Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Macroeconomia - ANPEC Prof. Juliana Inhasz E-mail: julianai1@insper.edu.br BALANÇO DE PAGAMENTOS Balanço de Pagamentos O Balanço de Pagamentos é o registro sistemático das transações entre residentes e não residentes de um país durante determinado período de tempo. MBP5 (FMI): Brasil adota esta metodologia desde 2001. ANPEC utiliza esta metodologia desde a prova de 2012. Balanço de Pagamentos Residente vs Não Residente A “residência” de um indivíduo é o país onde ocorre sua participação na produção e absorção de bens e serviços centro de interesse Principais residentes: Pessoas que vivem permanentemente no país (inclusive estrangeiros com residência fixa); Pessoas temporariamente fora do país em viagens de negócios ou turismo; Pessoas jurídicas sediadas no país, inclusive filiais de empresas estrangeiras. Balanço de Pagamentos A principal fonte de informação utilizada pelo Banco Central para a compilação dos dados que compõem o Balanço de Pagamentos é o contrato de compra e venda de moeda estrangeira, denominado contrato de câmbio. Em cada contrato existe um campo a ser preenchido, que define o motivo da entrada ou da saída de recursos. É através desta informação que é possível saber a finalidade da entrada ou saída de divisas. 5 Balanço de Pagamentos Princípio das Partidas Dobradas - a todo crédito corresponde um débito de mesmo valor Principais grupos de contas: - Contas Operacionais - Contas de caixa (ou de reservas) 6 Balanço de Pagamentos Contas Operacionais Correspondem aos fatos geradores do recebimento ou da transferência de recursos ao exterior. Entrada de Recursos: CRÉDITO Saída de Recursos: DÉBITO 7 Balanço de Pagamentos Contas de caixa (ou contas de reserva) Registram o movimento dos meios de pagamento internacionais à disposição do país (variações de reservas internacionais decorrentes de transações entre residentes e não residentes) Aumento da conta: DÉBITO Redução da conta: CRÉDITO 8 Estrutura do Balanço de Pagamentos Contas de caixa (ou contas de reserva) Nestas contas contabilizam-se ativos que possam ser considerados disponíveis pela Autoridade Monetária para pagamento de qualquer dívida ou aquisição de direitos junto a não residentes. HAVERES DE CURTO PRAZO: registram variações de reservas de estoque de moeda estrangeira e títulos externos de curto prazo, com liquidez imediata em poder do BACEN. OURO MONETÁRIO, DES E POS. RESERVA FMI: referem-se à liquidez internacional à disposição dos residentes 9 Estrutura do Balanço de Pagamentos Por conta da estrutura contábil, a soma do saldo de todas as contas tomadas em conjunto deve ser igual a zero. “Linha imaginária”: saldo “acima da linha” deverá ser igual ao saldo “abaixo da linha” com sinal trocado, esteja essa linha onde estiver. 10 Estrutura do Balanço de Pagamentos 2 grandes grupos: - Conta (de Transações) Correntes: movimentação de bens e serviços, a conta de rendas e as transferências unilaterais correntes; - Conta Total de Capital: capitais autônomos (movimento de capital sem objetivo precípuo de financiar o BP); erros e omissões (conta residual) e capitais compensatórios (capital para financiar o BP). 11 Estrutura do Balanço de Pagamentos A estrutura do Balanço de Pagamentos é dividida em três partes: Conta de Transações Correntes Movimento de Capitais Autônomos Movimento de Capitais Compensatórios 12 Estrutura do Balanço de Pagamentos I) Conta Corrente: I.1) Balanço de Bens e Serviços I.2) Balanço de Rendas I.3) Transferências Unilaterais Correntes 13 Estrutura do Balanço de Pagamentos I.1) O Balanço de Bens e Serviços é composto por : I.1.1) Balança Comercial Exportações (mercadorias)(FOB) Importações (mercadorias)(FOB) Importações são contabilizadas com sinal negativo (débito) , e as exportações sinal positivo (crédito). FOB – Free on board, não inclui Fretes e Seguros. 