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ECONOMIA I

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Prévia do material em texto

PROFESSOR DR. THIAGO A. N. DE ANDRADE
X Professor do departamento de Economia da Universidade Ca-
tólica de Pernambuco;
X Bacharel em ciências econômicas com láurea pela Universi-
dade Católica de Pernambuco;
X Mestre, Doutor e Pós-doutor em Estatística pela Universidade
Federal de Pernambuco;
X Autor de diversos artigos em periódicos internacionais;
AVISO AOS ESTUDANTES
X Este é um material novo e atualizado, elaborado especialmente
para nosso curso de Economia I. Entretanto, não configura-se
em conteúdo original. É apenas uma compilação resumida de
conteúdos presentes nas referências citadas. Em resumo: é
indispensável consultar as referências indicadas para aprofun-
dar as discussões de sala de aula.
X Para produção deste material, utilizamos o editor LaTeX. O La-
TeX é um conjunto de macros para o programa de diagrama-
ção de textos TeX, utilizado amplamente na produção de tex-
tos matemáticos e científicos, devido a sua alta qualidade tipo-
gráfica. Também costuma ser utilizado para produção de car-
tas pessoais, artigos e livros sobre assuntos diversos, dentre
outras aplicações. Para mais informações, acesse o web-site:
https://www.latex-project.org/.
EMENTA (COMPETÊNCIAS ESPERADAS)
Este curso fornece uma introdução ao estudo da ciência econô-
mica. Ao final do curso, espera-se que o aluno tenha razoável do-
mínio de conceitos básicos relacionados à economia, tais como:
Economia enquanto ciência; Objeto de estudo da ciência econô-
mica; Relação da Economia com outras áreas de conhecimento;
Principais abordagens do pensamento econômico; Sistema econô-
mico; Mercado; Moeda e sistema monetário contemporâneo; Con-
tabilidade social; Papel do estado na economia; Noções de re-
lações econômicas internacionais e Tópicos de desenvolvimento
econômico. O objetivo principal é que o aluno possa usar este
conhecimento em situações práticas do dia a dia para lidar com
questões nas quais o conhecimento do jargão econômico seja ne-
cessário: compreensão de palestras, matérias jornalísticas, infor-
mes econômicos, questões judiciais, atas e informes de agentes
do mercado financeiro, dentre outros.
INTRODUÇÃO
A palavra economia vem do termo em grego que designa "aquele
que administra um lar". Embora, inicialmente, esta possa parecer
uma comparação absurda, veremos ao longo deste curso que lares
e economias têm muito em comum: ambos precisam tomar deci-
sões concernentes à alocação de recursos, bem como a forma de
produzi-los.
X Quem prepara o jantar? Quem lava as roupas? Quem pode
repetir a sobremesa? Quem decide qual programa será sinto-
nizado na TV?
X Quem produzirá leite? Quem produzirá bens industrializados?
Quanto cada um deve pagar de impostos? Quem deve receber
auxílio alimentação?
DEFINIÇÃO
Atualmente, é difícil adotar uma definição específica que capture
todos os aspectos de abrangência e importância que a palavra eco-
nomia expressa. Não obstante, mencionaremos algumas das pos-
síveis definições comumente adotadas. Deixamos como exercício
a tarefa de buscar outras definições de economia.
DEFINIÇÃO
X Economia é a ciência social que estuda a produção, a circula-
ção e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para
satisfazer as necessidades humanas.
X Economia é a ciência social que estuda a maneira como a
sociedade administra seus recursos.
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
X Economia é uma ciência que consiste na análise da produ-
ção, distribuição e consumo de bens e serviços. É também a
ciência social que estuda a atividade Econômica, através da
aplicação da teoria Econômica, tendo na gestão de recursos
sua aplicabilidade prática.
Fica evidente a partir da definição anterior que a Economia não é
uma ciência exata, cujas leis e proposições sejam passíveis de ve-
rificação ou experimentação em laboratórios. Por esta razão, em-
bora exista consenso entre economistas sobre muitos fatos rela-
tivos à ciência econômica, eles também discordam sobre muitos
temas importantes. Esta multiplicidade de pontos de vista acerca
de um mesmo tema em Economia dá origem, dentre outras, às
diferentes escolas de pensamento.
O PROBLEMA FUNDAMENTAL DA ECONOMIA
Sintetizando as ideias que discutimos até aqui, podemos dizer que
a Economia estuda, pois, a relação que se estabelece entre os
homens na produção dos bens e serviços necessários à satisfação
e desejos da sociedade. Aqui surge um impasse que traduz a razão
de ser da ciência econômica:
X As necessidades humanas são ILIMITADAS;
X Os recursos produtivos (fatores de produção) são LIMITADOS;
Há, portanto, uma contradição: Os desejos e necessidades da so-
ciedade são ilimitados, enquanto os recursos para efetivar-se a
produção dos bens e serviços que devem atendê-los são limita-
dos. Por mais rica que seja uma sociedade, esta contradição es-
tará sempre presente, de modo que ela terá que escolher quais os
bens e serviços serão produzidos.
O PROBLEMA FUNDAMENTAL DA ECONOMIA
Note que, conforme já aludimos, neste aspecto também fica evi-
dente a similaridade de dilemas enfrentados por lares e economias.
