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Psicologia Contrutivista

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1 
 
 UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
Beatriz Rocha de Mira – N3734H-1 
Matheus Cabianca Teodoro- D806580 
 
 
O PSICOLOGIA 
 
Trabalho acadêmico 
apresentando à disciplina 
Psicologia Construtivista, 
sob orientação da Profa. 
Daniela Santiago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Assis – São Paulo 
2018 
 
2 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Trata-se de trabalho acadêmico apresentado à disciplina Psicologia Construtivista, 
desenvolvido pelos alunos do 2º semestre do curso de Psicologia da Universidade 
Paulista – UNIP/Assis 
A temática desenvolvida refere-se à observação da teoria do desenvolvimento cognitivo 
do psicólogo suíço Jean Piaget, aliada a teoria do desenvolvimento do grafismo do 
filósofo francês Georges Henry Luquet. 
 
A partir do grafismo é possível compreender a percepção do eu, do outro e do mundo 
através das representações simbólicas impressas nos desenhos infantis. Esse é um meio 
de comunicação importante não só para psicólogos e psicopedagogos, mas também para 
a comunicação familiar, independente da fala verbal, já que é através do desenho que a 
criança cria e recria formas expressivas onde integra a imaginação e a realidade. Além 
disso, conhecer todas as etapas do desenvolvimento do grafismo é fundamental para 
avaliar ou fazer intervenções pedagógicas, a fim de ajudar na construção de valores e 
conhecimento, ao longo de todo processo. 
 Após estudos da área da pedagogia, da psicologia infantil e da observação de cada 
desenho, é permitido afirmar que as imagens expostas no papel não são apenas 
representações de coordenação motora da criança, mas uma maneira de compreender o 
ponto de vista sobre o mundo e, principalmente, como elas se sentem no mundo, 
emocionalmente falando. Por isso é essencial a percepção dos adultos em relação a tais 
grafias expressadas, não só para entender a criança e o seu emocional, mas para manter 
uma comunicação entre ambos. 
 
 
3 
 
OBJETIVO 
Ampliar a compreensão sobre o grafismo infantil como ferramenta psicológica para 
auxiliar a compreensão do desenvolvimento infantil. Sob a luz da teoria de Georges 
Henry Luquet, o grafismo, e a teoria dos estádios de Jean Willian Fritz Piaget. 
 
4 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Georges Henry Luquet 
 
Luquet objetiva o desenho como o processo em que o indivíduo constrói o real em sua 
mente no atual momento em que compõe o desenho. Segundo ele, toda criança desenha 
como uma forma de brincar, para se entreter com a atividade de desenhar. Afirma 
também em sua teoria que o desenvolvimento gráfico está ligado a subjetividade da 
criança, ao meio social em que ela vive, a cultura que lhe é passada, e que a intenção da 
criança ao desenhar está ligada a objetos reais e a associação de ideias, ou seja ela vai 
desenhar aquilo que faz parte do contexto de vida dela. Luquet confirma isso no trecho a 
seguir, retirado da obra “O desenho Infantil”: 
“Todo desenho é a tradução gráfica da imagem visual que forneça o motivo 
apresentado e, acreditamos, de uma imagem visual mais ou menos nítido realmente presente no espírito 
do desenhista no momento que ele desenha, o que nós denominamos modelo interno. 
Qualquer que seja o ponto de vista subjetivo, do ponto de vista objetivo o desenho é 
incontestavelmente a tradução gráfica dos caracteres visuais do objeto representado; isto é, 
tomando emprestado dos estudiosos da lógica o termo “compreensão” pelo qual eles designam o 
conjunto de caracteres de um objeto, o desenho de um 
motivo pode ser definido como a tradução gráfica da compreensão visual desse motivo. (...) Nós 
acreditamos que a preocupação da criança frente a cada um de seus desenhos é de o fazer exprimir de 
um modo bem exato, bem completo, pode-se dizer o mais literal possível, a compreensão visual do objeto 
que ele representa. Nenhum nome nos parece exprimir melhor essa característica que 
realismo, e nós diremos que o desenho infantil é essencialmente e voluntariamente realista.” (LUQUET, 
G.H, 1913, p.145)" 
 
