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ECOSSISTEMAS_20-02-2018

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ECOSSISTEMAS
Disciplina: Gestão Ambiental e Desenvolvimento 
Sustentável
2018.1
Prof. Anderson Carneiro, M Sc.
O que é ecossistema?
• É resultado da interação de comunidades de organismos 
que interagem entre si e com o ambiente físico, o qual 
incluiu a luz do sol, as chuvas e os nutrientes no solo.
O que é ecossistema?
• Sistemas em que ocorre o fluxo de matéria, sendo que 
esse fluxo para o interior e exterior é pequeno, 
comparado com a quantidade de matéria reciclada no 
seu interior.
Ecologia
• A palavra Ecologia derivada de: 
Oikos = casa, logos = estudo, 
ciência.
• O termo foi originalmente 
empregado pelo zoólogo 
alemão Ernst Haeckel (1834 –
1919) em sua obra “Generelle
Morfologie der Organismen”.
O que é Ecologia?
• Ecologia é a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e 
o ambiente onde estes vivem.
• Ecologia é a ciência que estuda a dinâmica dos Ecossistemas.
Biosfera
Bioma
Ecossistema
Habitat
Habitat?
• Locais em que vivem organismos integrantes de uma 
população.
A Influência exercida pelo homem
• Perda de habitat
• Emissão de compostos químicos tóxicos
• Introdução de espécies exóticas
Biosfera
• A soma de todas as regiões da Terra, a qual é formada 
pela atmosfera, a hidrosfera (a água) e a litosfera (o solo, 
as rochas, e os minérios que compõem a porção sólida 
do planeta).
Atmosfera
• É uma fina camada de gases que envolve superfície da 
Terra.
Gás % volume
Gases não variáveis
Nitrogênio 78,08
Oxigênio 20,95
Argônio 0,93
Neônio 0,002
Outros 0,001
Gases variáveis
Vapor d’água 0,1 a 5
Dióxido de carbono 0,035
Ozônio 0,000006
Outros gases traços
Material particulados Normalmente traços
Atmosfera
A transferência de massa e de energia 
nos ecossistemas
• Não existe ecossistema sem uma fonte externa de 
energia!!
• Fotossíntese: (plantas que contêm clorofila)
• 6CO2+6H2O+28000 Kj energia do sol → C6H1206+602
A transferência de massa e de energia 
nos ecossistemas
• Produtividade Primária Líquida (PPL): velocidade de 
produção de células e de compostos como glicose pelo 
produtos primários.
Pântanos
Florestas 
tropicais
Desertos
Tundras
PP
L
PPL
A transferência de massa e de energia 
nos ecossistemas
• Função: luz solar, temperatura, água e disponibilidade de 
nutrientes
Pântanos
Florestas 
tropicais
Desertos
Tundras
PP
L
PPL
Teia trófica
•E
fic
iê
nc
ia
 e
co
ló
gi
ca
Teia trófica
Autotróficos
• Primeiro nível
Herbívoros (quimiotróficos)
• Segundo nível
Carnívoros (quimiotróficos)
• Terceiro nível
Tipos de respiração 
• Aeróbica: ambientes ricos em oxigênio
• Anóxicos: baixa concentração de oxigênio 
• Anaeróbica: ambientes ausentes de oxigênio e nitrato
A transferência de massa e de energia 
nos ecossistemas
• Bioacumulação: representa o aporte total de compostos 
químicos contidos nos alimentos consumidos por um 
organismo (benton, peixes, dentre outros) ou obtidos via 
transporte de substâncias através das guelras e do 
epitélio.
• Biomagnificação: é o processo que resulta da 
acumulação de um composto em um predador, localizado 
portanto em um nível superior, composto este que é 
encontrado nos alimentos (presas) consumidos por este.
• Bioconcentração: é a ingestão de compostos químicos 
presentes na fase dissolvida.
A transferência de massa e de energia 
nos ecossistemas
Ciclos biogeoquímicos
bio
• Porque organismos vivos interagem no 
processo de síntese orgânica e 
decomposição dos elementos
geo
• Porque o meio terrestre é a fonte de 
alimentos
químico
• Porque são ciclos de elementos químicos
Ciclos biogeoquímicos
• Biogeoquímica: é a ciência que estuda a troca ou a 
circulação de matéria entre os componentes vivos e 
físico-químicos da biofesra.