De fato, um cidadão comum, que conta com um determinado sa-
lário, não pode consumir todos os bens e servições que deseja,
devendo escolher entre eles quais poderá adquirir e que estejam
ao alcance de sua renda.
DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
O estudo da ciência econômica envolve múltiplos aspectos, uma
vez que esta interage com diversas áreas de conhecimento, tais
como psicologia, meio ambiente, sociologia, administração e di-
reito, dentre outras. Não obstante, o campo é unificado por algu-
mas ideias centrais. A seguir, estudaremos alguns destes princí-
pios norteadores.
DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
Princípio 1: Pessoas enfrentam tradeoffs;
Princípio 2: O custo de alguma coisa é aquilo de que você
desiste para obtê-la;
Princípio 3: Pessoas racionais pensam na margem;
Princípio 4: Pessoas reagem a incentivos;
Princípio 5: O comércio pode ser bom para todos;
DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira
de organizar a atividade econômica;
Princípio 7: Às vezes os governos podem melhorar os resulta-
dos dos mercados;
Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços;
Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda
demais;
Princípio 10: A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo
entre inflação e desemprego;
PRINCÍPIO #1: PESSOAS ENFRENTAM TRADEOFFS.
PRINCÍPIO #1: PESSOAS ENFRENTAM TRADEOFFS.
Este primeiro princípio pode ser sintetizado pelo provérbio "nada
vem de graça". Para conseguirmos algo que queremos, geralmente
precisamos abrir mão de outra coisa que gostamos.
EXEMPLO
X Um estudante tem que dividir seu tempo no estudo de diversas
disciplinas;
X Uma família tem que decidir como usar as economias: um
automóvel novo ou faculdade dos filhos;
X Um país enfrenta o tradeoff clássico que se dá entre "armas e
manteiga";
PRINCÍPIO #1: PESSOAS ENFRENTAM TRADEOFFS.
EXEMPLO
X Sociedades modernas enfrentam um tradeoff entre um meio
ambiente sem poluição e um alto nível de renda;
X Eficiência (tamanho do bolo econômico) × Equidade (a ma-
neira como o bolo é partido);
PRINCÍPIO #2: O CUSTO DE ALGUMA COISA É AQUILO DE QUE VOCÊ DESISTE
PARA OBTÊ-LA.
PRINCÍPIO #2: O CUSTO DE ALGUMA COISA É AQUILO DE QUE VOCÊ DESISTE
PARA OBTÊ-LA.
Uma vez que as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisão
exige comparar os custos e benefícios de possibilidades alternati-
vas de ação.
Quando uma opção é escolhida entre duas alternativas mutua-
mente exclusivas, o custo de oportunidade é o "custo"incorrido por
não desfrutar do benefício associado à escolha alternativa.
Nem sempre é fácil precisar o custo de oportunidade associado à
uma determinada escolha. Muitas vezes, o que "abrimos mão"éimpossível de ser mensurado de maneira objetiva.
PRINCÍPIO #2: O CUSTO DE ALGUMA COISA É AQUILO DE QUE VOCÊ DESISTE
PARA OBTÊ-LA.
EXEMPLO
X O custo de oportunidade dos fundos atrelados à empresa pró-
pria são os lucros corrigidos que poderiam ser auferidos se
esses fundos fossem aplicados outros empreendimentos;
X O custo de oportunidade do tempo que alguém coloca em seu
próprio negócio é o salário que ele poderia ganhar em outras
ocupações;
X O custo de oportunidade de usar uma máquina para produzir
um produto é o lucro que seria possível com outros produtos;
X O custo de oportunidade de usar uma máquina que é inútil
para qualquer outro propósito é nulo, já que seu uso não re-
quer sacrifício de outras oportunidades;
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
Os economistas usam o termo "mudanças marginais"ou "ajus-
tes marginais"para descrever pequenos ajustes incrementais a um
plano de ação existente.
As mudanças marginais são desejáveis quando os benefícios mar-
ginais excedem os custos marginais associados às mudanças mar-
ginais.
Assim, um tomador de decisões racional executa uma ação se e
somente se o benefício marginal da ação ultrapassa o custo mar-
ginal.
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
EXEMPLO
X Quando chega a hora da provas, sua escolha não é entre não
estudar mais nada ou ficar estudando 24 horas por dia, mas
sim entre passar uma hora extra a mais revendo suas anota-
ções ou navegando na internet.
X Você já tem uma certa instrução e provavelmente está que-
rendo decidir se deve passar mais um ano ou dois na facul-
dade. Para tomar essa decisão, você precisa saber quais os
benefícios adicionais que um anoa mais na escola vai oferecer
(salários mais altos por toda a vida e o incomparável prazer de
aprender) e quais os custos adicionais em que você incorreria
(custo de instrução e os salários que você deixará de receber
enquanto estiver estudando).
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
EXEMPLO
Fábrica de sapatos
José tem uma pequena fábrica de sapatos e percebeu que o custo
marginal associado à produção de um par adicional de certo tipo de
calçado é de R$ 199, 99 sobre o custo total de produção. Sabendo-
se que a receita marginal desse produto representa R$ 209, 99,
você recomendaria a José fabricar esta unidade adicional?
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
EXEMPLO
Lançar ou não um produto?
