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Regiões fisiografias do Rio Grande Do Sul

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
- ULBRA -
Trabalho sobre aptidões agrícolas do estado do Rio Grande Do Sul
Pedro Felipe Wisniewski
Canoas/RS
2016
Índice de imagens 
Figura 1 Regiões fisiográficas do rio Grande Do Sul	5
Figura 2 Produção de arroz em casca	8
Figura 3 Produção de soja em grão	9
Figura 4 Produção de milho em grão	10
Figura 5 Produção de fumo em folha	11
Figura 6 Produção de trigo em grão	13
Figura 7 Produção de uva	14
Figura 8 Produção de maça	15
Figura 9 Efetivo de bovinos	16
Figura 10 Produção de suínos	17
Figura 11 Efetivo de aves	18
Figura 12 Produção de leite	19
Figura 13 Floretas plantadas Do Rio Grande Do Sul	20
Figura 14 Produção de bananas	21
Figura 15 Produção de erva-mate	22
1. Introdução
Trabalho sobre as aptidões agropecuárias das onze regiões fisiográficas do estado do Rio Grande do Sul. Descreverei as principais produções da agricultura como soja, milho, trigo entre outras. A pecuária também com seus rebanhos bem distribuídos por todas as regiões fisiográficas do estado.
2. Regiões fisiografias do Rio Grande Do Sul
Figura 1 Regiões fisiográficas do rio Grande Do Sul
2.1 Litoral
É a região entre as grandes lagoas e a costa atlântica. Sua área, é de 14.905 km2. As principais cidades são: Torres, Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, Tramandaí, Osório e São José do Norte.
A região litoral é de origem quaternária, ao longo da costa e das lagoas, até holocênica. São areias movidas e depositadas por água e ventos, que formam solos pobres até parcialmente salinos, pouco consolidados e permeáveis.
O relevo é plano a levemente ondulado e de baixa altitude (de 5 a 10 metros).
2.2 Depressão Central
Inclui uma faixa larga Leste-Oeste, na bacia do Jacui e seus afluentes. Os principais municípios que a compõe são: Porto Alegre, Gravataí, Santa Maria, Guaíba, Taquari, Canoas, Cachoeira do Sul. Segundo FORTES (1956), sua área é de 31.778 km2.
O relevo é levemente ondulado. As altitudes são inferiores a 100 metros, exceto nos tabuleiros, cuja altitude máxima está entre 250 e 300 metros.
2.3 Encosta do Sudeste
É formado pelos municípios de Tapes, Camaquã, Jaguarão, Pelotas, São Lourenço do Sul, Arroio Grande, que são os principais desta região.
Está encravada entre as grandes lagoas e a Serra do Sudeste fazendo divisa ao Sul com o Uruguai. Ocupa uma área de 14.981 km².
2.4 Serra do Sudeste
Esta região também é chamada de Escudo Rio-Grandense, formando um triângulo entre Porto Alegre, Jaguarão e São Gabriel. A região é geologicamente muito antiga, com um mosaico de inúmeras formações geológicas predominando as formações graníticas e magmáticas, gnaisses, granitos, siltitos, etc.
O relevo apresenta-se em formas arredondadas, sendo mais brusco para o Norte e suave na direção Leste. A Altitude varia entre 20 a 200 metros nas bordas, até 400 a 600 metros nas serras.
2.5 Campanha
As principais cidades que compõem esta região são: São Gabriel, Bagé, Dom Pedrito, Rosário do Sul, Alegrete, Quaraí e Uruguaiana.
Situadas entre os Rios Uruguai e Ibicuí, as coxilhas Pau Fincado e Santa Catarina e a fronteira com o Uruguai. De acordo com FORTES (1956), sua área é de 47.153 km².
Caracteriza-se geologicamente por derrames basálticos, afloramentos areníticos e grandes aluviões nas planícies fluviais.
2.6 Missões
A região se situa entre os rios Ibicuí, Uruguai e Ijuí. Os principais municípios formadores da região são: Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Santiago, São Borja, Itaqui, São Francisco de Assis.
Segundo FORTES (1956) apresenta uma área de 31.326 km². Predomina geologicamente o basalto da Serra Geral e aluviões ao longo dos rios.
