Buscar

Educação Ambiental

Prévia do material em texto

.Educação AmbientalI. ~_.". __ _ _ __ . _ _ _ • ~. ~ _
CURSO: Psicologia
PER[ODO: 10 Semestre
DISCIPLINA: Educação Ambientai
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1~5horas
CARGA HORÂRIA SEMESTRAL: 30 horas
:Objetivo
.Promover a compreensão de _ que a Educação
Ambiéntal (EA) está associada a uma valorização
; humanitâria, critica, cultural e reflexiva, de acordo
icom as exigências do mundo contemporãneo. além de.
Ifornecer subsidios para a formação de um sujeito
I
'ecológico, portador de valores éticos, atitudes e
.comportamentos ecologicamente orientados, que
incidem sobre o plano individual e coletiyo.
O" •• "".,'
Qual "nossavisão de
,.;rnun<1~? "
•• •••.•. -. ~ I ." ~ • ",. _ .:
Respand~:
,
l)As questões Ambientais (crise ambiental) estão.
I
relacionadas,c\iretamente a que área de estuda?
a) Bialógicas
b)Humanas
c) Exatas,
John Maxwell
Princípio da Lente: Quem
você é determina sua maneira
de ver tudo a sua volta.
2) As questões ambientais (crise ambiental)
estão diretamente relacionadas a:
a)Alterações ambientais
b)Comportamento Humano
.',
3) A educação ambiental e a étic
ambiental estão diretamente ligadas a:
a)Comportamento \'
b)Ação política
c)Atitude
d)Todos os elementos citados acima
I '
QUAL A NOSSA
LENTE?
Qual a nossa visão de
mundo? '
I=~.cc;.-);;•.11. -aR.llltPIII'iIl .IJ,1---IIàC1•.•IP."""'. :I . •.L'~.==I. -=1l.""': 1•••"-'
Il..-' • 1•• "'- hit~l~rzrnli•..
••• - r". _. -Dl"""'"_ '-ur.-:....J ~u
•
\r
-'
_11••••••••••••••_ •••.-, •••"' ••••••- •••.•••••_,, ,.••••_ ....~ __ ....I..._•.._ .....--_.I\ ..'-
07/10/2014
, Pesquisa n!véia que 58;7% das 'crianças e aqolescentes
• entre 10 e 14 anos da Região,Sul têm celular.
\;Especialistas apontam que pais devem acompanhar ó
,uso e evita~ que se transforme em atividade única ,I I
I,
Cidade chinesa ~ 'cria, faixa
•• ' : ~ l' • ""-: .•• -. - "
excl~s'iva "para';pedestres' que
• '~,- - •• I' -.
não'largam'o celular ," ,',".",
I
I
I
-,
\
0% 60••••
,
Quando estou em sala de aula 1-,------,.-"-.~-~)t-..1S7%
1
Quando estou estudando 1---,,-124%
i
Quando estou donnindo 1---120%
<
Quando estou com a familia, comendo, D' '- 9%
assistindo televis1lo etc. 1 -
Nunca desligo o celular ~.i ~ '135%
"
.--- -----
Gráfico 217 . Emquais destas situações você desliga o celular?
(Você pode marcar mais de uma resposta)
(Jovens) I "
--- ...
;
o" refil ---
~ tlOf'l'l ~.n.'!'~~.
é bc>fTlpara o p~14
I
Algumas distrações podem levar a
uma visão equivocada.
I
Muitas
indústrias
incentivam ..
, .
~. ~S A f~ de ver ASrolSOS
AS COISAS MUDAMDE fORMA
Algumas distrações podem levar a
uma visão distorCida ou
fragmentada.
__ o _
IL .
- -,---' - - 01-
,Discutir e
pensar
sobre o
tema?
Guerra
Desmatamento
Fome
II
Impactos do crescimento populacional
•t Recursos Naturais (água)
.tProd. Industrializados -----0 Poluição
.tA,.easpa~
•t Alimento~---------
.tOutros Rec Naturais ------ .Pevastação,
lias avanços'
I.tec~o.lógicos
I também
I1 estirrlUI1m6
consumo
Constiênéia
, ecológica e o
_ desafiódó
Idesenvo!vl")entosustentável
Consumo e
renda no
-I Brasil;
lOPoderda
I pr~paganda
nos incentiva a
consumir cada
vez mais
f o ag~avamentoda
t crIse ambIentai e o
despertar da
I consciência. ecológica
Sociedade,
consumo e
questão
ambiental
.--Consumo -
t consumismo
Acrise
ambiental
contemporânea
•
Uso de sacolas
Plásticas
Sociedade e
.~, Meio
, AIT;biente
"
Plástico
1-- DIf;rente~~~ppões-deEd~çio-
I AmbientaI,
/. '., ,~
Educação Ambiental
conservacionista: Excursões,
lutas conservacionistas,
preservação da fauna e flora, ~
Cigarro Pneu
.' I
Educação Ambiental crítica para sociedades
sustentáveis: Entendimento das Origens'lcausas ;. ,1>1fj",., ~ ,~,'
conseqüências da degradação ambienta, através
de ,um a metodologia interdisciplinar, visando um
novo ponto de vista coletivo, . ,'"
Educação Ambiental
Biológica: ~nfa~e na
Biologia e Ciências nos
livros didáticos, cadeias
alimentáres 'e aspectos
da biosfera,
Educação Ambiental' Políticas:
VincWação a: questões de natureza
polit,ca, em detrimento dos aspectos
naturais, 41 Educação Ambiental Comemorativa:
Destaca campanhas temporárias, como
I.. comemoração da Semana do Meio
"~r:", Ambiente, Dia da árvore, etc,
Teeldog de Garrafa Madeira Latas do Latas do
Algodão, do vidro Pintada Alumínio Conserva
! ~"'""•.~.• ~~;"';",",I~.h I.:•••.' ,.~ a"'J:;;;\f>.f 1 .';. ••~:_
Ir;:; ;
~ i2~~ ~-~ ~
• /
••••••••••••••••m-,
':;;:(';lf,"(1r'[!N~1':1''-£.~'~¥'']- f :~~t';'itX'
:';'#~~,~'f~~.'~~~~'í{1.~~J~~i?~1~~~~:.:
I.
Alemanha $500,00
.i
~-~ ...•.
;.
":~~:
:~
'-. . ,.,:.~.,~ ..- -----
ESTOUME SElflltroO
UM lEROA
ESQUERDA..•
90% DA POPULAçÃO JOGA LIXO NAS RUAS •..
'~
r-
I
EUA (Carolina do Norte) $346,00
Jo
Japao $317,25
Itália (Sicilia) $260,11
Família Árabe ,$221 ,45
,.
Famiiia Britânica $253,15
México $189,09
Egito $68,53
Chl~a $155,06
Polônia $151,27
EUA (Califórnia) $159 ,18
•..' -.,
t
;1 ~
t,'
,
Mongólia $40,02
África $1,62
-13
Equador $31,55
WHAT THE WORLnEATS
I.
,
I I
I
Dezenas de milhões de pess';as enfrentam
uma grande fome que atinge a bacia do Lago
'Chade, incluindo Sudão do Sul, Nigéria,
Somália e porções de Camarões e Chade. A
situação foi classificada pela Organização
das Nações Unidas (ONU) como a "pior
crise humana desde 1945".
Fome se alastra na África e atinge milhões de
pessoas
ONU admite: "Nunca antes havíamos
enfrentado tantas ameaças de fome em vários
países simultaneamente"
23/03/2017 . 15:00
,
Causas da Fome
As causas da Fome podem estar relacionadas com alguns
fatores como:
,
_ .•.•..•......
'" ..,-"'..
~.'
Biomassa hl.l(l:1ana= 240 milhões
de toneladas (12% de toda a
biomassa animal do planeta).
J5
Calcula.se que a Interferên.cia do homem
no meio ambiente possa fazer um estrago
tal que causará extinção de várias
espécies .•
Desde o período mais remoto o
homem expiara. a natureza,
principalmente plantas. e animais,
para se alimentar, medicar
constrüfr abrigos e roupas.
.-....----_.
'Pobreza
'Questões naturais como: Clima, Terremotos, Seca,
pestes.
"Reforma agrária precária
'Má administração dos recursos_naturais
'Conflitos Políticos e Civis
'Políticas econômicas mal planejadas
'Superpopulação
"Guerras
"Desigualdades sociais
~1#j~,~j.
,líti),l."t:{ij,Y';ID
207,353,391
~~
oooom"ó,{OO
'J '0"',1, ""C,' • ""I'~0 ,.~Ã .. "oJ~Jc
, I
.~
•• >,
.)1l1_~~tj
13-í..~r!ID!l~
,hl'['JIr;;'1l:1
'.,."',...•.- ,,J..,_".t'-~j
, jr.!~:$,.,
_._--------.