Uma empresa investiu R$ 5 milhões no desenvolvimento de um
novo produto, mas ele ainda não foi concluído. Na última reunião,
o pessoal de vendas relatou que a introdução de produtos concor-
rentes reduziu o volume previsto de vendas de seu novo produto.
Agora, o esperado é que o volume de vendas do novo produto gere
para R$ 3 milhões em receitas. Supondo que o custo de completar
o desenvolvimento e fazer o produto fosse R$ 1 milhão:
X valeria a pena gastar este dinheiro?
X qual o máximo que deveria pagar para concluir o
desenvolvimento?
X em sua opinião, o projeto foi bem sucedido?
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
EXEMPLO
Lançar ou não um produto? cont.
X o fato de você já ter perdido R$ 5 milhões não é mais
relevante para a sua decisão, porque esse dinheiro se foi.
X se você gastar outro R$ 1 milhão, você vai gerar R$ 3 milhões
em receitas com vendas. Assim, gastar outro R$ 1 milhão vai
fazer você ganhar R$ 2 milhões em lucro marginal.
X você está certo em pensar que o projeto perdeu um total de
R$ 3 milhões e você não deveria ter começado. Isso é
verdade, mas se você não gastar mais R$ 1 milhão, você não
terá nenhuma venda e suas perdas serão de R$ 5 milhões.
X na verdade, você pagaria até R$ 3 milhões para concluir o
desenvolvimento; mais do que isso, e você não estará
aumentando o lucro na margem.
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
EXEMPLO
Poção Mágica S.A. Três gerentes da Poção Mágica S.A. estão dis-
cutindo um possível aumento de produção. Cada um sugere uma
maneira de tomar a decisão:
X HARRY: Nós devemos verificar se a produtividade de nossa
empresa (litros de poção por trabalhador) aumentaria ou
diminuiria.
X RON: Nós devemos verificar se nosso custo médio (custo por
trabalhador) aumentaria ou diminuiria.
X HERMIONE: Devemos verificar se a receita adicional da
venda da poção adicional vai ser maior ou menor do que os
custos adicionais.
Quem na sua opinião está certo? Por quê?
PRINCÍPIO #3: PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.
EXEMPLO
Poção Mágica S.A. cont. Harry sugere ver se a produtividade au-
mentaria ou diminuiria. Ron quer olhar para o custo médio. Ape-
sar de ambas serem variáveis importantes, tanto Harry quanto Ron
estão deixando de lado um importante aspecto: os lucros. Uma
empresa quer maximizar seus lucros, por isso precisa examinar os
custos e as receitas. Assim, Hermione está certa: deve-se exami-
nar se a receita extra excederia os custos extras. Hermione é a
única que está pensando na margem.
PRINCÍPIO #4: PESSOAS REAGEM A INCENTIVOS.
PRINCÍPIO #4: PESSOAS REAGEM A INCENTIVOS.
As pessoas tomam decisões por meio de comparação de custos e
benefícios. Seu comportamento pode mudar quando os custos ou
benefícios mudam.
EXEMPLO
X termos como: "descontos", "pague 2 e leve 3", "amostra
grátis", são utilizados para atrair a atenção consumidores e
induzi-los à compras não programadas.
X Aumentos no preço de um determinado bem levam, em geral,
à busca por bens substitutos mais acessíveis.
X Multas, pedágios e juros podem ser poderosos instrumentos
para alterar comportamentos dos agentes econômicos.
PRINCÍPIO #4: PESSOAS REAGEM A INCENTIVOS.
É preciso estar atento para que instrumentos de incentivos não
tenham efeitos indesejáveis.
EXEMPLO
X Multas pouco expressivas podem ser um convite ao
descumprimento das regras.
PRINCÍPIO #4: PESSOAS REAGEM A INCENTIVOS.
EXEMPLO
Um recente projeto de lei reformando os programas antipobreza
do governo norte-americano limitou para muitos dos beneficiários
dos programas de assistência social o período de recebimento do
benefício a dois anos. Como isso afeta os incentivos ao trabalho?
A expectativa de término do benefício após um prazo pré-
determinado torna-se um incentivo à busca por uma nova ocupa-
ção. Por exemplo, quando os beneficiários da previdência social
têm seus benefícios cortados após dois anos, eles tem um incen-
tivo maior para procurar rapidamente novas ocupações do que se
seus benefícios durassem para sempre.
PRINCÍPIO #5: O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS.
PRINCÍPIO #5: O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS.
Quando pensamos em comércio, frequentemente, nos vem a ideia
de certa rivalidade. Na realidade, o comércio não é uma competi-
ção esportiva na qual necessariamente existe um ganhador e per-
dedores. Ao contrário, todos podem ganhar com o comércio.
Concorrentes comerciais são competidores de um mesmo mer-
cado, mas ao mesmo tempo são parceiros, na medida em que
compartilham informações, trocam experiências, fornecem servi-
ços e produtos complementares, se auxiliam na manutenção de
seus estoques e mão de obra especializada e etc.
Pessoas competem entre si, mas são parceiras devido às suas
especialidades.
PRINCÍPIO #5: O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS.