• Nutrientes: elemento essencial disponível para os 
produtores, em forma molecular ou iônica.
Macronutrientes
• C, H, O, N, P
• S, Cl, K, Na, 
Ca, Mg, Fe
Micronutrientes
• Al, B, Cr, Zn, 
Mo, V, Co
Ciclo do carbono
• 14º elemento mais abundante (em peso) na terra
• É encontrado em todos os seres vivos, na atmosfera 
(CO2), no húmus do solo, nos combustíveis fósseis, no 
solo e nas rochas.
• Fotossíntese: 
• 6CO2+6H2O+28000 Kj energia do sol → C6H1206+602
• Respiração:
• C6H1206+602 →6CO2+6H2O+640kcal/mol de glicose
Ciclo do carbono
Ciclo do carbono
Ciclo do nitrogênio
• Também é um ciclo gasoso como o ciclo do carbono
• Na atmosfera:
• 78% N
• 0,032% C
• 4NH4+ +6O2 = 4NO2- + 8H+ + 4H2O
• 4NO2- + 2O2 = 4NO-3
• NH4+ + 2O2 = NO3- + 2H+ + H20
Ciclo do nitrogênio
Ciclo do nitrogênio
Ciclo do fósforo
• Material genético constituinte das moléculas dos ácidos 
ribonucléico (RNA) e desoxirribonucléico (DNA)
• Ciclo fundamentalmente sedimentar
• Principal reservatório é a litosfera (rochas fosfatadas)
• Ciclo lento, passando da litosfera para a hidrosfera por 
meio da erosão.
Ciclo do fósforo
Dinâmica populacional
• É o estudo das alterações e dos fatores que afetam a 
quantidade de indivíduos e a composição de populações 
em uma unidade ambiental.
• Área de interesse pode ser:
• Biológico
• Geográfico
• Político
• Objetivo:
• Entender como as perturbações ambientais afetam as populações;
• Estimar populações e determinar a demanda por recursos hídricos;
• Estimar as populações bacterianas em sistemas construídos;
• Utilizar as populações como indicadores da qualidade ambiental.
Dinâmica populacional
• População: conjunto de indivíduos da mesma espécie 
que dividem o mesmo habitat.
• Comunidade: conjunto de populações agrupadas em uma 
certa área.
• Densidade populacional: é o número de indivíduos, ou a 
quantidade de biomassa, por unidade de área ou volume.
• Natalidade: é a tendência de crescimento de uma 
população.
• Mortalidade: é a antítese da natalidade.
• Fator limitante: é qualquer fator ecológico, biótico ou 
abiótico que condiciona as possibilidades de sucesso de 
um organismo em um ambiente, impedindo que a 
população cresça acima de certos limites.
Fator limitante
Meio terrestre
• Fósforo
• Luz
• Temperatura
• Água
Meio aquático
• Oxigênio
• Fósforo
• Luz 
• Temperatura
• Salinidade
Dinâmica populacional
• Unidades:
• Plantas e animais: nº de indivíduos / área
• Bactérias e vírus: nº de indivíduos / volume
Curva de 
crescimento 
bacteriano 
Dinâmica populacional humana
Dinâmica populacional humana
Dinâmica populacional humana
Biodiversidade
• O termo biodiversidade - ou diversidade biológica -
descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As 
plantas, os animais e os microrganismos fornecem 
alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima 
industrial consumida pelo ser humano.
Biodiversidade
• O Brasil é um país de proporções continentais: seus 8,5 
milhões km² ocupam quase a metade da América do Sul e 
abarcam várias zonas climáticas – como o trópico úmido no 
Norte, o semiárido no Nordeste e áreas temperadas no Sul. 
• Evidentemente, estas diferenças climáticas levam a grandes 
variações ecológicas, formando zonas biogeográficas distintas 
ou biomas: a Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida 
do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado de 
savanas e bosques; a Caatinga de florestas semiáridas; os 
campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da Mata 
Atlântica. 
• Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões 
km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, 
manguezais, lagoas, estuários e pântanos.
Biodiversidade
• A variedade de biomas reflete a enorme riqueza da flora e da fauna 
brasileiras: o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta.Esta 
abundante variedade de vida – que se traduz em mais de 20% do 
número total de espécies da Terra – eleva o Brasil ao posto de 
principal nação entre os 17 países mega diversos (ou de maior 
biodiversidade).
