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Prof. Otavio Luiz Fidelis Junior Neonatologia do latim: ne(o) - novo; nat(o) - nascimento; e logia - estudo Fase perinatal Final da gestação (parto) até as primeiras 24 horas de vida do recém-nascido Fase neonatal Segundo dia pós-nascimento até 28 dias de vida (BENESI, 1982) Fase perinatal Fase neonatal 1as. 24 h de vida Segundo dia de nascimento – 28o. dia de vida Gestação Final Nascimento 1 dia 28 dias Doenças dos recém-nascidos Introdução VIDA Morte ou maior susceptibilidade a doenças Introdução Funções cardiorespiratórias Termorregulação Alimentação Sistema imunológico Animal Recém-Nascido ✓ Vermifugação ✓ Vacinação ✓ Baia / piquete maternidade ✓ Ajuda ao parto? ✓ Parto assistido ✓ Ligar cauda, lavar e desinfetar região em torno da vulva, lavar o úbere (água e sabão neutro) ❑ Assegurar que o filhote mame o colostro (anticorpos, mecônio, 24 horas) ❑ Aleitamento artificial ❑ Banco de colostro ❑ Conservação e aquecimento Pesar e identificar o animal (brinco ou colar) fazer anotações, como data do parto, nº da mãe, sexo do filhote, etc – controle zootécnico Fonte: http://www.crisa.vet.br e rehagronoticia.w3erp.com.br ASFIXIA NEONATAL Asfixia TardiaAsfixia Precoce Imaturidade Pulmonar do Neonato Deficiência na produção de Surfactante Vasoconstricção das arteríolas pulmonares Isquemia do Parênquima Pulmonar Edema Pulmonar Acidose Mista: respiratória e metabólica Retorno da Circulação Fetal Dispnéia Distocias Cortesia: Eduardo H. Birgel Jr. Asfixia neonatal Conceito ASFIXIA NEONATAL PRECOCE Principal forma clínica da asfixia dos bezerros Início uterino Parto: prejuízo das trocas gasosas materno- fetais Duração do parto Acidose Morte do animal ou lesões Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Conceito Asfixias leves Diminuição dos movimentos e reflexos corporais Respiração arrítmica Diminuição da frequência respiratória Taquicardia Mucosas de coloração azulada Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Sinais clínicos ❖ Asfixias moderadas às intensas ❖ Apatia ❖ Respiração arrítmica, superficial ❖ Taquipneia ou apneia ❖ Taquicardia ❖Mucosas de coloração perláceas ou branco-azulada ❖Morte fetal intra-uterina ou óbito do bezerro no primeiro dia de vida Asfixia fetal ou intra-uterina Ausência de resposta reflexa do feto: estímulos para sugação estímulos interdigitais Mecônio nos líquidos fetais e/ou bolsas fetais não rompidas e expostas por mais de quatro horas Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Sinais clínicos Exame clínico Anamnese Parto distócico Auxílio obstétrico Exame físico Sintomas de asfixia imediatamente após o nascimento ou durante o parto Sistema APGAR modificado (BORN, 1981) Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Diagnóstico Critérios de julgamento Pontuação 0 1 2 Reação da cabeça (à água fria) Ausente Diminuída Mov. espontâneos Reflexos (óculo palpebral e interdigital) Ausente Resposta (1 reflexo) Resposta (2 reflexos) Tipo de respiração Imperceptível Lenta e irregular Rítmica e profundidade normal Coloração das mucosas Branca azulada Azulada Rósea- avermelhada Sistema APGAR modificado para avaliação da vitalidade de bezerros, imediatamente após o nascimento (BONR, 1981) Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Diagnóstico Sistema APGAR Pontuação Vitalidade Significado clínico 7 – 8 Boa Animal sadio e sem asfixia 4 – 6 Diminuída Animal deprimido com asfixia de intensidade leve à moderada 3 - 0 Fraca Recém-nascido com pouca vitalidade, inviável e com asfixia severa Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Diagnóstico Avaliação do equilíbrio ácido-básico e da hemogasometria: Diminuição do pH Diminuição da concentração de bicarbonato de sódio no sangue Aumento da pressão parcial de CO2 Déficit básico no sangue Acidose mista (respiratório-metabólica) Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Diagnóstico Quadros mais intensos:resultados duvidosos Quadros menos graves: evolução favorável Estímulo da respiração e correção do desequilíbrio ácido-básico. Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cuidados iniciais com o recém-nascido Estímulo orgânico por choque térmico uso de água fria Estímulo da respiração massagem no dorso do animal com toalha ou fenol Oxigenação Uso de analépticos respiratórios ou cárdio- respiratórios Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cuidados iniciais com o recém-nascido Limpeza, desobstrução e eliminação de secreções e líquidos acumulados na boca e nas narinas (elevação do bezerro pelos membros pélvicos, submetendo-o a movimentos pendulares) Retirada do muco da boca e narinas Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cortesia: Eduardo H. Birgel Junior Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cortesia: Eduardo H. Birgel Junior Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cortesia: Eduardo H. Birgel Junior Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cortesia: Eduardo H. Birgel Junior Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cortesia: Eduardo H. Birgel Junior Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cortesia: Eduardo H. Birgel Junior Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cortesia: Eduardo H. Birgel Junior Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA HIPOTERMIA •Aplicar por via intra-venosa ou intraperitoneal •200 ml de solução a 20 % de glicose •Aplicar por via intra-venosa •10 a 20 mg de Dexametasona •Diminuir a perda de calor corporal •Secagem do bezerro •Alojar animais em ambiente seco e aquecido •Administrar colostro Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento 0,25 a 0,5 mg/kg intra-venoso Estimulação do SNC – parassimpático Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Sulfato de atropina (Atropin®) Bradicardia e Arritimias FC < 80 bpm 5 a 10 mg/kg intra-venoso Estímulo respiratório Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cloridrato de Doxapram (Dopram®) Apneia Bezerro pode demorar ate 30 s para realizar a 1ª inspiração O,15 a 0,3 mg/kg IM SID BRONCO-ESPASMOLÍTICO Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Tratamento Cloridrato de Bromexina (Bisolvon®) expectorante mucolítico → indicado quando há acúmulo de secreções Modo de ação diminuição da viscosidade das secreções pulmonares altera a permeabilidade da barreira alvéolo-capilar ↑ imunoglobulinas antibióticos ação broncodilatadora Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal precoce Correção medicamentosa da acidose Uso de soluções alcalinizantes via endovenosa (monitoração hemogasométrica) Tratamento Prevenção de partos distócicos Auxílio ao parto de maneira adequada Evitar fetos muito grandes em relação à mãe Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal precoce Profilaxia ASFIXIA NEONATAL TARDIA Síndrome da insuficiência respiratória Bezerros com nascimento prematuro Imaturidade pulmonar fetal Manifesta-se na primeira hora de vida Alteração da função respiratória Acidose mista Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal tardia Introdução Enfisema pulmonar Nascimento prematuro Gestações com duração inferior a 260 dias (Bov.) / 320 dias (Eq.) Pneumócito tipo II Colabamento alveolar Deficiência na produção de surfactante Atelectasia pulmonar Hiperventilação compensatória Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal tardia Etiopatogenia Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal tardia Enfisema pulmonar