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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Corrosão
Elaboração
 Wellington Paulo da Silva
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APrESEntAção ................................................................................................................................. 4
orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA .................................................................... 5
introdução.................................................................................................................................... 7
unidAdE i
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos ........................................................................ 9
CAPítulo 1
prinCípios Do proCEsso DE Corrosão ............................................................................. 9
CAPítulo 2
ClassiFiCação Dos Tipos DE CorrosõEs ......................................................................... 30
CAPítulo 3
HETErogEnEiDaDEs rEsponsávEis pEla Corrosão ........................................................... 41
unidAdE ii
QuímiCa E ElETroQuímiCa Da Corrosão ....................................................................................... 44
CAPítulo 1
mECanismo QuímiCo E ElETroQuímiCo ............................................................................ 44
unidAdE iii
mEios Corrosivos ........................................................................................................................... 53
CAPítulo 1
ClassiFiCação Dos mEios DE Corrosão ......................................................................... 53
rEfErênCiAS .................................................................................................................................. 92
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
introdução
A corrosão nada mais é do que a deterioração de um material, sendo ele metálico 
ou não, devido a um meio químico ou eletroquímico em união com meio em que se 
encontra e os esforços mecânicos aos quais está sendo solicitado. O processo corrosivo 
está diretamente ligado a duas reações que ocorrem espontaneamente na superfície do 
material e no meio em que está sujeito.
O processo corrosivo pode afetar diretamente diversos materiais como liga de cobre, 
alumínio, metais em geral, cerâmica, concreto e plásticos. 
A primeira reação é onde ocorre a remoção de elétrons da superfície do material, já a 
segunda reação é aquela onde ocorre o fornecimento de elétrons pelos átomos presentes 
na superfície do material.
A corrosão de materiais metálicos tem como característica passar por um processo 
eletroquímico e depois por uma formação de material corroído, que é caracterizado 
como substância proveniente do processo corrosivo. Por exemplo, o ferro forma material 
corroído, ou ferrugem, quando passa pelo processo de corrosão que se caracteriza por 
apresentar uma cor diferente da inicial antes de passar pelo processo de corrosão. A cor 
passa de grafite para castanho avermelhado.
No caso específico da corrosão em superfícies metálicas, a reação e oxirredução ocorrem 
devido à formação de uma pilha galvânica, que contêm suas áreas anódicas responsáveis 
pela oxidação e as catódicas responsáveis pela redução.
Quando o projeto de um equipamento ou instalação é projetado, é necessário que se 
façam estudos dos possíveis meios corrosivos a que estarão expostos. 
Ao falarmos um pouco sobre os custos com processo de corrosão, as corrosões envolvendo 
produtos metálicos são as que mais geram gasto. Estima-se que nos Estados Unidos o 
valor gasto anualmente com corrosão seja da ordem de 50 bilhões de dólares.
No Brasil, não há dados muito precisos sobre esse tipo de custo. Porém, estimativas 
apontam que vinte por cento do que é produzido de metal no país é para reposição 
de metais que sofreram corrosão. Elas também apontam que o país tem um custo de 
dezoito bilhões de dólares anualmente.
Embasado em todos esses custos e perdas de material, se faz necessário o estudo 
minucioso e a aplicação de técnicas quando pensamos em projetos de equipamentos 
8
e processos que envolvam materiais suscetíveis ao processo corrosivo, a fim de evitar 
custos e reposições desnecessárias.
É a partir desse ponto que estudaremos o processo de corrosão a fim de entender como 
funciona, quais seus limitantes e excedentes e de que forma podemos prevenir seu 
ataque aos materiais.
objetivos
 » Apresentar como se forma e quais os princípios para formação de 
corrosões.
 » Citar os tipos de corrosão e como são ocasionados.
 » Elucidar quanto à forma química de formação a fim de deixar bem claro 
como a corrosão se forma.
 » Classificar os meios que podem levar à corrosão e como evitá-los em 
certos casos.
9
unidAdE i
formAS E tiPoS 
dE CorroSão: 
ASPECtoS téCniCoS
Nessa primeira unidade estudaremos os princípios de processos corrosivos, suas 
formas e tipos de corrosão mais comuns queestamos sujeitos a encontrar. Por fim, a 
heterogeneidade, que é responsável pelo processo corrosivo.