2.7 Alto Uruguai
Está situada entre o Rio Uruguai e o Rio Ijuí, até Marcelino Ramos, na parte Meridional do Estado. Os principais municípios formadores são: Erechim, Tenente Portela, Palmeira das Missões, Sarandi, Santa Rosa, Frederico Westephalen, Getúlio Vargas, Três Passos, Giruá e Três de Maio. Segundo FORTES (1956), sua área é de 26.062 km².
O basalto é o material de origem da região, que se apresenta como planície profundamente recortada pelos afluentes do Rio Uruguai.
2.8 Planalto Médio
Limitado ao Norte pela região do Alto Uruguai, ao Sul pela Depressão Central e Leste pela Encosta Superior ao Nordeste. As principais cidades são: Passo Fundo, Carazinho, Cruz Alta, Ijuí, Panambi, Tupanciretã, Soledade, Tapera e Júlio de Castilhos. Sua área, segundo FORTES (1956), é de 31.252 km².
A maior parte da região é ocupada pelo basalto, ocorrendo arenitos em maior extensão somente nos municípios de Júlio de Castilhos até Cruz Alta, onde os solos são bastante mais pobres.
2.9 Encosta Inferior do Nordeste
É delimitado ao Norte pela Encosta Inferior do Nordeste, ao Sul pela Depressão Central, Leste pelo litoral e a Oeste pelo Planalto Médio. É formada pelos municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Montenegro, Encantado, Lajeado, Taquari, Santo Antonio, Sobradinho e Candelária. Sua área é de 15.847 km² (FORTES, 1956).
2.10 Encosta Superior do Nordeste
É formada pelos municípios de: Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Guaporé, Flores da Cunha, Nova Prata, Farroupilha, Garibaldi.
Está encravada entre a Encosta Inferior do Nordeste e os campos do Planalto. Sua área de acordo com FORTES (1956), perfaz um total de 7.683 km².A formação Geológica é o basalto.
2.11 Campos de Cima da Serra
Localizada no extremo Nordeste do Estado, fazendo divisa ao Nordeste com o Estado de Santa Catarina. Os principais municípios são: Vacaria, Bom Jesus, São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Lagoa Vermelha, Esmeralda e outros. Sua área, segundo FORTES (1956), é de 21.033 km².
O relevo é suave com recortes profundos de alguns rios. Esta região é formada de uma planície elevada de inclinação para Oeste. O material de origem é basáltico. As altitudes variam entre 1.200 metros nos Aparados da Serra até 900 metros mais a Oeste.
3. Aptidões fisiográficas do Rio Grande Do Sul
3.1 Arroz
Principais áreas produtoras de arroz no Rio Grande do Sul: Campanha, parte da região Missões, depressão central, serra do sudeste, encosta do sudeste e litoral.
Figura 2 Produção de arroz em casca
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul é atualmente o maior produtor de arroz em casca do Brasil. Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 8.940.432 toneladas do grão. Considerando a última década, pode-se afirmar que o Estado aumentou consideravelmente a quantidade produzida, passando de uma média de 5.241.216 toneladas no período de 2000-2002 para uma média de 7.931.132 no período 2009-2011. Deve-se observar que a área plantada com esta cultura praticamente não apresentou aumento entre os anos de 2000 a 2011. No entanto, registrou pequenas oscilações, principalmente por influência de algumas condições climáticas desfavoráveis, como por exemplo, períodos de estiagem prolongada, já que a cultura é altamente demandante de água para irrigação. Mas, com base na relação quantidades produzidas - área plantada, na última década, pode-se afirmar que houve importante ganho de produtividade no RS através de inovações técnicas, como por exemplo, no manejo do solos e no uso de insumos e sementes de última geração, aliados às boas condições climáticas. A produção tem como destino o mercado interno e externo e é um dos itens de destaque na pauta de exportações gaúchas.
