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Aula 1 - Sistemas Elétricos de Potência e Subestações SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA • Conjunto de equipamentos que operam de maneira coordenada com a finalidade de gerar, transmitir e distribuir energia elétrica aos consumidores; • Deve atender a determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade, qualidade, segurança e custos, com o mínimo impacto ambiental e o máximo de segurança pessoal ESTRUTURA DO SEP Redes de Distribuição • As tensões de conexão padronizadas para alta-tensão (AT) e média tensão (MT) são: 138 kV (AT), 69 kV (AT), 34,5 kV (MT) e 13,8 kV (MT); • O setor terciário, tais como hospitais, edifícios administrativos e pequenas indústrias são os principais usuários da rede MT; • A rede baixa tensão (BT) representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Tais redes possuem um grande número de consumidores, sobretudo o setor residencial; • Os níveis de tensões praticados no Brasil são: 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 345 kV, 300 kV, 230 kV, 161 kV, 138 kV, 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23 kV, 13,8 kV, 440 V, 380 V, 220 V, 110 V. Níveis de Tensão no SEP SUBESTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • Conjunto de equipamentos destinados a transformar e regular as tensões geradas ou transportadas, permitir a operação segura das partes componentes do sistema, eliminar ou reduzir as faltas e permitir o estabelecimento de alternativas para o suprimento (o mais contínuo possível) da energia elétrica. Definições • Uma subestação elétrica é um agrupamento de equipamentos elétricos com a finalidade de dirigir o fluxo de energia elétrica num sistema de potência e de possibilitar a operação segura do mesmo; • Serve como um ponto no qual dispositivos automáticos de proteção e meios de desviar o fluxo de energia ao longo de rotas alternativas podem ser instalados; • Basicamente, qualquer subestação consiste de um número de circuitos chegando e partindo, conectados entre si através de uma barra ou sistema de barramento comum; • Os equipamentos principais que constituem cada circuito são: 1. Disjuntores 2. Transformadores para instrumentos 3. Chaves seccionadoras 4. Pára-raios 5. Transformadores de potência (autotransformadores) FUNÇÕES DAS SUBESTAÇÕES • Basicamente temos as seguintes funções: • Transformação: alteração dos níveis da tensão de modo a adequá-lo as conveniências de transmissão, distribuição e consumo; • Regulação: regular os níveis de tensão de modo a mantê-los nos limites aceitáveis e admissíveis; • Chaveamento: conexão e desconexão de componentes do sistema de transmissão ou distribuição, para orientar o fluxo de energia e isolar partes com defeitos, mantendo a continuidade no suprimento de energia elétrica. • Algumas subestações, além das funções citadas possuem uma quarta, que é a de modificar as características originais da energia elétrica; • Estas subestações são denominadas de conversoras e destinam-se a modificar a frequência ou a corrente alternada para continua e vice- versa; • Como exemplo, temos a subestação de Bateias que pertence a Itaipu; • Nesta usina existem 20 unidades geradoras, sendo dez na frequência da rede elétrica paraguaia (50 Hz) e dez na frequência da rede elétrica brasileira (60 Hz) TIPOS DE SUBESTAÇÕES • SE Elevadora: função de elevar uma tensão para ser "transportada" para outra localidade em distância considerável, para que se utilize cabos elétricos de menores secções (diâmetros). Normalmente estas subestações estão localizadas nas usinas hidrelétricas; • SE Interligadora: recebe duas ou mais redes elétricas para transporte de energia para grandes centros consumidores; • SE de Transmissão: recebe e transmite energia a centros consumidores nas tensões de transmissão e/ou subtransmissão; • SE de Distribuição: destinada a abaixar a tensão ao nível de distribuição e/ou subtransmissão de modo adequado para utilização direta de consumidores; • SE Industrial: recebe energia nas tensões de transmissão ou subtransmissão e transforma para a tensão de distribuição adequada para a utilização direta na indústria. SUBESTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA • 1. Rede primária 2. Cabo de aterramento 3. Linhas/Barramentos 4. Para-raios 5. Chave seccionadora 6. Disjuntor • 7. Transformador de Corrente 8. Transformador de Tensão 9. Transformador de Potência 10. Cubículo de Controle 11. Grande/Cerca de Segurança 12. Rede Secundária TRANSFORMADORES • O transformador (trafo) é um dispositivo destinado a transmitir energia elétrica ou potência elétrica de um circuito a outro, transformando tensões e correntes em um circuito de corrente alternada, ou a modificar os valores das impedâncias de um circuito elétrico; • Os transformadores de potência são destinados a rebaixar ou elevar a tensão e, consequentemente, elevar ou reduzir a corrente de um circuito, de modo que não se altere a potência do circuito. •Abaixador de tensão: N1 > N2 • Elevador de tensão: N1 < N2 • Finalidade Transformador de corrente Transformador de potencial Transformador de distribuição Transformador de potência • Função no sistema Transformador Elevador Transformador de interligação Transformador Abaixador • Separação elétrica entre os enrolamentos: • Transformador de dois ou mais enrolamentos; • Autotransformador: os enrolamentos primário e secundário estão em contato entre si. Utilizados em geral na faixa de uso doméstico (110V-240V); Material do núcleo: • Ferromagnético • Núcleo de ar • Quantidade de fases: • Monofásico • Polifásico • Transformador de potência