Nessa perspectiva, a sequência de desenvolvimento do desenho para Luquet é: 
 
Realismo Fortuito, inicia-se por volta dos dois anos de idade: esse estágio de 
subdivide em desenho involuntário, que é quando a criança rabisca algumas linhas 
sem se preocupar com a imagem, já que ela não sabe que as mesmas linhas podem 
representar objetos; e a partir de tentativas favorecidas pela tendência ao automatismo 
gráfico imediato que a habilidade gráfica melhora, a criança começa a fazer um 
desenho voluntário, onde as imagens começam a tomar formas. 
 
Realismo Fracassado ou falhado, normalmente entre 3 e 4 anos de idade: nessa fase a 
criança tem a intenção de desenhar algo com determinado aspecto, visto que ela está 
5 
 
descobrindo a identidade forma-objeto, mas não consegue realizar perfeitamente 
devido a dois obstáculos: o de ordem psíquica (referente ao caráter de tempo limitado 
e descontínuo da atenção infantil) e de ordem motora (quando não tem o controle total 
de seus movimentos). 
 
Realismo Intelectual (estende-se dos 4 aos 10/12 anos de idade): estágio em que a 
criança inclui no seu desenho não apenas aquilo que vê, mas também aquilo que 
imagina ou aquilo que sabe e faz uso de transparências, planificação, realismo e mistura 
variados pontos de vistas. Como exemplo, podemos citar desenhos em que a criança 
desenha os personagens soltos no ar e até mesmo quando desenham uma casa 
demonstrando aquilo que sabem que tem dentro dela, como no exemplo abaixo. 
 
Realismo Visual (geralmente por volta dos 12 anos de idade): nessa fase a criança 
substitui a transparência pela opacidade e o rebatimento e a mudança pelo ponto de vista 
baseado em uma perspectiva. 
 
Luquet ressalta que as mudanças de fase se dão conforme cada criança, essa mudança 
varia de acordo com o indivíduo e as interações dele com o ambiente e com outras 
pessoas. 
Jean Willian Fritz Piaget 
Para Piaget existem 4 estádios que influenciam o processo evolutivo da espécie humana, 
uma vez que desenvolveu a teoria dos estádios: 
Sensório-motor que abrange a criança do 0 aos 2 anos: fase em que a criança começa a 
criar desenhos espontaneamente. São desenhos imaginários sem ligação com a realidade. 
Pré-operatório de 2 a 7 anos: neste período a criança dá início a assimilação dos desenhos 
com a sua realidade, a imaginação é seu guia para desenhar, isso deriva da descoberta das 
emoções, é o início do processo comunicativo, imitando a escrita adulta. 
 Operatório-Concreto dos 7 aos 11 ou 12 anos: nesta fase a tendência é formar diferentes 
expressões e entendimentos, percebendo as linhas do caderno por exemplo, e usando elas 
como referência, compreendendo a relação entre cor e objeto, assim partilhando suas 
emoções e não somente a realidade. 
6 
 