EXEMPLO
Pensem, por exemplo, em seus colegas de graduação. Vocês se-
rão futuros concorrentes no mesmo mercado de trabalho. Nem por
isso vocês deixarão de se ajudar durante o curso. Além do espí-
rito altruísta, pesa muito na boa convivência o fato de vocês terem
habilidades diferenciadas e ajudarem-se na execução de trabalhos,
estudos para provas, listas de exercícios e etc.
PRINCÍPIO #5: O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS.
EXEMPLO
Quando um parente seu procura por emprego, está concorrendo
com membros de outras famíliasque também querem estar em-
pregados. As famílias também competem umas contra as outras
quando vão as compras, uma vez que cada uma quer comprar os
melhores bens aos menores preços. Apesar dessa competição,
contudo, sua família não se daria melhor isolando-se de todas as
outras.
PRINCÍPIO #5: O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS.
EXEMPLO
Eu posso construir a minha própria casa, mas o custo de opor-
tunidade para tal será imenso, levando em consideração que eu
não tenho conhecimento nenhum sobre construção civil, mas exis-
tem pessoas especializadas que conseguem fazer a mesma tarefa
com uma eficiência quase infinitamente maior que eu. Da mesma
maneira, eu posso oferecer à essa mesma pessoa que construiu
minha casa os serviços dos quais sou especializado.
PRINCÍPIO #5: O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS.
EXEMPLO
Seu colega de quarto cozinha melhor que você, mas você é mais
rápido na faxina. Se seu colega sempre cozinhasse e você sem-
pre fizesse a limpeza, essas tarefas levariam mais ou menos tempo
que se fossem divididas? Dê exemplo semelhante de como a es-
pecialização e o comércio podem beneficiar dois países.
Ao se especializar em cada tarefa, você e seu colega de quarto
podem concluir as tarefas mais rapidamente. Se você dividisse
cada tarefa igualmente, levaria mais tempo para cozinhar do que
o seu colega de quarto e levaria mais tempo para limpar do que
você levaria. Ao se especializar, você reduz o tempo total gasto em
tarefas.
PRINCÍPIO #5: O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS.
Da mesma forma, os países podem se especializar e negociar, tor-
nando ambos melhores. Por exemplo, suponha que os trabalhado-
res espanhóis tenham menos tempo para fazer roupas do que os
trabalhadores franceses, e os trabalhadores franceses podem pro-
duzir vinho com mais eficiência do que os trabalhadores espanhóis.
Então, a Espanha e a França podem se beneficiar se os trabalha-
dores espanhóis produzirem todas as roupas e os trabalhadores
franceses produzirem todo o vinho, e trocarem vinho por roupas.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
Economias de planejamento centralizado, nas quais o governo de-
terminava o que seria produzido, em que quantidade e quem produ-
zia, fracassaram historicamente em suas propostas. Países como
a União Soviética colapsaram justamente em detrimento do plane-
jamento central d e suas Economias. Acreditava-se que o Estado
deveria ser o único provedor do bem-estar econômico.
A justificativa para a existência de Economias planificadas era a
crença de que o Estado deveria ser o único provedor do bem-estar
econômico.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
Economias de planejamento centralizado, nas quais o governo de-
terminava o que seria produzido, em que quantidade e quem produ-
zia, fracassaram historicamente em suas propostas. Países como
a União Soviética colapsaram justamente em detrimento do plane-
jamento central d e suas Economias. Acreditava-se que o Estado
deveria ser o único provedor do bem-estar econômico.
A justificativa para a existência de Economias planificadas era a
crença de que o Estado deveria ser o único provedor do bem-estar
econômico.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
Em contraste ao fracasso das economias planificadas, a Economia
de Mercado provou-se ao longo da história ser mais eficiente, está-
vel e duradoura. Neste caso, as decisões centrais são substituídas
pela interação entre milhares, milhões e até bilhões de agentes
econômicos (pessoas e empresas), o que gera a maximização do
bem-estar econômico de uma sociedade.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
Em um primeiro momento, pode causar espanto o sucesso das
Economias de mercado, justamente por esta falta de centralização
das decisões na qual não há um único responsável pelo bem-estar
econômico de toda a sociedade. De fato, é intrigante como um
enorme número de agentes econômicos, motivados por interesses
próprios, possam ser bem-sucedidas na organização da atividade
econômica de maneira a promover o bem-estar econômico geral.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
Em um primeiro momento, pode causar espanto o sucesso das
Economias de mercado, justamente por esta falta de centralização
das decisões na qual não há um único responsável pelo bem-estar
econômico de toda a sociedade. De fato, é intrigante como um
enorme número de agentes econômicos, motivados por interesses
próprios, possam ser bem-sucedidas na organização da atividade
econômica de maneira a promover o bem-estar econômico geral.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
Em 1776, o economista e filósofo Adam Smith fez, em seu livro
clássico a riqueza das nações, o que talvez seja a mais famosa
observação de toda ciência econômica: as famílias e as empresas,
ao interagirem nos mercados, agem como se fossem guiadas por
uma "mão invisível"que as leva a resultados de mercado desejá-
veis. Um dos nossos objetivos nesse curso é entender como essa
"mão"faz sua mágica.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
"(...) já que cada indivíduo procura, na medida do possível, em-
pregar o seu capital em fomentar a atividade (...) e dirigir de tal
maneira essa atividade que seu produto tenha o máximo valor pos-
sível, cada indivíduo necessariamente se esforça por aumentar ao
máximo possível a renda anual da sociedade. Geralmente, na re-
alidade, ele não tenciona promover o interesse público nem sabe
até que ponto o está promovendo (...) [Ao empregar o seu capital]
ele tem em vista apenas sua própria segurança; ao orientar sua ati-
vidade de tal maneira que sua produção possa ser de maior valor,
visa apenas o seu próprio ganho e, neste, como em muitos outros
casos, é levado como que por uma mão invisível a promover um
objetivo que não fazia parte de suas intenções.
