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EXAME FÍSICO DO RN

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1 Digitada por Júlia Robadey 
Exame físico do recém-nascido 
DIVISÃO DA PEDIATRIA 
COMO INICIAMOS O EXAME FÍSICO DO RN? 
- Higienização das mãos. Lavar as mãos, mas ela 
deve ficar quentinha; 
- Apresentação para o responsável; 
- Explicar o que vamos fazer, que vamos ter que tirar 
a roupa do bebê, então é frio. 
OBS: Os dados do exame são coletados conforme a 
oportunidade, mas, são descritos crânio-caudal. O que 
é mais doloroso fica para o final, que é a otoscopia e 
oroscopia. Tudo que o choro interfere, será feito na 
frente (ex: FC). 
ÍNDICE DE APGAR 
Na asfixia perinatal, o APGAR no 1° minuto estará 
baixo, e, para ser critério de asfixia, o APGAR precisa 
ser menor que 5 no 5° e 10° minuto. Então, geralmente, 
fazemos APGAR no final do 1° minuto, e, depois no 5°, 
quando o APGAR é menor que 7 no 5°, fazemos o do 
10°, 15°, e, 20°. Essa nota, não diz para a gente se 
vamos ou não reanimar o paciente. Na aula de 
reanimação neonatal, em momento algum foi dito para 
reanimar quando o APGAR é baixo, não usamos o 
APGAR para isso, ele é usado para dizer se o meu 
paciente está ou não respondendo as minhas 
manobras de reanimação, se ele tem uma maior 
morbidade ou não. O que vai me dizer se eu vou 
reanimar ou não meu bebê, é a FC menor que 100, 
apnéia, ou gasping, que vamos começar com a 
ventilação com pressão positiva. 
APGAR: Serve para avaliarmos a vitalidade do RN, no 
final do 1°, e, no final do 5° minuto. Se maior que 7 no 
5° minuto, não precisamos fazer os outros. Menos que 
7 no 5° minuto, tenho que fazer o 10°, 15° e o 20°. 
Muito difícil o bebê estar todo róseo no primeiro 
minuto, visto que, a saturação até 5 minutos de vida, 
vai de 70 a 80%, então, com 80% de saturação, ele 
estará um pouco cianótico, podendo perder ponto 
nesse quesito. 
O APGAR serve para falar para gente sobre morbidade, 
além de falar para a gente se a pessoa que está 
reanimando o bebê está fazendo a conduta adequada. 
Se for menor que 7 no 5°, fazemos até o 20°, agora, se 
for maior que 7 no 5°, não precisa fazer mais, mas, 
mesmo que no 10 der maior que 7, fazemos até o 20°. 
CUIDADOS COM O RN APÓS A SALA DE PARTO 
- Identificação do RN; 
Colocar a pulseirinha no bebê. 
- PVPI 2,5%; 
Pingar colírio no bebê de Iodopolvidona a 2,5%, esse 
colírio deverá ser pingado nas primeiras horas de vida 
do bebê, e, é para evitar a conjuntivite por Gonococco, 
e, por Clamídia. O Nitrato de Prata foi substituído por 
esse, já que o Nitrato de Prata só fazia profilaxia contra 
Gonococco (alguns ligares ainda fazem o Nitrato de 
Prata). Faremos o colírio tanto pós parto vaginal, 
quanto pós parto cesárea. 
- Vitamina K; 
Aplica-se 1mg de vitamina K intramuscular no bebê, 
para profilaxia da doença hemorrágica do RN, porque 
o bebê tem deficiência de Vitamina K, deficiência de 
fatores da coagulação. 
- Vacina contra Hepatite B; 
- BCG; 
- Cuidados com o coto (álcool 70%); 
Limpamos o coto com álcool a 70% para evitar Onfalite 
(começar com um cheiro estranho, secreção, 
hiperemia), que é o processo infeccioso do coto 
umbilical, que é uma porta de entrada para infecção no 
RN. Importante orientar a mãe que é só para usarmos 
álcool a 70%, antigamente usava-se outras coisas, 
sendo porta de entrada para Tétano neonatal. 
- Seio materno exclusivo (SME); 
Oriento seio materno exclusivo, se o anti-HIV da mãe 
for negativo, se não tiver nenhuma uma 
contraindicação 
- Alojamento conjunto. 
Para aumentar o vínculo do RN com a mãe, esse RN vai 
ficar na enfermaria junto com a mãe, com seio materno 
exclusivo em livre demanda (vai mamar a hora que ele 
quiser), a não ser que ele tenha alguma indicação de 
ficar na UTI. 
OBS: Nasceu, se estiver chorando, respirando, com 
tônus em flexão, espero 1 a 3 minutos para clampear, 
deixo na barriga da mãe, se ele for a termo, da barriga 
da mãe ele já vai para o peito. Se ele não respira, não 
tem tônus em flexão, ou, se tava bem, esperou 3 
minutos, mas, ele era prematuro ou pós-termo, ele vai 
lá para o berço aquecido. Fazemos então os passos 
 