CAPítulo 1
Princípios do processo de corrosão
A deterioração de um material, seja pela ação de agentes químicos ou eletroquímicos 
recebe o nome de corrosão, sendo que esse processo pode ser associado a esforços 
mecânicos ou físicos como, por exemplo, tensões, cavitações, entre outros.
O processo de corrosão pode acontecer em materiais metálicos e não metálicos.
Corrosão e degradação dos materiais 
Temos que para os metais, polímeros e cerâmicas a deterioração ocorre de forma 
distinta, como veremos agora.
metal
O processo corrosivo ocorre pela dissolução do material, podendo haver ou não produtos 
resultantes. Também pode ocorrer quando a atmosfera reage com altas temperaturas, 
formando camadas de óxidos, a esse processo damos o nome de oxidação. Esses tipos 
de processos são classificados como eletrolíticos. 
10
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Polímero
O processo corrosivo desse tipo de material é diferente, sua deterioração é intitulada de 
degradação. Os polímeros podem ser afetados por solventes, eles podem dissolver ou 
expandir o polímero, quando o solvente reage com o tipo de polímero. 
A estrutura molecular do polímero também pode ser afetada devido a radiações 
eletromagnéticas ou devido ao calor.
Cerâmica
O processo corrosivo acontece em altas temperaturas ou ambientes altamente 
agressivos, porém, temos que levar em consideração que se trata de materiais altamente 
resistentes. 
Quando pensamos em qualquer material que será utilizado para construção de algo, 
sempre devemos ter cuidado com a ação do meio corrosivo. 
Figura 1. Deterioração de automóvel devido ao processo corrosivo.
Fonte: <http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/9aef795602aabb93ecfc788567ee6419.jpg>.
Quando estamos estudando sobre processo corrosivo, devemos sempre pensar sobre 
qual material está sendo atacado, o meio corrosivo e as condições operacionais, já 
que o conjunto permite indicar qual material pode ser utilizado para instalações e 
equipamentos. 
11
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Entre essas variáveis, devemos sempre considerar:
 » Material: sua composição química, impurezas que podem estar 
presentes, os tratamentos (sejam eles mecânicos ou térmicos), o estado 
da superfície, sua forma e se ocorre contato com outros materiais. 
 » Meio corrosivo: qual a concentração, composição, pH, temperatura, 
pressão e sólidos que podem estar em suspensão.
 » As condições operacionais: condições do meio, proteções quanto à 
corrosão, solicitações mecânicas etc.
Mas podemos ver que muitos passam por essas definições, e de maneira apressada, 
concluem, sem fundamentos teóricos ou práticos, que os aços inoxidáveis não sofrem 
corrosão ou também que o ácido sulfúrico concentrado tem maior poder de corrosão 
do que o ácido diluído, por exemplo. Esses tipos de afirmativas são completamente 
erradas, já que não consideram a compatibilidade entre o meio e o material. Por isso, 
podemos afirmar que os aços inoxidáveis podem sofrer corrosão em presença de cloreto 
e meios ácidos e que o ácido sulfúrico concentrado pode ser armazenado em tanques de 
aço carbono, o que não pode ser feito com ele diluído.
Em um processo corrosivo, algumas etapas devem ser seguidas a fim de estudá-lo 
corretamente:
 » Condições operacionais devem ser checadas.
 » Relatórios de inspeção em equipamentos devem ser realizados 
periodicamente, já que através deles podemos definir se está ocorrendo 
corrosão.
 » A compatibilidade entre o material e o meio corrosivo deve ser estudada 
a fim de verificar a taxa de corrosão.
 » O mecanismo que é responsável pelo processo corrosivo deve ser 
estabelecido.
 » Um estudo de viabilidade deve ser realizado, com custos diretos e 
indiretos.
 » Com o mecanismo e o estudo de viabilidade realizado, conseguimos 
definir a proteção de maneira correta e adequada ao custo benefício.
12
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
desgaste mecânico
Podemos citar e definir o desgaste mecânico em três grupos.
Abrasão
Esse tipo de desgaste mecânico acontece quando parte do material superficial é 
desgastado devido a partículas de alta dureza presentes na superfície de alguma das 
partes sem movimentação ou podendo também estar imersas.