14 Estrutura do Balanço de Pagamentos I.1) O Balanço de Bens e Serviços é composto por : I.1.2) Balança de Serviços Viagens Internacionais Transportes Seguros Serviços Governamentais Serviços Financeiros Royalties e Licenças ... Serviços Diversos Os pagamentos ao exterior são contabilizados com sinal negativo (débito), e os recebimentos com sinal positivo (crédito). 15 Estrutura do Balanço de Pagamentos Exemplos de Serviços : Pagamentos de gastos de turismo no exterior; ex. refeição em um restaurante na França. Pagamentos de um seguro de saúde internacional ao fazer intercambio; Pagamentos por serviços de encomendas internacionais, frete da encomenda de um livro na Amazon. 16 Estrutura do Balanço de Pagamentos Exemplos de Serviços : Aluguel de equipamentos do exterior; ex. uma clinica de estética aluga uma maquina de depilação do exterior, Pagamentos de assistência técnica; Pagamento de direitos autorais (livro de macroeconomia); Serviços governamentais; ex. gastos com embaixadas, consulados, representações no exterior, etc.... 17 Estrutura do Balanço de Pagamentos I.2) A Balança de Rendas é composto por remuneração de serviços de fatores de produção, ou seja: Salários e Ordenados Lucros e Dividendos Juros Demais itens de Rendas Quando se trata de fatores de propriedade de não residentes usados na produção interna de bens e serviços, tais itens são lançados a débito. Simetricamente, quando se trata de fatores de propriedade de residentes usados na produção de bens e serviços de outros países, tais itens são lançados a crédito. 18 Estrutura do Balanço de Pagamentos I.3) Transferências Unilaterais Correntes (ou Donativos) São pagamentos (lançados a débito) e recebimentos (lançados a crédito) sem contrapartida de bens ou serviços. Exemplos: Doações entre países, de moeda ou mercadorias; Remessas de imigrantes (residentes) para suas famílias nos países de origem. Reparações de guerra 19 Estrutura do Balanço de Pagamentos I) Saldo em Conta Corrente = I.1 ) Saldo da Balança de Bens e Serviços + I.2) Saldo da Balança de Rendas + I.3) Saldo de Transferências Unilaterais Correntes 20 Estrutura do Balanço de Pagamentos II) Conta Total de Capital: II.1) Balanço de Capitais Autônomos II.2) Erros e Omissões II.3) Balanço de Capitais Compensatórios 21 Estrutura do Balanço de Pagamentos II.1) Capitais Autônomos (ou Conta de Capital e Financeira) II.1.1) Conta de Capital Transferências de Capital II.1.2) Conta Financeira Investimentos Diretos Investimentos em Carteira (Ações, Títulos de Renda fixa, Derivativos) Demais Investimentos (Empréstimos, Amortizações, Financiamentos e Créditos Comerciais) 22 Estrutura do Balanço de Pagamentos II.1) Capitais Autônomos (Conta de Capital e Financeira) Entradas e saídas de capitais voluntários (não tem por objetivo principal o financiamento do balanço de pagamentos). Transferência de capital consiste no perdão de uma dívida ou na transferência de propriedade de algum ativo, sem contrapartida de bens e serviços. Investimentos diretos compreendem a participação no capital (aquisição/subscrição/ aumento de capital de empresas) e os empréstimos intercompanhia. 23 Estrutura do Balanço de Pagamentos II.1) Capitais Autônomos (Conta de Capital e Financeira) Os ingressos de Investimentos Diretos, Investimentos em Carteira e Demais Investimentos são contabilizados com sinal positivo (crédito). Amortizações pagas ao exterior são contabilizados com sinal negativo (débito). 24 Estrutura do Balanço de Pagamentos II.2) Erros e Omissões As estatísticas do balanço de pagamentos em geral são computadas com imperfeições, que não permitem uma contabilização rigorosa dentro do principio das partidas dobradas. Assim, esta rubrica é anexada ao subtotal dado pelas transações correntes mais capitaisautônomos, de forma que se tenha o saldo total do balanço de pagamentos. 