PRINCÍPIO #6: OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE
ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA.
Aliás, nem sempre é pior para a sociedade que esse objetivo não
faça parte das intenções do indivíduo. Ao perseguir seus próprios
objetivos, o indivíduo muitas vezes promove o interesse da soci-
edade muito mais eficazmente do que quanto tenciona realmente
promovê-lo."(Smith, 1983, p. 379).
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
Muitas vezes questionamos (ou vemos algum debate especializado
o fazendo) a validade da intervenção do governo na economia. Afi-
nal, se a mão invisível do mercado é tão boa, para quê precisamos
de um governo?
Muitas vezes questionamos (ou vemos algum debate especializado
o fazendo) a validade da intervenção do governo na economia. Afi-
nal, se a mão invisível do mercado é tão boa, para quê precisamos
de um governo?
Não obstante, Os governos são fatos da vida: eles existem, quer
gostemos ou não. Veremos ao lungo do curso que governos são
necessários, da mesma forma que as instituições, para regular o
funcionamento de uma sociedade. Por isso, convém entender as
regras que regem o seu comportamento.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
Basicamente, a racionalidade para a existência do governo é a
necessidade de que ele proteja a "mão invisível"do mercado das
chamadas "falhas de mercado".
Em linhas gerais, chamamos de "falhas de mercado"situações nas
quais os mercados por si só não conseguempromover uma
alocação eficiente de recursos. Nestas situações, dizemos que o
mecanismo de mercado "falha". Faz-se necessário, então, que o
governo atue na economia para corrigir estas "falhas".
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
Alguns tipos de "falhas de mercado"são:
X a existência de bens públicos;
X a falha de competição que se reflete na existência de mono-
pólios naturais;
X a existência de externalidades;
X a existência de mercados incompletos;
X as falhas de informação;
X a ocorrência de desemprego e inflação;
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
Examinaremos agora algumas das falhas de mercado citadas
anteriormente.
a) Falha de mercado #1: a existência de bens públicos.
DEFINIÇÃO
Chamamos de bens públicos aqueles bens cujo consumo é "não-
rival"(o seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo
social não prejudica o consumo do mesmo bem pelos demais in-
tegrantes da sociedade) e "não- exclusivo"(não se pode praticar o
princípio da "exclusão").
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
Note que é precisamente o fato de um bem público ser "não-
exclusivo"no consumo que torna a solução de mercado, em geral,
ineficiente para garantir a produção da quantidade adequada de
bens públicos requerida pela sociedade.
As livres forças de mercado só funcionam adequadamente quando
o princípio da "exclusão"no consumo pode ser aplicado, ou seja,
quando o consumo por um indivíduo A de um bem específico sig-
nifica que A tenha pago o preço do tal bem, enquanto B, que não
pagou por esse bem, é excluído do consumo do mesmo.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
É por esta razão que a responsabilidade pela provisão de bens
públicos recai sobre o governo, que financia a produção desses
bens através da cobrança compulsória de impostos.
EXEMPLO
X bens tangíveis como as ruas ou a iluminação pública;
X bens intangíveis como justiça, segurança pública e defesa na-
cional;
X se o governo resolve aumentar o policiamento de uma rua re-
sidencial, todos os moradores dessa rua (sem que se possa
distinguir entre os indivíduos A ou B ) serão beneficiados pela
decisão.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
b) Falha de mercado #2: a existência de externalidades.
DEFINIÇÃO
Chamamos de externalidades os casos em que a ação de um in-
divíduo ou de uma empresa afeta direta ou indiretamente o bem-
estar de outros agentes do sistema econômico.
As situações nas quais essas ações implicam benefícios a outros
indivíduos ou firmas da economia são caracterizadas como "exter-
nalidades positivas".
Por outro lado, existem as chamadas "externalidades negativas".
Estas correspondem àquelas situações nas quais a ação de um
determinado agente da economia prejudica os demais indivíduos
ou empresas.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
EXEMPLO
X Por exemplo, se um indivíduo decide fazer uma limpeza geral
em sua casa visando à eliminação dos focos de concentra-
ção dos mosquitos transmissores da dengue, ele não apenas
estará contribuindo para a manutenção de sua saúde, como
também estará ajudando a saúde de seus vizinhos.
X Investimento em setores de infraestrutura que, garantindo um
aumento da oferta de insumos importantes como a energia
elétrica, traz benefícios para todos os outros setores da eco-
nomia. nacional;
X Considere um vizinho pouco altruísta que decide ligar o som
em níveis altíssimos e horários super inconvenientes. Você
deve concordar que esta é uma externalidade negativa.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
EXEMPLO
X O lixo das indústrias químicas jogado nos rios e mares e a
poluição do ar pelas empresas.