2 Digitada por Júlia Robadey 
iniciais, se, no final de 30s ele está com frequência 
maior que 100, e, respirando bem, o meu bebê está 
bem. Deu 1 minuto de vida, dou o APGAR, dou uma 
examinada na sala de parto pra ver se não tem uma má 
formação, e, quando de 5 minutos, dou o outro APGAR, 
pego o bebê, levo, mostro para a mãe, levo o bebê para 
sala ao lado, fazemos todos os cuidados que foram 
ditos, a vacina, a vitamina K, PVPI, e, então, vamos 
pesar, medir, examinar, obviamente, lembrando da 
identificação do RN. 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
- Peso; 
Normal: 2500g a 3999g. 
Baixo peso: <2500. 
Macrossômico: > ou igual a 4kg. 
Quando o bebê nasce, o peso normal ao nascer é de 
2500g a 3999g, então, se o bebê nasce com menos de 
4 kg, e, com mais de 2500g, ele está normal para o 
nascimento. Se ele nasce com menos de 2500g, é baixo 
peso, se ele nasce com peso maior ou igual a 4kg, é um 
peso elevado para a idade, que chamamos de 
“macrossômico”. ****Quando o bebê nasce, ele vai 
perder peso, porque o leite é pouco, é colostro, quase 
nada, ele tem diurese, evacua, então, ele vai perder até 
10% do peso dele até por volta do 5° dia de vida, a 
partir daí, ele começa a recuperar o peso. Ele precisa 
recuperar o peso do nascimento, até o 10° dia de vida. 
Recapitulando: Bebê nasceu com peso adequado, vai 
começar a perder peso, em média são 2% de peso por 
dia, até o 5° dia, quando chega no 5° dia, ele para de 
perder, começa a recuperar, e, por volta do 10° dia, ele 
já tem que ter o peso do nascimento. 
- Estatura; 
A parte fixa na cabeça, móvel no pé, com estadiômetro. 
Média ao nascimento: 50 cm. 
O bebê cresce 50% da estatura que ele nasceu, no 
primeiro ano de vida, então, no geral, no primeiro ano 
de vida, essa criança que nasceu com 50 cm vai ganhar 
25 cm de estatura, ou seja, no final do primeiro ano, vai 
ter 75 cm. 
- Perímetro Cefálico; 
Do mais proeminente no occipital, ao mais 
proeminente no frontal, que é a glabela, acima da 
orelha. 
Média ao nascimento: 34 a 35 cm 
Geralmente, no 1° mês de vida, aumenta 2 cm, em todo 
primeiro trimestre, aumenta 2 cm por mês, então, em 
média 34 a 35cm. A gente vai ter que colocar no gráfico 
de perímetro cefálico para estatura, e, em geral no RN, 
o máximo é 37 na menina, e, 38 no menino, mas, isso 
vai depender da idade gestacional. Geralmente, o 
mínimo, que nos preocupamos muito devido a 
microcefalia, em geral, é de 31,9cm no menino, e, na 
menina, tem que ser maior que 31,5cm para ser 
normal. Se menor que isso, colocamos como 
microcefalia. Em geral, o máximo é 38 no menino, e, 37 
na menina. 
- Perímetro Torácico; 
Na linha mamária. 
<Perímetro cefálico até por volta dos 2 anos de 
idade 
- Perímetro Abdominal. 
No umbigo (lembrando que nesse caso é o perímetro 
abdominal, o que é diferente da circunferência 
abdominal). Esse, em geral, é relativamente igual ao 
perímetro torácico, ou até maior, já que, o bebê, tem o 
abdome globoso. **Até porque, como dito na aula de 
reanimação neonatal, quando está lá na sala de parto, 
e, um bebê precisa de reanimação, e, ele tem um 
abdome escavado, isso faz a gente pensar em hérnia 
diafragmática, e, se eu precisar ventilar esse bebê com 
hérnia diafragmática, eu tenho que entubar, já que, 
essa hérnia diafragmática trata-se de uma 
comunicação do diafragma, uma passagem, uma 
abertura, e, tudo que está no intestino, vai herniar para 
o tórax, isso vai fazer um choque obstrutivo, e, se eu 
mandar ainda mais ar pela VPP, isso vai piorar, então, 
devemos lembrar que o RN tem abdome globoso. 
COMO CALCULAR A IDADE GESTACIONAL 
Pelo exame físico, já podemos pensar, já que, o 
prematuro tende a ser menor, e, com menos peso. 
Podemos olhar a textura da pele, se a planta do pé é 
lisa ou se ela tem marquinhas, vamos olhar o formato 
da orelha, o que esse bebê faz de neurológico.Então, 
através do exame físico, e, do exame neurológico, 
vamos calcular a idade gestacional do RN. Temos a 
idade gestacional da USG, e da DUM (Data da Última 
Menstruação), mas, geralmente, isso é uma 
estimativa, a que a pediatria usa, é realmente avaliada, 
temos o RN na nossa frente, e, avaliamos a parte 
neurológica dele, e, a parte física. Não precisamos 
decorar as tabelas, mas, precisamos saber o que é 
avaliado para calcular a idade gestacional, avalio a 
postura do RN, um RN mais a termo, tem flexão dos 4 
membros, um pré-termo, nasce com extensão. 
Ângulo de flexão do punho, um bebê que é a termo, ele 
geralmente, quando há flexão do punho, a mão dele 
encosta no punho. Ângulo de retração do braço. 
Ângulo poplíteo, quando o bebê é a termo, às vezes, 
não conseguimos passar de 90°, mas quando ele é pré-
termo, é todo molinho. Sinal do xale (ou do cachecol), 
quando eu pego o braço direito, o cotovelo as vezes 
chega do outro lado, enquanto o a termo, não passa a 
 