25 Estrutura do Balanço de Pagamentos Saldo Total do Balanço de Pagamentos = (I) Saldo da Conta Corrente + (II.1) Saldo de Capitais Autônomos + (II.2) Erros e Omissões 26 Estrutura do Balanço de Pagamentos II.3) Capitais Compensatórios II.3.1) Reservas (ou Contas de Caixa) Haveres no exterior Ouro Monetário Direitos Especiais de Saque (DES) Posição de Reservas no FMI II.3.2) Empréstimos de Regularização (FMI, Banco Mundial) II.3.3) Atrasados 27 Estrutura do Balanço de Pagamentos II.3.1) Reservas (ou conta de caixa) As contas de caixa registram o movimento dos meios de pagamento internacionais à disposição do país (reservas). Por definição contábil, um aumento (diminuição) das reservas entra com um valor negativo (positivo) na conta de capitais compensatórios. 28 Estrutura do Balanço de Pagamentos II.3.1) Reservas (ou conta de caixa) Haveres no Exterior – Estoque de moedas estrangeiras e de títulos externos de curto prazo, com liquidez imediata, em poder do Banco Central. Ouro Monetário, DES e reservas no FMI - referem-se à liquidez internacional à disposição dos residentes nessas três formas. Ouro Monetário: Ouro usado como reservas pelo Banco Central. DES: Ativo financeiro do FMI . Os países membros possuem cotas no fundo que são medidas na “moeda” do FMI. Em 01/03/2013 , 1 DES$ = 1,51 US$. Reservas No FMI: Outras reservas no FMI que não estão na forma de DES. 29 30 Contabilização Na contabilização do Balanço de Pagamentos, utilizamos o método das partidas dobradas: um crédito em determinada conta deve corresponder a um débito em outra conta e vice-versa. 31 Contabilização Estrutura do Balanço de Pagamentos A B Suponha uma linha imaginária que divida o Balanço de Pagamentos em duas partes quaisquer A e B. Dada a sistemática de lançamentos contábeis, o saldo da parte A do balanço será igual ao negativo do saldo da parte B 32 Contabilização Exemplos de lançamentos: O país exporta equipamentos no valor de US$ 50 milhões: crédito na conta de “Exportações” e débito na conta “Haveres no Exterior” (reservas). O país paga ao exterior US$ 5 milhões em fretes: débito na conta “Transportes” e crédito na conta “Haveres no Exterior”. 33 Contabilização Uma montadora alemã investe US$ 100 milhões na construção de uma fábrica no Paraná: crédito na conta “Investimentos Diretos” e débito na conta “Haveres no Exterior”. O Brasil paga US$ 50 milhões em amortizações da dívida externa: débito na conta “Amortizações” e crédito na conta “Haveres no Exterior”. 34 Contabilização O Brasil paga em ouro monetário a amortização de um empréstimo externo: débito na conta “Amortizações” e crédito na conta “Ouro monetário” (reservas). 35 Contabilização Quando as transações não são liquidadas em moeda, não há impacto no saldo total do Balanço de Pagamentos. Exemplo: Um país recebe do exterior doações em medicamentos: débito na conta “Importações” e crédito na conta “Transferências Unilaterais Correntes”. Um país importa equipamentos com financiamento externo: débito de “Importações” e crédito em “Empréstimos (financiamento)”. 36 Posição Internacional de Investimentos (PII) A Posição Internacional de Investimentos é o balanço contábil do estoque de ativos e passivos financeiros externos de uma economia. A Posição Internacional de Investimentos líquida (ou Ativos Externos Líquidos) corresponde ao estoque de ativos financeiros externos (emitidos por não residentes e em poder de residentes) menos o estoque de passivos financeiros externos. Ao seu simétrico, dá-se o nome de Passivo Externo Líquido. 