X O fumante que obriga todas as outras pessoas sentadas em
uma sala de espera do consultório dentário, por exemplo, a
inspirar a fumaça de seu cigarro.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
A existência de externalidades justifica a intervenção do Estado,
que pode se dar através:
a) da produção direta ou da concessão de subsídios, para ge-
rar externalidades positivas;
b) de multas ou impostos, para desestimular externalidades
negativas;
c) da regulamentação;
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
OBSERVAÇÃO 1:
Dizer que um governo pode, por vezes, melhorar os resultados do
mercado não significa que ele o fará. A política pública não é feita
por anjos, mas por um processo político que está longe de ser per-
feito. Às vezes, as políticas são concebidas somente para compen-
sar os politicamente poderosos. Às vezes, são feitas por líderes
bem-intencionados, mas mal informados. Um dos objetivos do es-
tudo da economia é ajudar você a julgar se quando uma política
governamental é justificável ou quando não é.
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
OBSERVAÇÃO 2:
Como tentamos demonstrar, deixando de lado questões políticas e
ideológicas, a existência do governo é necessária para corrigir e
complementar o sistema de mercado que, sozinho, não é capaz
de desempenhar todas as funções econômicas.
Essa constatação é importante à medida que demonstra que a
discussão sobre o tamanho adequado do Estado tem a ver mais
com questões técnicas do que ideológicas.
Mas, se a pergunta "PARA QUE SERVE O GOVERNO?"ainda te
perturba, você pode fazer o seguinte exercício intelectual:
PRINCÍPIO #7: ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS
DOS MERCADOS.
O que aconteceria se, por exemplo, um transatlântico com 2.000
passageiros naufragasse e todas as pessoas conseguissem se sal-
var, sem que o resto do mundo saiba do seu destino, indo parar em
uma ilha deserta? O pequeno anarquista que vive dentro de cada
um, no início, provavelmente levaria cada pessoa a tentar sobrevi-
ver de forma independente das outras. Com o passar do tempo,
porém, algumas perguntas começariam a surgir, tais como:
X Como fará a comunidade para se proteger da ação dos ani-
mais selvagens?
X Se houver um litígio entre duas pessoas, quem arbitrará para
decidir quem está com a razão?
X Quem tomará conta dos eventuais infratores que, por exemplo,
forem pegos roubando o sustento dos outros?
X Quem tomará conta dos doentes?
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
Notadamente, as diferenças entre os padrões de vida em todo o
mundo são assustadoras. Estudos que tomam por base estimati-
vas afirmam que, se todas as pessoas tivessem o mesmo padrão
de consumo dos EUA ou da Europa, precisaríamos de mais dois
ou três planetas terra.
Mas, o que explicariam essas grandes diferenças entre os padrões
de vida em todo o mundo? Os economistas afirmam que as diferen-
ças de produtividade entre os países são as maiores responsáveis
pelas disparidades nos padrões de vida.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
Em outras palavras, o padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços. Quanto maior for a pro-
dução de bens e serviços de um país em um dado período, melhor
será a qualidade de vida. Ou seja, quanto maior o PIB do país,
mais alto é o padrão de vida da sociedade.
DEFINIÇÃO
Produto Interno Bruto - PIB - Y - Renda nacional:
PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produ-
zidos em um país em um dado período de tempo.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.Algumas considerações importantes sobre o PIB:
X O PIB soma vários tipos de produtos e serviços em uma única
medida da atividade econômica, tentando ser o mais abran-
gente possível: maçãs, laranjas, livros, ingressos de cinema,
vestuário, cortes de cabelo, serviços de saúde e assim por
diante.
X Há alguns produtos que o PIB exclui por ser de difícil mensu-
ração. Por exemplo, o PIB desconsidera todos os itens pro-
duzidos e vendidos ilegalmente, como as drogas ilegais. Ou-
tro exemplo, são os itens produzidos e consumidos em casa,
posto que eles não entram no mercado.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
Algumas considerações importantes sobre o PIB:
X No PIB são registrados apenas os bens e serviços produzidos
no presente, não incluindo transações que envolvam itens pro-
duzidos no passado. Ou seja, o valor de um carro novo entra
no PIB corrente. A venda de um carro usado, não.
X O PIB mede o valor da produção dentro dos limites geográficos
de um país.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
Para efeito de análise, dividiremos o PIB (Y ) em quatro componen-
tes de despesa: consumo (C), investimento (I), gastos do governo
(G) e exportações líquidas (EL ). Assim, temos
Y = C + I+G + EL
.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
DEFINIÇÃO
Produto Interno Bruto per capita - PIB per capita:
Denominamos PIB per capita o valor de todos os bens e serviços
finais produzidos em um país em um determinado período, dividido
pela população média para o mesmo período.
Obs 1: É comum, para efeitos comparativos, adotar o PIB e o PIB
per capita convertidos às taxas de câmbio e de mercado em dóla-
res estadunidenses.
Obs 2: O PIB per capita é muitas vezes considerado um indicador
do nível de vida de um país, embora isto possa causar conflitos,
porque o PIB per capita não é uma medida da renda pessoal.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
Obs 3: Para que se possa estabelecer comparativos entre paí-
ses, comparações de renda nacional entre diferentes países são
frequentemente feitas com base na paridade do poder de compra
(PPC).