Esse tipo de partícula pode originar-se de fragmentos incrustados, usinagem áspera 
de uma superfície, produto referente ao processamento. Na figura 2 abaixo há uma 
exemplificação do tipo de abrasão que podemos encontrar.
Figura 2. Tipos de abrasão.
 Abrasão a dois corpos Abrasão a três corpos
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/11/getimage.ashx_.png>.
Erosão
A erosão pode acontecer por:
 » escoamento de fluido;
 » presença de partículas sólidas no gás ou no líquido;
 » jatos de líquido ou gás.
Na figura 3, a seguir, podemos visualizar os tipos de erosão que podemos encontrar, 
facilitando assim, o processo corrosivo.
13
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Figura 3. Tipos de erosão ligados a corrosão de uma superfície.
 
 
 
Particle Erosion Drop Erosion Fluid Erosion 
Low Angle 
Erosion 
High Angle 
Erosion 
Solid particle 
+
Liquid or gas 
Liquid particle 
+
Liquid or gas 
Stream 
of
Liquid or gas 
A erosão pode ser de 
pequeno ângulo ou de 
grande ângulo 
Fonte: garh, 1987.
Cavitação
É o tipo de desgaste que ocorre quando o há escoamento de líquidos através de tubos, 
levando à formação de bolhas de vapor em regiões específicas, onde pressão do vapor 
formado é maior do que pressão do líquido.
Essas bolhas que se formam implodem e ocorre a formação de uma pressão de impacto 
na parede da tubulação.
o estudo da corrosão
Atualmente, com a crescente demanda por sofisticação, a busca por metais que atendam 
tais quesitos é crescente e faz com que estudos e pesquisas sejam aplicados para alcançar 
resultados satisfatórios quando pensamos em:
 » condutividade elétrica;
 » maleabilidade;
 » ductibilidade;
 » condutividade térmica.
 » resistência do tipo mecânica aos diferentes esforços mecânicos.
Mas temos que pensar que quase as totalidades das ligas metálicas sofrem deterioração, 
salvo algumas exceções. Essa deterioração ocorre devido ao meio onde essa liga metálica 
está sendo utilizada. Há estudos da corrosão que são também classificados como razões 
14
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
técnicas e econômicas e assim podemos classificar as perdas ocasionadas pela corrosão 
como: perdas diretas ou perdas indiretas.
Perdas diretas são os valores gastos com a substituição de peças ou de equipamentos 
que já passaram por algum tipo de corrosão; e os custos com manutenção de processos 
como o de proteção catódica, pinturas especiais, recobrimentos etc.
Já as perdas indiretas são um pouco mais complicadas de se avaliar sendo que geram 
mais gastos, mas são de difícil quantificação.
São perdas indiretas:
 » perdas referentes à eficiência do equipamento;
 » paradas para a substituição de peças corroídas ou a limpeza de 
equipamentos;
 » perdas pela tubulação corroída de produtos;
 » corrosão de tubulações afetando o produto como contaminação de metais 
em produtos alimentícios. 
Temos que levar em consideração também o que a corrosão representa, não como um 
custo direto ou indireto, mas pode, por exemplo, afetar questões como:
 » Segurança: existindo corrosão em alguns componentes de aviões, trens, 
carros, viadutos ou pontes, ela pode ocasionar rompimentos ou fraturas 
repentinas que podem resultar em desastres e em perdas de vidas.» Comunicação: corrosão de cabos telefonia.
 » Patrimônios históricos: deterioração de esculturas, áreas históricas 
devido a chuvas ácidas que atacam desde mármore, concreto até metais.
A indústria aeronáutica age de forma intensiva para sanar, minimizar ou evitar que 
processos de deterioração aconteçam em aeronaves que podem causar perdas de vidas 
e custos à empresa. 
Porém, por outro lado, temos uma grande gama de processos corrosivos que são 
benéficos e muito utilizados por empresas como:
 » Anodização do alumínio, onde o alumínio é oxidado ao ser imerso em 
uma cuba eletrolítica, nela o óxido de alumínio (Al2O3) se forma e protege 
a peça, dando um aspecto melhor à peça.