No período 2009 a 2011, 21 municípios apresentaram produção média superior a 100.000 toneladas/ano. Dois deles apresentaram produção média variando de 509.125 toneladas a 640.924 toneladas: Itaqui e Uruguaiana. Estes dois municípios, somados a 42 outros municípios que apresentam produção média superior a 50.000 toneladas, respondem por aproximadamente 88% do total da quantidade produzida de soja do Estado. Os principais municípios produtores encontram-se principalmente na porção sul-sudoeste do Rio Grande do Sul.
3.2 Soja
Produzida em quase todas as regiões fisiográficas do Rio grande do sul, excetolitoral norte, encosta superior do nordeste e parte de campos de cima da serra. Sua maior produção se da nas regiões: Planalto médio, Missões, Depressão central, Campanha e alto Uruguai.
Figura 3 Produção de soja em grão
O continente americano é responsável por cerca de 86% de toda soja produzida no mundo - uma das principais commodities negociada nos mercados internacionais. Entre os países, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja e produz aproximadamente 27% do total produzido no mundo. É superado somente pelos Estados Unidos que produz 35% deste total.
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul é atualmente o terceiro maior produtor de soja em grão do Brasil, superado apenas pelos estados de Mato Grosso e Paraná. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 11.717.548 toneladas do grão. Considerando a última década, pode-se afirmar que o Estado praticamente duplicou quantidade produzida, passando de uma média de 5.782.081 toneladas no período de 2000-2002 para uma média de 10.074.299 no período 2009-2011. Deve-se observar que a área plantada com esta cultura apresentou aumento de cerca de 1 milhão de hectares no período de 2001 a 2005, quando atingiu 4 milhões de hectares, apresentando decréscimo no período seguinte, principalmente por influência da ocorrência de condições climáticas desfavoráveis. Já de 2009 a 2011, no entanto, é possível verificar uma tendência de retomada da área plantada atingindo os mesmos patamares de 2005. Assim, com base na relação quantidades produzidas - área plantada, na última década, pode-se afirmar que houve importante ganho de produtividade no RS através do emprego de novas tecnologias e do manejo do solo, como por exemplo, a transgenia e o método de plantio direto.
No período 2009 a 2011, 18 municípios apresentaram produção média superior a 100.000 toneladas/ano. Três deles apresentaram produção média variando de 211.574 toneladas a 367.650 toneladas: Cruz Alta, Palmeira das Missões e Tupanciretã. Estes 3 municípios, somados a 56 outros municípios que apresentam produção média superior a 50.000 toneladas, respondem por aproximadamente 56% do total da quantidade produzida de soja do Estado. Os principais municípios produtores encontram-se principalmente na porção norte-noroeste do Rio Grande do Sul.
3.3 Milho
Produzido em maior quantidade nas regiões Planalto médio, missões, Alto Uruguai e em menor proporção nas regiões Serra do Sudeste, parte oeste de Campos de cima da serra e Encosta do sudeste.
Figura 4 Produção de milho em grão
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul é atualmente o quarto maior produtor de milho em grão do Brasil, superado pelos estados do Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 5.772.422 toneladas do grão. Considerando a última década, o Estado apresentou um modesto aumento da quantidade produzida, passando de uma média de 4.657.193 toneladas no período de 2000-2002 para uma média de 5.197.732 no período 2009-2011. Deve-se observar, no entanto, que a área plantada com esta cultura apresentou oscilações ao longo de todo o período de 2000 a 2011. Na última década, de modo geral, a trajetória foi de queda da área plantada, embora não acentuada, contrastando com o aumento da quantidade produzida. Assim, com base na relação quantidades produzidas - área plantada, no período considerado, pode-se observar um relativo ganho de produtividade no RS através do emprego de novas tecnologias e do manejo do solo, como por exemplo, o método de plantio direto. Vale lembrar que o cultivo do milho no Rio Grande do Sul é, em geral, consorciado com a cultura da soja, entre outras culturas, e que é possível obter o produto através de mais de uma safra anual. E ainda, o seu cultivo está fortemente relacionado com a cadeia de produção agroindustrial de aves e suínos.