, ,
Ij\g,~-
,Im~
'-•.J~
'li
.~.
(dados da Unesp:>2006f
População ' mundial
cresce auma ,tàxa de ,1%
ao,alio, ..
1,04%
1,460/0
1,38%
1,32%
:.
1=1 'S::=:::IlII""' _
-o., o.. 0.9
'Consumo humano da
I,foto~sintese ',~, terrestre
I(direta e indireta, pela
l-pecuária) = 45% " _
jG
Floresta amazônica (Pará, Brasil) - área
ilegalmente removida para o cultivo de soja.
, I
I
Porto Velho - Rondonia
~" .
"==• o
Liberação de C02
http://earthobservatory:nasa,góv/GlobaIMaps/data/mov/MOD 14A 1_M_F IRE,~oÍl
" ,
ON£ PLANET MANY PEOPL£ Atlas 01 Our Chcmglng ErWironmenl
.Cadâ ser huma(\o
. :. descarta~.em .
, ' I
'ni~diá;sete quilos
,de 'reSrd.~os
eletrônicos.todos'
\ os ano.
•.•••JJ--~,.'"-.-••loHI--.no<_ol/IIIIO/Oll~ ••••_'~,." ••IJIIo•.••• .....,.~, •••• __ ••••••• O<WO _
,
1975 vegetaçae>natural;
1989 desenvolvimento da
agricultura na região;
2001 expansão das áreas
utilizadas,
•
Crise Ambiental
Duas abordagens dominaram a
Psicologia Ambiental ... A primeiraabordagem privilegiou o estudo dos
efeitos ambientais sobre o
comportamento.
segunda tradição hospeda os
estudos referentes a como:e
porquê o comportamento
humano afeta o ambiente.
..- .•.•... --- --- -~-- .- .•. --
iSust;nt;bilidade: implica no uso dos recursos!
:renováveis de forma qualitativamente!
adequa<!a e em quantidades compatíveis com,
sua, capacidade de renovação, em soluções;
economicamente viáveis de suprimento dás.
necessidades, além de relações sociais que:
permitam qualidade adequada de vida para:
todos.
Hoje, percebendo os limites e impasses dessa
concepção está claro que a complexidade da natureza'
e . da interação ~ociec!.ad~/natureza exigem um'
trabalhb'que expliéite '~ co(réiação entre osçliversosj
:componentes. . ~.' '"
I ~._";f":::h' . '..,.,.•.......•.:...:~...•:..::"(.i_:.. ;,-~:>i-«', ',' .- ....' .. ,..' i' ::~_
, É. pr~É.ii~Yencontrar u1l1~'.~~y_a fo~ma d~ ...,~~R~~rlf
Icon~.~51~;;l'1tosque .p~ss~bl,I~~e.e,!1x~~gar.O?~!~;!~f.~e
estudo~com seus' vmculos;;.e tambem .. c.oITLto.s
'=.r~\~~i";:,:;OI:g):";p~~t~~~;~::,.,:::i1~;I
ambIentais. . '. '. . j
. .--""'---- . -_.~----_..... ---
I
Desenvolvimento S,ustentável
.'
~sénvol~rrrefllOk'omico
.,.-- -
a de Hiroshima e seus efeitos devastadores
REVOLUÇÃO
INDUST~IAL
I.
'. '
D'cld •• di 70 • ao
BraSIl e Am60ca Llh,,"
Movimento contrloCulturl
POl' ali( Movimentos
ImbientetistllS
Quando - começamos a pensar
Meio Ambiente? •
"
Histórico da Educação Ambiental no Brasil. A dé-cadade 60 e o
I moLimento ambi ntalista
• Segunda Guerra Mundi'al,
a era nuclear fez surgir
temores de um novo tipo
de poluição por radiação.
No Brasil, a fabricação, importaçi!o,
exportação. manutenção em estoque,
comercialização e uso do pOr 56 foram
prOIbidos em 2009. .
Lei n'. fl.936 de 14 de maio de 2009. I,
ht1~1•••.•.••..••..pIo~ltD.•-_b,f<CMI_~l/•.••IDloor.lOICVl.OO"iIlltlJlll'l~.htroi
'!
Enquanto a população enviava inúmeras cartas de apoio
Carson, os fabricantes de pesticidas se uniram para
desacreditar a autora e seus colaboradores.
Cien'ti~tas comprometidos com a produção de agrotóxicos
I publicara'm , artigos qU,estionando a legitimidade do livro
I pprque: a. a.utora n~o tinha doutorado (l!ra mestre em!
"zoobotanica), e 'outros a atacaram .com argumentos'Ipreconceituosos, chamando-a de "freira da. natureza", I
'''solteirona'',''feiticeir~n, i~sinuando que deveria se calar j
apenas pelo fato de ser uma mulher., ".
Capas das primeiras edições de 'Primavera silenciosa' nos
Estados Unidos, em "1962, e no Brasil, em 1964, O livro,
escrito pela bióloga norte-americana Rachei Carson, inspirou
movimentos ambientalistas em diversos países.
CI
hll~JI'IHI<I.""".uoI com.lN/rfl"IIo-chlZOIUl'6"ocht'\-u'""" '
' .••••••.•-eoIlt.m .
CI
"
o OOT foi sintetizado em 1874, na Alemanha, Após
a Segunda Guerra Mundial, o DOT começou a ser
usado no combate aos insetos que. atacavam as
culturas agrícolas.
A descoberta" foi apontada como. um feito
revolucionário e deu ao químico SUíço".páulHermann
Müller (1899-1965), em: 1948, o prêmio Nobel de
Medicina.
1962 com a publicação do livro de Rachei Carson, "A
Primavera Silenciosa"
------------,--- ------------
Primavera sllenciosa - Rachei Carsón (pesquisadora norte
americana) - Denuncia contamjnaçãp çtacadeia alimentar pelo
DOT (dicloro-difenil-tricloroetano)' sintetizado em 1874, na
Alemanha - inseticida altamente tóxico, é insolúvel em
água, mas 'solúvel em compostos' orgânicos como
a gordura e o óleo, e tem um odor suave ..•. que foi
encontrado presente até, no leite'materno;'
-
_ ...•. _-•....•.
o movimento da cO[1tracultura valorizava:
o A natureza;
• Luta pela paz e fim da repressão;
. -. t.
o Comunidade; ., .'i
o Alimentação naf.u~al;
- liberdade sexu;,!I,e' amorosa;
o Anticonsumis~o;:' .
- Valorização da rel,igiosidade oriental;
o Crítica a veículos' de massa;
• Forma despojada elivre de expressão artística;
Perlodo da conlraocultur~No Brasil - Thiago Mello
(1974) - poesias no pertodo 1.,..__ •••• _ •.•••••
da repressão militar,.. r:. . J ",.~
.- I-- •• ~ •• j, ~,:;.~
denunciava abusos. "', .. "" ,:t
E
.~...',-".""
'Ii_ '.'~:!J'.I
.:-.J
A <:l"'U';N;.!::lIf'lJ'lOIaIco !l80ÇllCO-=:f~!1le P"O't"" ; Y .1•.••• pA~ ~e -,.r:
q..;N\\))1 '~:..,.a!ulV"le.lto1t\(, ,I' 14- t -;:_•. ';a. ,I '1;:.' ;_~l,r-:oQ-t r ••.• '
Je•••.~a TOI"'QI.,IOltll~'.'l!mutr':liat1'!-.1111~e~'st': ",o;
comp''J(''e''c~ e'.I:epa surdae -,IJoJ.l e 'alertUC~Il;~"!'IM'.''!p.o.i d~
d'\"llllflll';!-:) em 19!7
i. Art. 13.' Enfende'-.se por educação ambiental. não-
formal .as ações e': práticas educativas voltadas à
sensibilização da' coletividade sobre as questões
ambientais. e à sua organização e pal'ticipação na
defesa da qualidadedomeio ambiente.
Na lenlaliva de provocar mudanças
nesle paradigma ...
Várias ações foram realizadas:
Fóruns Nacionais de Educação Ambiental;
PRONEA (Programa Nacional de Educação Ambien\al) pelo
Ministério do Meio Ambiente;
. .
PCN's (Parãmetros Curriculares Nacionais) pelo MEC, no
qual a temática ambiental foi inserida como conteúdo
transversal em todas as disciplinas do ourrículo'escolar;
Lei Federal 9795/99 que tem como objetivo oficializar a
presença da educação ambiental em todas as modalidades
de ensino.
