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Trancrição Aula - Obstetrícia - A bacia obstétrica / Estática Fetal / Exame Obstétrico

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Prévia do material em texto

1 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
Prof. Cairo Guedes – A bacia obstétrica / Estática Fetal / Exame Obstétrico 
 
Eu falo no sentido de aprendizagem mesmo, quem for obstetra vai precisar fazer essas avaliações e o 
pessoal tem que se dedicar para fazer isso. Mas uma das razões que a gente não tem feito tantas avaliações 
assim é porque na prática de quem atende em consultório não costumava ter muitos partos normais. Hoje a 
gente ainda consegue ver uma inversão, com os partos humanizados, que exige uma relação médico-paciente 
muito boa e você já consegue prever situações durante o trabalho de parto que podem acontecer por meio do 
exame obstétrico. 
Na obstetrícia, uma das grandes preocupações que temos acerca do resultado materno-fetal é antecipar 
situações que possam complicar durante o parto. Existem duas muito ruins que a gente não consegue nunca, 
que são as de período expulsivo, em que a mãe chega a ter todas as contrações para se ter o trabalho de parto, 
com 10 cm de dilatação, e de repente o bebê não vai nascer. Algumas delas talvez acontecem pelo exame 
obstétrico mal feito. Existe apenas uma situação que conseguimos ver: quando o distúrbio é por bacia parte 
óssea, chamamos de vício pélvico, que é quando a bacia é estreita. A mulher fala: meu canal de parto não 
dilatou, mas é diferente, a dilatação de colo é uma coisa e a bacia com vicio pélvico é outra. E porque eu falo 
que essa primeira aula é mais chatinha? Ela é um pouco decoreba mesmo, mas decorar não é ruim, decoração 
é saber de coração (há há), vem do inglês, I know with my heart. 
Então a bacia obstétrica hoje tem uma parte de decoreba no sentido de saber nomes, com as outras 
aulas vocês vão entender quando eu aplicar isto nos diâmetros fetais, entender como faz isso, pois a natureza 
é sábia e muito bonita. O bebê para nascer tem que encaixar seus menores diâmetros nos menores diâmetros 
da bacia. Se isso é mágico, se é beleza é uma coisa. Mas isso aqui é fisiologia, saber que as contrações vão 
empurrando o bebê e ele vai se encaixando até ele nascer? Só sei que isso acontece e é muito bonito de se ver. 
Então, quando a gente vai acompanhar um trabalho de parto, e eu brinco nesse sentido que vai lá um 
interno e ele toca, na hora que está examinando o paciente e fala: Cairo, ela está com 5 – 6 cm de dilatação, 
na verdade o residente R1 tem que falar que o colo está posterior dilatado em 5 cm esvaecido 50/70% e tá no 
plano de De Lee tal e isso ele aprende com o tempo. O R2 e R3 precisa de mais técnica e já tem que prever 
uma provável dificuldade. E no caso de um obstetra de plantão o meu residente não faz isso e eu deixo para 
ver isso muito avançado no fim do trabalho de parto eu posso pegar situações que eu já poderia ter previsto 
no sentido de nascimento ou também pegar situações de sofrimento fetal durante o trabalho de parto. 
A beleza da obstetrícia até um tempo atrás, no tempo da minha mãe que não tinha ultrassom, era 
entender e acompanhar a gravidez. Cesariana era e ainda é um procedimento que deveria ser urgência, apesar 
de agora as sociedades de obstetrícia ter aprovado a questão da cesárea a pedido, no sentido de autonomia da 
mulher na decisão de qual tipo de parto. Mas isso é um pensamento eu. Se eu pegar bebe nascendo de parto 
normal e de cesariana após 39 semanas as complicações fetais equivalem. Não existe mais justificar para uma 
mãe que o bebê que vai nascer de cesariana após 39 semanas vai ter mais dificuldade. Do ponto de vista de 
complicações, uma das que a gente aprende primeiro na faculdade “Primeiro não causar o mal” então se eu 
tenho um procedimento com mais risco de infecção e mais risco de perda sanguínea, um pós-operatório mais 
prolongado, risco de aderência, eu sei que aquilo é pior que um parto normal para a mãe. Então, quando 
concordo com isso de resultado ético estou concordando que um procedimento é pior em relação a outro. 
Fazer parto é fácil, acompanhar trabalho de parto que é difícil, tudo que a cardiotocografia faz, eu vou 
mostrar ainda para vocês, o trabalho do obstetra avalia da mesma forma, mas sem registro gráfico, você 
consegue ver uma aceleração intraparto, vamos ver aqui nas aulas de cardiotocografia e sofrimento DIP 1, 
DIP 2, tudo clinicamente que é avaliado batimento cardiofetal antes, durante e após as contrações, e hoje a 
gente tem uma máquina, o cardiotocografo que registra isso para a gente. Mas tudo que você vai fazer em 
medicina, o básico tem grande importância. Dr Cairo, eu vou conseguir decorar isso agora para o resto da 
minha vida? Não, você tem que praticar isso, tem que conviver com isso, mas para a prova é claro que tem 
 
