nutricional 
 Passeriformes tem impacto maior 
SINAIS: 
 Pneumonia 
 Aerossaculite 
 Broncopneumonia 
 Deficiência nutricional 
 Enterite e catarral e hemorrágica 
Começa com espirros -> evolui para secreção 
nasal com formação de caseos -> obstrução dos 
seios nasais -> dispneia -> diarreia. 
 
6 @samanthastudies_ 
Normalmente os criadores disponibilizam os 
fármacos diluídos na água, oque não é bom 
porque ocorre degradação e o pássaro bebe 
quantidades diferentes de liquido. Esses fatores 
devem ser levados em consideração. 
CHAMYDOPHIÇIA PSITTACI: 
Zoonose que atinge pessoas imunossuprimidas. 
 Bactéria gram negativa intracelular 
 Não realizar cultura, já que é intracelular 
 Transmissão por via aerógena 
SINAIS: 
 Oftálmico – conjuntivite 
 Trato respiratório 
 Trato digestório – gastroenterite 
 Anorexia 
 Desidratação 
 Asas pendentes 
 Plumagem eriçada 
 Hipotermia 
 Tremores 
 Conjuntivite 
 Blefarite 
 Ceratoconjuntivite 
 Dispneia 
 Sinusite 
Balança é fundamental para quem tem ave em 
casa. Um dos primeiros sinais clínicos é feito 
através do peso. Ainda que não seja visível aos 
olhos. É sugerido pesar a ave uma vez por 
semana. 
O prognostico piora com o passar do tempo. 
TRATAMENTO: 
Antibioticoterapia – Doxiciclina por longos 
períodos. 
DIFERENCIAIS: 
 Herpvesvirus 
 Paramixovirus 
 Salmonelose 
DIAGNÓSTICO: 
PCR já que é intracelular não se deve realizar 
cultura. 
MYCOPLASMA SPP: 
Bactéria gram positiva intracelular 
SINAIS: 
 Estritores respiratórios 
 Tosse 
 Espirro 
 Dispneia 
 Descarga nasal e ocular 
 Sinusite infraorbital 
 Não e tão comum sinais gástricos 
TRATAMENTO: 
Antibioticoterapia com tetraciclina. 
DIAGNOSTICO: 
PCR, já que é intracelular. 
DIFERENCIAIS: 
 Herpesvirus 
 Clamidofilose 
CASOS FÚNGICOS: 
ASPERGILLUS SP: 
 Normalmente a nível de sacos aéreos 
 Aerossaculite crônica 
 Alimentos mal armazenados 
 Umidade X temperatura 
 Inalação e ingestão de esporos ou hifas 
 Imunossupressão é relacionada 
 Aspergilomas 
AGUDA: 
 Mais esporos 
 Granulomas difusos em sacos aéreos 
 Colonização massiva 
CRÔNICA: 
 Menos esporos 
 Progressão lenta 
 
7 @samanthastudies_ 
DIAGNOSTICO: 
 Endoscopia ou videolaparoscopia 
 Radiografia 
 Cultura fúngica 
 Citologia e histopatológico (normalmente em 
necropsia) 
TRATAMENTO: 
 Itraconazol 
 Fluconazol 
 Padrão ouro: anfotericina B, porém não e tão 
acessível e caro 
CANDIDA SP: 
 Levedura presente na microbiota 
 Transmissão por via oral e contato com 
fezes 
 Normalmente contaminante 
 Imunossupressão 
SINAIS: 
 Hiperqueratose 
 Descamação superficial 
 Necrose na lâmina própria na laringe, cavidade 
nasal, traqueia e pulmões 
 Placas esbranquiçadas 
 Obstrução do trato respiratório 
DIAGNOSTICO: 
 Sinais clínicos 
 Cultura fúngica 
 Histopatológico 
TRATAMENTO: 
 Nistatina (mais pra gástrico, já que é via oral). 
Ela só tem efeito por contato direto do 
fármaco com a colônia 
 Itraconazol (sistêmica) 
 Fluconazol e cetoconazol 
AFECÇÕES VIRAIS: 
HERPESVIRUS: 
 DNA vírus 
 Também causa Laringotraqueíte infecciosa 
 Canários 
 Transmissão por via aerógena 
 Traqueíte infecciosa dos papagaios (poucos 
estudos sobre) 
SINAIS CLÍNICOS: 
 Dispneia 
 Engasgo 
 Tosse 
 Muco sanguinolento 
TRATAMENTO: 
Controverso. O mais indicado é a eutanásia do 
paciente. 
DIAGNOSTICO: 
Isolamento viral e PCR. 
OUTRAS AFECÇÕES: 
 Rinólitos 
 Sinusite 
 Parasitos 
OBSERVAÇÕES: 
 Oxigenioterapia como suporte, não como 
tratamento 
 Panos para contenção 
 Estetos neonatais 
 Dopples 
 Controle de umidade 
 Mucoliteo para liquenificar a secreção

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