• Seção II
Da Educação Àmbiental no Ensino Formal
Art. 92 Entende-se por educação ambiental na. educação
escolar a desenvolvida no ãmbitb. dos currículos das
instituições de ensino públicas e privadas, englobando:
I - educação básica:
II - educação superior;
111- educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.
~--
,
• Lei No 9.795, de 27 de Abril de ~999, institui
a política nacional da ~ducação Ambiental
.(PNEÀ).' En.tre os principais parágrafos,
d!3~facamos:.
• Art. 212 A .educação ambiental, é um
componente : essencial e permariente da
.~ducação naci()nal, devendo est~rp~e;sente,
'. de forma articulada, em todos oslÍííveis e
modalidades do. processo educativo, em
caráter forniâl'eiríão~fo;mal.
• S.eç~o 111
•..Da Eduç:açãoAmbiental Não:Formal
.'
n..Ii\fIA'I'I,ml~A
U30UJ.'2Old.a.c;Q. _t_llaUVo'01flllt.:a
Por que fazer educação
ambiental?
"
" '.t~'."..,
.#'
";-:.,
"':~~..
"••;~t'~.,'••"'"••"
Quem ouve eJpu fala dos problemas ambientais muda de atitudes? ~
I Até que ponto estas mudanças são de fato significativas numa açao.~
tranSfonnadora? :
••
Ao longo da história da humanidade os valores e padrões
éticos constitüídos '. não incorporaram a dimensão
ambiental.
Os' paradigm'as filosÓficos, éticos e econômicos
.. ~ . .;,/, ':'.' . ''";:'~ fi; :. • . . - - .
levaram o homem a distanciar-se da natureza,',
Este distanciamento impede que a sociedade reflita sobre
a relação dos homens entre si -e destes intégrados à
natureza,
A alienação desagrega os diferentes elos,que compõem
o ambiente natural, entre eles o próprio homem,
N;ctll~t"'bo •••••••••"_nOI'/!ll' ••_~
1001"""' ••••••••••••••••• , ••• , ••••••••••••.•••••• ,., •••••••• ,,,.~...•.•.•..•.....•."'-"'''''
CIIltlS o alarmei do n05s~ cérebro 'nos de~pe
Daniel Goleman: '1 emos de quando 'reconhece ameaças imediata
Ocorre que as mudanças atuais de nosensinar nossas crianças a ter planeta são críticas, mas são,microscópic
• demais para nossos slstema~ perceptivoempatia pelos outros e pelo Como não percebemos imediatamente
d 11 \ consequências negativas de nossos hábitmun O diários em maior escala, é fácil ignorá-I
O psicólogo e pesquisador de Harvard fala ou simplesmente. fingir que não .~corre,
sobre a importância de crianças Para tomar declSoe: melhores, e e urgen\
desenvolverem o foco em suas próprias que as novas geraçoes o façam, pre.C1Sam1
- d . aprender a pensar sobre esses sistemas
emoçoes e o efeito de suas ações nas Isso tem relação direta com nos1
outras pessoas e nomund~ capacidade de desenvolver a empatia e'
foco no mundo.' , . I
I
EPOCA
modernidade, que envolvem projetos, visões de mundo
posicionamentos científicos distintos, ,,436, ,
(...) apesar de todos concordarem que é preciso fazer algo a
respeito da crise ambiental e que isso exige uma mudança nas
atitudes das pessoas, há divergências e displ!Jtas entre diversos
pontos de vista sobre o que fazer, sobre como fazer, e ainda,
sobre quais interesses devem prevalecer na complexa
negociação entre os grupos sociais, entre o progresso e a
'.'.~:':'.""::'••"".•..
""'.":~...•.:'.~~~
"••••'..•.•.
••••
•••••
o"
. ]
. -~•••.... -~-. - .. _~- --
Reviua de Cl~ncla~ Humann, rlotian6pcUl, Voluml! 44
Nl)m~ro 2, p. 435-450. Outubro d~ 201
LI/tma dos Santos Raymundo'
Arialle A"/lhllt'l1;
Universidade Federal úe Salll3 CllIurinn
A psicologia e a educação ambientar
1 '
A Educação Ambiental e' o
I desenvolvimento de diferentes valores e
de comportamentos na relação humana
com o meio ambiente.
A educação Ambiental na educação form,al
I e informal. Educação ambiental crítica.,I Educação, cidadania e justiça ambiental: a I
i luta £leio direito da existência. " I
, , I
I
I
Conhecimento
(critico)
•
-,
-:." _._- ;-- . -- - :
, Ir Gllem... ;
Desafios da Educação
Ambientai
Mudança de hábitos,
comportamentos e, atitudes
visando não só a proteção á vida,
mas também a qualidade de vida
Resgatar valores como,
ética, fraternidade,
respeito ...sustentabllidade
Sujeito
Ecológico..~------- _ . ..,.--.
_____ ,
Crise I
Ambiental l'. .;
(percepção)
Ações
cenário
Economia
Política
Sociedade
l Ambiente
._. ~_.-
Queixa
(alienação)
(Ruptural
[
Ed:açã~ ! ~
~~ier:ta~ f
.- -
Visão de Mundo
(fragmentada) ,
Problemática I
OJdiscurso educativo não corresponde{
as ações efetivas no cotidiano escol~r.
REDUÇÃO
==
n
Desequilibrio
.
Açao • realidade
~-:- w ,
~. Educaçã..<> ArnbJental.:
. ~ " ',.t!"4'" _ M_INbelCMcIutlICarvdlo
___A_~_" ._. .__
Formação do sujeito ecológico
Com valores éticos, atitudes, e. comportamento:
:ecologicamente correto, que incidem sobre o plano
:individual e coletivo.
.,. "' _... "'" o •• "'_. _, •• .,.,._~
Educa.çãC?AmbientaIE!!Iancip.atória- Ação Educativa..
--,.,','.' . - .-"-". ..-
I '
As irl)agens que
natureza não são
'objetivo e neutro.
Contudo, traduzem certa visão,
Ide natureza que influencia
.bastànte o conceito de meio
ambiente disseminado
nossa sociedade. '
A natureza como equilíbrio estável em suas relações e interações I
eCàssistêmicas, o qual é visto vivendo como autônomo e I
. ind;pendente da interação cul~ral ~~mana'.' _ _ _ ' .I
I
I
População
População
Çrftlta
Qiminui. o çonsumo, ' I
G(!ra no\!os, reçursds
Recursos
Natúrals "
, "
,
\'
Desenvolvimento Sustentável'
,/
/hltia
, Oêíer~'OMmento )ijtial .~io-lJll.iin~.I. Plt~~~OE \
iJmHroMOieam". (001£11'0«10 Am~t;\tal,
cro' . 'I\Ult~$I'~ '/lao IO(la:<; I~~Rdêocía ~.
- .~,;.. ,.
OmllVOr.;menlO t{OJ'iHIlÍ(O
Recursos
Naturais
ReusoIR~ação I \
Reciclagem X. .
. U~
I
I
!
I.
SUSTENiÁBILlDADE
GLOBAL
5. Desenvolver o senso crítico e as habilidades
necessárias à solução dos problemas.
f4. Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais
Idos problemas ambientais_
um contexto I
I
I
I
"
6. Situar o problema atual em
histórico-social.
Contor;::-::-- - J,
I Parâmetr.os que nortear.ão O desenvolvimento _do projeto Educação iIambiental - - --, - -
11,-I nt~~di~ciplin~rid;ci~~;pl~-~~j~m-en-to- ã -~~~~uçã;~
I ,-
i
,
12. Adequação à realidade.
i
!
13 O' ~ iI . r1entaçaopara a solução de problemas.
Conto Conto
10. Integrar as duas linhas de trabalho em Educaçã
Ambiental: formal e não formal.
práticas e experiência
12_ Respeito à cultura das comunidades com as quai
I
se pretende trabalhar. i -.
111. Incentivar as atividades
I indiviquais e coletivas.
!
I '
9. Trabalhar os conteúdos educacionais de acord
com a visão global integradora do ambiente. - I-----------------------------------------j
I
I,
1-------------------- ---------------
! 7. Processo permanente com perspectiva d
i continuidade.
i
!, ,
18. Utilizar técnicas_participativas que incentivem--
. . ' I .
reflexão e expressão de todos os participantes.
.. ,
L~Pensa!.:'do n~ Projeto e seu Desenvolvi';;;n~
Movimento
,
I,'
I'
Ponto de chegada?
Mundo sustentâvel.
Possível, preservado,. estético,
habitável por muitos e por multos
anos.
Provocar mudanças,
transformações,
Desafiol
--------.....,
L~ducação ambiental ,-
Mudança de atitudes
Mudança na forma de se ver a vida
Mudança na fonna de pensar. . ,
Mudar a visão romântica (Ingênua) que se
tem de ambiente e preservação
Tornar.se crítico
Dia-a-dia Contradição Ação - social
. Processo dinâmico - para não voltar às ações I
anteriores _- a:~~odação.