2 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
que decorar, se não vai perder ponto, errar questão e não vai conseguir fazer, mas tudo aplicado na prática é 
mais fácil. 
Então aqui, por que é importante entender de bacia estática fetal? 
Porque o que eu vejo do lado de fora é um útero gravídico e quando eu vejo 
bacia eu estou vendo trajeto de partes duras de parto, e quando eu avalio 
estática fetal eu já estou tridimensionalmente na minha cabeça criando como 
esse feto encontra-se dentro do útero. Isso é importante para eu ver se vai 
ser possível nascer de normal, prever intercorrências e durante o trabalho de 
parto, eu vejo como esse feto vai rodar durante a sua descida e a melhor 
forma dele nascer. Se eu vejo que o feto não está rodando ou está numa 
posição ruim eu já consigo prever o que está acontecendo e como vai ser o 
desfecho. Esta aqui é uma situação ruim, vocês vão entender que ele está 
transverso em uma apresentação córmica, esse bebe não nasce de parto 
normal, e eu consigo ver isso com a minha paciente na avaliação do trabalho de parto. 
 
Para isso vamos fazer avaliação da bacia óssea materna, composta por alguns ossos: ilíacos - sacro - cóccix 
– pube (com suas articulações: sínfise púbica, sacroilíaca, sacrococcígea). 
Alguém pergunta: o termo correto é bacia mesmo? 
R: Sim, o termo pelve também compreende as partes moles, já bacia é a parte óssea materna mesmo. 
Então temos aqui falando os principais: crista ilíaca, ílio, ísquio, púbis, ramo ísquio púbico em que temos as 
tuberosidades isquiáticas que vão ver la na frente, o sacro e o cóccix, tuberosidade isquiática, espinha ciática 
ou isquiática (ponto importante quando toco para fazer avaliação dinâmica e aqui também faço a anestesia do 
trajeto parto normal, faço no nervo pudendo, abaixo e atrás, que para fazer a anestesia preciso encaixar no 
isquiático e levar a agulha nela e eu retorno, passo por debaixo e anestesio, sendo ponto de referência para 
anestesia de parto normal e seu trajeto). 
 
 
 
3 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
 
Vendo na lateral existe outro ponto muito importante na avaliação do trajeto do parto que é o 
promontório. Alguns livros trazem como vértice da articulação da coluna lombar com o sacro e outros como 
vértice da primeira vertebra do sacro. Prestem atenção: promontório, borda inferior da sínfise púbica. Estou 
dando os pontos de referência para vocês entenderem como a gente faz. Aí retorna ao promontório novamente. 
Isso aqui eu consigo avaliar num toque vaginal. 
A bacia é dividida em pequena e grande bacia, 
sendo a grande servindo simplesmente para sustentar o 
útero gravídico, a pequena é a que avaliamos para predição 
de parto seus diâmetros devem ser compatíveis com a 
biometria fetal. Para que o parto possa ocorrer. 
Então a gente tem o estreito superior da bacia, na 
pelve falsa e a pelve verdadeira que correlaciona com a 
possibilidade do parto. Entenderemos o que a pequena 
bacia traz de diâmetros que podem ser avaliados. 
 
Então, na pelve verdadeira vou ter 3 estreitos que eu vou avaliar,o estreito superior, médio e inferior, 
que vamos delimitar e ver as formas de avaliar. 
 