Operatório-Formal dos 12 anos em diante: fase onde o individuo começa a diferenciar os 
sexos, exemplo isso é de menino, aquilo é de menina. Começando a produzir linhas 
rígidas e geométricas, e assim começa a desenvolver uma investigação mais apurada de 
si mesmo. 
Cada uma dessas fases possui características diferentes de organização mental que 
possibilitam as diferentes maneiras da criança interagir com o meio. De uma forma geral, 
todos os indivíduos vivenciam essas 4 fases na mesma sequência, porém o início e o 
término de cada uma delas pode sofrer variações em função das características da 
estrutura biológica de cada indivíduo e dos estímulos que recebe do meio em que ele 
estiver inserido. Por isso mesmo é que "a divisãonessas faixas etárias é uma referência, 
e não uma norma rígida", conforme lembra Furtado. 
Analise dos Grafismos 
Desenho 01 
A.A.L., 3 Anos – Menino. 
Anexo 
A criança apresentou, segundo Luquet (1969), o grafismo no estágio do Realismo 
Fortuito, na sua subdivisão de Realismo-Involuntário, onde as linhas são sem 
significado, repetição de gestos (circulares). 
Enquanto para Piaget (1950) a criança se encontra no estádio Sensório-Motor, sem 
preocupação com tamanhos, ordens e posição dos desenhos, mas apenas com as formas, 
visto que um risco, um traço pode significar diversas coisas para essa criança. 
Desenho 02 
M.C.R.,? Anos – Menino. 
De acordo com Luquet (1996), o grafismo apresentado, é o Realismo-Falhado ou 
Incapacidade-Sintética. Objetos diferenciados, exagero ou omissões de partes (pois ele 
coloca figuras aleatórias); pensamentos não coordenados. 
7 
 
Segundo Piaget (!950) a criança que apresentou esse grafismo se insere no estádio Pré-
Operatório, apresentando contornos mais firmes, que atribuem uma consciência de 
formas mais apurada, pela forma que tenta representar o real ou aquilo que lhe é real. 
Desenho 03 
M.Q., ? Anos – Menino. 
O desenho apresentado pela criança se enquadra no Realismo Intelectual para Luquet 
(1969), o indivíduo representa o objeto por seu intelecto, consciente reprodução de um 
objeto, coordenação do objeto no espaço. 
Enquanto para Piaget (1950), a criança que produziu tal grafismo se encontra no estádio 
Operatório, uma vez que demonstra possuir em seu grafismo maior noção de tempo, 
espaço, ordem e causalidade, conseguindo relacionar diferentes aspectos, e elaborar um 
desenho mais descritivo, representativo e organizado, que estabelece uma relação entre 
cor e objeto. 
Desenho 04 
M.?.? ., ? Anos – Menina. 
O desenho apresentado pela criança, se enquadra no Realismo Visual, segundo Luquet 
(1969), pois a representação apresenta realismo, elementos visíveis, construção de 
categorias mentais. 
Já para Piaget (1950), a criança se enquadra no estádio Operatório-Concreto, onde é 
apresentado diferentes expressões e entendimentos, percebendo as linhas do caderno por 
exemplo, e usando elas como base, assim partilhando traços emotivos, e não somente a 
realidade. 
 
 
 
 
 
8 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O desenho é um exercício de nossa percepção. Na verdade, o desenho reproduz bem 
mais do que aquilo que é visto fielmente, mas traduz a visão que temos delas. 
 
É possível dizer que o desenvolvimento do grafismo é a revelação emocional e psíquica 
da criança. E suas ideias e percepções são registradas na linguagem gráfica. 
É através da evolução do grafismo que podemos acompanhar a evolução da criança 
através de seus desenhos, ou seja, se tratando de construtivismo. O grafismo é uma 
importante e eficaz ferramenta para a compreensão do processo e etapas da construção 
da percepção da criança frente ao mundo que a cerca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
METODOLOGIA 
Trata- se de uma observação ao grafismo infantil, onde foi solicitado a 
crianças de 02 a 15 anos que fizessem um desenho conforme sua vontade, 
posteriormente os desenhos seriam relacionados com as teorias dos 
estágios do desenvolvimento do grafismo e a teoria dos estádios do 
desenvolvimento infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
LUQUET, G. H. O desenho infantil. Porto: Ed. Do Minho, 1969. 
FURTADO, O.; BOCK, A.M.B; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma 
introdução ao estudo de psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 1999 
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: 
Zahar, 1976.

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