37 Posição Internacional de Investimentos (PII) Note que: Balanço de Pagamentos contabiliza fluxos Posição Internacional de Investimentos contabiliza estoques A variação da PII Líquida reflete não apenas o saldo na conta corrente do BP mas também as valorizações/desvalorizações dos ativos financeiros, as monetizações/desmonetizações, bem como as alocações e os cancelamentos dos DES. 38 Posição Internacional de Investimentos (PII) Assim sendo, o Passivo Externo Líquido será igual à: D = Saldo devedor dos empréstimos contraídos pelo país no exterior – Saldo credor dos empréstimos concedidos pelo país ao exterior + Estoque de capitais estrangeiros de risco investidos no país – Estoque de capitais nacionais de risco investidos no exterior + Saldo líquido dos títulos representativos de investimentos em carteira e derivativos emitidos por residentes no país e de posso de residentes no exterior – Saldo das reservas internacionais (haveres líquidos no exterior, ouro monetário, direitos especiais de saque e posição de reservas no FMI) 39 Posição Internacional de Investimentos (PII) A maior parte do PEL dos países em desenvolvimento costuma ser representada pela sua dívida externa líquida, ou seja, pela dívida bruta menos reservas. Vale ressaltar que o aumento do PEL de um país guarda estreita relação, no período, com o movimento de capitais autônomos e compensatórios. 40 Mensuração da Variação de Reservas Com a introdução do MBP5, variações de reservas decorrentes de monetização/desmonetização de ouro, alocação ou cancelamento de DES e/ou valorizações ou desvalorizações, embora sejam parte importante da PII, não mais se contabilizam no BP. ∆Reservas total = ∆Reservas BP + ∆Reservas Complementares ∆Reservas Total = BP + ER + A 41 TÓPICOS ESPECIAIS Atrasados Se um empréstimo vence e não é pago, debita-se a conta “Amortizações” (como se pago fosse) e credita-se a conta “Atrasados”. Quando o empréstimo for efetivamente pago, debita-se a conta “Atrasados ” e credita-se a conta “Haveres no Exterior”. 42 TÓPICOS ESPECIAIS Lucros reinvestidos Lucros de não residentes reinvestidos internamente devem ser contabilizados como se os recursos deixassem o país e depois voltassem. O saldo líquido das duas operações equivale a um débito na conta de “Lucros” e a um crédito na conta de “Investimentos Diretos”. 43 TÓPICOS ESPECIAIS Variações de reservas não decorrentes de transações entre residentes e não residentes As contas de caixa podem variar na prática não apenas em função das transações entre residentes e não residentes , mas também em função das compras de ouro (pelo Banco Central) no mercado interno, ou da valorização ou desvalorização de ativos (reservas em moeda estrangeira). Entretanto, de acordo com as normas do FMI para a quinta versão do manual de balanço de pagamentos (MBP5), este tipo de fato contábil não é mais contabilizado no balanço de pagamentos. 44 TÓPICOS ESPECIAIS Variações de reservas não decorrentes de transações entre residentes e não residentes Na verdade, este tipo de fato contábil é registrado na Posição Internacional de Investimentos (PII), um segundo balanço contábil. Por exemplo, reservas mantidas em euros e contabilizadas em dólar estão sujeitas a variação entre o câmbio dessas duas moedas, mas isso não é contabilizado no BP e sim na PII. Além disso, a PII contabiliza ativos e passivos em um dado ponto do tempo, ou seja, contabiliza estoques e não fluxos. Mais detalhes nas seções 2.4 e 2.5 do livro do Simonsen. 45 TÓPICOS ESPECIAIS Investimento Direto sem Cobertura Cambial “Ingressam no país, sob a forma de investimento direto sem cobertura cambial, 20 milhões de dólares em equipamentos”. Neste caso, a transação não foi liquidada em moeda estrangeira, portanto, não há alteração nas reservas, nem no saldo do BP. Assim, credita-se a conta “Investimento Direto” e debita-se a conta de “Importações”. 46 Balanço de Pagamentos Saldo em Transações Correntes + Saldo dos Capitais Autônomos (mais Erros e Omissões) ______________________________________ Saldo Total do Balanço de Pagamentos + Saldo dos Capitais Compensatórios _____________________________________ Saldo = 047 Balanço de Pagamentos T = saldo em conta corrente K = saldo da conta total de capital KA = saldo da conta de capitais autônomos mais o saldo da conta de erros e omissões. KC = saldo da conta de capitais compensatórios B = saldo total do balanço de pagamentos T + K = T + KA + KC = 0 ou T = - K 48 Balanço de Pagamentos Se um país apresenta déficit em transações correntes seu Balanço de Pagamentos irá fechar ou com a entrada de capitais autônomos e/ou com a entrada de capitais compensatórios (empréstimos do FMI, atrasados – que são empréstimos forçados - ou diminuição das reservas). 