3 Digitada por Júlia Robadey 
linha média. Quanto mais prematuro, o calcanhar 
chega na orelha. 
Então, avaliamos o exame neurológico, e, o exame 
somático, avaliamos se a pele é fina e lisa, se tem 
descamação, se é enrugada. Avaliamos se tem pelinho 
(lanugo), no ombro, na testa, nos braços. Quanto mais 
a termo/pós-termo, menos penugem em vou ter. Vou 
avaliar a superfície plantar, o mais prematuro, tem a 
superfície lisa. Glândula mamária, o mais prematuro, 
nem conseguimos palpar a glândula mamária, no a 
termo, já palpamos a glândula mamária, uma borda 
elevada, uma aoréola pontilhada. Olho e orelha, as 
vezes, o neném é tão prematuro que a pálpebra ainda 
está fundida, não abriu. Genital masculino, no a termo, 
o testículo estará na bolsa, bolsa enrugada, testículo 
pendurado. Genital feminino, o grande lábio vai cobrir 
o pequeno lábio. 
Então, depois que caracterizamos cada critério desse, 
vamos somando, e, quando somarmos tudo, vou ver o 
somatório na tabela a seguir, por exemplo, um 
somatório 40, diz para mim que esse bebê tem 40 
semanas. Se somasse 26, significaria que esse bebê 
tem 34 semanas e 3 dias. Então, esse método é 
chamado de “Ballard”, na realidade, é o “New Ballard”. 
Antigamente, falava-se muito do Capurro, entretanto, 
esse só avalia a idade somática, e, temos então 
dificuldade em avaliar o prematuro. 
Precisamos saber que precisamos avaliar o exame 
neurológico (ex: postura, ângulo poplíteo, sinal do 
xale), e, o exame físico somático (ex: glândula mamária, 
formato da orelha, genitália, prega plantar). 
 
MÉTODO MAIS CORRETO DE AVALIAR A IDADE 
GESTACIONAL: “NEW BALLARD”- NAS PRIMEIRAS 
24 HORAS. 
O Ballard tem que ser realizado nas primeiras 24 horas, 
já que, o ambiente interfere na pele do bebê, podendo 
mudar alguma coisa. 
Exemplo: Cheguei hoje para passar visita do bebê, e, 
ninguém calculou a idade gestacional dele ontem. 
Nesse caso, vamos ficar com a idade gestacional 
estimada pela DUMA ou pelo USG, apesar de não ser o 
adequado. 
CLASSIFICAÇÃO DO RN 
1. De acordo com a idade gestacional: 
Pré-termo: <37 semanas 
A termo: 37 semanas a 41 semanas e 6 dias 
Pós-termo: > ou igual a 42 semanas. 
 
 
 
 
4 Digitada por Júlia Robadey 
2. De acordo com o peso ao nascer: 
Macrossomia: Maior ou igual a 4kg 
Peso normal ao nascer: 2500 a 3999g 
Baixo peso ao nascer: <2500g 
Muito baixo peso ao nascer: <1500g 
Muitíssimo baixo peso ao nascer: <1000g 
O muito baixo peso ao nascer, ou muitíssimo baixo 
peso, geralmente, é um bebê com menos de 28 
semanas, então, é um prematuro extremo. Esse bebê, 
muito provavelmente, vai ter uma persistência do 
canal arterial, então, esse canal arterial vai continuar 
aberto, ele pode ter doença da membrana hialina por 
deficiência de surfactante. Ele vai fazer hipoglicemia 
com muito mais facilidade, porque ele não tem reserva 
de glicogênio. **O bebê que nasce muito grande, o 
macrossômico, geralmente, é filho de mãe com 
diabetes, essa, tem hiperglicemia, e, esse bebê fica 
grande. Além disso, ele tem hiperinsulinemia, já que, 
se ele recebe muita glicose, ele acaba liberando muita 
insulina, e, quando ele nasce, que ele não tem mais o 
aporte de glicose da mãe, e ele vai ter que mamar, para 
adquirir a glicose, ele tem hiperinsulinemia nas 
primeiras 48 horas, e, o que geralmente acontece com 
aquele macrossômico é hipoglicemia. Após as 48horas 
de vida, quando o bebê não tem complicação, essa 
hiperinsulinemia diminui, a insulina volta ao normal, 
ele não precisa mandar mais insulina, e, para de fazer 
hipoglicemia. Nesse bebê, em geral, controlamos a 
glicemia capilar dele, já que, se ele estiver com a 
glicemia baixa, teremos que ofertar glicose, ou oral, 
através do leite (materno ou com fórmula), e, quando 
é muito baixo, ou bebê apresenta sintomas de 
hipoglicemia, tenho que fazer glicose venosa. Então, 
vai depender se o bebê está sintomático ou não, ou 
com valor abaixo de 25, que é o valor de referência 
para fazer glicose venosa no RN. 
 
