Buscar

Resenha Crítica Caso Toshiba

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM DESENVOLVIMENTO DE JOGOS DIGITAIS
Resenha Crítica de Caso
Matheus Pompeu Gonçalves
 Trabalho da disciplina Governança Corporativa e Excelência Empresarial
 		 Tutor: Prof. Ricardo Barbosa da Silveira
Niterói
2019
Caso Harvard - ESCÂNDALO DA CONTABILIDADE TOSHIBA: COMO A GOVERNANÇA CORPORATIVA FALHOU. 
Referências: Mitsuru Misawa,University of Hong Kong,Asia Case Research Centre,HK1097
O caso refere-se ao caso da empresa japonesa Toshiba, que em 2015 teve um escândalo de contabilidade que esta chegou a inflar o lucro da empresa por manipulação contábil, sendo que a mesma descobriu por meio de uma auditoria interna, despedindo o presidente da Toshiba e sua equipe de gerência e pedindo desculpas para todos os relacionados(acionistas, clientes e parceiros de negócio) oficialmente em abril do mesmo ano.
O lucro inflacionado de 1,2 bilhões de dólares nos 7 anos em que houve essa manobra, na verdade era o prejuízo de 2 bilhões de dólares o que levou a suspenção de pagamento de dividendos e a remoção dos acionistas. No artigo é indicado que a maior parte dessas perdas são na seção de computadores pessoais e bens de consumo duráveis, graças a estratégia tomada pela Toshiba nos anos 2000, que não funcionou graças ao enfraquecimento do iene e suas rivais concorrentes.
Além disso amortizações foram feitas devido a pressão de sofrida após o desastre nuclear da usina de Fukushima, área que a empresa também fazia parte, para compensar as perdas desde o incidente. Um dos focos da investigação era o fato que os funcionários tinham consciência do que estava acontecendo por trás dos números inflacionados, já que a organização da Toshiba relacionada ao código de Governança corporativa do Japão era exemplar, mantendo 4 dos seus diretores como independentes em seus conselhos.
Após uma nota publica de desculpas do CEO da empresa, este prometeu para seus sócios e acionistas que haveria uma renovação de princípios e a criação de um Comitê de Revitalização de Gestão, a fim de facilitar a reforma dessa cultura e evitar novas ocorrências.
O autor indica que o maior problema é que os números contábeis representam a medida mais importante pela qual os acionistas podem determinar como a empresa está atuando, que eles investiram dinheiro na empresa contando que os números do relatório anual eram verdadeiros. Isso era uma surpresa pelo fato de a Toshiba ser uma organização modelo quando se tratava de Governança Corporativa, onde um dos maiores princípios é a transparência.
Sobre as implicações legais e administrativas que a empresa sofreu, além de suas ações caírem em 26%, ocorreu uma ação coletiva dos acionistas contra a empresa ,em que entre 2012 e 2015, foram indicadas declarações falsas no período como subestimações de custos e momento impróprio de declaração e o autor disponibiliza a informação que embora não exista uma lei de "clawback" no próprio Japão, algumas empresas japonesas listadas nos Estados Unidos estavam sujeitas a disposições estatutárias de clawback para certos funcionários, e este foi o caso da Toshiba.
Em torno de julho de 2015, um novo CEO foi nomeado, neste era esperado grandes qualidades e boa gestão, onde ele prometeu agilizar os negócios de computadores pessoais e bens duráveis, além de investigar de perto o porquê a situação do escândalo surgiu em primeiro lugar.
O novo CEO e presidente da Toshiba tinha uma grande responsabilidade de trazer a empresa em uma forma onde os acionistas pudessem confiar de novo em seus lucros, sendo necessária uma estratégia nova para uma gerencia mais transparente, onde esse tipo de cultura da trapaça não ocorresse mais.
Este artigo mostra toda a pressão que a empresa passou secretamente nos 7 anos decorridos da contabilidade inflacionada, onde deveria haver um tipo de controle analisando as finanças da empresa mais de perto. As tentativas de disfarçar os prejuízos foi piorando cada vez mais a situação da Toshiba e seus acionistas, criando um espiral que teve que ser resolvido pelos sucessores da equipe de gerencia da época.
2

Continue navegando