15
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
 » Formação de películas protetoras de óxido de cromo Cr2O3 através de 
oxidação de aços inoxidáveis.
 » Tratamento utilizando solução de íons de zinco, ácido fosfórico e ferro 
que conferem uma fosfatização da peça, processo utilizado para que no 
processo de pintura, por exemplo, ocorra uma melhor aderência da tinta 
que será aplicada. 
 » Tratamento para proteção de aço carbono que é utilizado em instalações 
submersas ou enterradas através de processo onde se forma uma pilha 
galvânica onde o cátodo é o material a ser protegido, sendo nesse caso o 
aço-carbono e o material a ser corroído, ou seja, o ânodo, é o alumínio, 
por exemplo.
Vamos aprofundar um pouco mais no processo de anodização.
Anodização
A anodização, como visto anteriormente, é um processo eletrolítico onde a superfície de 
alumínio é transformada em óxido de alumínio.
Existem dois tipos e anodização:
1. Barreira de óxido: que pode ser feita em vários metais como titânio, 
zircônio, nióbio etc.
2. Anodização do alumínio: onde é realizado um banho ácido que 
permite a criação da camada porosa de óxido de alumínio.
mecanismo de anodização
O material metálico em questão é imerso em um banho eletrolítico que se trata de um 
polo elétrico positivo. Conforme podemos ver na figura 4 abaixo.
16
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Figura 4. processo de anodização.
 
Hidrogênio 
Gra�te 
Ácido sulfúrico 
diluído Oxigênio 
Objeto de alumínio 
Fonte: <https://quimicanastaipas.files.wordpress.com/2014/05/28.png>.
Nesse processo, o metal é transformado no ânodo eletrolítico, que é o polo negativo. 
Portanto, onde a oxidação ocorre. Na superfície do metal ocorre a formação do óxido 
que será a película protetora do mesmo e terá como propriedades principais:
 » resistência a meios aquosos;
 » resistência ao processo corrosivo;
 » resistência à abrasão;
 » resistência à dureza.
No polo negativo temos a ligação de um carbono, um aço inoxidável ou um outro 
material metálico que não seja sensível à reação. O cátodo é o eletrodo que reduz, ou 
seja, o polo positivo sempre.
Temos que as reações que ocorrem tanto no cátodo quanto no ânodo durante esse 
processo de anodização são representados pelas seguintes equações:
Ânodo: 2 H2O (l) → O2 (g) + 4 H
+ (aq) + 4 e–
3 O2 (g) + 4 Al (s) → 2 Al2O3 (s)
Cátodo: 2H+ (aq) + 2 e– → H2 (g)
Ocorre nos eletrólitos ácidos a formação das camadas de óxido porosas. Nelas, o óxido, 
além de se depositar, também se dissolve. Podemos exemplificar com o ácido sulfúrico.
17
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
A capacidade de aglomerar elevada concentração de alumínio em solução é muito 
importante já que uma grande maioria do alumínio que sofre oxidação não fica retida 
na camada de óxido e transfere-se para a solução.
Vantagens da utilização da anodização:
 » durabilidade; 
 » cor estável;
 » manutenção fácil;
 » estética;
 » custos reduzidos;
 » segurança;
 » resiste a agentes atmosféricos.
Figura 5. produto que passou por processo de anodização.
Fonte: <https://quimicanastaipas.files.wordpress.com/2014/05/34.png?w=251&h=190>.
fosfatização de metais
É a transformação de uma superfície metálica como ferro, ligas de alumínio etc., em 
uma superfície com camada de fosfato metálico.
Esse processo ocorre quando a solução fosfolizante entra em contato com a superfície 
metálica, o que ocasiona duas reações:
 » Primeiro a acidez do banho provoca um ataque direto sobre a superfície 
metálica.
 » Num segundo passo, com a redução local da acidez, ocorre uma formação 
de fosfato que não é solúvel na água nem no meio em que ocorre essa 
formação.
18
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Temos que, para um processo de fosfatização de metais ser realizado com sucesso, são 
necessários estarem presentes os seguintes componentes:
 » ácido fosfórico livre; 
 » fosfato ácido proveniente do metal formador da camada;
 » oxidantes (nitratos, cloratos, nitrito, peróxidos etc.).