No período 2009 a 2011, sete municípios apresentaram produção média superior a 50.000 toneladas/ano. Três deles apresentaram produção média variando de 67.224 toneladas a 132.000 toneladas: Vacaria, Venâncio Aires e Muitos Capões. Estes 3 municípios, somados a 4 outros municípios - Canguçu, São Lourenço, Seberi e - Chapada, respondem por aproximadamente 9,5% do total da quantidade produzida de milho do Estado. Isto porque o cultivo de milho ocorre em praticamente todo o Rio Grande do Sul e as maiores quantidades produzidas ocorrem em municípios com estrutura fundiária assentada principalmente na pequena e média propriedade.
3.4 Fumo
Muito produzido na encosta do sudeste, serra do sudeste e depressão central. Há também uma significativa produção nas regiões do alto Uruguai.
Figura 5 Produção de fumo em folha
Ásia e América são os maiores produtores de fumo com 66% e 21%, respectivamente, da produção mundial. Entre os países, a China é o primeiro e o Brasil o segundo maior produtor mundial de fumo e é, atualmente, o maior exportador do produto. Em 2011, o Brasil produziu 951.933 toneladas do produto.
Entre os estados, o Rio Grande do Sul é o maior produtor de fumo em folha. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 499.455 toneladas. Considerando a última década, o Estado apresentou aumento da quantidade produzida, passando de uma média de 310.966 toneladas/ano no período de 2000-2002 para uma média de 428.983 toneladas/ano no período 2009-2011. Deve-se observar, no entanto, que a área plantada com esta cultura apresentou trajetória de aumento entre 2000 e 2005 e queda até 2007. De 2008 a 2011 vem mantendo um patamar em torno de 220.000 hectares. A quantidade produzida oscilou ao longo dos 10 anos considerados, mantendo uma trajetória de aumento pouco acentuado. 
A cultura é desenvolvida principalmente pela pequena propriedade familiar por necessitar de mão-de-obra intensiva, sendo que grande parte da produção distribui-se no entorno das indústrias de transformação e beneficiamento localizadas, na sua grande maioria, na região do Vale do Rio Pardo, no centro-leste do Estado. Outro núcleo de produção importante está localizado no centro-sul do Estado. No período 2009 a 2011, doze municípios apresentaram produção média superior a 10.000 toneladas/ano. Três deles apresentaram produção média variando de 18.975 toneladas/ano a 24.933 toneladas/ano: São Lourenço do Sul, Candelária e Venâncio Aires. Estes três municípios, somados a nove outros municípios – Santa Cruz do Sul, Canguçú, Camaquã, Vale do Sol, Arroio do Tigre, Dom Feliciano, Agudo, Vera Cruz e Pelotas, respondem por aproximadamente 43% do total da quantidade produzida de fumo no Estado.
De outro lado, é importante destacar que o fumo vem sendo alvo de políticas de substituição e diversificação de culturas no Rio Grande do Sul em função da tendência de queda do consumo mundial pelo aumento das restrições aplicadas nos principais países consumidores. Estas restrições estão ligadas a consciência crescente sobre os efeitos negativos resultantes do hábito de fumar. De acordo com VARGAS & OLIVEIRA* "a região do Vale do Rio Pardo representa um importante elo na indústria fumageira do Brasil, sustentando uma extensa rede que conecta pequenos agricultores a empresas fumageiras transnacionais e aos mercados globais. A maioria dos 25 municípios que integram essa região é substancialmente dependente das atividades associadas à cultura do fumo e à indústria fumageira. Mas, ainda que esta dependência econômica tenha criado barreiras consideráveis à substituição do fumo por culturas alternativas, a região também apresenta iniciativas importantes voltadas ao aprimoramento da produção agroecológica".
3.5 Trigo
A produção se concentra basicamente nas regiões do planalto médio, missões e alto Uruguai.
Figura 6 Produção de trigo em grão
Ásia e Europa são os maiores produtores de trigo com 44,5% e 32,2%, respectivamente, da produção mundial, uma das mais importantes commodities negociada nos mercados internacionais. Entre os países,China, Índia e EUA são os maiores produtores com médias acima de 50 milhões de toneladas. Em 2011, o Brasil produziu pouco mais de 5,6 milhões de toneladas do produto. 