Menor aporte de O2 a órgãos (pulmões, fígados, rins, pele, intestinos, estômagos e musculatura) Glicólise anaeróbica ACIDOSE Bloqueamento da atividade enzimática Esgotamento das reservas de carboidratos ASFIXIA Acúmulo de ácido láctico Etiopatogenia Animais sadios, aparentemente, ao nascimento Primeira hora de vida (distúrbio geral): Taquipnéia Dispnéia mista (predominantemente expiratória) Sibilos pulmonares Posição ortopneica Respiração com boca aberta Eliminação de espumas pelas narinas Morte (sufocação e insuficiência cárdio-respiratória) Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal tardia Sinais clínicos História clínica do paciente Nascimento prematuro Indução de parto Abortamento Sinais de imaturidade do bezerro Período de gestação menor que 260 Peso inferior a 20 Kg (Bos indicus) e 30 Kg (Bos taurus) Pelos do corpo finos e curtos Dentes incisivos ainda inclusos na gengiva Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal tardia Diagnóstico Bezerro no terço final da gestação. Prematuro, com ausência completa de pelos. Bezerro prematuro. Proximidade da erupção dentária ausente. Bezerro pré-maturo. Cascos formados mas com extremidades cartilaginosas Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal tardia Diagnóstico Estímulo da respiração e correção do desequilíbrio ácido- básico Correção medicamentosa da acidose Uso de soluções alcalinizantes via endovenosa (monitoração hemogasométrica) Uso de glicocorticóides (estimulação da síntese de substância surfactante, maturação pulmonar) Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal tardia Tratamento Uma das principais causas de mortalidade em potros com até 72h de vida! Hipóxia fetal: Descolamento de placenta; Edema placentário; Placentite; Hidrâmnio; Gestações gemelares; Hidroalantoide; Potros atrofiados, pequenos, frágeis, pouca massa muscular, cabeça grande e desproporcional Sinais clínicos: variam de acordo com a gravidade da hipóxia e órgãos afetados! Perda de reflexo da sucção; Letargia; Tremores musculares; Excitabilidade; Convulsões; Gastrites; Enterocolite; Oligúria/anúria; Edema periférico; Arritmias; Sinais neurológicos Sinais gastrointestinais Distúrbios renais Sinais cardiovasculares Sistema APGAR Pontuação Vitalidade Significado clínico 7 – 8 Boa Animal sadio e sem asfixia 4 – 6 Diminuída Animal deprimido com asfixia de intensidade leve à moderada 3 - 0 Fraca Recém-nascido com pouca vitalidade, inviável e com asfixia severa Doenças dos recém-nascidos Asfixia neonatal Precoce Diagnóstico FALHA DE TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA Doenças dos recém-nascidos Falha na transferência de imunidade passiva Impermeável a passagem de imunoglobulinas da mãe para o feto A imunidade do recém -nascido ruminantes (sindesmocorial) suínos e equinos (epiteliocorial) COLOSTRO •O que é o colostro? •Qual a sua função? •Qual a composição do colostro? •Imunoglobulinas (Ig) •Elementos celulares •Fatores antimicrobianos de defesa não específicos (lactoferrinas, lisosimas, lactoperoxidase) •Elementos nutricionais Colostro bovino possui 34-40g de gordura/kg Colostro ovino 90 g de gordura/Kg Falha na transferência de imunidade passiva Colostragem • Qual a composição do colostro? Falha na transferência de imunidade passiva Colostragem ✓ Produção Início: 3 a 10 dias ap Redução: 50% - 12 h pp 20% - 24 h pp 10% - 48 h pp Doenças dos recém-nascidos Falha na transferência de imunidade passiva Produção de colostro Origem das imunoglobulinas IgG – sérica IgA e IgM - plasmócitos fator inibidor da tripsina no colostro • Anticorpos colostrais são absorvidos pelo intestino de um bezerro neonato até? a) Primeiras 72 horas de vida b) Primeiras 6 horas de vida c) Primeiro mês de