 
4 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
O estreito superior a grosso modo é delimitado: 
 anteriormente pela pube 
 lateralmente: linha terminal ou inominada; 
 posteriormente: promontório 
Promontório: vértice da articulação entre a quinta vértebra lombar e o sacro. 
O estreito superior possui 3 diâmetros importantes, que são interessantes quando a gente tem um laboratório 
com a pelve, não sei se vocês têm, que a gente consegue identificar, palpar, rodar em todas as direções, fazer 
o toque na pelve para entender o diâmetro. 
 anteroposterior: onde vou ter menor distância entre o promontório e sínfise púbica que mede 10,5 cm 
e é chamada de conjugata vera obstétrica. Isso é o que preciso avaliar na minha gestante. Eu avalio a 
conjugata indiretamente; 
 oblíquos: eminências iliopectíneas até articulações sacroilíacas que mede 12,5 cm; 
 transverso: linha inominada de um lado ao outro é a maior distância e mede 13,0 cm. 
Então qual a maior distância do estreito superior? O transverso (isso cai muito em prova de residência 
também). E a menor? A anteroposterior, chegando a medir 10,5 cm. 
 
Vamos entender porque isso é tão importante? Até agora a gente dividiu em estreito superior, médio e 
inferior sabendo os diâmetros do estreito superior. O diâmetro anteroposterior do estreito superior é dividido 
em 3 e representa a distância entre o promontório e a sínfise púbica e pode ser dividido em: 
Conjugata anatômica (Diâmetro anatômico) ou conjugata vera (Diâmetro 
verdadeiro) – formada pela linha que une a borda superior da sínfise púbica 
e o promontório, cuja medida apresenta, em média, 11,5 cm. 
Conjugata obstétrica – representa a distância entre o promontório e a face 
interna da sínfise púbica. Corresponde ao espaço real do trajeto da cabeça 
fetal e mede aproximadamente 10,5 cm. 
Conjugata diagonal (diâmetro diagonal) – linha que une o promontório e a 
borda inferior do osso púbico, com medida de 12 cm. Na avaliação do toque 
vaginal, essa é a medida utilizada para a estimativa do diâmetro da conjugata 
obstétrica. 
 
Então vamos aqui que é mais fácil: borda superior ao promontório, conjugata anatômica. Borda interna 
do púbis ao promontório, conjugata obstétrica, certo? Em torno de 10,5 é o menor diâmetro, lembra que falei 
que no parto os menores diâmetros da cabeça fetal têm que passar nos menores diâmetros da bacia e esse eu 
 
5 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
consigo estimar, como? Pela conjugata diagonal, que é a linha que une o promontório a borda inferior do pube. 
Na avaliação do toque vaginal essa é a única medida que eu tenho para avaliar esse diâmetro, quando eu faço 
o toque eu consigo por me dedo abaixo do pubes e tocar, se eu não consigo: melhor ainda pois está mais 
distante. 
Eu vou medir a conjugata diagonal e dela eu tiro 1,5 cm para eu estimar a minha conjugata obstétrica. 
Vamos supor que essa minha medida aqui da 10, quer dizer que minha vera obstétrica da 8,5, os menores 
diâmetros da cabeça do feto normalmente vão cursar aí com 9/9,5, opa está angustiada, isso antes do trabalho 
de parto, faço um toque e já consigo identificar. Vicio pélvico para quem trabalha com obstetrícia não é tão 
difícil da gente suspeitar, pois tocamos tanto um normal que quando tocamos um estreito já notamos diferença. 
Quando o residente, ou obstetra toca e já tem experiência, ele acha e normalmente tem mesmo um vício 
pélvico. 
Então a conjugata diagonal (diâmetro diagonal) é linha que une o promontório e a borda inferior do 
osso púbico, com medida de 12 cm. Na avaliação do toque vaginal, essa é a medida utilizada para a estimativa 
do diâmetro da conjugata obstétrica. 
Repetindo: a borda superior eu consigo dividi-la em 3: vera anatômica, vera obstétrica, e conjugata 
diagonal, sendo que eu estimo a conjugata vera obstétrica fazendo a avaliação da diagonal, então esse é um 
dos objetivos de eu entender bacia já no estreito superior. 
A estimativa da vera obstétrica é 1,5 cm menor que a diagonal. Certo? Isso é estimativa, depois eu vou mostrar 
no toque para vocês. Eu faço o toque abaixo da sínfise púbica e toco la no promontório tiro meu dedo vou 
medir quanto deu daqui até aqui. Tiro 1,5 cm para estimar essa vera obstétrica. Você viu que ela é o menor 
diâmetro? Por que? Esta aqui não está acima? Quando atinge aqui a borda interna do púbis é o menor diâmetro, 
concorda? O meu menor diâmetro tem que ser suficiente para a passagem do crânio fetal, é o que estou 
avaliando na bacia. Então nas próximas aulas vamos além, precisando saber os diâmetros do crânio fetal. 
Bom, o estreito médio. Borda inferior do osso púbico e pelas espinhas ciáticas. O diâmetro 
anteroposterior de 12cm, mas os eu menor diâmetro, menor dimensão pélvica, chega a medir 10,5 ou 9,5. Um 
diâmetro anteroposterior de 12 é bom né? Então onde é mais angustiado no estreito médio? Ao nível das 
espinhas isquiáticas. Então quando o beber chegar ali no movimento de nascimento ele tem caber o menor 
diâmetro da sua cabeça no menor diâmetro, mais angustiado. Correto? Plano de menor dimensão pélvica (bi 
espinha ciática) medindo aproximadamente 10cm. Plano 0 (zero) de De Lee. Esse plano ao nível das espinhas 
ciáticas eu uso para avaliar a descida do feto. 
 