Ponto de partida?
VIda cotidiana - distante dos
problemas apresentados.
Mundo contemporâneo
confortável.
, I
, ,
----
A psicologia e a educaçãp ambientar
Luana dos Santos RaymuJtdoi
. Ariane Kulm'en'
Universidade Federal de Santa Catarina
_Objetivàndo investigar como a Aiming to invcstigate how edu-
.'. Educação vem seapropriando dos es- cation comes toappropriating the
tudos psicológicos e como essa rela- psychological studies and how this re-
ção entre as disciplinàs aparece nas' lationship between the disciplines in
pesquisas em ciências humanas, pro- the research appears in the humani-
pôs-se neste artigo, verificar nas pu- ties, it was proposed in this artiele,
blicações da área, como a Educação check iIi area publications such as
vem dialogando coma Psicologia. As". Education is talking to Psychology.
sim, este artigo realizou um levanta- --Thus, thispaper conducted a literatu-
mento bibliográfico em duas bases de re review in two databases referen-
dados referenciadas na área de ciên- ced in the area of huníanities {Psy-
cias humanas (PsycINFO e W"ebaf cINFO and Web of Science). The
SCience). Os resultados foram orga- results were organizcd into themes,
nizados em eixos temáticos, nos quais in which they identified the predomi-
se identificou a predominância de dois nance oftwoaxes: I) Studies that use
eixos: I) Estudos que utilizam as-fer- of psychological tools to assess the
ramentas psicológicas para avaliara --effectiveness ofspecific environmen~
efetividade de programas educacionais _Jal education:programs, 2) studies that
ambientais específicos; 2) Estudos que try to rescue concepts of psychology
procuram resgatar conceitos dapsico- as indicators of environmental inter-
logia ambiental como indicadores de ventions in person-environment rela-
intervenções na relação pessoa- tionship. Thus, this artiele suggests the
ambiente. Nesse sentido, este artigo appropriation for environmental edu-
sugere a apropriação pela educação cation studies in environmcntal
ambiental dos estudos em Psicologia psychology evolutionary (main theme
Ambiental Evolutiva (eixo temático 3), 3), which identified throughout the life
os quais identificam durante todo o ci- cycle dimensions involved in the Ie-
elo vital as dimensões intervenientes arning process and constitution ofthe
no processo de aprendizagem e cons- ecological self.
tituição do sujeito ecológico .
• Psychology an.d environmental education
I Aluna do PPG em Psicologia/UFSC, Endereço para correspondências: Laboratório de Psicologia
Ambiental, CFHIUFSC, Campus Universitário. Florianópolis, SC, 88040.970 (Il\a_sr('~yahoo.com.br)
~ Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis/Se (ariul1c(@cf1l.ufsc.br).
Revista de Ciências Humanas. Florianópohs, Volume 44. Número 2, p. 435-450, Outuhru de 20 IO
A psicologiae a educação ambiental
L.S. Raymundo & A. Kuhnen
de vida de um sujeito ecológico, ou seja, como aquele que segue um modo
ideal de ser e viver, com modos próprios de pensar o mundo e de pensar a si
mesmo e as relações com os outros (CARVALHO, 2006). Ou seja, segue
buscando o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio-ambien-
te em suas múltiplas e complexas relações envolvendo aspectos ecológ~cos,
psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.
Segundo Reigota (2000), um expoente da educaç_ãoambiental brasileira,
há várias interpretações sobre o que é Educação Ambiental, o que gera muitas
e diferentes práticas educativas em diversos contextos. Para esse autor, as
atividades em EA vão desde as intervenções nos c1ássicosproblemas relacio-
nados com o destinQdo lixo até as práticas de agricultura orgânica e os proble-
mas climáticos globais. Portanto, a diversidade metodológica e conceitual nos
estudos de EA é uma característica dessa área. -
González-Gaudiano e Lorenzetti .(2009)realizaram um estudo para mapear
a situação da pesquisa em EA na América Latina. Eles constataram limitados
avanços na area com o passar dos anós, marcados por um processo lento e
gradual de posicionamento frente ao pensamento norteador crítico da EA.
Esses autores discutem que apesar do advento da Educação Ambiental Crítica,
ainda existem algumas orientações pedagógicas que concebem a finalidade e a
efetividade da educação na mudança de comportamentos de agressão ou indi-
fcrcnça par com o meio ambiente.
Os educadores e pesquisadores da área (SAMPAIO & GUIMARÃES,
2009) criticam as atividades que ensinam o que fazer e como fazer correta-
. mente, transmitindo uma série de procedimentos ambientalmente corretos. Pois,
segundo eles, isso nem sempre garante a formação deuwa atitude ecológica, .
isto é, de um sistema de valores sobre como se relacionar com-o ambiente,
sistema que será intemalizado como uma visão de mundo orientadora dos posi-
cionamentos do sujeito em todos os espaços circundantes de sua vida. Portanto,
gerar comportamentos individuais ordeiros, preocupados com a limpeza de uma
área ou com a energia elétrica, pode ser socialmente desejável e útil, mas não
significa necessariamente que tais comportamentos sejam integrados na for-
mação de uma atitude ecológica cidadã.
A EA Crítica apresenta uma abordagem globalizante de meio ambiente,
desenvolvendo-se numa perspectiva crítica, ética e democrática e se propõe a
preparar cidadãos que se empenhem na busca de um melhor relacionamento
com o mundo, questionadores das causas dos problemas ambientais e que te-
nham preocupações com os componentes ambientais em suas especificidades
e interações, tecendo redes visíveis e invisíveis ao seu redor (GONZÁLEZ-
GAUDIANO & LORENZETTl, 2009). A compreensão de interdisciplinarida-
de está embutida nesta EA, assim como seu viés holístico, sua rede de ação
múltipla e sua essência de participação individual e coletiva.
Revista de Ciências Humanas. Florianópulis, Volume 44, Número 2, p. 435-450. Outubro de 2010
1)
437
Nesse sentido a interdisciplinaridade entre a Educação Ambiental e a
Psicologia é sempre promissora. Pois, também buscando superar as limitações
e barreiras às mudanças dos comportamentos pró-ambientais, respondendo a
essa demanda, a PsicoJogia construiu um rico montante de descobertas relati-
vas à experiência, percepções, atitudes e comportamentos sustentáveis.A Psi-
cologia Ambiental (PA) numa compreensão ampla dos estudos da relação pes-
soa-ambiente busca identificar os modos pelos quais os aspectos sociais e físi-
cos do ambiente influenciam o comportamento das pessoas. De forma transa-
cionaL também compreende que as ações das pessoas, por sua vez, afetam os
seus entomos (CORRAL- VERDUGO, 2005). A PA consideràque de um lado,
ha um ambiente objetivo, feito de elementos físicos, que afetam as nossas sen-
o •
sações, percepções e ações, ede outro lado, há os seres humanos, como sujei-
tos sociais, os quais criam e também estão expostos a um ambiente de artefa-
tos culturais, simbolos e convenções (RIVLIN, 2003).
A PA, assim como a EA, valoriza uma abordagem interdisciplinar, ou
seja, responde a anseios de outras áreas e partilha, com elas, campos comuns .
. De maneira geral faz um esforço de cooperação entre disciplinas afinspara
.abordar conjuntamente a investigação ou solução dos problemas humano-
ambientais concretós (WIESENFELD, 2005),
Segundo Wiesenfeld (2005) os pioneiros da PA colocaram como interes-
ses principais da disciplina: estudar a relação pessoa-ambiente no contexto na-
tural; abordar a dita relação de maneira holística; incorporar diversas perspec-
tivas teóricas em seu estudo; enfatizar a dimensão social da relação humano-
ambiental; estabelecer vínculos com outras disciplinas interessadas na temá-
tica humano-ambiental; e aplicar os conhecimentos obtidos para melhorara
qualidade ambiental e, por conseguinte, a qualidade de vida dos usuários dos
ambientes. Também para Pinheiro (2003) uma maneira bastante pertinente de
caracterizar a PA é através do exame dos tópicos mais freqüentemente estu-
dados, pois eles identificam o campo de modo mais ou menos consensual.