vida d) Primeiras 48 horas de vida e) Primeiras 24 horas de vida√ Doenças dos recém-nascido Falha na transferência de imunidade passiva Momento da ingestão de colostro Primeiras 6- 12 horas pós nascimento MICHANEK et al., 1982 Doenças dos recém-nascidos Falha na transferência de imunidade passiva Fatores que influenciam o nível de proteção colostral “FECHAMENTO” (LECC & BROUGHTHON, 1973) Potros absorção máxima até 3 h pós-parto satisfatória até 8 a 12 h pós-parto mínima entre 12 a 24 h de vida Ruminantes absorção máxima até 4 h pós parto satisfatória até 6 a 12 h pós-parto mínima 12 a 24 h de vida Doenças dos recém-nascidos Falha na transferência de imunidade passiva Absorção de colostro Fatores que afetam a transferência da imunidade passiva ▪Fatores relacionados à mãe ▪Idade ▪pouca habilidade materna ▪concentração inadequada de Ig no colostro ▪Estado nutricional da mãe ▪Vacinação ▪Vaca com período seco curto Falha na transferência de imunidade passiva Volume de colostro mame a vontade na mãe 1 a 2 L nas primeiras horas de vida 10 a 15% do peso vivo nas primeiras 24 horas de vida Dividido em 2 ou + mamadas Técnica de fornecimento amamentação natural na mãe baldes com teteira ou mamadeiras evitar a mamada exclusiva em balde Sonda???? Fatores que influenciam o nível de proteção colostral Falha na transferência de imunidade passiva Fatores relacionados á ingestão de colostro •Neonatos deficientes (AMSTUTZ, 1980) •Conformação inadequada do úbere e tetos (WOOD & ROUSSEL, 1986; FEITOSA, 1999) •Influência da condição do nascimento (BENESI, 1992; PIRES et al., 1993; FEITOSA, 1999) Fatores que afetam a transferência da imunidade passiva Falha na transferência de imunidade passiva ▪ Ingestão tardia de colostro ▪ Condições fisiopatológicas ao nascer Fatores relacionados á absorção do colostro Fatores que afetam a transferência da imunidade passiva Falha na transferência de imunidade passiva EXAME CLÍNICO DO NEONATO ✓Anamnese condições do parto ingestão de colostro histórico da mãe medidas higiênico-sanitárias ✓Exame físico: geral e dos sistemas Bezerro com pelame em todo corpo e cascos formados. Bezerro com incisivos inferiores salientes. ✓ Exame geral: sinais de maturidade e vitalidade EXAME CLÍNICO DO NEONATO Bezerro pré-maturo. Cascos formados mas com extremidades cartilaginosas ✓Sinais de maturidade e vitalidade EXAME CLÍNICO DO NEONATO Bezerro no terço final da gestação. Prematuro, com ausência completa de pelos. Bezerro prematuro. Proximidade da erupção dentária ausente. ✓Sinais de maturidade e vitalidade EXAME CLÍNICO DO NEONATO DIAGNÓSTICO - FALHA DE TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA (FTIP) Baseado no: ✓ Exame físico ✓ Exames complementares ✓Exames complementares: - Avaliação da Ig sérica: 24 e 48 horas p.n. (BLOOD & RADOSTITS, 1991).- Proteinograma - Imunodifusão radial simples: 800 mg/dl (WITTUM & PERINO, 1995). DIAGNÓSTICO FTIP DIAGNÓSTICO FTIP DIAGNÓSTICO FTIP Níveis séricos de Igs 24 horas de vida Equinos < 200 mg/dL - Falha Total 200 a 400 mg/dL - Falha Parcial 400 a 800 mg/dL – Normal > 800 mg/dL – Excelente Colostro fornecido ainda fresco administrado em mamadeiras ou baldes com teteiras sondagem esofageana descongelamento < 55ºC congelado em quantidade suficiente para cada administração refrigerado por uma semana congelado (-20ºC) por tempo indeterminado TRATAMENTO DA FTIP Prevenção Banco de colostro Fonte: arquivo pessoal ✓ Administração de soro ou plasma: 20 a 40 mL/kg, IV (WOODS & ROUSSEL, 1986; SMITH, 1994) ✓ Fornecimento de substitutos do colostro (WOODS & ROUSSEL, 1986; SMITH, 1994) ✓ Transfusão de sangue da mãe ou de animal sadio (REBHUM, 2000) TRATAMENTO DA FTIP Infecções bacterianas e virais Onfalites Pneumonias Septicemias Poliartrites TRATAMENTO E CONTROLE DAS AFECÇÕES SECUNDÁRIAS ONFALOPATIAS Cordão umbilical: Bovinos: 40 – 45 cm Ovinos: 20 - 25 cm 1.fígado 2.veia umbilical 3.aorta 4.artérias umbilicais 5.vesícula urinária 6.