49 Balanço de Pagamentos Alternativamente, a conta de capitais compensatórios é igual ao saldo total do balanço de pagamentos (B) com o sinal trocado. B+ KC = T + KA + KC = 0 ou KC = - B 50 Alguns lançamentos contábeis a) O país importa, pagando a vista, mercadorias no valor de 350 M US$. b) O país importa carros no valor de 50M US$ financiados a prazo longo. c) Ingressam no país, sob a forma de investimento direto, 20 M US$ em equipamentos, sem cobertura cambial (sem uso de moeda). d) O país exporta mrercadorias, recebendo a vista 400M US$. e) O país paga ao exterior, a vista , 50 M US$ de fretes. 51 Alguns lançamentos contábeis f) remetem-se para o exterior, em dinheiro, 10 M US$ de lucros de companhias estrangeiras, 20 M US$ de juros e 30 M US$ de dolares de amortizações. g) O país recebe 10 M US$ de donativos sob a forma de mercadorias. h) país recebe em moeda um emprestimo compensatorio do FMI de 30 M US$, para ajudar na regularização do deficit no balanco de pagamentos. 52 Alguns lançamentos contábeis Operação a b c d e f g h Total exportações 400 400 importações -350 -50 -20 -10 -430 fretes -50 -50 lucros -10 -10 juros -20 -20 donativos 10 10 investimentosdiretos 20 20 financiamentos 50 50 amortizações -30 -30 emprestimosFMI 30 30 haveres no exterior 350 -400 50 60 -30 30 53 Tópicos específicos – associações Transferência Líquida de Recursos Hiato de Recursos Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE) Passivo Externo Líquido 54 Tópicos específicos – associações Transferência Líquida de Recursos O saldo do balanço de bens e serviços é usualmente conhecido como “transferência líquida de recursos ao exterior”. Transferência Líquida de Recursos para o Exterior = Saldo da Balança Comercial + Saldo da Balança de Serviços 55 Tópicos específicos – associações Transferência Líquida de Recursos As exportações de bens e serviços indicam o que o país produz e é enviado para fora de suas fronteiras. As importações de bens e serviços indicam o que o resto do mundo produz para ser absorvido pelo país. A diferença entre esses saldos representa, então, a Transferência Líquida de Recursos ao Exterior. 56 Tópicos específicos – associações Valor da Produção de Bens e Serviços Absorção TLRE = exportações líquidas de bens e serviços 57 Tópicos específicos – associações Transferência Líquida de Recursos PIB = C + I + G + X – M PIB – (C + I + G) = X – M = TLRE (C + I + G) = valor da produção doméstica absorvida por residentes + valor da produção do resto do mundo absorvida por residentes. PIB – (C + I + G) = Valor total da produção doméstica – (valor da produção doméstica absorvida por residentes + valor da produção do resto do mundo absorvida por residentes). . 58 Tópicos específicos – associações Transferência Líquida de Recursos X = PIB – (Cd + Id + Gd ) = Valor total da produção doméstica – valor da produção doméstica absorvida por residentes M = valor da produção do resto do mundo absorvida por residentes. TLRE = X - M 59 Tópicos específicos – associações Hiato de Recursos A Transferência Líquida de Recursos com o sinal trocado é denominada hiato de recursos, e indica o excesso que o país absorve sobre aquilo que produz. 60 Tópicos específicos – associações Renda Líquida ao Exterior A renda líquida recebida (+) ou enviada (-) ao exterior é, por definição, o saldo da conta de rendas mais o saldo de transferências unilaterais correntes. 