Então se ele está no plano 0, acima dele a 1 cm está o plano -1 do plano de De Lee, se estiver 2cm 
acima é – 2, 3cm é -3. O parto que estava evoluindo bem, quando eu toco ele sai do 0 pro +1, 1 cm abaixo do 
plano zero de De Lee, e assim por diante. Então o plano 0 de De Lee é um plano que eu uso para avaliar 
descida. Vocês vão encontrar duas definições e ninguém chegou ao consenso. Falam que está no plano 0 
quando o ápice da apresentação atinge o plano 0, alguns autores usam o plano ápice da apresentação quando 
ultrapassou o plano 0. Independente de qual eu estiver usando, eu vou usar ela para tudo. Quando eu tenho 
um bebê que tem uma amniorrexe precoce, rompeu a bolsa e vai passando pelo canal, as vezes pode me 
confundir um pouco. 
 
6 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
Alguém pergunta algo: 
R: primeiro que a estimativa, eu vou mostrar pra vocês os tipos de bacias, avaliação anatômica e peça de 
cadáver, depois eu vou mostrar pra vocês os tipos de bacias. 
Então você supõe? 
R: Não, você não supõe. É Real. Na bacia ginecoide esse diâmetro normalmente está entre 10 e 10,5, é 
constitucional, vocês vão ver que nos outros tipos de bacia é mais curta, e tem a pelvimetria externa que eu 
vou falar que quase não usamos hoje, a gente fazia o seguinte: se você colocar sua perna para trás, você não 
sente um ossinho aqui na nádega? É a tuberosidade isquiática, a gente usava aquela medida para transpor pra 
isso aqui, quando eu palpava e media externamente, se eu achasse acima de 10 ou 10,5 como ela está 
paralelamente a espinha isquiática eu sabia mais ou menos a distância que tava, mas você vai ver como eu 
faço a pelvimetria. 
A pergunta dela foi: como eu sei essas medidas? Eu tenho as formas de bacias, 50% delas são ginecoides e 
nas bacias ginecoides a distância é essa, essa de peça óssea, avaliação de cadáver e avaliação de espinha é 
compatível. 
Estreito Inferior que chamo de conjugada exitus (9,5 – 11,5 cm), borda inferior do pube, está vendo a 
importância da borda inferior do pube? É onde eu alcanço, onde eu consigo fazer medida. Onde eu toco aqui 
na borda do meu dedo, toco o pube, o toque vaginal, sinto o osso pube com o polegar e meu dedo chega ao 
cóccix. O pessoal fala muito isso, conjugata exitus, meu parto vai ter isso, eu não considero ele o mais 
importante, ainda é a vera obstétrica porque o cóccix tem uma retropulsãodurante o trabalho de parto, ele 
movimenta, então por mais que eu toque ele, quando o bebê passa ele se movimenta, amplia o diâmetro. O 
diâmetro transverso (bi-isquiático ou intertuberoso) mede 11cm. 
Então quando eu faço avaliação da bacia o que eu procuro ver: 
1. Conjugada obstétrica ou vera obstétrica do estreito superior 
 2. Inclinação e concavidade do sacro, essa é mais difícil, na hora eu só toco o promontório. 
3. Distância entre as espinhas ciáticas, pelo toque 
4. Ligamentos sacrociáticos, também é difícil de avaliar 
5. Paredes laterais, avaliando partes moles 
6. Diâmetro cóccix-subpúbico e retropulsão, é o que eu falei que acontece durante a passagem do feto 
7. Ângulo subpúbico que algumas literaturas trazem como desuso, mas é uma forma de avaliar indiretamente 
a distância bi isquiática e diâmetro bituberoso. 
 