3. De acordo com o peso para a idade gestacional: 
AIG: entre o P10 e o P90. 
PIG: abaixo do P10 
GIG: maior que o P90 
Tanto PIG, quanto GIG podem ter hipoglicemia. 
ECTOSCOPIA 
- Postura: Se for um bebê com mais de 24 semanas, 
ele precisa ter flexão dos 4 membros. Um bebê 
com menos de 24 semanas, pode ter algum 
membro em extensão, devido a prematuridade. 
- Hidratação: Tenho que avaliar sinais de 
desidratação, como olho fundo, boca seca, língua 
seca, ele não pode ser assim, ele tem que estar 
com olho brilhoso, tem que ter um olho que não 
pode estar fundo, tem que ter saliva, quando 
palpamos a moleira, que é a fontanela, ele tem que 
estar ao nível do crânio, não pode estar muito 
deprimida. O bebê vai desidratar por não mamar, 
portanto, se ele perder peso, também é sinal de 
desidratação. Perfusão. 
- Cor: O bebê rosado é o normal, se ele estiver muito 
vermelho, iremos chamá-lo de “pletórico”(pode 
ser causada por policitemia). 
- Cianose: Podemos ter bebê com cianose perioral, 
cianose de extremidades. O bebê da imagem 
abaixo com cianose perioral, parece ter também 
uma cianose de mucosa, então, esse bebê, tem, 
provavelmente, uma cianose central. 
 
5 Digitada por Júlia Robadey 
Se medirmos a saturação da cianose central, a 
saturação de oxigênio no sangue vai estar menor que 
95%. Se medirmos a saturação em uma criança que 
está com cianose só de extremidades, a saturação dela 
vai estar normal, acima de 95%. Então, a cianose 
central, devemos pensar porque ela está acontecendo, 
pode ser por uma hipoxemia, talvez por causa 
pulmonar, causa cardíaca. Geralmente, quando a causa 
da cianose é pulmonar, o problema é na troca, a nível 
pulmonar, quando ofertamos CO2, isso melhora. 
Quando temos cianose por hipoxemia na asfixia 
perinatal, quando colocamos o oxigênio na saturação 
baixa, melhora. Quando o problema é cardíaco, 
mecânico, no coração, que os shunts estão fechando, 
eu faço oxigênio, e, essa cianose não vai melhorar, a 
saturação do meu bebê não vai sumir. Então, uma 
forma da gente diferenciar a cianose central da causa 
cardíaca e pulmonar, é ofertar oxigênio. Se ofertarmos 
oxigênio e a saturação subir, a cianose melhorar, muito 
provavelmente isso, ou era de causa respiratória, ou 
metabólica, mas, quando ofertamos oxigênio, e, isso 
não melhora, provavelmente, isso é causa cardíaca. O 
surfactante, vamos dar para o prematuro, com menos 
de 34 semanas, após a sala de parto, que nasce e fica 
com desconforto respiratório. 
- Icterícia: Essa, no RN é muito comum, já que ele 
elimina pouco mecônio, demora para fazer xixi, 
mama pouco, desidrata, e, tudo isso faz com que a 
bilirrubina se acumule no sangue, e, ela vai 
impregnar na pele. Existe, então, uma icterícia que 
chamamos de “fisiológica” (geralmente, essa, não 
ultrapassa a zona 1), mas, nem toda icterícia é 
fisiológica, eu posso ter hepatopatia,posso ter 
alguma doença hematológica, alguma anemia 
hemolítica, que cause icterícia, e, teremos aula de 
icterícia neonatal lá na frente. Então, quando 
vemos um bebê amarelo, ictérico, primeiro, temos 
que graduar essa icterícia, porque a progressão da 
icterícia no RN é crânio-caudal, o bebê começa a 
ficar amarelinho na cabeça... Quando chega a mãos 
e pés, falamos que é “zona 5”, então, a icterícia no 
RN é graduada pelas zonas de Krammer. Com essa 
progressão crânio-caudal, isso também dá uma 
ideia para a gente, que a quantidade por decilitro 
de bilirrubina no sangue, também aumenta assim. 
Então, quem está na zona 5, ao dosar bilirrubina, 
terá muito mais bilirrubina no sangue em 
comparação a zona 2. Então, devemos sempre 
avaliar as zonas de Krammer, e, o risco do RN para 
icterícia. Então, sempre que pegarmos um bebê 
amarelado, iremos avaliar os fatores de risco, e, a 
progressão. Iremos dosar a bilirrubina desse bebê 
ictérico, e, iremos avaliar o tratamento. O 
tratamento da icterícia por predomínio da 
bilirrubina indireta, que é a não conjugada, é 
fototerapia, aquele bebê que fica na luz. Essa luz 
vai transformar a bilirrubina que está na pele, em 
um fotoisômero dela, que será eliminado. Preciso 
fazer isso, já que a bilirrubina indireta, que está no 
sangue, não conjugada, em excesso, ela vai 
atravessar a barreira hematoencefálica, 
principalmente se o bebê estiver com alguma 
doença, uma acidose, uma sepse. E aí, essa 
bilirrubina que vai atravessar a barreira 
hematoencefálica, ela vai se impregnar lá nos 
núcleos da base, e, ela vai fazer a Encefalopatia 
Bilirrubínica, que também é causa de retardo 
mental, surdez, paralisia cerebral. Podemos 
também classificar a icterícia em cruzes. 
- Pele- lesões benignas do RN 
o Mancha mongólica: Essa, tem locais que 
falam para a gente que pode ser 
miscigenação de raças. Ela é fisiológica, 
não causa problema algum para o bebê, 
temos que explicar para a mãe que isso é 
de nascença. Em geral, ela fica no glúteo, 
mas também pode aparecer nos braços, e, 
nas pernas. Às vezes, quando chega uma 
criança com essas marcas em braços e 
pernas, podemos pensar que foi por maus 
tratos, mas a mãe vai explicar que é de 
nascimento. 
 
o Milium sebáceo: Isso, corresponde ao 
entupimento das glândulas sebáceas, uma 
pequena obstrução, e, geralmente, é 
fisiológico. Geralmente, dá no nariz, e, no 
queixo. 
 
