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1 Clínica médica de Grandes Animais II – Amaríntia Rezende NEONATOLOGIA EQUINA GERAL Cuidados com o potro neonato: parâmetros fisiológicos, procedimentos a serem feitos após o nascimento. Cuidados com o potro órfão: fornecimento de imunidade passiva, alimentação. Doenças: avaliar a fisiopatogenia, sinais clínicos, formas de diagnóstico e tratamento. Isoeritrólise neonatal, síndrome da má- adaptação, retenção de mecônio, uroperitônio, rodococose, poliartrite, septicemia. NASCIMENTO (PRÉ E PÓS-PARTO) 3 meses pré-parto Piquetes/baias maternidades (planos, água, tranquilidade) Formação Ac colostrais específicos. Vacinação: influenza, tétano, EHV-1, EHV-4, rhodococcus, leptospirose. Sinais pré-parto: temperatura elevada, sudorese, intranquilidade, manoteamento do solo, olhar para os flancos. PROCEDIMENTO E MATERIAIS Tesouras, pinças, emasculador, panos, iodo 10%, 0², fonte de calor, drogas cardiotônicas e respiratórias. Ruptura do cordão umbilical Limpeza do potro Placenta média 60min de retenção o Manual ou medicamentosa Mamar colostro o 6 a 12 horas/IgG o 24h = 1% o Nas primeiras 24h os enterócitos estão abertos para absorção de imunidade passiva (IgG). ALEITAMENTO ARTIFICIAL Leite de vaca 700ml Água fervida 300ml Lactose/glicose 30g Carbonato de cálcio 5g Gema de ovo 2/2h até o 5 dia Concentração/volumoso AVALIAÇÃO DO COLOSTRO Física: amarelo ouro, espesso, densidade (colostrômetro), concentração de IgG Laboratório: imunodifusão radial simples, aglutinação, aglutinação em látex Colostrômetro (5ml leite = 1060 a 3000 igG/dl) Densidade entre 1050 – 1060 e menor que 3000 o Suplementar com 300-500ml de colostro Densidade menor que 1050 o Suplementar com 1 litro de colostro via sonda 2 Clínica médica de Grandes Animais II – Amaríntia Rezende UTILIZAÇÃO DO PLASMA Quando há falha na transferência de anticorpos para o potro. Utilização de plasma hiperimune Cálculo: 20ml/kg (1 litro de plasma/ 45kg) Monitoramento constante para reações anafiláticas. ISOERITRÓLISE Ingestão de colostro com anticorpos contra eritrócitos causando hemólise intravascular Pré-sensibilizada através do parto de um potro incompatível Transfusões sanguíneas Anormalidades placentária causam derramamento de eritrócitos fetais. Antígenos Aa e Qa Confirmação (teste de aglutinação) o Sangue potro/soro ou colostro mãe o 1 gota de sangue potro EDTA/1 gosta colostro Tratamento: prometazina e dexa SÍNDROME DA MÁ-ADAPTAÇÃO Síndrome de desajuste neonatal Causas: edema cerebral, hipóxia, esteroides neuroinibitórios. Tratamento: técnica de Madigan Tratamento suporte RETENÇÃO DE MECÔNIO Potro fraco com defeitos congênitos que não permitem ficar em pé Égas com temperatmento agressivo, potras de primeira cria Ferimentos no úbere Gestação prolongada que provoca ressecamento do mecônio, dificultando a defecação Atresia anal, retal o ucólon Éguas que produzem pouco leite Deformidades na cavidade oral Diagnóstico: diminuição dos movimentos peristálticos, acúmulo de gases, presença de fezes ressecadas no reto, sintomas de cólicas, radiografia contrastada. Prevenção: colostro, laxantes, enemas (vasilina + água morna) Normalmente é eliminado primeiras 12 horas. Macho (estreitamento da pelve) 3 Clínica médica de Grandes Animais II – Amaríntia Rezende HÉRNIA UMBILICAL Em geral constitui um processo hereditário, ocorrendo como um aumento do volume variável contendo no seu interior alças do intestino delgado. Tendo obrigatoriamente que apresentar um saco, anel e conteúdo herniário. Sintomatologia: aspecto clínico, encarceramento/estrangulamento, cólica, endotoxemia, necrose de alça. Quanto mais rápido o diagnóstico é feito, e não é possível fazer manobra de redução, o caso passa a ser de emergência cirúrgica. Para prevenção: operar o mais rápido possível e cuidados na reprodução. HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL Frequentemente é de origem congênita ocorrendo até o 4º mês de vida, devido a amplitude do anel inguinal, tendo em sua maioria o desaparecimento espontâneo, mas pode persistir complicando com encarceramento ou estrangulamento do segmento intestinal herniado. Sintomatologia: a mesma da hérnia umbilical, porém a dor é mais severa e o ato cirúrgico imediato. PERSISTÊNCIA DE ÚRACO Ocasionalmente regride espontaneamente Tintura de iodo 2 a 5% (todo anel umbilical), 1 a 2 vezes ao dia Laparotomia = laqueadura do úraco ONFALITES Processo inflamatório do cordão umbilical, ocorrendo geralmente por má cura do umbigo pós-parto e por falta de higiene no recinto, tendo como consequência uma tumefação quente e dolorosa Onfaloflebite, onfaloarterite, onfalouraquite Tratamento: tintura de iodo, penicilina, gentamicina, drenar conteúdo, lavagem local Tratamento crônico: cirúrgico SEPTICEMIA A principal causa de óbito em potros Invasão de micro-organismos na corrente sanguínea determinando lesões generalizadas em praticamente todos os órgãos Maior incidência em potros prematuros que nasceram fracos, assim como em potros que não mamaram colostro, ou sofreram falência parcial na transferência passiva de imunoglobulinas Diagnóstico: Anorexia, abatimento, debilidade geral, conjuntivas congestas, temperatura 41 a 42 graus. Frequência cardíaca e respiratória elevadas. Diagnóstico: quadro clínico, pneumonias, onfaloflebites, persistência de úraco, diarreias. Confirmação do diagnóstico é por hemocultura em meio aeróbio e anaeróbio. Tratamento: imediato. Infusão intravenosa de ringes lactato e bicarbonato de sódio, antibioticoterapia de amplo espectro, transfusão de plasma. 4 Clínica médica de Grandes Animais II – Amaríntia Rezende POLIATRITE Bactérias que colonizam as articulações, derivada de infecção prévia (onfaloflebite, por exemplo) Diagnóstico: sinais clínicos, punção, hemograma, uss, raio x, artoscopia. Tratamento: antibiótico, alvado articular com gentamicina, antibiótico sistêmico (penicilina, cloranfenicol, cefalosporina, sulfa) Anti-inflamatório Hialuronato de sódio Repouso, pomadas anti-inflamatórias Ducha
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