DEFINIÇÃO
Produto do Poder de Compra - PPC - Paridade do poder aquisitivo:
A paridade do poder de compra (PPP) é uma forma de mensurar
as variáveis econômicas em diferentes países para efeitos de com-
paração, levando-se em consideração os respectivos poderes de
compra das moedas.
Ou seja, a PPC revelo o quanto determinada quantia "vale"em
termos de poder de compra em um determinado país.
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
TABELA 1: PIB, PIB per capita PIB per capita PPC para países selecionados, avaliados em dólares estadunidenses. Ano
base 2017. Fonte: Banco mundial.
País PIB PIB per capita PIB per capita PPC
Estados Unidos 19, 390, 604.00 59, 531.66 59, 531.66
China 12, 237, 700.48 8, 826.99 16, 806.74
Japão 4, 872, 136.95 38, 428.10 43, 278.99
Alemanha 3, 677, 439.13 44, 469.91 50, 638.89
Inglaterra 2, 622, 433.96 39, 720.44 43, 268.78
Índia 2, 600, 818.24 1, 942.10 7, 059.32
França 2, 582, 501.31 38, 476.66 42, 850.39
Brasil 2, 055, 505.50 9, 821.41 15, 483.54
PRINCÍPIO #8: O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA
CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS.
PRINCÍPIO #9: OS PREÇOS SOBEM QUANDO O GOVERNO EMITE MOEDA
DEMAIS.
PRINCÍPIO #9: OS PREÇOS SOBEM QUANDO O GOVERNO EMITE MOEDA
DEMAIS.
DEFINIÇÃO
Inflação:
Denomina-se inflação um aumento do nível geral de preços da eco-
nomia.
Os economistas usam o termo inflação para descrever uma situa-
ção em que o nível geral de preços de uma economia aumenta. A
taxa de inflação é o acréscimo na porcentagem, em alguma me-
dida, do nível geral de preços, de um período para outro.
Mas, o que causa a inflação? Historicamente, quase todos os ca-
sos de inflação elevada ou persistente, o culpado é o aumento na
quantidade de moeda. Quando o governo emite grandes quantida-
des de moeda, o valor desta cai.
PRINCÍPIO #9: OS PREÇOS SOBEM QUANDO O GOVERNO EMITE MOEDA
DEMAIS.
O arcabouço teórico que busca explicar como o nível de preços
é determinado e como ele pode mudar com o passar do tempo,
sendo influenciado pela quantidade de moeda, se chama teoria
quantitativa da moeda. Segundo esta teoria, a quantidade de mo-
eda disponível na economia determina o valor da moeda, e o cres-
cimento da quantidade de moeda é a principal causa da inflação.
Nas palavras "do economista Milton Friedman: "a inflação é sempre
e em todo lugar um fenômeno monetário.
PRINCÍPIO #9: OS PREÇOS SOBEM QUANDO O GOVERNO EMITE MOEDA
DEMAIS.
Exemplo: Na Alemanha, no início da década de 1920, quando os
preços estavam, em média, triplicando a cada mês, a quantidade
de moeda também estava triplicando mensalmente.
Exemplo: Nos Estados Unidos, na década de 1970, a inflação ele-
vada também estava associada a um rápido crescimento na oferta
de moeda.
Situações nas quais o nível de inflação é bastante acentuado e fora
do controle recebem o nome de hiperinflação.
PRINCÍPIO #10: A SOCIEDADE ENFRENTA UM TRADEOFF DE CURTO PRAZO
ENTRE INFLAÇÃO E DESEMPREGO.
PRINCÍPIO #10: A SOCIEDADE ENFRENTA UM TRADEOFF DE CURTO PRAZO
ENTRE INFLAÇÃO E DESEMPREGO.
A maioria dos economistas acredita que o efeito de curto prazo de
um aumento na oferta de moeda é o menor nível de desemprego
e preços mais altos. Ou seja, o efeito do aumento na oferta de
moeda, no curto prazo, é aumento da inflação e redução no de-
semprego.
Um aumento na quantidade de dinheiro na economia estimula os
gastos e aumenta a quantidade de bens e serviços vendidos na
economia. O aumento na quantidade de bens e serviços vendidos
fará com que as empresas contratem trabalhadores adicionais.
PRINCÍPIO #10: A SOCIEDADE ENFRENTA UM TRADEOFF DE CURTO PRAZO
ENTRE INFLAÇÃO E DESEMPREGO.
Alguns economistas questionam se essa relação ainda existe.
O tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego desempenha
um papel fundamental na análise do ciclo de negócios (flutuações
na atividade econômica, tais como emprego e produção).
Os formuladores de políticas podem explorar esse tradeoff usando
vários instrumentos de política, mas a extensão e a conveniência
dessas intervenções é um assunto de contínuo debate.