O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional com uma produção média de 2.258.009 toneladas/ano no período 2009-2011, quantidade muito próxima do 1º colocado - Paraná que apresentou, no período, uma produção média de 2.790.144 toneladas/ano. A produção de trigo no Estado, cultura de inverno altamente sucetível às oscilações de tempo e clima, se caracteriza pela consorciação com a produção de soja e de milho, cultivadas no verão. Por isso, as quantidades produzidas anualmente sofrem variações consideráveis e as regiões maiores produtoras no Estado são praticamente as mesmas e localizam-se principalmente na porção norte-noroeste do Rio Grande do Sul.
No período de 2009 a 2011, 29 municípios apresentaram produção média superior a 20.000 toneladas/ano. Sete deles apresentaram produção média variando de 41.400 toneladas/ano a 75.460 toneladas/ano: São Luiz Gonzaga, Giruá, Palmeira das Missões, Tupanciretã, Muitos Capões, São Miguel das Missões, São Borja. Estes municípios, somados a 22 outros municípios que apresentam produção média superior a 20.000 toneladas, respondem por aproximadamente 45% do total da quantidade produzida de soja do Estado.
3.6 Uva
Produzida em larga escala na região da encosta superior do nordeste, mas também há produção considerável nas regiões do alto Uruguai e campanha.
Figura 7 Produção de uva
O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de uva, sendo responsável por cerca de 53% da produção nacional. A produção média tem aumentado de forma acentuada, passando de 533.651 toneladas/ano no período de 2000 a 2002 para 754.056 toneladas/ano no período de 2009 a 2011. Desta produção, apenas uma pequena parte é destinada ao consumo de mesa. A fruta é mais utilizada na elaboração de sucos e vinhos de forma artesanal e industrial. Nas últimas décadas, com a introdução de outras variedades e o aprimoramento das técnicas de elaboração, os vinhos gaúchos tem conquistado novos mercados nacionais e internacionais. É ainda importante mencionar que o Estado do Rio Grande do Sul, é responsável atualmente por cerca de 90% da produção nacional de vinhos e suco de uva.
A produção de uva, cultura permanente, é resultado da forte influência da colonização italiana e está concentrada principalmente no nordeste do Estado com destaque para a região da Serra. Todos os municípios com produção média superior a 10.000 toneladas/ano no período de 2009-2011, com exceção de Dois Lajeados, localizam-se naquela região. O destaque fica com Bento Gonçalves com uma produção anual de 109.883 toneladas/ano, Flores da Cunha com 98.273 toneladas/ano, Farroupilha com 61.965 toneladas/ano, Caxias do Sul com 59.800 toneladas/ano, Garibaldi com 46.407 toneladas/ano e Monte Belo do Sul com 39.657 toneladas/ano. É importante mencionar outras regiões do Estado como Fronteira Oeste, Sul e Campanha que também vem se destacando mais recentemente na produção de uva destinada a vitivinicultura.
3.7 Maça
A produção se concentra nas regiões dos campos de cima da serra e encosta superior do nordeste.
Figura 8 Produção de maça
A produção de maçã, cultura permanente, é uma atividade relativamente recente no Brasil. No início da década de 70, a produção anual de maçãs era de cerca de 1.000 toneladas. De acordo com a EMBRAPA, com incentivos fiscais e apoio à pesquisa e extensão rural, os estados do sul do Brasil, em especial Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, aumentaram a produção em quantidade e em qualidade, fazendo o país passar de importador a auto-suficiente no abastecimento do mercado interno e a exportador de cerca de 15% da produção. A cadeia produtiva da maçã foi pioneira na implantação do Sistema de Produção Integrada que pressupõe o emprego de tecnologias de controle por meio do monitoramento de todas as etapas da produção. Os três grandes polos produtores do país encontram-se nos municípios de São Joaquim e Fraiburgo em Santa Catarina e Vacaria no Rio Grande do Sul. 
O Rio Grande do Sul é atualmente o segundo maior produtor nacional de maçã, atrás apenas de Santa Catarina. Com uma produção média atual de 576.166 toneladas/ano, responde por cerca de 45% da produção brasileira. O nordeste do Estado, com as regiões dos Campos de Cima da Serra e Serra concentram os municípios maiores produtores. Destacam-se do conjunto os municípios de Vacaria com a produção média de 224.100 toneladas/ano no período de 2009-2011, Caxias do Sul com 114.567 toneladas/ano, Bom Jesus com 82.667 toneladas/ano e Muitos Capões com 51.333 toneladas/ano. A estes seguem-se os municípios de São Francisco de Paula, Ipê, Monte Alegre dos Campos e São José dos Ausentes com produção superior a 10.000 toneladas/ano.