A camada resultante do processo de fosfatização pode ter uma variação muito 
significativa de acordo com cada finalidade que seja requisitada, como:
 » onde será utilizado o material;
 » existência de diferentes composições de materiais;
 » equilíbrio, 
 » as condições de aplicação;
 » pré-tratamento antes do processo de fosfatização.
Assim, é possível atingir pesos de camada que variam de 3 a 300 mg/dm2, com larga 
faixa de tamanho da cristalização.
As aplicações do processo de fosfatização de metais são:
 » preparação para o acabamento por pintura;
 » preparação para impregnação com óleos protetivos;
 » preparação para ancoramento de lubrificantes para operações de 
deformação a frio;
 » preparação como suporte de lubrificantes para peças que operam com 
atrito.
Com a aplicação, o substrato e o tamanho do grão definidos, podemos realizar o processo 
facilmente e atingir resultados positivos. Na figura 6 a seguir há uma exemplificação de 
fosfatização.
19
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Figura 6. Fosfatização de superfície metálica.
Fonte: <http://www.quimatecnica.com.br/wp-content/uploads/2016/04/hp-10-decapante-fosfatizante-e-desengraxante.jpg>.
galvanoplastia
Esse tipo de processo é muito utilizado para duas distintas finalidades:
 » proteção do metal;
 » tornar o material com melhor aspecto visual.
Proteção do metal
O metal é revestido por um metal de maior nobreza, sendo esse menos reativo e mais 
resistente à corrosão. Portanto, menos oxidativo.
material com aspecto visual melhor
Com revestimento de ouro ou prata, o material fica mais vistoso.
Principais tipos de galvanoplastias
Os principais tipos são:
 » revestimento com níquel; 
 » revestimento com cromo, 
 » revestimento com prata;
 » revestimento com ouro.
20
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Casos onde a galvanoplastia é utilizada
 » no revestimento com ouro em joias;
 » revestimento de cromo em para-choques e grades dianteiras de veículos;
 » revestimento em níquel de torneiras;
 » revestimento de zinco em rodas de automóveis.
Como é feita a galvanoplastia
O processo ocorre com a imersão da peça no lugar do cátodo em um circuito de eletrólise, 
sendo o ânodo confeccionado de uma placa do metal que fará o revestimento ou ser 
inerte. Por fim, a solução eletrolítica e aquosa deve conter sal desse metal. 
Exemplificando: para revestimento de um anel feito de alumínio com ouro, será 
necessário um sistema semelhante ao apresentado abaixo, onde temos o ânodo como 
uma placa de ouro e o cátodo é o anel de alumínio, sendo a solução aquosa uma solução 
eletrolítica de nitrato de ouro III. Conforme podemos ver na figura 7 abaixo.
Figura 7. revestimento em ouro de um anel de alumínio.
 Fluxo de elétrons
Cátodo (-) 
Anel de alumínio (Al) 
que se quer revestir 
de ouro
Ânodo (+) 
Placa de ouro (Au)
Solução de nitrato 
De ouro III (Au(NO3)3
Fonte:<http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo/images/eletrodeposicao.jpg>
Podemos verificar que o ânodo segue ligado ao polo negativo e o cátodo ao positivo da 
bateria. Como ocorre a passagem de corrente elétrica no circuito, no ânodo ocorrerá 
oxidação do ouro metálico como podemos verificar na reação abaixo:
21
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Semirreação do ânodo: Au → Au3++ 3e-
Já no cátodo ocorre redução do cátion Au3+ e deposita-se ouro sobre o anel:
Semirreação do Cátodo: Au3++ 3e- → Au
Referente a reação global temos:
Semirreação do Ânodo: Au → Au3++ 3e-
Semirreação do Cátodo: Au3++ 3e- → Au
Reação Global: Zero
Com isso, podemos afirmar que não ocorreu transformação química, porém, houve um 
transporte de ouro do ânodo para o cátodo. Poderíamos também alterar e no lugar da 
placa de ouro colocar uma placa de platina. A partir desse, a deposição de ouro sobre 
o anel viria dos cátions Au3+ vindos da solução e não do ânodo, como podemos ver na 
figura 8, abaixo, e nas reações sequentes.