• Além disso, muitas das espécies brasileiras são endêmicas, e 
diversas espécies de plantas de importância econômica mundial –
como o abacaxi, o amendoim, a castanha do Brasil (ou do Pará), a 
mandioca, o caju e a carnaúba – são originárias do Brasil.
• Mas não é só: o país abriga também uma rica sociobiodiversidade, 
representada por mais de 200 povos indígenas e por diversas 
comunidades – como quilombolas, caiçaras e seringueiros, para citar 
alguns – que reúnem um inestimável acervo de conhecimentos 
tradicionais sobre a conservação da biodiversidade.
Biodiversidade
• Porém, apesar de toda esta riqueza em forma de conhecimentos e 
de espécies nativas, a maior parte das atividades econômicas 
nacionais se baseia em espécies exóticas: na agricultura, com 
cana-de-açúcar da Nova Guiné, café da Etiópia, arroz das Filipinas, 
soja e laranja da China, cacau do México e trigo asiático; na 
silvicultura, com eucaliptos da Austrália e pinheiros da América 
Central; na pecuária, com bovinos da Índia, equinos da Ásia e 
capins africanos; na piscicultura, com carpas da China e tilápias da 
África Oriental; e na apicultura, com variedades de abelha
provenientes da Europa e da África.
• Como se sabe, a biodiversidade ocupa lugar importantíssimo na 
economia nacional: o setor de agroindústria, sozinho, responde por 
cerca de 40% do PIB brasileiro (calculado em US$ 866 bilhões em 
1997); o setor florestal, por sua vez, responde por 4%; e o setor 
pesqueiro, por 1%. Na agricultura, o Brasil possui exemplos de 
repercussão internacional sobre o desenvolvimento de biotecnologias 
que geram riquezas por meio do adequado emprego de 
componentes da biodiversidade.
Biodiversidade
• Produtos da biodiversidade respondem por 31% das exportações 
brasileiras, com destaque para o café, a soja e a laranja. As atividades 
de extrativismo florestal e pesqueiro empregam mais de três milhões de 
pessoas. A biomassa vegetal, incluindo o etanol da cana-de-açúcar, e a 
lenha e o carvão derivados de florestas nativas e plantadas respondem 
por 30% da matriz energética nacional – e em determinadas regiões, 
como o Nordeste, atendem a mais da metade da demanda energética 
industrial e residencial. Além disso, grande parte da população brasileira 
faz uso de plantas medicinais para tratar seus problemas de saúde.
• Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável.
• Sua redução compromete a sustentabilidade do meio ambiente, a 
disponibilidade de recursos naturais e, assim, a própria vida na Terra. 
Sua conservação e uso sustentável, ao contrário, resultam em 
incalculáveis benefícios à Humanidade.
• Neste contexto, como abrigo da mais exuberante biodiversidade do 
planeta, o Brasil reúne privilégios e enorme responsabilidade.
Biomas
• São grandes ecossistemas e distribuem-se na superfície 
terrestre grande parte em função da latitude, uma vez 
que o clima varia de acordo com ela.
Ecossistemas aquáticos e terrestres 
(diferenças)
• Enquanto nos ecossistemas terrestres a água é muitas vezes 
fator limitantes, nos ecossistemas marinhos a luz é que se 
torna limitante;
• As variações de temperaturas são mais pronunciadas no meio 
terrestre do que no meio aquático, por causa do alto calor 
específico da água;
• No meio terrestre, a circulação do ar provoca uma rápida 
distribuição e reciclagem de gases, enquanto, no aquático, o 
oxigênio, às vezes, é um fator limitante;
• O meio aquático requer esqueletos menos rígidos dos seus 
habitantes do que o meio terrestre, uma vez que o empuxo do 
ar é bem inferior ao da água;
• Os ecossistemas terrestres apresentam uma biomassa vegetal 
muito maior que os ecossistemas aquáticos, mas as cadeias 
alimentares tornam-se bem maiores nos ecossistemas 
aquáticos.
