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DIREITO DO TRABALHO II TRABALHO DA MULHER ART. 372 E SEGUINTES DA CLT. A doutrina aponta que o direito ele dispensa uma atenção especial ao trabalho da mulher quanto ao menor de 18 anos. Os motivos eles remotam a época da revolução industrial, onde surgiu o direito do trabalho. Naquela época havia uma forte discriminação tanto ao menor quanto a mulher. Havia uma forte exploração naquela época, os empregados trabalhavam 14 a 16 horas por dia, os salários eram irrisórios, as condições de trabalham eram as piores possíveis. As condições de trabalho para as mulheres e as crianças eram piores ainda. O Estado teve que intervir nas relações para garantir a proteção tanto da mulher quanto do menor, já que esses eram discriminados. A doutrina aponta dois fundamentos para a proteção do trabalho da mulher. 1º FUNDAMENTO - O FISIOLOGICO – ARTIGO 390 DA CLT A mulher tem uma constituição física mais frágil do que a do Homem. Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. 2º FUNDAMENTO – O SOCIAL – ARTIGO 392 CLT A mulher em razão de sua situação de mãe necessita de algumas paralisações forçadas e descansos obrigatórios. Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. CARACTERISTICAS DO TRABALHO DA MULHER Horário de trabalho – Não existe distinção com o Homem – Limite máximo 8 horas diários e 44 semanais. Adicional de horas extras – Não existe distinção com o Homem- 50% Intervalo intrajornada – Não existe distinção com o Homem – Intervalo pra almoço Adicional noturno – Não existe distinção com o Homem – 20% Jornada extraordinária – Não existe distinção – Inicia a jornada extraordinária de imediato sem o descanso de 15 minutos. Repouso semanal obrigatório – EXISTE DISTINÇÃO – O repouso será quinzenal aos domingos. Salário – Não existe distinção se ambos exercem as mesmas funções na mesma empresa o salário deve ser o mesmo. Proibição de revista intima – EXISTE DISTINÇÃO – É proibida a revista intima para mulher. PRINCIPIOS BÁSICOS DA PROTEÇÃO À MATERNIDADE Q1 - Fale sobre os princípios básicos da proteção à maternidade. ESTABILIDADE DA GESTANTE – ART. 10, II, ALINEA B, ADCT, CF Garantia provisória de permanência no emprego contra a vontade do patrão, iniciando desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. A dispensa não pode ser arbitraria, a gestante somente pode ser demitida por justa causa. LICENÇA MATERNIDADE – ART. 392 CLT – DIREITO TRABALHISTA Período em que a mulher gestante vai se afastar para cuidar do seu filho renascido, sem prejuízo do emprego e salário durante 120 dias. Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. § 1o A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. § 2o Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico. § 3o Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. § 4o É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Quando a empregada mulher engravida durante o período de afastamento para o gozo da licença de 120 quem vai desembolsar o salário é o patrão. SALÁRIO MATERNIDADE – Tem natureza de benefício previdenciário O salário maternidade é o salário da empregada. Quem vai custar e arcar vai ser o INSS, a empresa irá compensar com o INSS quando for pagar as contribuições dos trabalhadores para o INSS. ABORTO – ART. 395 CLT Se o aborto não for criminoso a mulher tem direito ao afastamento por duas semanas sem prejuízo de sua remuneração. Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. ADOÇÃO E GUARDA JUDICIAL O artigo 392-A da CLT – REVOGADO - Em se tratando de adoção ou guarda judicial o período de afastamento da licença maternidade estaria atrelado a idade da criança adotada ou da criança obtida em guarda judicial. Atualmente em caso de adoção ou guarda judicial não importa a idade da criança a licença será a mesma da gestante, será de 120 dias independentemente da idade da criança. Por força de entendimento por doutrina e jurisprudência os casais homo afetivos ou solteiro que adotem ou obtenham a guarda judicial terão os mesmos direitos. PRATICAS DISCRIMINATORIAS CONTRA A MULHER LEI 9029/95 Proíbe a qualquer tempo que o patrão exija teste de gravidez ou teste de esterilidade para a mulher. AMAMENTAÇÃO – ART. 396 Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um. § 1o Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. TRABALHO INSALUBRE DA GESTANTE Não importa o grau de insalubridade a gestante não poderá trabalhar em contato com agente insalubre ao contrário do que permitia a reforma quando foi editado esse artigo. Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser afastada de: I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação; II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação; III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação.
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