Figura 8. reação de galvanoplastia invertido.
 
 
 
 
 Fluxo de elétrons
Ânodo (+) 
Placa de platina 
Cátodo (-) 
Anel de alumínio (Al) 
que se quer revestir 
de ouro
Solução de nitrato 
De ouro III (Au(NO 3)3
Fonte: <http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo/images/galvanoplastia-com-eletrodo-inerte.jpg>.
22
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Semirreação do ânodo:
H2O→2H++½O2 +2e-
Semireação do cátodo: 
Au3++ 3e- → Au
Custos 
Quando pensamos em avanços tecnológicos, eles estão diretamente ligados a custos. 
E quando aos custos acrescentamos os avanços na área de proteção contra corrosão, 
não estamos somente falando de custos que a corrosão em si gera, mas todo montante 
que vem junto a ela como custos com conservação das reservas naturais, custo com 
consumo energético, custos com corrosão em si.
Os custos com corrosão em si chegam a ultrapassar bilhões de dólares.
Conservação das reservas naturais
Quando pensamos em corrosão, automaticamente pensamos na reposição desse 
material por outro. E essa é uma parcela muito significativa quando pensamos em 
materiais, sendo eles metálicos ou não metálicos (GENTIL, 2007).
Considerações energéticas
Também se deve levar em consideração o aspecto energético envolvido. Afinal, para a 
confecção de metais, por exemplo, é utilizada certa quantidade de energia. E temos que 
ter em mente que além da energia utilizada, uma grande parcela é perdida, seja por 
irradiação ou convecção. Já para manter os metais protegidos contra corrosão, também 
se faz necessária a utilização de energia que pode ser aplicada de diferentes formas, 
dependendo do emprego que o metal em questão terá. E por fim a utilização de energia 
para confecção de metais para reposição dos que passaram por processo de corrosão e 
precisam ser substituídos (GENTIL, 2007).
Processos corrosivos difíceis de serem identificados
Abaixo listaremos alguns exemplos de processos de corrosão que são de difícil 
identificação, principalmente nos agentes envolvidos (GENTIL, 2007).
23
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Corrosão associada a pássaros
A deposição de ninhos em tubos e perfis em ‘U’ criam as condições propícias para que o 
processo corrosivo se inicie. A corrosão ocorre por aeração. Ex.: revoada de andorinhas 
que ocasiona grande quantidade de fezes e como consequência a deterioração do 
revestimento, seguida da corrosão da estrutura (GENTIL, 2007).
Processo corrosivo em válvulas de latão
Existe uma situação relatada em que, após a sua fabricação, válvulas de latão (liga 
de zinco-cobre) eram embaladas e estocadas em uma fábrica. Com a venda e a sua 
utilização, alguns produtos apresentaram ruptura. Em estudo verificou-se que todo 
processo produtivo estava correto, com isso iniciou-se uma vistoria na fábrica, e 
exatamente onde elas eram estocadas sentiu-se odor característico de urina de rato, 
com isso esclareceu-se o caso como corrosão devido à amônia presente na urina do rato 
por corrosão sobre tensão fraturante (GENTIL, 2007).
métodos de controle e prevenção
Podemos citar inúmeros processos para prevenção de corrosão, mas os mais utilizados 
são:
 » Utilização de materiais de construção com resistência a processos 
corrosivos. 
 » Aplicação de pintura que tem função de barreira inerte.
 » Utilizar métodos de proteção anódica ou catódica.
 » Ajustar o meio eletrólito ou corrosivos da química.
 » Aplicar inibidores para controle de corrosão.
 » Aplicar sistemas anticorrosivos.
Temos que o sistema anticorrosivo é formado por um conjunto de dois componentes. 
Ele tem como função controlar a oxidação e evitar que fatores externos interfiram. Os 
componentes de um sistema anticorrosivo têm como função:
 » fornecer aderência para o substrato;
 » trabalhar como inibidor de corrosão catódica.
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Já o acabamento é a película de revestimento que desempenha papel de resistência ao 
ataque do meio que o metal está exposto.