Então como eu faço essa avaliação da pelvimetria, que é a pergunta que fizeram logo atrás e como é 
que eu sei que essas distancias existem em determinados tipos de bacia. Então, por que eu preciso entender 
isso tudo? Para eu ver o prognostico do parto, então quando eu avalio se vai descer, se não vai, se vou esperar 
um período mais longo de trabalho de parto, se vou conseguir tomar medidas com essa paciente, se vai ser um 
parto mais tranquilo, posições maternas durante o trabalho de parto, movimentações, o bebê fica rebolando 
literalmente durante o trabalho de parto encaixando da pelve. Desde que eu não tenha sofrimento materno ou 
fetal eu posso tentar tomar medidas, por que? 
 
7 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
Para vocês entenderem: porque eu tenho o crânio fetal com 
suas fontanelas anteriores e posteriores, bregma e lambda, e seus 
diâmetros, aqui: occipitofrontal com 11,75 cm, 
suboccipitobregmatico 9,5 cm, occiptomentoniano 13,5. Porque o 
ideal para esse feto, diâmetro biparietal 9,5, certo. O que acontece: 
outra forma de apresentação, sendo o ideal ele aparecer com a cabeça 
fletida no trab de parto e eu tocar a fontanela posterior, se ele vem com 
a cabeça estendida eu toco o bregma e muda completamente o 
diâmetro. Se eu toco o queixo, é outro diâmetro que está se 
apresentando, que é as defletidas, 1º 2º e 3º grau que são as patologias 
desse diâmetro que vamos estudar em outras aulas. 
 
 
Por isso é importante entender a bacia agora, que tem esse diâmetro alterados e conforme eu identifico 
eles durante o trabalho de parto, por exemplo, defletida de 2º grau que eu toco a glabela, não dá, não vai 
conseguir passar, é cesárea, por isso é preciso diagnosticar, saber os diâmetros, saber as suturas. Às vezes eu 
chego num período que posso levar ela pra cesárea com tranquilidade, não é incomum você acompanhar um 
trabalho de parto e eu toco uma defletida de 2º grau, aí já vejo que não vai nascer, pode ficar o tempo que for 
que não vai nascer. Então precisa entender esses diâmetros. 
Normalmente quando eu dou essa aula, alguns viram obstetras porque acham a aula muito boa e outros 
desistem de ver. Praticando isso aqui não é difícil não. Aqui tem os diâmetros da cabeça que vamos ver depois 
na anatomia fetal, queria que vocês entendessem o motivo. 
 
 
8 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
E como eu faço a avaliação? Conjugata exitus, está vendo? Borda inferior da sínfise púbica, eu sinto o 
cóccix e em cima eu tenho o pube. De novo. E aqui o que eu to vendo? Conjugata diagonalis, eu toco e 
encontro aqui, se precisar eu tiro e vou medir e estimo que a vera obstétrica é 1,5 do diâmetro que achei, o 
diâmetro anteroposterior do estreito superior. 
 