Ecossistemas aquáticos
Ec
os
si
st
em
as
 a
qu
át
ic
os
Água doce 
(0,5 g/L)
Lênticos
Lagos
Lagoas
Pântanos
Lóticos
Rios
Nascentes
Corredeiras
Água salgada 
(35 g/L)
Ecossistemas aquáticos
• Seres aquáticos:
• Plânctons: são organismos em 
suspensão na água, sem meio 
de locomoção própria, que 
acompanham as correntes 
aquáticas. Podem ser divididos 
em fitoplânctons (algas), 
responsáveis pela produção 
primária nos meios aquáticos, e 
zooplânctons, que são 
principalmente os protozoários.
• Bentos: são organismos que 
vivem na superfície sólida 
submersa, podendo ser fixos ou 
móveis.
• Néctons: são organismos 
providos de meio de locomoção 
própria, como os peixes.
Ecossistemas de água doce
• Rios
• Lagos e Lagoas
• Estuários
• É um corpo d’água litorâneo semifechado com livre acesso para o 
mar, onde as águas marinhas se misturam com a água doce 
proveniente do continente em pontos de desembocaduras de rios e 
baías costeiras.
• É uma zona de transição entre a água doce e a salgada, mas com 
características próprias.
• Ex: Baía de todos os Santos
BTS
Ecossistemas terrestres
Ecossistemas brasileiros
Amazônia
• Extensão aproximada: 4.196.943 quilômetros quadrados
• A Amazônia é a maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior bioma 
do Brasil – ocupa quase metade (49,29%) do território nacional. Esse bioma 
cobre totalmente cinco Estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), 
quase totalmente Rondônia (98,8%) e parcialmente Mato Grosso (54%), 
Maranhão (34%) e Tocantins (9%). Ele é dominado pelo clima quente e úmido 
(com temperatura média de 25 °C) e por florestas. Tem chuvas torrenciais bem 
distribuídas durante o ano e rios com fluxo intenso.
• O bioma Amazônia é marcado pela bacia amazônica, que escoa 20% do volume 
de água doce do mundo. No território brasileiro, encontram-se 60% da bacia, 
que ocupa 40% da América do Sul e 5% da superfície da Terra, com uma área de 
aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros quadrados.
• A vegetação característica é de árvores altas. Nas planícies que acompanham o 
Rio Amazonas e seus afluentes, encontram-se as matas de várzeas 
(periodicamente inundadas) e as matas de igapó (permanentemente inundadas). 
Estima-se que esse bioma abrigue mais da metade de todas as espécies vivas 
do Brasil.
Cerrado
• Extensão aproximada: 2.036.448 quilômetros quadrados
• O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e cobre 22% do 
território brasileiro. Ele ocupa totalmente o Distrito Federal e boa parte de Goiás 
(97%), de Tocantins (91%), do Maranhão (65%), do Mato Grosso do Sul (61%) e 
de Minas Gerais (57%), além de cobrir áreas menores de outros seis Estados. É 
no Cerrado que está a nascente das três maiores bacias da América do Sul 
(Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em elevado 
potencial aquífero e grande biodiversidade. Esse bioma abriga mais de 6,5 mil 
espécies de plantas já catalogadas.
• No Cerrado predominam formações da savana e clima tropical quente subúmido, 
com uma estação seca e uma chuvosa e temperatura média anual entre 22 °C e 
27 °C. Além dos planaltos, com extensas chapadas, existem nessas regiões 
florestas de galeria, conhecidas como mata ciliar e mata ribeirinha, ao longo do 
curso d’água e com folhagem persistente durante todo o ano; e a vereda, em 
vales encharcados e que é composta de agrupamentos da palmeira buriti sobre 
uma camada de gramíneas (estas são constituídas por plantas de diversas 
espécies, como gramas e bambus).
Mata atlântica
• Extensão aproximada: 1.110.182 quilômetros quadrados
• A Mata Atlântica é um complexo ambiental que engloba 
cadeias de montanhas, vales, planaltos e planícies de toda 
a faixa continental atlântica leste brasileira, além de 
avançar sobre o Planalto Meridional atéo Rio Grande do Sul. 
Ela ocupa totalmente o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e 
Santa Catarina, 98% do Paraná e áreas de mais 11 Unidades 
da Federação.