Duas abordagens dominaram a PA (e ainda prevalecem) desde as suas
origens. Uma abordagem privilegiou o estudo dos efeitos ambientais sobre o com-
pOl1amento.Estudos referentes à percepção ambiental, mapas cognitivos, prefe-
rências ambientais, ao efeito da estimulação ambiental sobre o desempenho hu-
mano, às relações entre o projeto e o uso de espaços construídos, e às avaliações
pós-ocupação são representativos desta abordagem. A segunda tradição hospe-
da os estudos referentes a como e porquê o comp011amento humano afeta o
ambiente. Esta inclui a pesquisa sobre conservação e compõrtamento sustentá-
vel, o estudo de crenças ambientais, valores, personalidade e capacidades (entre
outros) e a investigação da associação entre variáveis demográficas e comporta-
mento ambientalmente relevante. Igualmente sob esta perspectiva está a relação
cntre educação ambiental e comunicação, fatores situacionais (tanto normativos
quanto físicos) e conservação ambiental (PINHEIRO, 2003).
4JS
Revista de C.iências Humanas, Florianópolis, Volume 44. Número 2. p. 435-450, Outubro de 2010
._••.. "~ .., ... _". .~ __ ~_~ __ '--' ~.,_._. __ .'_'_ ..• _ ..•. ~ __ •••.. _. ' •• _" . _•• • ._. -_o .•
A psicologia e a educação ambiental
L.S Raymundo & A. Kuhnen
Ainda de acordo com Pinheiro (2003), na-atualidade, os eshldos no campo
do compromisso ambiental buscam uma maior c6ntextualização, à medida que
incluem bases culturais e históricas dos valores das pessoas, aspectos afetivos,
ideologias políticas e visões de mundo. Entende-se que não se pode pensar em
resolver problemas ambientais sem vê-los em seu contexto cultural, econômico e
social mais amplo (UZZELL, 2004)_ Perspectiva essa,já anteriormente mencio- "
nada, em concordância com a proposta da Educação Ambiental Critica.
Para a PA, a rejeição das pessoas às atitudes e aos comportamentos pró-
ambientais deve ter algo a ver com a percepção ambiental e os valores culhlrais
que dominam a sociedade (UZZELL, 2004). Os ditós indicadores predisposicio-
nais, comoaserenças, a satisfação com o lugar, o apego ao lugar, a percepção de
risco, as condições ambientais e estilos de vida, são usados pelos indivíduos como
referências para executarem suas ações. Nesse sentido, segundo Pinheiro e Pi-
nheiro (2007) deve-se nas pesquisas psicológicas buscar estratégias que diminu-
am ao máximo "as discrepâncias entre o comportamento pró-ambiental e suas
medidas predisposicionais, para que os resultados empíricos possàm bem servir
às intervenções socioecológicas, como no caso da educação ambiental.
ConsiderandO então que boa parte dos psicólogos ambientais está dedica-
da na tarefa de estudar os indicadores predisposicionais esua relação com o
"comportamento humano, a fim de conseguir identificar uma atitude favorável
para a preservação ambiental e sugerir intervenções na área educacional, como
a EA vem se apropriando desse conhecimento?
Objetivando, portanto, investigar como a Educação vem se apropriando
dos estudos psicológicos e como isso aparece nas pesquisasem ciências huma-
nas, propôs-se neste artigo, iniciar um primeiro contato com essa temática,
verificando nas pesquisas da área, como a Educação Ambiental vem dialogan-
do com a Psicologia. Assim, este artigo realízou um levantamento bibliográfico
em duas bases de dados referenciadas na área de ciências humanas.
O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PsyclNFO e
Weh of Science. A PsycINFO é uma base de dados na área de psicologia, que
reúne periódicos publicados pela American Psychological Associalion, Cana-
dian Psychological Associalion JOllmals e Hogrefe Publishing Grollp. A Weh
of Science é uma base multidisciplinar que indexa os periódicos mais citados em
diversas áreas. As palavras-chave utilizadas na busca foram: envirolllnenlal psycho-
log:v and educalion e environmenlal educalion and psychology.
Resultados e discussão
Entre os artigos encontrados, foram selecionados aqueles que realízaram
eshldos relacionando conceitos da Psicologia Ambiental com a prática educacio-
nal ou ainda que mostravam, terem realizado uma interação entre as duas áreas.
Revista de Clências Humanas, Flor.íanópohs, Volume 44, Número 2, p. 435-450, Outubro de 2010 439
))
.. ' .-. '-~'.~-_"":.''--'"'':'''
.Na base Ps)'clNFO foram encontrados 38 artigos, sendo excluídos 14 por não
atenderem aos critérios de inclusão na pesquisa. Na base Web of Science
Joram encontrados 51 artigos, desses, apenas 19 artigos atenderam aos crité-
rios de inclusao na pesquisa. No total foram analisados 42 artigos.
Quadro 1
Pesquisas relacionando Psicologia e Educação Ambiental
Eixo PsycINFO .. Web of Science Total
Temático .
-1) Utilizam de (CHRISTENSEN; ROWE et aI., .. (Sr AGL, 20CJ7)
ferramentas 2007) $OGNER; WISEMAN, (MEASHAM, 2006)
psicológicas 2002) (BOGNER, 2002) (pOL; (Hassard, ] 997)
17
para avaliar VIDALetal.,2001)(BURRUS- . (SEMKEN;
programas BAMMEL; BAMMEL et aJ., FREEMAN,2008)
educacionais 1988) (FARMER; KNAPP et al., (PRlCE; VIN1NG et
ambientais 2007)(SHARMA, 2009) a1.,2009)
(TZAMIR; CHURCHMAN, (ROOMRAT ANAPU
]984; WING; HORTONet aI., N,2001)
2008) (DELP; BROWN et aI.,
2005) (ALEM; MCLEAN, 2005)
2) Incluem os (KOGER; SCOTT, 2007) . (BADER,I993) 16
estudos que (VITOUCH,I993) (KALOF; DIETZ et aI.,
resgatam (PINHEIRO; PINHEIRO, 1999) (NEVERS;
conceitos da 20(7) (ATTlLA, 2006) GEBHARD et aI., 1997)
PAcomo (ZINT,2002) (MCANDREW; (WORSLEY;
indicadores de 1995) SKRZYPIEC, 1998)
intervenções (ZAPF,2005)
ambientais (OSTMAN,201O)
(NlXON; SAPHORES,
2009) (lOAN;
MACOVEANU et aJ.,
2008)(NlSBET;G1C~
2008) (BOWEN;
CHANG et aI., 1996)
3) Relação (ELALl, 2003) (HUSE, 1995) (WYLlE; SHEEHY 9
entre PA e PD (HART, 1987) (RIVLlN; et aI., 1996)
WElNSTEIN, ]984) (SGHUMANNHENG
(CAMPOS-DE-CARVALHO; STELER; THOMAS,
SOUZA, 2008) (FINKEL, 1994) (DURAN-
1975) NARUCKI, 2008)
Total 23 19 42
44fl .
Revista de_Ciências' Humanas, Florianópolis, Volume 44. Número 2. p. 435-450, Outubro ue 2010
" ~.- ,".."";; ':-.", ".
A psicologia e a educação ambiental
L.s. Raymundo & A. Kuhnen
Os artigos foram categorizados conforme os eixos temáticos, defini-
dos com' base nos temas abordados nas pesquisas encontradas. Identifica-
ram-se 3 eixos temáticos principais: I) Incluem estudos que utilizam as
ferramentas psicológicas para avaliar a efetividade de programas educa--
cionais ambientais especificos; 2) Incluem os estudos que procuram resga-'
tar conceitos da psicologia ambiental como indicadores de intervenções
ambientais; 3) Incluem estudos que ao realizarem um diálogo entre a PA e .
a Psicologia do Desenvolvimento (PD) também propõem alternativas para
a construção de um sujeito ecológico. A quantidade de artigos encontrados
em cada eixo temático pode ser observada no Quadro J, bem como as
.diferenças em relação à distribuição nos eixos dos artigos encontrados na
PsvcJNFO e na I¥eb ofScience. .
No Quadro J pode-se observar os temas encontrados, o número de
artigos em cada um e as referências dos estudos em cada tema. Ao amilisar
esses resultados. percebeu-se que houve equilíbrio de artigos que utilizam a
Psicologia como ferramenta avaliativa da efetividade dos programas educati-
vos e daqueles que utilizam os conceitos como indicadores para os programas.
Com relação às diferenças entre as bases de dados, observou-se uma predomi~
nância do eixo 2, que tratada relação entre os conceitos psicológicos e as
problemáticas ambientais, na base de dados Web ol Science, enquanto na
. base PsycJNFO houve um predominio dos artigos que utilizam da Psicologia
como ferramenta de avaliação dos processos de aprendizagem na EA.
No primeiro eixo temático identificou-se pesquisas preocupadas em ava-
liar a efetividade de programas ambientais por meio de medidas psicológicas.