Corrosão dos metais
Em sua grande maioria a corrosão ocorre quando o metal está exposto diretamente 
ao ar, portanto, ocorre a reação com o oxigênio, vapor de água, dióxido de carbono, 
formando um composto. Metais como platina e ouro estão entre os poucos que mantêm 
suas características, mesmo quando expostos ao ar. Esses metais dificilmente são 
oxidados, o que explica sua resistência à corrosão (GENTIL, 2007).
reação de óxido-redução
Muitos conceitos são apresentados para explicar esse tipo de fenômeno. 
Esse tipo de reação ocorre quando elétrons são transferidos e é uma importante reação 
química. A corrosão é conhecida como reação redox. Por exemplo, metais e aço de 
edificações, carros etc. são corroídas e formam ferrugem.
Inúmeros são os processos biológicos que dependem diretamente de transferência de 
elétrons, como o dióxido de carbono. 
É o tipo de reação em que ocorre a perda ou o ganho de elétrons, a perda (oxidação) e 
ganho (redução) ocorre de forma simultânea. 
Quando o oxigênio se oxida nas moléculas dos produtos (H2O e CO2) ele forma duas 
oxidações, mostrando, portanto, que ocorreu a transferência de elétrons para a molécula 
de O2, para que ela seja reduzida.
Portanto, temos que a reação redox é de suma importância para produção de metais e 
para indústrias químicas, por exemplo. 
Podemos ver um exemplo no caso da eletrólise, que é um processo onde metais são 
purificados ou preparados, onde a energia elétrica, em contato com o metal, produz 
alterações químicas como a redução de íons de cobre para cobre metálico, como 
podemos verificar na equação a seguir:
Cu²(aq) + 2e- Cu(s)
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Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Como se trata de um processo totalmente espontâneo, se não protegermos tais 
materiais principalmente quando falamos de metais o processo corrosivo leva o mesmo 
a destruição total.
Portanto, devemos nos atentar que os metais estão sempre sujeitos à corrosão se 
expostos a meios agressivos. Na tabela 1, a seguir, podemos ver o comportamento do 
metal frente a um meio agressivo (GENTIL, 2007).
Tabela 1. Tipos de metais e meios agressivos em que ocorre a sua corrosão.
Tipo de metal Meio agressivo
Ouro e platina Ação da mistura de ácido clorídrico e ácido nítrico, que constitui a água régia.
Aço inoxidável AISI 304
Sofre corrosão localizada na presença do íon cloreto; não resiste ao ácido clorídrico e às soluções aquosas 
de bases fortes, como o hidróxido de sódio.
Alumínio Presença de mercúrio ou sais de enxofre.
Cobre e suas ligas Presença de soluções amoniacais e ácidos nítricos.
Titânio Sofre corrosão em ácido fluorídrico, embora seja resistente a outros meios ácidos.Fonte: gentil, 2007.
Com isso, podemos afirmar que os processos químicos estão presentes quando pensamos 
em corrosão.
regras para determinação do número de 
oxidações
Algumas regras são úteis de serem conhecidas, pois a oxirredução pode ser também 
conceituada em função do número de corrosões.
 » A oxidação de um elemento presente em uma substância simples é 
zero. Por exemplo: quando pensamos nos elementos Cl2, Fe, N2, Al, seu 
número de oxidações é igual a zero quando se encontram no estado livre 
ou elementar.
 » Podemos afirmar que o número de corrosões está entre N e N-8, onde 
temos que N é o grupo do qual o elemento está na classificação geral 
periódica dos elementos. Com esses valores, podemos afirmar que os 
mais encontrados são o menor e o maior valor.
 » A oxidação do hidrogênio é -2. Com exceção dos peróxidos, onde é -1 e 
fluoreto de oxigênio que é +2 e superóxidos ou hiperóxidos que é -1/2.
 » A oxidação do flúor sempre é -1 na totalidade de seus compostos.
 » A soma algébrica dos números de oxidação de elementos de um composto 
é zero.
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
 » Número de oxidação nada mais é do que o número de oxidações 
multiplicado pelo número de átomos de um íon ou um composto onde o 
elemento participa na fórmula do composto ou do íon.
 » As cargas de íons têm igual valor à soma algébrica dos números totais de 
oxidações de seus elementos (GENTIL, 2007).