3.8 Bovinos
A criação de gado bovino é predominantemente em todas as regiões do estado, contudo, a pecuária bovina mais intensiva é nas regiões da campanha.
Figura 9 Efetivo de bovinos
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul é atualmente o 6º maior produtor de gado bovino do Brasil, superado pelos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 14.478.312 cabeças. Considerando a última década, pode-se afirmar que o Estado manteve estável o seu rebanho, no entanto, a participação gaúcha na produção nacional diminuiu de 8,1% em 2000 para 6,8% em 2011. De outro lado, a cadeia produtiva, uma das mais tradicionais do Estado, possui grande importância econômica e social, poder de integração regional, possibilidade de aumento de valor agregado de seus produtos finais e de melhoria da pauta de exportações.
O rebanho bovino encontra-se concentrado no oeste e sul do Estado, associado principalmente a presença dos campos limpos, ambientes característicos do ecossistema Pampa e integrado a produção de arroz nas várzeas dos rios. Destacam-se os municípios de Alegrete com uma média de 625.127 cabeças no período 2009-2011, Santana do Livramento com média de 572.091 cabeças, e Dom Pedrito com média de 414.594 cabeças.
3.9 Suínos
A produção e muito mais intensa nas regiões do alto Uruguai e depressão central.
Figura 10 Produção de suínos
De acordo com a Food and Agriculture Organization - FAO, o continente americano é responsável por cerca de 16% do rebanho bovino produzido no mundo. Entre os países, China e EUA possuem os maiores rebanhos, sendo que o Brasil encontra-se em 3º lugar com uma média de 38.769.666 cabeças no período 2009-2011.
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul é atualmente o 2º maior produtor de suínos do Brasil, superado apenas pelo estado de Santa Catarina. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 5.677.515 cabeças. Considerando a última década, pode-se afirmar que o Estado manteve relativamente estável o seu rebanho, sendo que a participação gaúcha na produção nacional aumentou de 13% em 2000 para 14% em 2011. Do mesmo modo que a cadeia produtiva de bovinos, a cadeia produtiva de suínos, é considerada uma das mais tradicionais do Estado e possui grande importância econômica e social, poder de integração regional, possibilidade de aumento de valor agregado de seus produtos finais e de melhoria da pauta de exportações.
O rebanho suíno encontra-se presente em praticamente todo Estado embora mais concentrado principalmente no norte e nordeste do Estado, integrado a presença das indústrias de beneficiamento. Destacam-se os municípios de Aratiba com um rebanho médio de 93.940 cabeças no período 2009-2011, Três Passos com média de 83.233 cabeças, seguidos de Santa Rosa com média de 77.142 cabeças, Nova Candelária com 74.857, Arroio do Meio com 72.757, Não-Me-Toque com 71.870 e São Pedro do Butiá com 70.893.
3.10 Aves
A produção ocorre em todo território do estado. As regiões mais produtoras são planalto médio, encosta superior do nordeste eparte de campos de cima da serra.
Figura 11 Efetivo de aves
De acordo com a Food and Agriculture Organization - FAO, o continente americano é responsável por cerca de 27% de toda produção de aves no mundo. Entre os países, o Brasil é o quarto maior produtor mundial. É superado somente pela China, Estados Unidos e Indonésia. A carne de aves é um importante componente da pauta de exportações brasileiras e gaúchas, com destaque para a carne de frango. De acordo com o Governo Federal, nos últimos anos, além da carne de frango, peru, pato, ganso e outras aves, foram exportados também ovos e material genético.
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul é atualmente o quarto maior produtor de aves do Brasil, superado pelos estados de Paraná, São Paulo e Santa Catarina. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 149.334.973 cabeças de aves (entre galos, frangas, frangos, pintos e galinhas). A atividade de criação de aves no Estado é altamente integrada com a indústria de carnes de aves e derivados, formando uma cadeia de produção especializada.