UM RESUMO SOBRE OS PRINCÍPIOS
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES
Princípio 1: Pessoas enfrentam tradeoffs;
Princípio 2: O custo de alguma coisa é aquilo de que você
desiste para obtê-la;
Princípio 3: Pessoas racionais pensam na margem;
Princípio 4: Pessoas reagem a incentivos;
UM RESUMO SOBRE OS PRINCÍPIOS
COMO AS PESSOAS INTERAGEM
Princípio 5: O comércio pode ser bom para todos;
Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira
de organizar a atividade econômica;
Princípio 7: Às vezes os governos podem melhorar os resulta-
dos dos mercados;
UM RESUMO SOBRE OS PRINCÍPIOS
COMO A ECONOMIA FUNCIONA
Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços;
Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda
demais;
Princípio 10: A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo
entre inflação e desemprego;
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
Exercícios de revisão
1 Dê três exemplos de tradeoffs importantes com que você se
depara na vida.
2 Quais itens você incluiria para descobrir o custo de oportuni-
dade de férias no Disney World?
3 A água é necessária para a vida. O benefício marginal de um
copo d’água é grande ou pequeno?
4 Por que os formuladores de políticas públicas devempensar
sobre incentivos?
5 Por que o comércio entre países não é como um jogo, em que
alguns vencem e outros perdem?
6 O que a "mão invisível"do mercado faz?
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
Cont. dos Exercícios de revisão
7 Escolha duas falhas de mercado das que foram discutidas em
sala e dê um exemplo de cada uma delas.
8 Por que a produtividade é importante?
9 O que é inflação e quais são suas causas?
10 Como a inflação e o desemprego estão relacionados no curto
prazo?
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
Soluções.
1 Ttradeoffs da vida incluem, por exemplo a) a escolha de como
alocar o tempo entre o estudo de duas disciplinas importantes,
b) como alocar o tempo entre estudos e lazer, c)como alocar
os ultimos R$200, 00 de sua renda: livro vs balada.
2 Devemos levar em consideração custos implícitos, como o custo
do tempo! O custo do tempo depende do que mais você pode
fazer com esse tempo que usará para ir à Disney. Se você
iria ficar em casa e assistir à TV, o custo do tempo pode ser
pequeno, mas se estiver trabalhando nesse período e conse-
guir um afastamento não remunerado, o custo do tempo é o
dinheiro que você poderia ganhar trabalhando.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
Soluções cont.
3 O benefício marginal de um copo de água depende das suas
circunstâncias. Se você acabou de correr uma maratona ou
esteve andando no sol do deserto por três horas, o benefício
marginal é muito alto. Mas se você tem bebido muitos líquidos
recentemente, o benefício marginal é bastante baixo. O ponto
é que mesmo as necessidades da vida, como a água, nem
sempre têm grandes benefícios marginais.
4 Os formuladores de políticas precisam pensar em incentivos
para entender como as pessoas responderão às políticas que
implementam. O exemplo do texto das leis do cinto de segu-
rança mostra que as ações políticas podem ter consequências
não intencionais. Em sala, mencionamos ainda o exemplo de
uma creche que adota multas altas para evitar que os pais se
atrasem para apanhar os filhos.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
Soluções cont.
5 O comércio entre os países não é um jogo com alguns perde-
dores e alguns vencedores porque o comércio pode melhorar
a situação de todos. Ao permitir a especialização, o comér-
cio entre pessoas e o comércio entre países pode melhorar
o bem-estar de todos. Mesmo se levarmos em consideração
agentes econômicos que atuam num mesmo seguimento, o
comercio pode facilitar a vida de todos na medida em que es-
tes agentes podem compartilhar experiencias, mão de obra,
estoques e etc.
6 A "mão invisível"do mercado representa a ideia de que, em-
bora os indivíduos e as empresas estejam agindo por conta
própria, os preços e o mercado os orientam a fazer o que é
bom para a sociedade como um todo.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
Soluções cont.
7 As falhas de mercado são caracterizadas pelo fato de o mer-
cado, por si só, não ser capaz de promover a alocação de
recursos da maneira mais eficiente para a sociedade em ge-
ral. Duas falhas de mercado discutidas em sala de aula foram
àquelas que se caracterizam pela existência de "bens públi-
cos"e "externalidades". As praças públicas e a restauração
de uma escola pública que é feita de maneira espontânea por
um pai de um estudante, são exemplos da existência dessas
falhas de mercado.
8 A produtividade é importante porque o padrão de vida de um
país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços.
Quanto maior a produtividade de um país (a quantidade de
bens e serviços produzidos a cada hora do tempo do trabalha-
dor), maior será o seu padrão de vida.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
Soluções cont.
9 A inflação é um aumento no nível geral de preços na econo-
mia. Tal situação é frequentemente causada pelo aumento da
quantidade de dinheiro na economia.
10 A inflação e o desemprego estão negativamente relacionados
no curto prazo. Assim, reduzir a inflação implica custos para a
sociedade na forma de maior desemprego no curto prazo.
LEITURA COMPLEMENTAR - UMA APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DE ECONOMIA
NA ATUALIDADE
Leitura obrigatória do texto "Adam Smith teria amado a Uber".
ATIVIDADE COMPLEMENTAR - UMA APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DE
ECONOMIA NA ATUALIDADE
PROFESSOR DR. THIAGO A. N. DE ANDRADE
X MUITO OBRIGADO POR PARTICIPAR DESTE CURSO !!!
X Em caso de dúvidas, não deixe de contactar-me:
thiagoan.andrade@gmail.com.
X TE DESEJO MUITO SUCESSO EM SUA TRAJETÓRIA PRO-
FISSIONAL!!!
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

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