Esses estudos buscavam mensurar se a participação do sujeito em uma deter-
minada atividade educativa tinha influência causal sobre mudanças em crenças
e atitudes ecológicas. Farmer e colaboradores (2007), por exemplo, examina-
ram os efeitos a longo prazo de um passeio a uma reserva ambiental (vivência)
por crianças da quarta série deiensino fundamental. Seus resultados sugerem
que, um ano depois da vivência, muitos alunos ainda se lembravam do que
tinham visto e ouvido e demonstravam um comprometimento pró-ambiental, os
pesquisadores então discutem a efetividade de programas educativos que in-
vestem nas experiências práticas das crianças com os ambientes.
Semkem e Freeman (2008), por exemplo, defendem que os estudos
de apego ao lugar reforçam a constatação da importância dos programas
educacionais contextualizados. Essas pesquisas são exemplos da discus-
são em torno da dicotomia local/global (HASSARD, J 997). Para Uzzell
(2004), estudos que diferenciam a influência dos aspectos locais e globais
são cruciais no sentido de se entender a percepção pública e as atitudes
relacionadas a problemáticas ambientais, assim como entender seus com-
portamentos subseqüentes.
Rcvist<1 de Ciências Humana:-;, Flurianópulls. Volume 44. Número 2, p. 435~450. Outubro de 20 IO 441
J)
Stagl (2007) constata que a relação dos programas de EA com as clássi-
cas teorias de aprendizagem é bastante fraca. Este autor defende que uma
melhor compreensão dos processos de aprendizagem poderia fornecer pistas
importantes para recomendações de-programas e políticas públicas voltadas
para o desenvolvimento sustentável, pois a maneira como aprendemos sobre o
nosso planeta reflete-se na forma como interagimos com ele.
Assim, observando a interação de crianças e adolescentes com o lugar de
moradia, Measham (2006) chama atenção para a valorização"das políticas
ambientais cujas intervenções buscam resgatar a vivência no lugar de origem e
moradia dos sujeitos, através do aprendizado nas tradições locais,-bem como,
no apn:ndcrcom os eventos extremos, tais como incêndios e inundações.Apos-
tam que se torna muito mais fácil para as pessoas entenderem os problemas
ambientais "locais e erivolverem-se nestes na medida em que podem perceber
os efeitos benéficos ou não de suas ações no espaço.
"ldentificaramcse também, alguns estudos de casos que relatam interven-
ções realízadas em comunidades em situação de risco ambiental (ROOMRA-
TANAPUN, 2001; ALEM & MCLEAN, 2005; DELP et aI., 2005; WING et
aI., 2008). Discutem que"através" de técnicas que resgatam a percepção de
risco dos envolvidos na comunidade é possível avaliar a efetividade de progra-
mas de intervenção que visam identificar quais os meios pelos quaís os indiví-
duos, cm um contexto social, constroem o ambiente de modo a compreendere
lidar com um estado de coisas ameaçador..
No segundo eixo temático as pesquisas relacionam conceitos psicológi-
cos como percepção de risco, cogniçã.6, identidade e apego ao lugar, crenças,
vªlores, condutas e atitudes às problemáticas ambientais, principalmente ao
desejado cómportamento sustentável, trazendo resultados que sugerem alter-
nativas de suporte teórico metodológico para projetos em educação. Estes es-
tudos acreditam que a PA pode contribuir com a criação de uma sociedade
sustentável oferecendo ajuda para a gestão da crise ambiental (MCANDREW,
1995; ATTILA, 2006; KOGER & SCOTT, 2007). Pinheiro e Pinheiro (2007)
ao estudarem a pré-disposição para o comportamento de "cuidado ambiental"
identificaram uma ponte de ligação entre a Psicologia e a Educação e sugerem
que os resultados das investigações psicológicas podem ser ferramentas im-
portantes para as ações educativas.
Worsleye Skzypiec (1998), por exemplo, investigaram a atitude ecológica de
958 alunos do ensinomédio em 32 países através da aplicação de questionário~que
resgatavam a dimensão cognitiva e afetiva das crenças ambientais. Seus resulta-
dos indicaram que apesar dos estudantes alegarem preocupação com o meio-
ambiente eles também demonstraram bastante pessimismo em relação as solu-
ções para os problemas ambientais. Os autores discutem se esse pessimismo não
estaria relacionado com o típo de educação a que eles estavam sendo submetidos.
Re\.i~fa de Ciências Humanas, .FI()rianópoJi~, VolumE 44. Número 2. r. 435-450, Outubro de 20J O
A psicologia e a educação ambiental
L.S. Raymundo & A. Kulll1en
Com as mesmas indagações sobre a qualidade da educação, Zint (2002) inves-
tiga a atitude de professores de ciências buscando prever a intenção destes em
agir de forma respeitosa com o meio-ambiente; alertando para a necessidade
-deuma maior formação profissional dos educadores.
Ainda buscando ferramentas para a educação ambiental, os estudos de
Ostman (2010) e Nevers e colaboradores (1997) sugerem uma associação
entre o desenvolvimento moral do indivíduo e a relação do homem com omeio-
ambiente, incluindo no ensino da filosofia moral a relação humana com outros
objetos, como as plantas, os animais e o ecossistema. Ilustrando essa idéia,
Nevers e colaboradores (1997) traz como pesquisa um exemplo de investiga-
ção com crianças e adolescentes avaliando a aquisição de vaiore:smorais e as
atitudes.relévantes de respeito coma natureza em diferentes faixas etárias.
Por fim, agrupamos no último eixo temático, as pesquisasem Psicologia.
Ambiental Evolutiva, ou seja, que trazem uma relação entre aPA e a PD con- _
tribuindo para as questões de aprendizagem. De maneira geral esses estudos
se caracterizam por contemplarem os acontecimentos qu~ se rnanifestam du-
rante o ciclo vital no processo relacional entre o indivíduo e seu entorno imediato.
ou mais remoto. Aqui neste artigo eles foram incluídos nos resultados por res-
gatarem a dimensão física dos ambientes de aprendizagem, lugares construídos
onde ocorre a educação ambiental formal.
Segundo Correa e Ruiz (2008) a terminologia Psicologia Ambiental Evo-
lutiva surgiu da necessidade da PA agmpar as pcsquisas em sua área, cujo
tema de interesse principal fosse o desenvolvimento humano. Questões como
osmecanismos através dos quais o meio contribui na dimensão cognitiva, social,
emocional e comportamental do ser humano; as propriedades dos diferentes
entornos contextualizados como ambientes de desenvolvimento humano e que
respondam as necessidades evolutivas de cada etapa do ciclo vital, são alguns
dos tópicos que caracterizam a Psicologia Ambiental Evolutiva.
Para Schurnannhengsteler e Thomas (1994), durante o ciclo vital huma-
no, informação combinada com atividades são fundamentais para o desen-
volvimento da atitude ecológica. Estes autores realizaram três estudos com
crianças do ensino fundamental, a fim de resgatar o conhecimento dessas
sobre o cuidado com o ambiente. No primeiro estudo através de entrevistas e
evocações livres os resultados mostraram uma relação entre a idade da crian-
ça e o conhecimento, bem como, um efeito da tàmiliaridade com a situação
ecológica proposta, por exemplo, as_crianças sabiam mais sobre a separação
de lixo do que sobre a reciclagem. No segundo estudo foram realizadas en-
trevistas clínicas baseadas nas teses piagetianas sobre o desenvolvimento
cognitivo, objetivando separar o conhecimento deeIarado ("O que é ecologi-
camente prejudicial'?") e as teorias ingênuas sobre as relações de causalida-
de ("Por que é ecologicamente prejudicial'?"). Para todas as faixas etárias,
ReVista de Ciências Humanas, Florianópolis, Volume 44, Número 2, p. 435-450, Outubro de 2010 443
eles encontraram uma compreensão das relações Qe causalidade muito menor
do que o conhe.cimento declarado. Num terceir-o estudo eles examinaram se a
experiência cotidiana com a proteção do ambiente tinha efeitos sobre a quali-
dade das informações. Eles concluíram que a experiência cotidiana é uma con-
dição necessária para o conhecimento sobre as relações de cãusalidade em
crianças menores, mas não nos mais velhos, discutindo as implicações .destes
resultados para a EA em crianças pré-escolares.
. A maioria dos estudos encontrados na busca bibl iográfica do último eixo
temático são diálogos teóricos e metodológicos entre as áreas de psicologia,
educação, planejamento ambiental e design, resgatando. a relação entre o de-
senvolvimento psicológico da criança e a paisagem física dos seus contextos
imediatos de desenvolvimento, como por exemplo, a escola (RIVLIN &WEINS-
TEIN, 1984; ELALI, 2003; CAMPOS-DE-CARVALHO & SOUZA, 2008).