No Rio Grande do Sul destacam-se as regiões da Vale do Taquari, Serra e Produção que, juntas, respondem por mais de 60% do efetivo de aves produzidas no Estado. Entre os municípios, Caxias, Nova Bréscia, Boa Vista do Sul, Marau e Salvador do Sul tem os maiores efetivos, superando a marca de quatro milhões de cabeças cada um.
3.11 Leite
A produção de leite é bem distribuída pelas regiões fisiográficas do estado, mas as regiões do alto Uruguai, missões, planalto médio, campanha, serra do sudeste e encosta do sudeste destacam-se na produção.
Figura 12 Produção de leite
O Rio Grande do Sul é o segundo produtor nacional de leite, superado apenas por Minas Gerais, e contribui com cerca de 12% da produção nacional ou 3.879.455 mil litros em 2011. A produção é relativamente bem distribuída pelo território, sendo que as regiões maiores produtoras ocupam as porções norte e nordeste do Estado. Entre os municípios produtores, os destaques ficam com: Marau, Casca, Santo Cristo e Palmeira das Missões. Juntos, estes municípios produzem em média de 201.950 mil litros. Somados a Ijuí, Ibirubá, São Lourenço, Passo Fundo, Três de Maio, Crissiumal, Estrela, Augusto Pestana e Vila Maria são responsáveis pela produção de 14% do total do Estado.
3.12 Silvicultura
Áreas mais produtoras de madeira para papel, celulose e outras finalidades são: Litoral, campos de cima da serra e serra do sudeste.
Figura 13 Floretas plantadas Do Rio Grande Do Sul
Silvicultura é a atividade que se ocupa do estabelecimento, desenvolvimento e produção de florestas visando múltiplas aplicações, tais como: produção de madeira, papel, lenha, carvão, resinas e essências ou outras funções como abrigo para animais, quebra-ventos, proteção ambiental, etc.
O Anuário Estatístico 2011 da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas - ABRAF, estima que o Brasil possui 7 milhões de hectares de florestas plantadas, dos quais 69% são de plantios de Eucalyptus; 23% de Pinus; e 7% de outros gêneros florestais¹. A Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura - PEVS do IBGE, que investiga, em todos os municípios brasileiros, os produtos oriundos do extrativismo vegetal e da silvicultura informa que a produção primária florestal, em 2011, atingiu um valor de produção da ordem de R$ 18,1 bilhões. A silvicultura contribuiu com 72% desse total, enquanto a extração vegetal participou com 27%.
O Rio Grande do Sul vem mantendo a sua participação na produção total de produtos da silvicultura no cenário brasileiro. No entanto, há uma tendência de aumento da sua participação a partir da instalação de novos empreendimentos previstos para os próximos anos. Atualmente na produção de carvão vegetal participa com pouco mais de 1% do total da produção brasileira; enquanto que na produção de lenha contribui com 27,7% ; na produção de madeira em toras com 5,9% e na produção de outros produtos (casca de acácia negra, folhas de eucalipto e resinas) com 54,3%.
A atividade está mais concentrada no quadrante leste do Estado e é exercida segundo um zoneamento Ambiental definido pela Resolução CONSEMA N.º 187/2008, respaldado por estudos de estrutura, metodologia e bases técnicas; restrições e potencialidades das Unidades de Paisagem Natural e estudos de fauna, flora e recursos hídricos. Mais recentemente, a Resolução CONSEMA Nº 227/2009 aprovou alterações neste Zoneamento Ambiental.
3.12 Banana
O cultivo da banana está localizado principalmente na parte fisigrafica do litoral, e em algumas regiões da depressão central e alto Uruguai, porém, em menor quantidade.
Figura 14 Produção de bananas
A produção de banana no Brasil está centralizada nos estados de São Paulo e Bahia, responsáveis por aproximadamente 34% da produção brasileira. O Rio Grande do Sul aparece atualmente em 14º lugar no Brasil, com uma produção média de 110.837 toneladas/ano no período de 2009 a 2011.