• Seu principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila densa, 
normalmente composta por árvores altas e relacionada a um 
clima quente e úmido. A Mata Atlântica já foi um dos mais ricos 
e variados conjuntos florestais pluviais da América do Sul, mas 
atualmente é reconhecida como o bioma brasileiro mais 
descaracterizado. Isso porque os primeiros episódios de 
colonização no Brasil e os ciclos de desenvolvimento do país 
levaram o homem a ocupar e destruir parte desse espaço.
Caatinga
• Extensão aproximada: 844.453 quilômetros quadrados
• A Caatinga, cujo nome é de origem indígena e significa “mata clara e 
aberta”, é exclusivamente brasileira e ocupa cerca de 11% do país. É 
o principal bioma da Região Nordeste, ocupando totalmente o 
Ceará e parte do Rio Grande do Norte (95%), da Paraíba (92%), de 
Pernambuco (83%), do Piauí (63%), da Bahia (54%), de Sergipe (49%), 
do Alagoas (48%) e do Maranhão (1%). A caatinga também cobre 2% de 
Minas Gerais.
• A Caatinga apresenta uma grande riqueza de ambientes e espécies, 
que não é encontrada em nenhum outro bioma. A seca, a luminosidade e 
o calor característicos de áreas tropicais resultam numa vegetação de 
savana estépica, espinhosa e decidual (quando as folhas caem em 
determinada época). Há também áreas serranas, brejos e outros tipos 
de bolsão climático mais ameno.
• Esse bioma está sujeito a dois períodos secos anuais: um de longo 
período de estiagem, seguido de chuvas intermitentes e um de seca 
curta seguido de chuvas torrenciais (que podem faltar durante anos). 
Dos ecossistemas originais da caatinga, 80% foram alterados, em 
especial por causa de desmatamentos e queimadas.
Pampa
• Extensão aproximada: 176.496 quilômetros quadrados
• O bioma pampa está presente somente no Rio Grande do 
Sul, ocupando 63% do território do Estado. Ele constitui os 
pampas sul-americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela 
Argentina e, internacionalmente, são classificados de Estepe. 
O pampa é marcado por clima chuvoso, sem período seco 
regular e com frentes polares e temperaturas negativas no 
inverno.
• A vegetação predominante do pampa é constituída de ervas e 
arbustos, recobrindo um relevo nivelado levemente ondulado. 
Formações florestais não são comuns nesse bioma e, quando 
ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa (árvores altas) e 
floresta estacional decidual (com árvores que perdem as folhas 
no período de seca).
Pantanal
• Extensão aproximada: 150.355 quilômetros quadrados
• O bioma Pantanal cobre 25% de Mato Grosso do Sul e 7% de 
Mato Grosso e seus limites coincidem com os da Planície do 
Pantanal, mais conhecida como Pantanal mato-grossense. O 
Pantanal é um bioma praticamente exclusivo do Brasil, 
pois apenas uma pequena faixa dele adentra outros países (o 
Paraguai e a Bolívia).
• É caracterizado por inundações de longa duração (devido 
ao solo pouco permeável) que ocorrem anualmente na 
planície, e provocam alterações no ambiente, na vida silvestre 
e no cotidiano das populações locais. A vegetação 
predominante é a savana. A cobertura vegetal original de 
áreas que circundam o Pantanal foi em grande parte 
substituída por lavouras e pastagens, num processo que 
já repercute na Planície do Pantanal.
Desmatamento Caatinga
Desmatamento Mata Atlântica
????
• Quais os impactos ambientais provocados pelo 
desmatamento de cada bioma no Brasil?
Estudo de caso – O DDT
• Dicloro-Difenil-Tricloroetano
O DDT – benção ou maldição?
• A publicação do livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, 
mostrou ao mundo o impacto da atividade humana na ecologia, 
definida como o estudo das relações entre plantas e animais no meio 
ambiente. Carson, bióloga marinha que trabalhou para o 
Departamento Estado-Unidense da Pesca e Vida Selvagem, 
escreveu a obra para documentar os efeitos do DDT nos 
ecossistemas, também chamados de sistemas ecológicos.