úraco 7.umbigo 8.parede abdominal 9.anel umbilical Cordão Umbilical dos Bezerros Doenças dos recém-nascidos Doenças do umbigo Cordão umbilical Doenças dos recém-nascidos Inflamação do umbigo e suas complicações Conceito ❖Processo inflamatório do cordão umbilical - infecção pós-nascimento ❖Processo restrito ao umbigo ou componentes – pode progredir a outras sistemas, determinando complicações ❖ Falência parcial ou total da passagem de imunoglobulinas pelo colostro ❖ Falha na obliteração dos vasos coágulo sanguíneo ❖ Cordão umbilical espesso ❖ Cordão umbilical curto ❖ Condições de ambiente desfavoráveis ❖ Higiene do parto/bezerro ❖ Bezerreiros inadequados e ou mal higienizados ❖ Asfixia neonatal ❖ Miíase ❖ Sucção do umbigo (entre um bezerro e outro) ❖ Iatrogênico (iodo) Doenças dos recém-nascidos Inflamação do umbigo e suas complicações Etiologia - fatores predisponentes Doenças dos recém-nascidos Inflamação do umbigo e suas complicações Etiologia - fatores determinantes outros agentes Actinomyces piogenes Staphylococcus sp Streptococcus sp Fusobacterium necrophorum Escherichia coli Proteus sp Enterococcus sp agentes piogênicos Micro-organismosFatores predisponentes UMBIGO (porta de entrada) Doenças dos recém-nascidos Inflamação do umbigo e suas complicações Patogenia Vasos umbilicais Sistema circulatório BacteremiaSepticemia Morte Complicações Mestatáticas •Articulações •Fígado •Pulmões •Rins •Meninges Inflamações da região Umbilical Afecções da Região Umbilical Classificação das Inflamações ONFALOFLEBITE (inspeção , palpação e US) Inflamação intra-abdominal da veia umbilical artéria umbilical onfaloarterite Vesícula urinária Afecções da Região Umbilical Classificação das Inflamações ONFALOARTERITE (inspeção , palpação e US) Inflamação intra-abdominal da artérias umbilicais Afecções da Região Umbilical Classificação das Inflamações ONFALOURAQUÍTE Úraco inflamado (inspeção , palpação e US) vesícula urinária artéria umbilical Inflamação intra-abdominal do úraco Afecções da Região Umbilical Onfalites - complicações Inflamação do úraco vesícula urinária Comunicação direta entre o abscesso do úraco e a vesícula urinária Sinais Clínicos • disúria • polaquiúria • piúria • cistite inflamação intra-abdominal das arterias umbilicais e da veia umbilical onfaloarterioflebite inflamação intra-abdominal do úraco e das veias umbilicais onfalouracoflebite inflamação intra-abdominal do úraco e das arterias umbilicais onfalouracoarterite inflamação intra-abdominal das arterias umbilicais, da veia umbilical e do úraco Panvasculite umbilical (inspeção , palpação e sondagem) Associação de Várias Estruturas Afecções da Região Umbilical Classificação das Inflamações ❖ Inflamação externa ❖ Limpeza e drenagem de abscessos ❖ Sedenho ❖ Inflamação interna (sem complicações) ❖ Conservativo: antibioticoterapia ❖ Limpeza da fístula com líquido de Dakin ❖ Aplicação local de iodo 2-10% ❖ Cirúrgico ❖ Inflamação interna (com complicações) ❖ Resultados negativos TRATAMENTO Onfalopatias – Tratamento ❖ Enrofloxacina ❖2,5 – 5 mg/kg IM ou SC, SID ❖ Cefitiofur: ❖ 5 mg/kg IM, BID ❖ Florfenicol ❖20 mg/kg IM a cada 48 h Tétano ❖Higiene do parto/ambiente ❖Ingestão adequada de colostro ❖Desinfecção umbilical com iodo a 5 a 10 % durante 3 a 5 dias PROFILAXIA Tríade do neonato Hipoglicemia HipotermiaDesidratação Tríade do neonato • Doenças pós natais precoces (até 48 horas após o parto) Tríade do neonato ❖Causas de mortalidade ❖Hipotermia ❖Hipoglicemia/Inanição 50-60% das perdas ❖Desidratação ❖50-70 % primeiros três dias de vida ❖15-20 % antes de mamar ❖ Hipoglicemia ❖ Pouca reserva energética ❖ Estoques hepáticos de glicogênio ❖ Sinais ❖ Reflexo sucção ❖ Apatia ❖ Tratamento ❖ Glicose 20% aquecida 39oC intraperitoneal ❖ Glicose IV ❖ Colostro/ Leite ❖ Mamadas Espontâneas ❖ Sondagem (CUIDADO!!!!) Tríade do neonato ❖ Hipotermia ❖Diminuição temperatura córporea ❖Segunda causa de morte ❖Controle ❖Aumento do metabolismo ❖Dependente do colostro/leite ❖Frio, chuva e vento ❖Baixo peso ao nascer Tríade do neonato ❖ Hipotermia ❖Tratamento ❖Banho quente à 38oC e secagem imediata ❖Abrigo ❖Cobertores, secador, aquecedor, luvas/garrafas com água morna ❖CUIDADO! Não queimar o animal! ❖ Inanição ❖Nutrição inadequada Tríade do neonato Tríade do neonato DIARREIA NEONATAL PREJUÍZOS ECONÔMICOS Morte dos neonatos Custos indiretos Perdas de peso Atraso no crescimento Custo com tratamentos Disseminação de agentes patogênicos INTRODUÇÃO condições sanitárias, densidade e manejo Clínica de Bovinos, FMVZ/USP Arquivo pessoal • Medidas dietéticas e preventivas (correção da desidratação e alterações metabólicas e iônicas) • Antibióticos • Anti-inflamatórios • Substâncias adsorventes (carvão ativado) • Probióticos Sulfadoxina – trimetoprim: 15 – 20 mg/kg IV, IM BID Penicilina : 20.000 – 40.000 UI/kg IM BID Gentamicina: 6,6 mg/kg IV, IM SID Enrofloxacina: 2,5 – 5 mg/kg SID Ceftiofur: 5 mg/kg IV, IM BID Formas leves (fezes pastosas, ↓ desidratação) Manter alimentação habitual Antidiarreicos Adsorventes → Carvão ativado Emolientes → Pectina / Arrozina Sem resultados Suspender a leite/sucedâneo por 24 horas Formas moderadas (fezes liquidas, desidratação ate 10 %) Suspender leite/sucedâneo por 24 h 1º dia Substituir por soluções de cloreto de sódio e glicose ou soluções comerciais, via oral 2º dia 1/3 leite + 2/3 soluções eletrolíticas/glicose 3º dia 2/3 leite + 1/3 soluções eletrolíticas/glicose 4º dia somente leite Formas severas (fezes aquosas, desidratação > 10%, pouca ingestão de líquidos) suspender a alimentação reposição de fluidos via parenteral Infusão Longa: 8 a 10h Reavaliar desidratação Com a melhora instituir fluidoterapia VO Bezerro e seu ambiente Se possível acompanhamento do nascimento Primeiros cuidados Manutenção em cama limpa e seca Permitir que a mãe o lamba Certificação da mamada do colostro no tempo ideal e em quantidade suficiente Antissepsia do umbigo Cuidados com a dieta (animais alimentados artificialmente) MÃE – BEZERRO – AMBIENTE PROFILAXIA Acomete desde neonatos até potros próximos ao desmame Origem Infecciosa Origem Não-Infecciosa Rotavirus Diarreia do cio do potro Clostridium perfringens Intolerância a lactose Escherichia coli Ingestão de leite em excesso Corynebacterium equi Campilobacter jejuni Sinais clínicos: Cólica; Hipermotilidade; Distensão abdominal; Alterações na consistência das fezes: pastosa → líquida; Desidratação Hipotermia ou hipertermia (varia) Enterite associada: Febre, taquicardia, taquipneia, mucosas congestas Tratamento: Reposição hídrica: Ringer Lactato Monitorar glicose! Reposição AINEs Omeprazol (4mg/kg) Amicacina (20-25mg/kg) e Penicilina (20.000 a 40.000UI/kg) Probiótico Cuidados de enfermagem ISOERITRÓLISE NEONATAL • Consiste no processo de anemia hemolítica • Resultante da isoimunização da égua contra hemácias do potro durante a gestação • Semelhante da icterícia do recém-nascido → problema de Rh • Grupos sanguíneos herdados • Mãe é exposta aos Ag das hemácias que não possui •Destruição imunomediada (hipersensibilidade do tipo II) das hemácias do neonato pelos Ac adquiridos da mãe • Recém nascido deve ingerir e absorver o colostro que contenha Ac contra suas hemácias •Espécie equina → 32 tipos de Ag sanguíneos (grupos