 
 
 
 
 
 
6 Digitada por Júlia Robadey 
o Eritema tóxico: Esse, tem relação com a 
marginalização de eosinófilos, pode estar 
relacionado a alergia, é benigno, e, depois 
desaparece. Geralmente, é uma mácula, 
com uma pápula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Vérnix caseoso: Essa “pastinha” branca 
que fica na pele do bebê, quanto mais pré-
termo, mais vérnix. Esse, é uma proteção 
para o bebê, por isso, hoje, orientamos não 
dar banho nas primeiras 24horas, porque 
esse vérnix não é para ser retirado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CABEÇA 
- Fontanelas e suturas: Na cabeça, iremos palpar as 
suturas, e, as fontanelas, a fontanela anterior (ou 
bragmática), e, a fontanela posterior (ou occipital, 
ou lambdoidea). Vamos palpar as suturas, sutura 
sagital, sutura anterior, sutura frontal. E, essas 
suturas podem estar afastadas, o que vamos 
chamar de diástase de suturas, elas podem estar 
cavalgadas (uma sutura em cima da outra, já que, 
às vezes, quando vai nascer de parto vaginal, é feita 
uma certa força para passar a cabeça, podendo 
ficar com as suturas cavalgadas). 
Tamanho (diagonais) 
Tensão 
Abaulamentos 
Depressão 
Pulso 
Fontanela anterior, temos que palpar o tamanho 
de suas diagonais, geralmente, palpamos em 
polpas digitais, e, a posterior. Em geral, ao 
nascimento, a posterior (a lambdoidea) pode estar 
fechada, então, a posterior pode nascer fechada, 
ou, aberta, geralmente, com uma polpa, e, fechar 
no primeiro mês de vida. A anterior não, a anterior 
sempre tem que estar aberta ao nascimento, e, ela 
só começa a fechar após os 6 meses de idade, e, ela 
só termina de fechar com 18 meses, porque ela 
que vai permitir o crescimento da cabeça do bebê. 
Quando palpamos uma fontanela, as suturas não 
podem fechar todas antes da hora, elas vão 
fechando com o tempo, se começa a fechar uma 
sutura precoce, começa a ter deformidades na 
cabeça do bebê. Então, quando formos falar de 
semiologia da cabeça e pescoço, na próxima 
semana, podemos ver formatos diferentes na 
cabeça do bebê quando fecham as suturas 
precocemente. O fechamento precoce de suturas 
se chama “craniossinostose”, e, às vezes, tem 
indicação até de cirurgia, quando isso ocorre muito 
precoce, então, a fontanela anterior tem que ficar 
aberta, e, começar a fechar a partir dos 6 a 9 
meses, e, fechar no máximo até 18 meses. Quando 
palpamos essa fontanela, ela precisa ficar ao nível 
do osso, pode estar deprimida, ou, pode estar 
abaulada. Quando tenho HIC, ela pode ficar 
abaulada, quando tenho desidratação, posso ter 
ela deprimida. Às vezes, tem pulsação também, e, 
isso pode ser normal. Em geral, a fontanela 
anterior, ela tem na sua maior diagonal, 2 polpas 
digitais, e, a posterior, no máximo 1 polpa digital. 
Obviamente, depende do tamanho da polpa 
digital, mas, em geral, é de 2 a 3 cm a anterior, e, 
no máximo 1 cm a posterior. Quando eu tenho 
fontanela anterior muito grande, com mais de 2 
polpas digitais, 3 polpas digitais, eu posso ter 
alguma patologia que atrase a ossificação, então, 
ou prematuro, esses, nascem com a fontanela bem 
aberta. Hipotireoidismo, pode ser uma causa de 
fontanela muito grande, Prematuridade. 
 