Os municípios maiores produtores de banana do Rio Grande do Sul estão concentrados no litoral norte. São eles: Morrinhos do Sul com produção média de 27.600 toneladas/ano; Três Cachoeiras com produção média de 25.937 toneladas/ano, Mampituba com 20.533 toneladas/ano e Dom Pedro de Alcântara com 10.000 toneladas/ano. Estes contribuem com 76% da produção total gaúcha.
3.13 Erva-mate
Planta nativa e produzida na região do alto Uruguai e planalto médio.
Figura 15 Produção de erva-mate
A erva-mate, como espécie nativa, tem ocorrência documentada nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e, em menor proporção, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na Argentina, ocorre na Província de Misiones, parte da Província de Corrientes e em pequena parte da Província de Tucumã. No Paraguai, ocorre na área situada entre os rios Paraná e Paraguai, segundo a EMBRAPA. O produto, consumido na forma de infusão, era utilizado originalmente pelos nativos antes da chegada dos colonizadores e faz parte, ainda hoje, dos hábitos de grande parte da população dos países do chamado cone sul. Atualmente, apesar de grande parte da área ervateira estar localizada no Brasil, o país maior produtor é a Argentina.
O cultivo da erva-mate, considerada cultura permanente, assume importância particular nos três estados da região sul do Brasil a partir das iniciativas de melhoramento dos cultivares nas pequenas e médias propriedades rurais, com o desenvolvimento de técnicas silviculturais e com a introdução de mecanização em parte do processo de produção do setor ervateiro*. Atualmente a erva-mate está sendo considerada um importante fitoterápico por suas propriedades medicinais. Pesquisas vem sendo desenvolvidas no intuito de elaborar variados produtos alimentícios, farmacológicos, cosméticos, entre outros, derivados da erva-mate. Mais recentemente, a EMATER/RS criou a Certificação da Qualidade da erva-mate que é pioneira no Brasil. No processo de certificação, são auditados aproximadamente 150 itens que buscam garantir a adoção de boas práticas agrícolas e de fabricação, além de atender a outras normas e legislações visando qualificar, diferenciar e valorizar o produto-símbolo do estado do Rio Grande do Sul no mercado nacional. Constitui também uma das estratégias para conquista do mercado externo.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de folha verde de erva-mate com uma produção média de 263.928 toneladas/ano no período de 2009-2011 - 60% da produção nacional, seguido do Paraná com 126.778 toneladas/ano, Santa Catarina com 45.045 toneladas/ano e Mato Grosso do sul com 3.272 toneladas/ano. Localizados no norte do Estado, os municípios maiores produtores são: Ilópolis com 51.133 toneladas/ano e Arvorezinha com 40.733 toneladas/ano, seguidos dos municípios de Palmeira das Missões, Venâncio Aires e Fontoura Xavier com produções médias anuais variando entre 18.200 e 12.250 toneladas.
4. Conclusão
Com esta pesquisa sobre aptidões fisiográficas do estadodo Rio Grande Do Sul, nota-se que o estado é muito rico em diversidades agrícolas e pecuárias. As diversas regiões do estado, desde campos de cima da serra á campanha, têm suas peculiaridades com adaptações ao clima, solo e relevo. O estado do Rio Grande Do Sul produz desde grandes plantações como, arroz, soja, milho e trigo à pequenas plantações como, fumo, banana e produtos de hortifrutigranjeiros. A pecuária é também muito intensa, com grandes rebanhos de bovinos, de aves e suínos que são bem distribuídos por todas as regiões fisiográficas do estado ajudando a manutenção econômica do mesmo.
5. Referencias 
http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/conteudo.asp?cod_menu_filho=819&cod_menu=817&tipo_menu=ECONOMIA&cod_conteudo=1590
Acesso dia 16/04/2016 às 20hr
http://coralx.ufsm.br/ifcrs/fisiografia.htm
Acesso dia 17/04/16 às 21hr
http://www.ufrgs.br/gpep/documents/capitulos/Potencial%20Produtivo%20do%20campo%20nativo.pdf
Acesso dia 17/04/16 às 22hr
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_da_Campanha_Meridional
Acesso dia 17/04/16 às 22hr

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