sanguíneos Aa ou Qa - mais de 90% dos casos) contato da mãe com os epítopos das hemácias estranhas durante a gestação devido a lesões ou descolamentos na placenta no terço final da gestação produção de anticorpos direcionados contra os epítopos das hemácias do feto colostrogênese há a formação altos níveis de anticorpos no colostro ingestão e absorção do colostro pelo potro após o nascimento interação entre os anticorpos e as hemácias do recém- nascido causando hemólise • Gestação e parto tranquilos • Potro normal por algumas horas após o nascimento • Intensidade dos sinais → quantidade e tipo de Acs ingeridos •Acs anti-Aa produzem doença mais grave • Casos hiperagudos • 8 a 36hs do nascimento • Primeira indicação pode ser o colapso • Hemoglobinúria e palidez são evidentes • Icterícia não é aparente inicialmente •Alta taxa de mortalidade • Casos agudos • Sinais até 2 a 4 dias após o nascimento • Icterícia acentuada • Palidez e hemoglobinúria moderados • Casos subagudos • Sinais até 4 a 5 dias após o nascimento • Icterícia acentuada • Discreta palidez das mucosas • Não ocorre hemoglobinúria • Muitos casos se recuperam sem tratamento • Sinais gerais • Cansaço • Fraqueza e indisposição para mamar • Decúbito esternal por longos períodos e boceja com frequência • Não há febre • Frequência cardíaca aumenta (120 bpm) • Respiração normal até que se desenvolva anemia grave • Fase final → convulsões e dispneia • Anamnese e História Clínica • Exame Físico • Exames Complementares • Hemograma: verifica-se anemia • Pode haver leucocitose e trombocitopenia • Bioquímica: aumento de bilirrubina indireta • Confirmação do diagnóstico • Demonstração de Acs no soro da égua ou no colostro • Teste de aglutinação • Mistura-se partes iguais de sangue do potro com soro da mãe ou uma gota de sangue do potro (com anticoagulante) com uma gota do colostro -Evitar os efeitos deletérios da anemia -Evitar ou tratar a nefrose hemoglobinúrica -Evitar infecções secundárias -Restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico -Proporcionar nutrição adequada -Minimizar o estresse • Animais com sinais clínicos brandos • Suporte nutricional adequado (fornecimento de colostro de mães não isoimunizadas) • Proteção ao ambiente e enfermagem • Acompanhamento com cautela para que a situação não piore • Animais gravemente acometidos • Soluções intravenosas (propiciar um fluxo urinário adequado) • Oxigenioterapia • Choque • Glicocorticoides → Dexametasona - 0,1 a 0,2mg/kg IM ou IV • Anti-histamínicos → Prometazina - 0,25mg/kg IV • Animais gravemente acometidos • Cuidados de enfermagem • Transfusão sanguínea • Deve-se basear na condição clínica do potro e não apenas no hematócrito • Administrar lentamente monitorando o estado do potro • Doador ideal: equino que não tenham os fatores de grupos Aa e Qa e nem Ac contra Aa e Qa • Suporte nutricional • Fluidoterapia • Realizar prova de aglutinação antes do potro ingerir o colostro • Ter sempre banco de colostro não isoimunizado • Prova de aglutinação do sangue do garanhão (pai do potro) e soro da mãe → duas semanas antes do parto • Evitar cruzamentos incompatíveis → verificar por teste de hemoaglutinação RETENÇÃO DE MECÔNIO Secreções glandulares + liq amniótico + debris celulares Antes nascimento: peristaltismo TGI → ceco e cólon Marrom escuro – negro; cíbalos ou pasta; clareia com passagem Ingestão colostro = estimula peristaltismo → eliminação mecônio (24h) Retenção mecônio: > causa dor abd recém nascidos Tratamento:enema Resumindo... CUIDADOS COM A CRIA Fonte: A Lavoura/2004 Fonte:http://www.clicrbs.com.br Ambiente limpo a adequado Ambiente limpo a adequado Boa alimentação e regularidade na oferta
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