 
7 Digitada por Júlia Robadey 
- Abaulamentos no couro cabeludo: Se esse 
abaulamento, quando eu palpo, se espalha, e, não 
respeita suturas, ele ultrapassa suturas, na hora 
que eu palpar, não está delimitado ao osso, 
provavelmente, esse sangramento é no couro 
cabeludo, logo abaixo do couro cabeludo, então, 
isso aqui tanto cefalohematoma, quanto a bossa, 
pode ocorrer quando o bebê fica no canal do parto 
por muito tempo, e, as vezes rompe um vaso, no 
couro cabeludo, e, ele pode ter uma bossa 
serosanguinolenta. O cefalohematoma, já é um 
traumatismo mais importante, é quando temos 
realmente, um parto muito traumático. E, o que 
acontece, no geral, é que esse cefalohematoma é 
delimitado ao osso, ele é do periósteo, então, ele é 
delimitado por suturas, enquanto a bossa 
serosanguinolenta, ao palparmos, ela espalha, ela 
não é delimitada ao osso, ela é subgaleal, abaixo do 
couro cabeludo. 
Cefalohematoma: Respeita suturas. Ocorre por 
traumatismo mesmo. 
Bossa serosanguinolenta: Não respeita suturas. 
Pode ocorrer por tempo maior no canal de 
parto. 
Tenho que saber essa diferença, porque a bossa vai 
reabsorver mais rápido, o cefalohematoma (que é 
o do periósteo), ele vai demorar mais para 
absorver, então, ele irá doer, porque se é no osso, 
vai doer mais. Então, geralmente, essa criança que 
tem o cefalohematoma, é uma criança mais 
irritada, mais chorosa. Tenho que escrever no 
prontuário quando o bebê nasce, porque, nesse 
caso, ele pode chegar pra gente com 10 a 12 dias, 
e acharmos que ele sofreu um traumatismo 
craniano. Esse sangue vai hemolisar, vai 
reabsorver, e, irá ocorrer icterícia, portanto, tanto 
a bossa, quanto o cefalohematoma, são fatores de 
risco para icterícia. 
ATENÇÃO: BOSSA E 
CEFALOHEMATOMA 
SÃO FATORES DE RISCO PARA 
ICTERÍCIA 
É importante lembrarmos que está sendo pontuado 
apenas o que é diferente, mas, tudo que fazemos no 
exame físico do adulto, na cabeça, que estamos 
olhando implantação de orelha, formato do olho, ver 
se falta alguma parte da orelha, implantação do cabelo, 
epicanto, prega oblíqua, olhar se tem nistagmo, se tem 
estrabismo, tudo isso continuamos olhando, mas, 
estamos pontuando o que tem de diferente no RN. 
- Teste do olhinho: O Reflexo Vermelho entra no 
teste de triagem neonatalcomo teste do olhinho. 
Então, para triagem neonatal, temos o teste do 
olhinho, do coraçãozinho, da orelhinha, da 
linguinha, do pezinho, e, da bochechinha (para ver 
doenças metabólicas). Então, na triagem neonatal, 
um dos exames, é o teste do olhinho. 
O teste do olhinho, o normal é pegarmos o 
oftalmoscópio, ficamos de 30 a 60 cm do bebê, 
num local mais escuro, de penumbra, e, vamos 
avaliar o fundo de olho. Precisamos ver apenas 
esse reflexo vermelho, não vamos ficar analisando 
os vasos não, só vemos mesmo se o reflexo é 
vermelho. O reflexo não pode ser cinza, não pode 
estar ausente, não pode ser branco, nem duvidoso, 
se ele for duvidoso, branco, ou ausente, a gente vai 
encaminhar para o oftalmologista na alta. O que dá 
um teste do olhinho anormal é uma carata 
congênita, então, podemos ter ausência de reflexo 
por ter uma catarata congênita, posso ter 
glaucoma, e, a gente pode ter retinoblastoma. 
Então, fazemos a triagem neonatal principalmente 
devido retinoblastoma. Isso tudo leva a cegueira. 
 
 
8 Digitada por Júlia Robadey 
TÓRAX 
- Simetria e expansibilidade; 
- Frequência respiratória (40 a 60 mpm); 
- Respiração periódica e abdominal; 
- Glândulas mamárias; 
O tórax do RN é mais globoso, simétrico, tem 
expansibilidade adequada, a FR do recém nascido vai 
de 40 a 60, existe uma respiração que é periódica, o 
recém nascido respira, pausa, e, glândulas mamárias. 
- Frequência cardíaca (120 a 160 bpm); 
- Rítmica; 
- Sopros transitórios; 
- Pulsos (presença e simetria). 
A FC do RN é de 50 a 60, ela é rítmica, pode ter sopro, 
por causa dos shunts abertos, e, o pulso é presente, e, 
simétrico. 
- Teste do coraçãozinho: Esse, é outro teste que 
fazemos de triagem neonatal, então, realizamos 
esse teste através da oximetria de pulso. Na sala de 
parto, colocamos o oxímetro na hora da 
reanimação, na mão direita, porque é pré canal 
arterial. 
 