Ele descreve cada uma dessas medidas da imagem acima, mas não consigo escutar o áudio claramente. 
A que tem relação com o parto é a vera obstétrica e eu estimo vendo a conjugata diagonalis. E aqui o 
que eu estou fazendo neste toque? Avaliando a distância entre as espinhas isquiáticas, no estreito médio. Isso 
é pratica. Quem deixa de fazer perde a oportunidade de avaliar sua gestante da melhor forma. 
Por isso as vezes o paciente dentro do consultório particular perto do período do parto precisa fazer o 
toque para ver a bacia. A paciente é primigesta, faz pré-natal comigo, quer parto normal, está no termo e é 
uma boa prática fazer o toque no consultório antes do trabalho de parto, porque as vezes ali eu consigo prever 
se a paciente tem um vício pélvico e quem sabe não indicar um medicamento para indução do trabalho de 
parto, e se ela quiser tentar mesmo assim? Chama prova do trabalho de parto, o que vai acontecer se tiver vicio 
pélvico? Não vai nascer, vai ter contrações, tempo de trabalho de parto. 
 
Toda vez é possível alcançar o promontório? Não, se você não tocou é melhor, pois está longe e não 
vou ter problema nenhum. O problema é quando você toca e ele é curto, então eu estimo a conjugata vera 
obstétrica. 
 
9 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
O ângulo também avaliamos ou meço aqui as tuberosidades isquiáticas para 
estimar a distância, pois ela é praticamente paralela às espinhas isquiáticas, algumas 
literaturas falam que essa pelvimetria externa hoje já não tem tanto valor. Esses dias 
uma paciente desceu do pré-parto, minha R1 identificou o ângulo muito estreito, mas 
ainda não tinha avaliado a paciente, quando eu avaliei, ela estava com contrações 
uterinas e resolveram aplicar ocitocina para estimular mais ainda as contrações pois 
não estava descendo. Cheguei lá e perguntei se tinham avaliado a paciente, negaram, 
pois as contrações estavam insuficientes. O que aconteceu? Não desceu, deu sinais 
de eminência de rotura uterina, dilaceração, bradicardia fetal e foi para uma cesárea 
de urgência. O bebê nasceu bem. Se você assumiu um paciente, você precisa realizar 
o toque você mesmo, porque as vezes a avaliação que já foi realizada não foi adequada, você não pode aceitar 
como verdadeira. Quando você faz tudo do início ao fim, examinei no pronto socorro, fui para o pré parto, eu 
continuei avaliando, nesse momento a obstetrícia vem perdendo o seu espaço, porque não estamos 
conseguindo dar continuidade no acompanhamento, as vezes o serviço é muito grande. Mas nunca menospreze 
um pedido de ajuda, levante e faça a avaliação. 
O que acontece quando eu tenho o ângulo muito curto? O bebê não vai passar aqui, está vendo? 
Dependendo do ângulo subpúbico que eu tenho, esse bebê passa mas começa a impactar. 
 
Curvatura sacral é a mesma coisa, se ele for retinho já me ajuda, mas se o ângulo dele tiver muito curto 
aí me atrapalha, eu tenho que contar com a retropulsão do colo. Alguém pergunta se é por isso que faz o corte 
(episiotomia) e o Cairo explica: o corte tem a ver com partes moles, não altera partes ósseas, uma vez 
aconteceu da paciente ter a parte óssea da bacia ruim e mesmo assim você faz a episiotomia e o bebê não 
nasce. Partes moles você consegue resolver com o corte, mas as partes duras, da pelve, bacia, você não resolve, 
não tem jeito. 
 
Agora eu entro na dúvida que ela teve, como eu sei essas distâncias? Nos estudos eu tenho os tipos de 
bacias. As mulheres (50%) tem bacia ginecoide, 20% tem androide. 
 
10 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
 
Tipos de bacia 
 Ginecóide: Pelve feminina típica. Estreito superior arredondado e porção posterior espaçosa. Espinhas 
ciáticas não proeminentes. Diâmetro bi-isquiático grande. 50% das bacias femininas. 
 Andróide: Espinhas ciáticas salientes, ângulo subpúbico é estreito e estreito superior reduzido. 20% 
das bacias femininas. 
 Antropóide: Estreito superior elíptico e alongado no sentido anteroposterior e o diâmetro transverso 
diminuído. 25% das bacias femininas. Bom prognóstico. 
 Platipelóide: Forma achatada, estreito superior ovalado, pequeno diâmetro anteroposteriorcom 
diâmetro transverso amplo. 5% das bacias femininas. 
A seguir conseguimos ilustrar: 
A ginecoide, a androide mais curto aqui, formato de coração, antropoide com anteroposterior é maior e o 
platipelóide alongado no sentido laterolateral. 
 