61 Tópicos específicos – associações Renda Líquida ao Exterior Se o Saldo da Balança de Rendas + TUC > 0, então: Renda Recebida do Exterior (RRE) > Renda Enviada ao Exterior (REE) Renda Líquida Recebida do Exterior = RRE – REE > 0 Renda Líquida Enviada ao Exterior = REE – RRE < 0 62 Tópicos específicos – associações Renda Líquida ao Exterior Se o Saldo da Balança de Rendas + TUC < 0, então: Renda Recebida do Exterior (RRE) < Renda Enviada ao Exterior (REE) Renda Líquida Recebida do Exterior = RRE – REE < 0 Renda Líquida Enviada ao Exterior = REE – RRE > 0 63 Tópicos específicos – associações Saldo do Balanço de Transações Correntes = Transferência líquida de recursos ao exterior (saldo do balanço de bens e serviços) + Renda líquida recebida do exterior (saldo da conta de rendas mais a conta de donativos) 64 Tópicos específicos – associações Passivo Externo Líquido = Saldo devedor dos empréstimos contraídos pelo país no exterior – Saldo credor dos empréstimos concedidos pelo país ao exterior + Estoque de capitais estrangeiros de risco investidos no país – Estoque de capitais nacionais de risco investidos no exterior + Saldo líquido dos títulos representativos de investimentos em carteira e derivativos emitidos por residentes no país e de posse de residentes no exterior – Saldo das reservas internacionais (Haveres Líquidos no Exterior , Ouro Monetário, DES e Posição de Reservas no FMI). 65 Tópicos específicos – associações Passivo Externo Líquido Obs: Na conta do Passivo Externo Líquido a variação de reservas é aquela calculada na PII, portanto ela capta também variações de reservas não diretamente decorrentes de transações entre residentes e não-residentes. 66 Tópicos específicos – associações Passivo Externo Líquido O aumento do passivo externo líquido de um país em determinado período de tempo guarda estreita relação, neste período, com o movimento de capitais autônomos e compensatórios. 67 Tópicos específicos – associações Passivo Externo Líquido Em palavras, o Passivo Externo Líquido de um país é o quanto ele deve (dívida líquida e capital líquido instalado no país) menos o quanto ele tem de reservas. Capital instalado - Uma fabrica da GM cuja propriedade é da GM americana é um passivo para o Brasil, porque teoricamente, ela pode pegar a fábrica (máquinas,equipamentos e instalações) e levar embora do Brasil a qualquer momento. O déficit em transações correntes é (aproximadamente) igual ao aumento do Passivo Externo Líquido. 68 Tópicos específicos – associações Passivo Externo Líquido Exemplo 1: Saldo da Balança de Transações Correntes = - 100 Saldo do Movimento de Capitais Autônomos = 0 Saldo do Movimento de Capitais Compensatórios = + 100 (Diminuição de Reservas) Variação no Passivo Externo Líquido = + 100 69 Tópicos específicos – associações Passivo Externo Líquido Exemplo 2: Saldo da Balança de Transações Correntes = - 100 Saldo do Movimento de Capitais Autônomos = + 200 Saldo do Movimento de Capitais Compensatórios = -100 (Aumento de Reservas) Variação no Passivo Externo Líquido = + 100 70 www.insper.edu.br Plan1 I) Balanço Comercial Exportações (FOB) Importações (FOB) II) Balanço de Serviços Viagens Internacionais Transportes Seguros Lucros e Dividendos Rendas de Capital Lucros Reinvestidos Juros Serviços Governamentais Plan2 I) Conta corrente (I.1 + I.2 + I.3) I.1) Balança de Bense Serviços I.1.1) Balança comercial (FOB) Exportações Importações I.1.2) Serviços Viagens internacionais Transportes Seguros etc… I.2) Rendas Salarios e Ordenados Lucros e Dividendos Juros Demais Itens de renda I.3) Transferências unilaterais correntes II) Conta Total de Capital (II.1 +II.2) II.1) Capitais Autônomos II.1.1) Conta de Capital Transferencias de Capital II.1.2) Conta Financeira Investimentos Diretos Investimentos em carteira Demais Investimentos II.2) Erros e omissões B = Saldo Total do B.P. (I + II.1 + II.2) II.3) Capitais Compensatórios Reservas Empréstimos de regularização Atrasados Plan3
Compartilhar