Quando eu meço essa saturação na palma da mão 
direita, porque o teste do coraçãozinho é feito 
após 24 horas de vida, então, quando medimos ali, 
tem que dar maior ou igual a 95%, se der maior ou 
igual a 95%, está normal. Se der menos que 95%, 
ou, vamos medir membro superior direito, e, 
membro inferior, se tiver uma diferença, maior ou 
igual a 3%, ou, for menor que 95% em qualquer um 
desses dois, em cima, ou embaixo, a gente vai ter 
que medir novamente, e, se ao medir novamente, 
continuar menor que 95, ou, a diferença do 
superior direito, para o inferior, for menor ou igual 
a 3%, eu tenho que fazer ecocardiograma, porque 
eu tenho que pensar nas cardiopatias cianóticas. 
Quando eu tenho uma saturação menor que 95%, 
eu vou ofertar oxigênio, se eu ofertar oxigênio, e, 
for cardiopatia congênita cianótica, não vai 
melhorar, já que, o que acontece aqui para ter 
cianose, provavelmente, o bebê está com uma 
cardiopatia que depende do canal arterial, então, 
essa cardiopatia que depende do canal arterial, se 
o canal arterial está fechando não adianta oferecer 
oxigênio, eu tenho que fazer esse canal ficar 
aberto. Então, o teste do coraçãozinho é um teste 
de triagem neonatal, que serve para afastar as 
cardiopatias congênitas cianóticas que dependem 
do canal arterial. 
ABDOME 
- Globoso. 
- Flácido. 
- Coto umbilical: 
o 2 artérias e 1 veia; 
o Gelatinoso ao nascimento, mumifica-se ao 
passar dos dias, e, com 10 dias, 
geralmente, ele cai; 
o Se presença de hiperemia e secreção local, 
tenho uma Onfalite. 
GENITÁLIA 
Feminina Masculina 
- Grandes lábios 
proeminentes; 
- Secreção vaginal, e, 
pseudomenstruação 
por hormônio 
materno. 
- Presença dos 
testículos na bolsa 
escrotal; 
- Meato urinário, a 
uretra tem que estar 
abrindo centrada, se 
não, posso ter 
hipospádia ou 
epispádia. 
- Ânus pérveo. 
- Deve eliminar mecônio nas primeiras 48 horas 
de vida nos RN a termo; 
- Deve ter a primeira eliminação vesical (xixi) nas 
primeiras 24 horas de vida. 
 
ESQUELETO E ARTICULAÇÕES 
- Palpação da clavícula: Quando formos examinar o 
RN, iremos palpar a clavícula do RN. Quando 
tivermos uma fratura da clavícula, ao palpar, ela vai 
descer, como se fosse uma tecla de piano, então, 
iremos sentir mesmo a descida do ossinho, nosso 
dedo fará um sinal da tecla de piano, o que indica 
fratura de clavícula. O que será também muito 
frequente em crianças com fratura de clavícula, é 
 
9 Digitada por Júlia Robadey 
que, às vezes, o bracinho que tiver a clavícula 
fraturada estará em extensão, e, quando formos 
falar agora dos reflexos, que é o reflexo de Moro, 
ele vai fazer um reflexo assimétrico. Pode ocorrer 
fratura de clavícula por desproporção céfalo-
pélvica, às vezes, um parto vaginal, um bebê muito 
grande, de difícil extração. Não é normal ocorrer, 
mas, é uma complicação possível. Quando falamos 
de postura do RN, ele geralmente fica em flexão 
dos 4 membros, então, se eu tiver um bebê com 
um membro fletido, e, o outro em extensão, eu 
tenho que suspeitar que tem alguma lesão ali, ou 
do plexo, nervosa, ou na realidade, óssea. Então, 
uma fratura de clavícula seria uma causa possível. 
Sinal da tecla; Reflexo assimétrico; Um membro 
fletido e outro em extensão: 
fratura de clavícula. 
- Testes do quadril: Serve para avaliar se tem 
displasia no desenvolvimento do quadril, que é 
luxação congênita, quadril instável, às vezes, o 
acetábulo pode ser raso. Então, ao colocar a 
cabeça do fêmur no acetábulo, ela pode não 
encaixar bem, pode ser instável, ficar saindo, o que 
leva a uma luxação congênita, que pode levar a 
uma redução do tamanho de um membro em 
relação ao outro, a sequelas, então, fazemos esse 
teste, porque o diagnostico precoce ajuda muito 
no tratamento, e, prevenção da sequela. Temos 2 
testes. 
Ortolani- 
Quadril luxado 
Serve para verificar se 
o quadril está luxado, 
ele está fora, e, na 
hora que eu faço, 
coloco ele novamente. 
Joelho e coxa do bebê 
estarão fletidos, 90°, 
vamos segurar os 
joelhos, o polegar tem 
que ficar na região 
inguinal, e, o terceiro 
dedo, tem que ficar no 
côndilo lateral do 
fêmur, e, vamos fazer 
abdução, e, adução. 
Quando eu faço 
abdução, estou 
fazendo a manobra de 
Ortolani. Na hora que 
o meu quadril é 
luxado, e, a cabeça do 
fêmur entra no 
acetábulo, eu sinto um 
click na ponta do 
terceiro dedo. Então, 
falamos “Ortolani 
positivo”, quando o 
quadril está luxado. Se 
eu faço esse teste, e 
não sinto click na 
ponta do meu terceiro 
dedo, significa que 
está normal. 
Barlow- 
Quadril instável 
Serve para 
verificarmos o quadril 
instável. Quando 
realizamos esse teste, 
tiro o fêmur do 
quadril, então, ele sai 
quando eu faço 
Barlow. Na hora que 
eu faço uma adução, 
com força vertical, e, 
ele sai, isso é quadril 
instável. 
Obs: Esses testes podem ser feitos ao mesmo 
tempo, ou separados, sem problema algum. 
- Pé torto congênito ou posicional: Existe o pé torto 
congênito, e, o posicional. Quando examinamos o 
pé do bebê, e, conseguimos no exame físico 
colocar o pé na posição normal, isso é só 
posicional, era só a posição do bebê dentro do 
útero. Quando eu não consigo trazer para a 
posição normal no exame físico, é porque, 
provavelmente, tem alguma má formação óssea, e, 
nesse caso, o tratamento é cirúrgico, com 
ortopedista, colocar bota gessada, mas, temos que 
ter essa verificação no exame físico para conseguir 
encaminhar, se for posicional, não tem problema 
 