São utilizados transmitir e distribuir energia em circuitos com potência de 5 até 300 MVA e operam em tensões menores que 1.000 kV; Transformador de distribuição • São utilizados para rebaixar a tensão a ser entregue aos clientes finais das empresas de distribuição de energia; • Normalmente instalados em postes ou cabines subterrâneas; • Esses transformadores se aplicam a sistemas com potência entre 15 a 300 kVA, com tensões entre 13,8 kV a 34,5 kV no primário e 380/220 V ou 220/127 V no secundário TRANSFORMADORES DE POTENCIAL • Usado em sistemas de medição de tensão elétrica e como proteção; • Em seu circuito primário (entrada) é conectada a tensão a ser medida, sendo que no secundário (saída) será reproduzida uma tensão reduzida e diretamente proporcional a do primário, permitindo a medição de tensões com valores elevados; • Reduz a tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima suportável pelos instrumentos de medição; • Assim, pode-se conectar o instrumento de medição (voltímetro) no secundário; • Tais transformadores apresentam uma relação de transformação (RT) que é a razão (divisão) entre a tensão no primário sobre a tensão apresentada no secundário. TRANSFORMADORES DE CORRENTE • Detecta ou mede a corrente elétrica que circula em um cabo ou barra de alimentação, e transformando-a em outra corrente de valor menor, para ser transmitida a um instrumento de medição ou circuito eletrônico; • Muito usado para abaixar a corrente elétrica da rede para alimentar dispositivos eletrônicos que não suportam grandes níveis de corrente. PARA-RAIOS • O para-raios é um dispositivo destinado a proteger os equipamentos contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias; • Atuam como limitadores de tensão, impedindo que valores acima de um determinado nível pré-estabelecido possam ser impostos aos equipamentos protegidos; • Os para-raios são formados por elementos não lineares (varistor), fabricados a partir de materiais como óxido de zinco (ZnO) e carbonato de silício (SiC). • Os para-raios são instalados em paralelo ao equipamento que se deseja proteger; • São instalados entre a fase e terra. Área de Proteção DISJUNTORES • Dispositivos mecânicos de manobra projetados para conduzir, restabelecer e interromper as correntes elétricas num determinado ponto do circuito; • Podem ser operados de forma manual (através de um comando manual no circuito elétrico de fechamento/abertura) ou automática (através de relé de proteção elétrica). • Pela definição da IEC (International Electrotechnical Comission) é um dispositivo capaz de conduzir, fechar e interromper correntes de carga, bem como fechar e automaticamente interromper correntes anormais tais como correntes de curto- circuito; • Seu uso no chaveamento de circuitos com a finalidade de controlar o fluxo de energia, bem como desconectar circuitos ou partes do sistema, a fim de permitir o trabalho de manutenção ou de ampliações; • Integrar um esquema de proteção que automaticamente desconecta parte do sistema quando um defeito ocorre. CLASSIFICAÇÃO DOS DISJUNTORES • O meio isolante utilizado para a interrupção do arco elétrico é o principal parâmetro para classificação de disjuntores; • Tipos de disjuntores: • Disjuntores a óleo; • Disjuntores a ar comprimido; • Disjuntores a hexafluoreto de enxofre (SF6); • Disjuntores a vácuo; • Disjuntores a semicondutores. REATORES • Reatores em paralelo (shunt): Em linhas de transmissão de grande extensão, o espaço entre os condutores e o solo forma naturalmente um capacitor em paralelo com a linha de transmissão, o que provoca um aumento da tensão ao longo do trajeto; Dependendo da distância, do perfil da linha e a potência que está sendo transmitida, torna-se necessária a instalação de reatores em paralelo no circuito, para compensar este efeito. • Reatores em série: Outro efeito do aumento da extensão das linhas de transmissão é o aumento da corrente de curto-circuito, cujo valor pode ultrapassar os limites de projeto dos equipamentos; Para limitar o valor da Icc na linha adota-se a instalação de reatores em série com a mesma, solução mais rápida e econômica à elevar-se a tensão do sistema ou proceder a substituição de transformadores, disjuntores e outros equipamentos • Durante a noite, a carga costuma se tornar capacitiva, com elevação do fator de potência, devido ao desligamento dos motores das indústrias; • Faz-se necessário inserir reatância indutiva na rede para compensar esse efeito; • Isto pode ser feito com o uso de reatores. Barramento • A maneira mais simples de agrupar circuitos entre si é conectá-los a um condutor único ou a um barramento; • Modos de construção: Barra Simples, Barra Principal e de Transferência, Barra Dupla (com disjuntor simples e três chaves, a quatro ou cinco chaves), Anel, Disjuntor e meio, Disjuntor Duplo; Fatores técnicos: confiabilidade, requisitos operacionais e de manutenção; Fatores econômicos: disponibilidade financeira, custos de implantação e manutenção, custos das interrupções do serviço; Fatores locais: área necessária, condições climáticas e ambientais, implicações ecológicas. Chaves Seccionadoras • São dispositivos que normalmente operam sem carga e são usados principalmente para isolar equipamento no qual se pretende realizar manutenção; • Estabelecem um airgap de segurança entre o equipamento que esta sofrendo manutenção e os equipamentos adjacentes que estão energizados; • Algumas vezes chaves seccionadoras são usadas para selecionar a maneira pela qual os circuitos são conectados ao barramento https://www.youtube.com/watch?v=wk-7Tet2bW4
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