Agora vamos ver isso em relação as espinhas no anteroposterior. Olha ginecoide. Androide. A 
Platipeloide é mais alongada assim. 
 
11 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
 
 
Então o que a gente viu até agora? A bacia com seus principais ossos, o que é o estreito superior com 
suas principais diagonais. O estreito médio em que temos o diâmetro bi isquiático e o estreito inferior que está 
relacionado com o subpúbico com o colo. Como faço a medida, pelvimetria externa e interna, onda interna 
medindo diâmetro bi isquiático e a minha conjugata diagonalis para estimar a vera obstétrica. E agora os tipos 
de bacias: androide, ginecoide, antropoide e platipelóide. Qualquer livro que vocês estudarem isso já está bom. 
Aqui usei o Rezende, o Zugaib fala algo também. 
Agora, depois que avaliei a bacia obstétrica, existem formas de avaliar como o bebe está localizado no 
útero, pois quando vejo a estática fetal, me ajuda muito no trabalho de parto para eu ver como ele está rodando, 
imagino a forma como ele se insinua eu vejo como ele vai rodar. Porque para o bebe nascer da forma mais 
tranquila ele precisa estar em occipitopube para fazer a alavanca e nascer no movimento do parto. Se ele está 
em occipito esquerdo anterior posterior ou transverso você vai ter mais dificuldade de rodar para poder fazer 
o movimento. 
Quando começo a avaliação? Vendo a estática fetal, já sabendo como o ovoide fetal está dentro do 
útero, que chamamos de atitude ou hábito fetal que é a Relação das diversas partes do feto entre si. Flexão 
acomoda o conteúdo (feto) no continente (útero), então ele flexiona a cabeça sobre o tórax, as coxas sobre o 
abdômen, as pernas sobre as coxas, os membros superiores cruzados no tórax. 
 
12 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
 
Um bebe em sofrimento fetal perde tônus, então se vejo um bebê estendido, ele está mal oxigenado, 
porque um bebê saudável tem força para flexionar, bebê sem tônus a atitude fetal não fica assim. 
A atitude, habito fetal seria dessa forma, na forma esquemática, seja na apresentação cefálica, córmica 
ou pélvica. A atitude é sempre a mesma e depois, já adiantando, temos as variedades de apresentação, porque 
agora vemos tudo normal. 
 
Na estática fetal eu vou avaliar 3 itens: 
 Situação: relação do maior eixo materno com o maior eixo fetal. Pode ser longitudinal ou transversa. 
 Posição: é a relação do dorso fetal com pontos de referência do abdome materno. Esquerda, direita, 
anterior ou posterior. Variedades de posição: Transversa, Oblíqua Anterior, Oblíqua Posterior. 
 Apresentação: região fetal que ocupa o estreito superior e que nele se insinuará. Na situação 
longitudinal, será cefálica ou pélvica. Na situação transversa, a apresentação é denominada córnica. 
 
Situação 
É a relação do maior eixo materno com o maior 
eixo fetal. Longitudinal ou transversa. A relação entre os 
eixos longitudinais do feto e do útero. 
Então nós temos a mãe, na situação longitudinal o 
maior eixo é nesse sentido, na longitudinal, o maior eixo é 
nesse sentido. Sendo 99% longitudinal e apenas 1% 
transversa. 
 
 
13 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
Na pélvica nasce de parto normal? Nasce, não é indicação absoluta 
de parto cesárea. E na transversa? Não passa. 
Aqui nós temos uma situação longitudinal com posição a direita e 
apresentação cefálica (A) e aqui numa situação transversa apresentação 
cornica e posição posterior (B). Isso é importante que vejo como o feto vai 
rodar, para firmar a fontanela posterior no pube. Também é importante para 
identificar onde vou fazer a ausculta fetal, o BCF. 
 
