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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ CURSO DE ENFERMAGEM FARMACOLOGIA Prof. MSc. Rian Felipe de Melo Araújo • Tireoide situa-se na região anterior do pescoço • Secreção da tireoide é regulada pelo hormônio tireotrófico (TSH) secretado pela adeno-hipófise • Hormônios tireoidianos: T3 - triiodotironina T4 - tiroxina • Sistema de retroalimentação negativa (feedback) entre T3 e T4 com o TSH da adeno-hipófise • T3 e T4 atuam em diversos órgãos: coração, fígado, cérebro, rins, pele ... • Na circulação, os níveis plasmáticos de T4 são maiores do que T3 devido à menor depuração; • Quando ligados às proteínas, T3 e T4 não promovem o feedback negativo; DISTÚRBIOS DA TIREOIDE Hipertireoidismo • Estado hipermetabólico causado pelo aumento da função da glândula tireoide • Aumento dos níveis dos hormônios T3 e T4 circulantes; • Causas: Tireoidites; Adenomas Bócio multinodular hiperfuncionante Doença autoimune - Doença de Graves Manifestações clínicas: • Ansiedade, nervosismo, irritabilidade; • Fadiga; Fraqueza muscular; • Bócio; Emagrecimento; • Insônia; Sudorese excessiva; • Palpitação, taquicardia, taquiarritmias atriais; • Intolerância ao calor; • Pele quente e sedosa; • Pressão arterial divergente; • Exoftalmia; • Alterações menstruais; • Hiperfagia; • Hiperdefecação Avaliação laboratorial • Dosagem de TSH TSH reduzido • Concentrações séricas de T4 e T3 elevadas • Não se deve avaliar T3 e T4 isolados pois é frequente anormalidades de globulinas ligadoras de hormônios tireoidianos; TRATAMENTO • Farmacológico ou cirúrgico • Fármacos antitireoidianos (DAT) ou iodo radioativo; Fármacos antitireoidianos (DAT) • Propiltiouracil e Metimazol (tapazol) • São da classe tionamidas • Atuam na inibição da síntese de T3 e T4 Metimazol • Propiltiouracil possui efeitos hepatotóxicos significativos - restrito à hipertireoidismo severo • Doses precisam ser ajustadas para cada paciente a fim de evitar hipotireoidismo; • Monitoração se dá através da avaliação de T3 e T4 periódicos - a cada 4 semanas; • Após 12 a 24 meses, os medicamentos devem ser descontinuados; Iodo radioativo • Indicações: Hipertireoidismo da doença de Graves quando não há resposta ao tratamento medicamentoso; Recidiva do hipertireoidismo; Nos casos de efeitos colaterais importantes com outros medicamentos Preferência do paciente por terapia definitiva e contraindicação cirúrgica. • Contraindicado em grávidas e amamentação; • Pode ser a primeira opção em casos em que o controle definitivo e rápido do hipertireoidismo é desejado (cardiopatas; idosos; desejo futuro de gestação) • Avaliar a função tireoidiana após 1 mês da dose • Depois, menos frequentemente, a intervalos regulares, para detecção precoce de hipotireoidismo ou eventual recidiva do hipertireoidismo • Apresenta baixo custo e melhores índices de eficácia quando comparados com os DATs e cirurgias; • Em geral é bem tolerado; • Efeito adverso mais comum: hipotireoidismo • Não existe consenso sobre a melhor forma de administração do iodo • Esquemas terapêuticos múltiplos, podendo ser combinado com DATs Betabloqueadores • Propanolol ou atenolol • Indicados em pacientes sintomáticos principalmente na fase inicial do tratamento • Efeito sobre as manifestações de hiperatividade adrenérgica • Causam uma modesta redução nos níveis de T3 sérico pelo bloqueio da conversão periférica do T4 em T3 • Em casos de contraindicação aos betabloqueadores, a taquicardia pode ser controlada com os antagonistas de canais de cálcio: verapamil e diltiazem • Podem ser usados em gestantes para controle dos sintomas adrenérgicos; • Porém o uso prolongado poderá acarretar diminuição do crescimento uterino, bradicardia fetal e hipoglicemia DISTÚRBIOS DA TIREOIDE HIPOTIROIDISMO • Estado clínico resultante de quantidade insuficiente de hormônios circulantes da tireóide para suprir uma função orgânica normal • Diminuição dos níveis dos hormônios T3 e T4 circulantes; • Causas: Doença autoimune de tireóide (tireoidite de Hashimoto); Deficiência de iodo; Redução do tecido tireoidiano por iodo radioativo ou por cirurgia usada no tratamento de Doença de Graves Manifestações clínicas: • Nos estágios iniciais da doença, os sintomas podem ser inespecíficos, como: • Mialgia, artralgia, câimbras, pele seca, dores de cabeça e menorragia, unhas quebradiças, cabelos mais finos, palidez e sintomas • Quando o hipotireoidismo se torna mais acentuado, pode ser evidenciado: • Edema periférico, constipação, dispnéia e ganho de peso, edema pericárdico, ascite, audição diminuída, hipertensão diastólica • Sintomas psiquiátricos podem se manifestar: • Depressão, demência, mudança de personalidade e, raramente, franca psicose TRATAMENTO Levotiroxina (L-T4) • A etiologia do hipotiroidismo pode influenciar a dose necessária de tiroxina; • Pacientes cujo hipotireoidismo derivado de tireoidectomia total ou tireoidite crônica auto-imune podem necessitar de doses mais altas de levotiroxina • Dose baseia-se na idade, peso, função cardíaca do paciente, gravidade e duração do hipotiroidismo • Deve ser tomada em jejum e pelo menos com quatro horas de diferença entre a tomada de outras medicações ou vitaminas • A absorção da levotiroxina pode ser afetada por • Doença de má absorção; • Idade do paciente; • Por algumas drogas, como: colestiraminas, sulfato ferroso, cálcio, e alguns antiácidos que contêm hidróxido de alumínio • Hipotireoidismo não tratado durante a gravidez pode causar: • Aumento na incidência de hipertensão materna e pré-eclampsia; • Anemia e hemorragia pós-parto; • Disfunção cardíaca ventricular, aborto espontâneo, morte fetal; • A administração do hormônio tireoidiano na gravidez é segura; • Recomenda-se fazer a substituição hormonal mesmo nos casos em que o hipotireoidismo seja leve ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ CURSO DE ENFERMAGEM FARMACOLOGIA Prof. MSc. Rian Felipe de Melo Araújo
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