• A primeira aplicação do DDT (dicloro-difenil-dicloroetano) foi como 
pesticida, pelas tropas aliadas nas ilhas do Pacífico Sul durante a 
Segunda Guerra Mundial. O objetivo era erradicar a febre tifoide e 
eliminar o mosquito transmissor da malária. Ao contrário de muitos 
inseticidas eficazes no controle de apenas algumas espécies de 
insetos, o DDT era um “composto milagroso”, já que exterminava 
centenas de diferentes insetos. Com o fim do conflito, o DDT 
continuo sendo empregado para controlar pragas em propriedades 
rurais e matar mosquitos em diferentes comunidades. Nos trópicos, 
o composto era aplicado para erradicar a malária e a febre amarela.
O DDT – benção ou maldição?
• Rachel Carson se deu conta dos efeitos do DDT em 1958, 
quando uma amiga escreveu-lhe uma carta sobre a 
impressionante mortandade de pássaros em Cabo Cod
(Massachussets, Estados Unidos da América, EUA), após a 
pulverização do composto na região. Carson passou os 
quatros anos seguintes investigando as consequências da 
aplicação do inseticida de modo mais abrangente, e descobriu 
que as populações de aves de rapina de grande porte, como a 
águia-pescadora, o falcão peregrino e a águia-de-cabeça-
branca haviam sofrido uma redução drástica. A autora 
escreveu: “O DDT e outros pesticidas prejudicaram aves e 
outros animais de maneira irreversível, contaminando toda a 
teia trófica destes organismos” (Natural Resources Defense
Council, 1997).
O DDT – benção ou maldição?
• Nos anos seguintes à publicação do livro, pesquisas 
intensivas foram realizadas para determinar os efeitos 
ecológicos do DDT. Descobriu-se então que a redução no 
número de indivíduos nas populações de aves era o 
resultado de um processo falho em sua reprodução. O 
DDT degrada-se em outro compostos (DDE), o qual afeta 
os hormônios reprodutivos causando a adelgaçamento na 
casca dos ovos. Morcegos, invertebrados aquáticos, e 
muitas espécies de peixes são sensitivos ao DDT. Muito 
embora alguns invertebrados terrestres não sejam 
eliminados pelo DDT, a substância pode se acumular em 
seus tecidos.
O DDT – benção ou maldição?
• Diante dos efeitos do DDT em indivíduos, não é difícil perceber 
que, em nível de ecossistema, estas implicações seriam 
igualmente significativas. Quando uma espécie predadora 
consome um invertebrado terrestre em cujos tecidos orgânicos 
o DDT se acumulou, inicia-se a transferência do pesticida na 
teia trófica. Com a redução das comunidades de morcegos, 
águias e falcões, as populações de presas, sobretudo insetos 
e roedores, aumentam. Da mesma forma, a diminuição de 
cardumes de peixes pequenos, os quais são particularmente 
suscetíveis ao inseticida, leva a uma redução direta na oferta 
de alimento para os peixes maiores. Com isso caem também 
os números de aves e de mamíferos que se alimentam destes 
peixes em seus habitats. No final da década de 1960, os 
efeitos do DDT já eram de conhecimento público e, em 1970, o 
pesticida foi proibido na Suécia e em 1972, os EUA seguiram o 
exemplo. Desde então verifica-se uma lenta recuperação dos 
ecossistemas afetados. 
O DDT – benção ou maldição?
• Por exemplo, em 1963, não houve registro de construção de um 
único ninho de águia-de-cabeça-branca em todo o estado do Ilinois
(EUA) (Rubin, 1997). Em 1996, havia 20 casais em período de 
reprodução, naquele estado. O falcão peregrino foi declarado extinto 
no estado de Nova York (EUA) na década de 1970. Em 1996, 32 
casais foram registrados na região. Todavia, a proibição do DDT não 
se deu sem consequência negativa. Na década de 1960, marcada 
por recordes de consumo do pesticida, a incidência de malária no Sri 
Lanka era praticamente nula. Naquele país, a pulverização do DDT 
foi descontinuada em 1961. Sete anos mais tarde, uma epidemia de 
doençasse abateu sobre a ilha. Em países como o Brasil, o Equador, 
o Peru, a Colômbia e a Venezuela a proibição do composto resultou 
em 12 milhões de casos de malária entre 1980 e 1998 (Attaran et al., 
2000). Além disso, epidemias da doença foram registradas na 
Suaziilândia, em 1984, e em Madagáscar, entre 1986 e 1988, com a 
morte de mais de 100 mil pessoas (Roberts, Manguin e Mouchet, 
2000).
• Fonte: Davis e Masten (2016).

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