Dentro desta linha teórica de pesquisa encontramos como principal referencial
teórico o modelo de desenvolvimento psicologico de Bronfenbrenner (2001),
pois este autor priorizá a compreensão do desenvolvimento infantil atrelado ao
contexto no qual ocorre, identificando nos entornos, imediatos e remotos,va-
riáveis (culturais, sociais, biológicas) que afetam e explicam o desenvolvimento
sob uma perspectiva sistêmica e transacional, ou seja, sob uma perspectiva
bioecológica do desenvolvimento humano.
Considerações finais
Ao se buscar r-esgatarapossível íntetdisciplinaridadeentre a PA e aBA,
ou seja, buscando os indicadores de uma práxis unificadora nos relatos de pes-
quisas, pode-se constatar que apesar de haver ainda uma tendência interdisci-
plinar em utilizar os instmmentos da Psicologia apenas como ferramenta de
avaliação da efetividade dos programas educativos, já há uma busca também
em aprofundar este diálogo entre as disciplinas, através da apropriação, por
ambas as partes, de conceitos e referenciais teóricos construídos em função da
busca comum de resposta para o desenvolvimento de um sujeito ecológico.
Dessa forma é promissora a idéia de se aliar a esse diálogo, ainda mais
estudos que procurem resgatar também as dimensões bioecológicas do desen-
volvimento humano, durante todo o ciclo vital do sujeito. Pois, apesar de ser
uma idéia coerente, ela ainda é escassa nos periódicos cientificos, como se
pode observar. No sentido de contribuir com o avanço de uma construção teó-
rica, portanto, sugere-se mais estudos da Psicologia Ambiental Evolutiva que
busquem identificar princípios norteadores ou indicadores predisposicionais para
o comportamento pró-ambiental.
444 Re\'isla de Ciências Humanas. Flurianópolis-, Volume 44. T'!úmno 2, p. 435-450, Outubro de 2010
lO
A psicologia e a educação ambiental
L.s. Raymundo & A. Kuhnen
Ness~ sentido são relevantes os estudos de Kahn e Lourenço (2002) que
sugerem a aplicabilidade' das teses piagetianas na compreensão, do que estes
autores chamam, da construção do raciocínio ecológico-moral na infância.
Objetivando analisar como e quando surge nas crianças a idéia de respeito ao
meio ambiente como um imperativo moral, assim como evidenciar os raciocínios
sobre os quais elese estabelece, realizaram estudos através da técnica da
entrevista com dilemas morais. Os autores concluiram, que já no início do ensi-
no fundamental, muitas crianças já parecem convencidas de que temos uma
obrigação moral para com o meio ambiente, ainda que esteja baseada inicial-
mente em raciocínios antropocêntricos ou em uma visão pouco elaborada do
prejuízo à I)atureza. E que apesar de haverem aspectos da própria natureza, do
contexto, que ajudam a dar origem ao raciocínio moral ambiental nas crianças,
. os estudos constatam que em diferentes culturas, o raciocínio moral biocêntrico
.(aquele que considera o valor intrínseco.da natureza ou seus direitos) surge de
fato (ou mais plenamente) ap'enasem adolescentes e adultos.
Enfim, as teorias psicológicaS evolutivas do desenvolvimento humano,
buscam considerar no processo de crescimento do sujeito, fatores como,os
paradigmas dominantes, os valores ideológicos, políticos, morais, culturais,ar-
tístícos, sociais, econômicos e religiosos. Fatores estes que para os estudiosos
do desenvolvimento subsidiam uma melhor compreensão da construção do ra-
ciocínio sobre o meio-ambiente. POlianto, estes estudos psicológicos chamam
a atenção para a importância de uma EA que inclua em seus programas uma
reflexão teórica sob uma perspectiva do tipo desenvolvimentista e construtivista,
ou seja, que leve em consideração que as concepções e valores ambientais dos
sujeitos refletem formasol'ganizadas e generalizadas de pensamento ecológico-'
.moral construídas pela sua contínua interação com o seu meio social.
Dessa forma, sugere-se que através da compreensão do desenvolvimen-
to humano integral seria possível pensar em atividades e programas educacio-
nais voltados para a fOlmação continuadá de sujeitos ecológicos, promovendo
competências nas crianças e jovens, mas também em adultos e idosos partici-
pantes ativos nas tomadas de decisão relativas aos problemas ambientais du-
rante todo o ciclo vital humano.
Referências bíbliogl'átlcas
ALEM, L. & MCLEAN, A. Supporting leaming and informatioD sharing in natu-
ral resource management with technologies for electronic documents. Suppor-
ting e-/earning with techn%gies fiJr elcctronic docllments, p. 7,2005.
ATTILA, V. Psychology for sustainability. Magyar Pszicho/ógiai Szem/e,
61( I): 187-206,2006.
Revista de Ciê.ncias Humanas. Florianópolis. Volume 44. Número 2, p. 435-450, Outubro de 2010
I(
445
H lrMANA's
BADER, R. Overcoming false public beliefs - Possible strategies for improving
environmental risk literacy. Toxicologicaland environmental chemÍ5try, 40(1-
4): 275-88,1993.
nOGNER, F. The influence of a residential outdoor education programme to
pupit's environmental perception. European journal of P.lychology of edu-
cation, 17(1): 19-34,2002 .
.BOGNER, F.& WISEMAN, M. Environmental perception ofFrench and some'
'Westem European secondary schoo! students. Europeàn .Journal of Psycho-
logy of Education, 17(Í): 3-18, 2002. .
BOWEN, W.M.; CHANG, C.e. & HUANG, Y.K.. Psychologyand gIobal en'
vironmental priorities in Taiwan: A psychometric comparison oftwo leaming
models . .Journal of environmental psychology, 16(3): 259-68, 1996. .
BRONFENBRENNER, U..Human Development, Bioecological Theory 6f.
In:' 1nternational Encyclopedia' ofthe Social & Behavioral-Sciences ..Else-
vier Science Ltd. Human Developmenl. Pp. 6963-70, 2001.
BURRUS-BAMMEL, L.; BAMMEL, G.& KOPITSKY,K. Content ullalysis:
technique for measuring altitudes expressed in environmental education litera-
ture . .Journal of environmental education, 19(4): 32'7, 1988.
CAMPOS-DE-CARVALHO, M. & SOUZA, T...Environmental and Develo-
pmental Psychology and Early Childhood Education: is there a possible integra-
tion? Páidéia (Ribeirão Preto), 18: 25040, 2008.
CARVALHO, I.C.D.M. Educação ambiental: irformação.do sujeito ecológ,co.
São Paulo: Cortez, 2006 ..
CHRISTENSEN, A.; ROWE, S. & NEEDHAM. M. Value orientations, awa-
reness of consequences, and participation in a whale watching education pro-
gram in Oregon. Human dimensions ofwildlife, 12(4): 289-93, 2007.
CORRAL- VERDUGO, V. Psicologia Ambiental: objeto, "realidades" sócio'
físicas e visões culturais de interações ambiente-comportamento. Psicologia
VSP, 12(16): 71-87,2005.
CORRAL-VERDUGO, V. & PINHEIRO, lQ. Condições para o estudo do
comportamento pró-ambiental: SciELO Brasil, 4, 1999.
CORREA, N. & RUIZ, C. Psicologia Ambiental Evolutiva: construyendo un
punto de encuentro. Media ambiento comporto hum., 9: 1-11,2008.
446
Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, Volume 44, Número 2, p. 435-450, Ouluhro de 2010
12
A psicologia e a educação ambiental
L.s. Raymundo & A. Kuhnen
DELP, L.; BROWN, M. & DOMENZAIN, A. Fostering youth leadership to
address workplace and community environmental.heaIth issues: A university-
school-community partnership. Health promotion practice, 6(3): 270,2005.
-
DURAN-NARUCKI, V. School building conditiolT, school attendance, and aca-
demic achievement in New York City public schools:.A mediation model. Jour-
na! of environmenta! Psycho!ogy, 28(3): 278-86, 2008 ..
ELALl, G O ambiente da escola-o ambiente na escola: uma discussão sobre a .
relação escola~natureza em educação infantil. Estud. Psicol.(Natal), 8(2), 2003.
FARMER, 1.;KNAPP, D. & BENTON, G An elementary school environmental
education field trip: Long~tem1 effects on ecological and environmental knowled-
ge and attitude development. Thejouma! of environmenta! education, 38(3):
33-42,2007.
FINKEL, C.L The supportivc environment: A new dimension in meetings. Trai-
nillg & deve!iJpment journal, 25-36, 1975.
GONZÁLEZ-GAUDIANO, E. & LORENZETTI, L. Investigação em educa-
ção ambiental na América Latina: mapeando tendências. Educação em Revis-
ta, 25(3): 191-211,2009.