 
 
 
 
 
Posição 
 É a relação do dorso fetal com pontos de referência do abdome materno. Esquerda, direita, anterior ou 
posterior. 
 Longitudinal direita ou esquerda. 
 Transversa: anterior ou posterior 
 
 
14 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
Apresentação 
 Apresentação: região fetal que ocupa o estreito superior 
e que nele se insinuará. 
 Na situação longitudinal, será sempre cefálica ou pélvica. 
 Na situação transversa, a apresentação é sempre 
denominada córmica. 
 Insinuação é passagem do maior diâmetro transverso da 
apresentação pelo estreito superior da bacia. 
 
 
Como avalio isso na prática? A apresentação na longitudinal é pélvica ou cefálica, e na transversa ela é 
córmica. De novo, para lembrarmos que falei para vocês algumas variedades de apresentação, de face, de 
vértice, de crânio, ombro, então vamos estudar em uma próxima aula, variedades de apresentação e de posição. 
Alguém pergunta algo e ele responde: Não. Posições à direita tem uma rotação maior para conseguir 
nascer, feto com variedade de posição à direita é pior, perceba: posso falar na próxima aula? Que eu te explico 
melhor... 
 
 
Já ouviram falar disso aqui? Já fizeram em laboratório ou em paciente? Quem se arrisca falar sobre as 
Manobras de Leopold? Ela ser para denominar a estática fetal, para saber como está o feto na cavidade uterina 
e ajudar a achar o ponto de ausculta máxima. E o contrário também é verdadeiro. Se eu acho o ponto de 
ausculta máxima, também me ajuda quando estou em dúvida na apresentação. Faço manobra de Leopold e 
tento identificar o ponto, se eu não consegui, as vezes identifiquei o ponto primeiro nas apresentações que o 
ponto de ausculta está abaixo da cicatriz umbilical ele indica que o feto provavelmente está cefálico. Se o 
 
15 Transcrição – Isabella Menezes (34) 98891-9300 
ponto de ausculta estiver acima da cicatriz umbilical, a grande chance é de ele estar pélvico. Isso eu tomo 
rasteira até hoje, porque ele tem uma transmissão de até uns 20 cm. Claro que 99% das vezes eu acerto, mas 
as vezes a natureza me dá uma rasteira. 
 
São quantas as manobras de Leopold? 
1ª manobra: vou no fundo uterino com as palmas das mãos, tentando identificar que polo de apresentação 
está no fundo, por definição consigo ver se o bebê está cefálico ou pélvico. A partir daí eu meço a altura 
uterina. Algumas definições falam que já consigo ver a situação do bebê, e outras que falam que consegue 
identificar que polo está no fundo do útero (cefálica ou pélvica). Muitas vezes para ajudar, a gente utiliza o 
rechaço, você empurra a apresentação e ela volta na sua mão para te ajudar, normalmente a apresentação 
cefálica faz um rechaço duro, a pélvica você empurra e ela quase não volta. 
2ª manobra: venho deslizando minha mão pelas laterais identificando o dorso e as partes fetais. Então serve 
para eu ver a posição direita ou esquerda. Se venho palpando de um lado tem um continuo, o dorso do bebê, 
e no outro que tem um vazio ou partes fetais eu identifico a posição. 
3ª manobra: mobilidade. Em definição serve para eu ver se a apresentação está fixa ou não, o grau de 
mobilidade da apresentação e teoricamente palpando aqui e ali eu estaria vendo a apresentação. Na minha 
prática clínica, acho mais fácil a manobra usando o polegar e o médio para ajudar falar se é pélvico e cefálico, 
porque eu coloco a cabeça da posição cefálica entre meus dedos e mobilizo, na pélvica fica mais distante e 
normalmente o bebê ainda não está insinuado, está muito móvel. É possível fazer em todas as gestantes no 
pré-natal. 
4ª manobra: tem a ver com insinuação. O examinador fica de costas para a paciente e coloco meus dedos a 
10 cm entre a apresentação e a sínfise púbica, se consigo colocar meus dedos neste espaço o bebê não estáinsinuado, quando não consigo colocar o bebê já está insinuado. 
 
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Todas essas manobras, se eu palpo aqui e identifico que o dorso está de cá e cefálico, normalmente 
consigo palpar uma protuberância que é o ombrinho e onde vou procurar o meu BCF? Do lado que está o 
dorso. Se eu acho o dorso, a chance de eu errar o exame obstétrico é muito baixa. Se eu sei que está cefálico 
ou pélvico, a chance diminui mais ainda.

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