10 Digitada por Júlia Robadey 
algum, a medida que o bebê está fora do útero, ele 
começa a saber que tem espaço, e o pezinho já 
volta para a posição normal. 
- Disrafismo oculto: Iremos olhar a coluna vertebral, 
e, principalmente na coluna lombossacra, posso 
procurar algum sinal que me indique alguma 
alteração da coluna vertebral, tanto na medula, 
tanto nas vértebras, então as vezes posso ter m 
vértebra, uma massa, um tumor, uma medula mal 
formada, e, isso pode se exteriorizar, e chamamos 
issode meningocele, ou mielocele, ou, pode não 
se exteriorizar, e, dar apenas alguns sinais, o que 
chamamos de sinais de espinha bífida oculta. 
Esses sinais podem ser tufos de pelo, pode ser um 
nevus, uma fóvea, um hemangioma, uma prega 
anómala. 
É importante procurarmos alguma alteração na 
coluna lombossacra porque se meu paciente tiver 
alguma alteração ali, sensitiva, motora, nervosa, 
ele pode ter dificuldade de controle dos 
esfíncteres, vai ter diminuição da sensibilidade, e, 
só vamos perceber mais para frente, com 2/ 3 
anos, então é importante fazermos o diagnóstico 
precoce, para instituir o tratamento precoce. 
NEUROLÓGICO 
- Postura: Como dito, geralmente, o bebê com mais 
de 24 semanas fica com flexão dos 4 membros. 
- Movimentação espontânea: Quando acordado, 
ele tem uma movimentação ativa espontânea; 
- Resposta ao manuseio e choro: Então, 
geralmente, o bebê é ativo e reativo, e, ele chora 
forte. Então, o choro forte é importante no bebê; 
- Tônus: Geralmente, quando pegamos o RN, os 
membros estão hipertônicos, então, quando 
formos fazer a manobra de Ortolani, que temos 
que dobrar a perninha, percebemos que ele é 
hipertônico, temos que vencer a resistência, mas, 
ele tem uma hipotonia de eixo, ele não sustenta a 
cabeça ainda, não consegue ficar sentado, então, 
esse bebê vai ter hipertonia de membro, e, 
hipotonia de eixo, esse é o normal no neurológico 
do RN. 
 
Exame neurológico normal do RN: 
Hipertonia de membros; 
Hipotonia de eixo. 
 
- Reflexos primitivos: Até a nossa mielinização, 
teremos alguns reflexos arcaicos primitivos, então, 
o Reflexo de Moro é quando colocamos a mão por 
trás do RN e deixamos que ele tome “um susto”. 
Não soltamos ele, apenas descemos a nossa mão. 
Geralmente, nesse reflexo, o bebê abre os braços, 
faz abdução, depois fecha os braços, e, chora no 
final. Por isso, foi dito que quando o bebê tem 
fratura de clavícula, ele terá esse reflexo 
assimétrico. Esses reflexos primitivos, eles 
costumam desaparecer por volta dos 3 aos 6 
meses, se eles persistirem além dos 6 meses, 
precisamos ver se tem alguma alteração 
neurológica. 
Temos ainda os reflexos primitivos de preensão 
palmar, e, preensão plantar. 
Temos ainda de reflexo primitivo, o reflexo da 
sucção, então, a sucção é um reflexo involuntário, 
mas, temos que ensinar a pega. Então, o bebê sabe 
sugar, mas, as vezes não tem uma pega adequada, 
sendo importante orientarmos a mãe quanto a 
posição dela amamentar, como o lábio deve 
englobar o mamilo e a aoréola. 
O reflexo da procura, fazendo estímulo no rostinho 
do lado da boca do bebê, ele vai virar o rosto para 
procurar. É pelo reflexo da procura que ele 
consegue mamar, então, geralmente o bebê 
quando está querendo mamar, a mãe encosta ele 
no peito, e, ele já procura o mamilo. Então, os 
 
11 Digitada por Júlia Robadey 
reflexos da sucção e da procura, são muito 
importantes para a mamada. 
 
Esses reflexos primitivos desaparecem por volta de 
3 a 6 meses, de acordo com a mielinização. 
 
- Reflexos superficiais: Temos ainda de reflexo 
superficial o cutâneo-abdominal, o cutâneo-
plantar, e, o cremastérico no menino. O cutâneo-
plantar, que é um reflexo superficial, o normal no 
adulto, é fazer flexão, mas, como a mielinização do 
RN não é completa até os 2 anos, esse bebê pode 
ter como resposta a extensão. No adulto, isso seria 
o sinal de Babinski, mas, no RN, isso não é 
considerado patológico até os 2 anos, por isso, ao 
descrever o exame físico, não vamos escrever 
“sinal de Babinski”, e, sim, “reflexo superficial 
cutâneo-plantar em extensão”, já que ele será 
fisiológico, até o bebê completar os 2 anos. 
- Reflexos profundos: Podemos fazer no RN o 
reflexo patelar.

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