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Discurssiva 2 Etnias indigenas e africanas

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Dentre os pontos apresentados pelo autor a diáspora pode ser definida como o deslocamento dos judeus, e relaciona este termo com os fluxos migratórios, tratando sobre a analogia negra e brasileira, a qual possui relação direta com o processo da escravidão, que neste contexto gerou certas desvantagens aos africanos. Ressalta Santos (2016, p.114), que quando nos referimos a negros e escravos não estamos nos referindo ao mesmo termo, visto que não há um esclarecimento claro sobre o processo da escravidão que possa justificar esta ligação. Não se trata de uma ligação direta entre a cor e a escravidão, dado ao fato de que existiram outros povos que foram escravizados no decorrer da história. A diversidade étnica se faz presente devido aos diferentes tipos de grupos linguísticos, sejam estes por diferenças físicas apresentadas, ou até mesmo por pertencerem a localizações geográficas distintas.
De acordo com Campos (2016, p.133), na década de 70, em Porto Alegre ocorreu o surgimento do Grupo Palmares, o qual simbolizou a reforma das movimentações dos negros no país. O grupo questionou em relação ao lugar social proposto ao negro, e enfrentou a ditadura, organizaram o movimento contestador por melhores condições sociais e econômicas, e por mais espaço político. Dentre as conquistas do Grupo Palmares destaca-se a adesão do dia 20 de novembro como o dia do negro, data que ocorreu a morte de Zumbi, como alternativa as comemorações do 13 de maio Dia da Abolição da Escravatura, O Grupo Palmares também foi um dos precursores do chamado movimento negro moderno, que se destacou pela construção de uma nova identidade negra, referenciada em aspectos locais e globais. 
Devido a impropriedade da língua existente no período da escravidão, a música auxiliou neste quesito, a mesma surgiu pela permanência africana, a qual compõe a base da musicalidade assim como as demais populações existentes fora da África. No Brasil origina-se então o samba, que foi trazido dos batuques africanos que vieram através dos escravos trazidos para o Brasil, estes batuques estavam associados a elementos religiosos que instituíam entre os negros uma espécie de comunicação ritual através da música e da dança, da percussão e dos movimentos do corpo. Os ritmos do batuque aos poucos foram incorporando elementos de outros tipos de músicas, como o soul e sua procedência com um ritmo mais marcado, o funk, desenvolvendo por consequência o movimento black. 
Assim como a musicalidade os africanos também trouxeram as religiões afro-brasileiras, as quais visam genuinidade referente a África. As mesmas possuem nomes distintos devido a questões sociais e de suas localizações, os moldes destas estavam atreladas a religiosidade dos indígenas e do catolicismo português, os africanos sudaneses e bantus. Foram constituídas então as religiões a Pajelança, o Terecô, a Umbanda, Candomblé do rito angola e queto, o Xangô de Pernambuco, o Tambor-de-mina e o Batuque gaúcho. Dentre estas a que mais me despertou atenção foi a Pajelança, pois trata-se de um sistema que além de religioso é terapêutico referente a cura de doenças, a qual gerou certa concorrência com a medicina, porém foi vista como feitiçaria e tornou-se ilegal.
Conforme Campos (2016, p.206), a estética pode ser conceituada como um substantivo grego que tem como significado a sensação, a sensibilidade. A estética afro foi conservada nos terreiros, através dela que os negros buscaram sua representatividade. As propriedades da imaginação que envolviam a estética estavam atreladas a fertilidade e na fecundidade e no apelo ao antepassado. Por meio da arte os povos africanos tinham como intuito de vínculos e união entre o sagrado e o humano.