HART, R. EnvironmentaI psychology orbehavioral geography? Either way it
was a gQod start. Journal 0/ enviwnmenta! psychology 7(4): 321-29, 1987.
HASSARD, J. Teaching students to think globally. Journa! o/ humanistic
Psydwlogy, 37.(1): 24-63,1997.
HUSE, D. Restructuring and the physicaI context: Designing Leaming Envi-
ronments, 12(3): 290-310, 1995".
IOAN, C.C.; MACOVEANU, M. & ROBU, B. The Gorgon method as atool
in sustainable behavior and development. Environmenta! engineering and
managementjourna!, 7(6): 781-84, 2008.
KAHN, P.H. & LOURENCO, O. Water, air, tire, and earth - A developmental
study in Portugal of environmental moral reasoning. Environment and Beha-
vior, 34(4): 405-30, 2002.
KALOF, L.; DIETZ, T.; STERN, P.c. & GUAGNANO, GA. Social psycho-
logical anel structural influences on vegetarian beliefs. Rura! Socio!ogy, 64(3):
500-11,1999.
KOGER, S. & SCOTT, B. Psychology anel environmental sustainability: A cal!
for integration. Teaching ofPsycho!ogy, 34(1): 10-8,2007.
lZevista de Ciências Humanas, Florianópolis, Volume 44. Número 2, p. 435A50, Outubro de 2010 447
44S
HÜ'MANA'S
MCANDREW, F.T. Whatis "environmental psychology" and what can it offer
. to students concemed about global environmenta! isslles? Council on under-
graduate res"earchquarterly, J 6: 89-92, 1995.
"
MEASHAM, T.G. Learning abolit .environments: The significance of primai
landscapesc Ehvironmental management, 38(3): 426-34, 2006.
NEVERS, P.; GEBHARD, U. & BILLMANN-MAHECHA, E. Patterns of
reasoning exhibited by children and adolescents in response to moral di!emmas
involving plants, animais and ecosystems: Routledge. 26: 169-86,) 997.
NISBET, E.K.L. & GICK, M:L. Can health psychology h(:IIJ the planet? ap-
plying theory and rnodels ofhéaltlÍbehaviour to environmental actions. Cana-
dian Psychology-Psychologie Canadienne, 49(4): 296-303, 2008.
NIXON, H. & SAPHORES, lD.M. Information and the decision to recycle:
results from a survey of US households . .Journal o/ ímvironmental planning
and management, 52(2): 257-77,2009.
OSTMAN, L. Education for sustaiiJable deveJoTJlnentand nonnativity: a tran-
sactional analysis of moral meaning-making and companion meanings in class-
room communication. Environmental education research, J 6(1): 75-93,20 IO.
PINHEIRO, J. Comprometimento ambiental: perspectiva temporal e sustenta-
bilidade. In: J.G. Martinez & S.M. Doménech (Eds.). Temas selectos de psi-
cologia ambiental. Pp. 463-83. México:UNAM - GRECO - FUNDACIÓN
UNILIBRE, 2002 ..
PINHEIRO, 1. Psicologia ambiental brasileira no inicio do século XXI: susten-
tável? In: D.H. Yamammoto & v.v. Gouveia (Eds.). Construindo a Psicolo-
gia brasileira: desafios da ciência e prática psicológica. Pp. 279-313. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
PINHEIRO, J. & PINHEIRO, T. Cuidado ambiental: ponte entre psicologia e
educação ambiental? Psico. 38(1),2007.
POL, E.; VIDAL, T. & ROMEO, M. Supuestos de cambio de actitud y con-
ducta usados en las campanas de publicidad y los programas de promocion
ambiental. El modelo de las 4 esferas Assumptions of attitudinal and behaviou-
ral-change in advertising campaigns and environmental marketing. The four-
spheres model. Estudio.~de Psicologia, 22(1): 111-26,2001.
PRICE, E.A.; VINING, J. & SAUNDERS, C.D. Intrinsic and Extrinsic Rewards
in a Nonfornlal Environmental Education Programo Zoo Biology, 28(5): 361-
76,2009.
R~\'isla de Ciências Humanas, Florianópolis, Volume 44, Número 2, p. 435-450, Outubro de 2010
A psicologia e a educação ambiental
L.S Raymundo & A. Kuhnen
-
RElGOTA, M. Educação ambiental: fragmentos de sua história no Brasil. In:
F.O. Noal et aI. (Eds.). Tendências da educação ambiental brasileira.P.
263. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2000.
RIVLIN, L. & WEINSTETN,C. Educational issues, schoof settings, and envi-
ronmental psychology. Joumal olenvironmental psychology, 4(4): 347-64, 1984.
RIVLIN, L.G. Olhando o p~ssado e o futuro: revendo pressupostos sobre as.
inter-relações pessoa-ambiente. Estud. Psicol. (Natal)8: 215-20, 2003.
ROOMRATANAPUN, W. Introducing centralised wastewater treatment in
Bangkok: a study of factors determining its acceptability. Habitalintemalio-
nal. 25(3): 359-71, 2001.
SAMPAIO, S.M.Y.D. & GUIMARÃES, L.B. Educação ambiental: tecendo
trilhas, escriturando territórios. Educação ein revista, 25(3): 353-68,2009.
SCHUMANNHENGSTELER, R. &. THOMAS, J. What do children know
about environmental-protection. Psychologie in erziehung und unterricht,
41(4): 249-61,1994.
SEMKEN, S. & FREEMAN, C.B. Sense of place in the practice and assess-
ment ofplace-based science teaching. Sc'ienceeducation, 92(6): 1042-57,2008.
SHARMA, A. Interdisciplinary industrial ecology education: recommendations
for an inclusive pedagogical moael. Asia pacij/c joumal ofeducation, 29(1):
75-85,2009.
STAGL, S. Theoretical foundatlons ofIeaming processes fotsustainable deve-
lapment. Jnternational joumal of sustainable development and world eco-
logy. 14(1): 52-62, 2007.
TZAMIR, Y. & CHURCHMAN, A. Knowledge, ethics, and environment:
Behavior studies .inarchitectural education. Enviromnent and Behavior, 16(1):
111,1984.
UNESCO. Conferência intergovemamental sobre Educação Ambiental. C. E.
C. Tibilisi (URSS): Organização das Nações Unidas para a Educação, J 978.
UZZELL, D. A psicologia ambiental como uma chave para mudar atitudes e
ações para com a sustentabilidade. In: E.T.D.O. Tassara et aJ. (Eds.). Psicolo-
Ria e ambiente. Pp. 363-88. São Paulo: EDUC, 2004.
VITOUCH,O. Environmental Psychology: Moving toward the principIes of
rcsponsibility. Studia Psychologica, 35(4-5): 343-46, 1993.
Revista ue Cicnclas Humanas., Florianópolis, Vol'ume 44, Número 2, p, 4J5~450, Outubro de 20} O
449
HirMANA'S
WfESENFELD, E. A Psicologia Ambiental e as diversas realidade humanas.
Psicologia USP, 16(1/2): 53-69,2005.
WING, S.; HORTON, R; MUHAMMAD, N.; GRANT, G.; TAJIK, M. &
THU, K. Integrating epidemiology,education, and organizing for environmental
justice: community health effects ofindustrial hog operations. Americanjour-
nal of public health, 98(8): 1390, 2008.
WORSLEY, A. &SKRZYPIEC, G. Environmental attitudes of seniorsecon-
dary school students in South Australia. Global environmentalchange-hu-
man and policy dimensions, 8(3): 209-25, 1998.
WYLIE, 1.; SHEEHY, N~;MCGUINNESS, C. & ORCHARD, G. Children's
cognitions: Issues for global environmental education.1rishjournal a{Psycho-
logy, 17(4): 310-26,1996 ..
ZAPF, M.K. The spiritual dimension ofperson and en'lironment - Perspec-_.
tives from social work and traditional knowledge. lnterriational social work,
48(5): 633, 2005.
ZINT, M. Comparing three attitude-behavior theories for predicting scien-
ce teachers' intentions. Journal of research in science teaching, 39(9):
819-44,2002.
Rcyista de Cjências Humanas: Florianópolis, Volume 44, Número 2. p. 435-450, Outubro de 20.1 O
/0
	00000001
	00000002
	00000003
	00000004
	00000005
	00000006
	00000007
	00000008
	00000009
	00000010
	00000011
	00000012
	00000013
	00000014
	00000015
	00000016
	00000017
	00000018
	00000019
	00000020
	00000021
	00000022
	00000023
	00000024
	00000025
	00000026
	00000027
	00000028
	00000029
	00000030
	00000031
	00000032
	00000033
	00000034
	00000035
	00000036
	00000037
	00000038
	00000039
	00000040
	00000041
	00000042
	00000043
	00000044

Continue navegando