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Proteção ao Trabalho da Mulher 1. Introdução • Pelo princípio da igualdade material, homens e mulheres são tratados igualmente → Há 2 exceções na CLT: Força "sica e Proteção da maternidade → Todas as mulheres devem ser tratadas igualmente entre si 2. Proteção à Maternidade 2.1. Aspectos Gerais • Se sua função for prejudicial à gravidez, pode mudar de função → Com o fim da gravidez, retorna à função anterior → Se o empregador não altera sua função, há rescisão indireta • A mulher tem direito a no mínimo 6 consultas médicas e exames complementares → O tempo concedido é o tempo necessário para a consulta • Tem direito a 2 semanas de afastamento remunerado por aborto não criminoso • A mulher tem direito a 2 intervalos de 30 minutos cada para amamentar o bebê → Até que o filho complete 6 meses → Os intervalos são remunerados, embora alguns defendam o contrário Questão: Ao invés dos intervalos para amamentação, seria possível ela sair mais cedo? • Não, pois o espírito da lei é que o intervalo seja dentro da jornada • Sim, desde que previsto em convenção ou acordo cole5vo 2.2. Licença-maternidade • Tudo que está aqui disposto aplica-se às domés5cas por força do Art. 25, LC 150 • É um período remunerado de afastamento que dura 120 dias → Pode ser iniciado entre o 28º dia antes do parto e o dia do parto (Art. 392, CLT) → O número de filhos não interfere no número de dias da licença • Para usufruir da licença, não é pré-requisito o nascimento com vida → Ainda tem direito mesmo se a criança morre no parto ou após • A adoção sempre dá direito aos 120 dias → Antes, havia uma diminuição gradual da quan5dade de dias de acordo com a idade • O ar5go 392-A na CLT trouxe mudanças relevantes que vão além da domés5ca → Se um homem adota, ele tem o direito à licença remunerada de 120 dias → O casal homoafe5vo que adota escolhe quem usufruirá dessa licença - O outro terá direito à licença-paternidade, de 5 dias • Licença remanescente: Ao cônjuge remanescente cabe a u5lização do resto da licença → Caso em que a mulher falece Art. 392-A À empregada que adotar ou ob5ver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei §4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. §5º A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. Art. 392-B Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono. Art. 392-C Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou ob5ver guarda judicial para fins de adoção. • É possível a prorrogação da licença por mais 60 dias, nos termos da Lei 11.770/08 → Deve ser pedida até o final do 1º mês após o parto → A empresa deve fazer parte do programa Empresa Cidadã - Paga os 60 dias e depois abate do Imposto de Renda • É possível a prorrogação em caso de adoção • A mulher que coloca a criança em creche ou pré-escola perde o direito à prorrogação → Também a perde se procurar novo emprego - Se já 5nha dois empregos, tudo bem usufruir da prorrogação em apenas um Obs.: Administração Pública • Só tem o direito à prorrogação caso esteja previsto em lei específica → Há lei federal → Alguns Estados e alguns Municípios possuem lei 2.3. Estabilidade da Gestante • É a impossibilidade de dispensa da gestante sem justa causa • A mulher pode pedir demissão → Precisa haver a homologação se o contrato é superior a um ano → Aconselha-se o acompanhamento do Sindicato, garan5ndo que não há vício de consen5mento, mesmo se o contrato for inferior a 1 ano Art. 500 O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respec5vo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Jus5ça do Trabalho. • Não há necessidade de inquérito para apuração ou autorização judicial: → Dispensa da empregada por falta grave • Período estabilitário: Da confirmação da gravidez até o 5º mês após o parto • Havendo demissão sem justa causa, cabe a reintegração • O direito à estabilidade não é afastado por conta de desconhecimento do empregador → Se a dispensa, ainda deve reintegrar → OJ nº30 SDC: A estabilidade não deve ter requisitos, basta a confirmação da gravidez • Também se aplica a estabilidade no caso de contrato por prazo determinado → Art. 391-A e Súmula 244, TST → Antes, dizia-se que não haveria estabilidade pois já se sabia do fim do contrato • O aviso prévio, tanto trabalhado quanto indenizado, terá direito à estabilidade Obs.: • O contrato por prazo determinado acaba, mas há estabilidade → Não vira contrato por prazo indeterminado - Após o fim da estabilidade, não precisa pagar aviso prévio nem os 40% de multa • Alguns acham que a legislação foi além garan5ndo a estabilidade em casos de aviso prévio, tornando-se excessivamente prote5va e inibindo a contratação de mulheres • A dispensa durante o período estabilitário pode ensejar indenização ou reintegração → Se a decisão judicial sai durante o período: Reintegração + Danos Morais → Se a decisão judicial ocorre após o período: Apenas indenização • A realização do ajuizamento após o período estabilitário não é abuso de direito → OJ nº 399 → O prazo prescricional é o mesmo para todos (2 anos) • Se a mãe morre, quem detém a guarda da criança terá direito ao período restante → Estabilidade remanescente (Lei 146/2014) Obs.: Aprendiz • Se a aprendiz ficar grávida, goza de estabilidade → É um contrato por prazo determinado → Já a estagiária não tem estabilidade, pois não goza dos direitos trabalhistas Obs.: Atestado Médico • É vedado ao empregador exigir atestado de gravidez na admissão e durante o contrato • Ao fim do contrato de trabalho, o empregador não pode obrigá-la a fazer o teste → Há controvérsia quanto ao resultado se ele solicita que faça e ela não o faz: - A doutrina e a jurisprudência majoritária não admitem tal solicitação - Alguns dizem que não cabe reintegração nem indenização, pois ele tentou saber 3. Meio Ambiente de Trabalho • A mulher tem o direito de trabalhar onde quiser → Mesmo em locais perigosos, insalubres, etc → Não há ambientes proibidos ou para os quais precise de autorização do marido • Lei nº 9.029/95: É uma lei que protege contra a discriminação → Proteção pré-contratual: Não pode pedir atestado de gravidez ou casamento → Protege todas as minorias, como o negro, o idoso, os homossexuais, etc → A dispensa arbitrária possibilita a reintegração ou indenização - A indenização deve-se ao dobro do que ganharia pelo tempo de afastamento Art. 4º O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: I - a readmissão com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros legais; I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais; II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. • A jornada de trabalho da mulher é de 8 horas diárias • Entre a jornada normal e a hora extra é obrigatório um intervalo de 15 minutos → O TST jus5fica essa obrigação com base na fragilidade "sica feminina → Para a maior parte dos autores, haveria uma discriminação contra os homens → O STF reconheceu arecepção dos 15 minutos - Tal julgado foi cancelado, mas por aspectos meramente formais → Caso não seja concedido o intervalo, ele deve ser pago como hora extra → Acaba por prejudicá-las, pois deixam de ser chamadas para hora extra → Esse intervalo não é remunerado pois há a saída do local de trabalho • O intervalo acima citado também se aplica aos menores de 18 anos 3.1. Força Muscular • Há uma diferenciação acerca do peso carregado → Os homens podem carregar até 60 kg → As mulheres carregam até 20kg conSnuos e 25kg ocasionais • Os valores acima estão de acordo com a década de 40, deveriam ser atualizados Art. 390 Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho con5nuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste ar5go a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos.
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