Prever reação de oxirredução
Com a tabela de potencial de eletrodos, é possível fazer uma previsão de quando 
pode vir a ocorrer uma reação de oxirredução espontaneamente. A tabela 2 pode ser 
observada abaixo e é de suma importância na previsão desde tipo de reação e em casos 
de oxidações galvânicas.
Tabela 2. potencial de eletrodos.
Metal Reação no Eletrodo Potencial (volt)
Lítio Li  Li- + e +3,05
Potássio K  K+ + e +2,93
Cálcio Ca  Ca2+ + 2e +2,87
Sódio Na  Na+ + e +2,71
Magnésio Mg  Mg2+ + 2e +2,37
Berílio Be  Be2+ + 2e +1,85
Urânio U  U3+ + 3e +1,80
Alumínio Al  Al3+ + 3e +1,66
Titânio TI  TI3 + + 3e +1,63
Zircônio Zr  Zr4+ + 4e +1,53
Manganês Mn  Mn2+ + 2e +1,18
Zinco Zn  Zn2+ + 2e +0,763
Cromo Cr  Cr3+ + 3e +0,74
Ferro Fe  Fe2+ + 2e +0,440
Cádmio Cd  Cd2+ + 2e +0,403
Cobalto Co  Co2+ + 2e +0,277
Níquel Ni  Ni2+ + 2e +0,250
Molibdênio Mo  Mo3+ + 3e +0,2
Estanho Sn  Sn2+ + 2e +0,136
Chumbo Pb  Pb2+ + 2e +0,126
Hidrogênio H
2 
 H+ + 2e 0,00
Cobre Cu  Cu2+ + 2e -0,337
Mercúrio 2Hg  Hg2
2
+ + 2eH -0,789
Prata Ag  Ag+ + e -0,8
Platina Pt  Pt2+ + 2e -1,2
Ouro Au  Au-3 + 3e -1,5
Fonte: gentil, 2007.
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Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Corrosão do ferro
Quando pensamos em economia, com toda a certeza a corrosão de ferro e AC é a que mais 
chama atenção. Estimativas apontam nos Estados Unidos o valor gasto anualmente com 
corrosão chegue a 50 bilhões de dólares. Diariamente nos deparamos com a corrosão 
no lixo e depósitos, estima-se que 20% do ferro produzido no país sejam utilizados para 
substituição dos materiais que sofreram corrosão de alguma forma.
Para detalharmos como ocorre a corrosão de um ferro, vamos exemplificar com uma 
lâmina de ferro exposta a uma solução aquosa com oxigênio dissolvido. Ocorre a 
oxidação do ferro a meia-reação (GENTIL, 2007).
Fe(s) Fe²(aq) + 2eˉ
Sendo que as moléculas de oxigênio reduzidas ao mesmo tempo. 
½ O2(g) + H2O + 2eˉ 2 OHˉ(aq)
Com a soma dessas equações e levando-se em consideração que hidróxido de ferro não 
é solúvel, temos a equação primária da corrosão.
Fe(s) + ½ O2(g) + H2O Fe(OH)2(s)
Essa é a primeira reação de corrosão que o aço sofre, já numa segunda etapa o hidróxido 
de ferro é ainda mais oxidado. 
2 Fe(OH)2(s) + ½ O2(g) + H2O 2 Fe(OH)3(s)
Temos como produto final um material que se solta em flocos que é conhecido como 
ferrugem, que possui coloração castanho-avermelhado característica do hidróxido de 
ferro. 
Quando pensamos nas equações da primeira e segunda etapas, temos que elas não 
ocorrem no mesmo local. Por exemplo, quando observamos um prego em uma estrutura 
de madeiramento de um telhado, a ferrugem no prego se concentra na cabeça que está 
em contato direto com o ar. Já a corrosão, que precisa de mais atenção, é causada pela 
oxidação que está por todo o corpo do prego fixo no madeiramento. Esse exemplo sugere 
que a oxidação está ocorrendo em uma superfície distante de onde está ocorrendo a 
redução do oxigênio.
Com isso, podemos afirmar que se as meias reações ocorrem em lugares distintos, elas 
seguem um mecanismo eletroquímico.
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Numa superfície de um ferro sofrendo corrosão, temos uma série de pequenas pilhas 
galvânicas. Já nas áreas anódicas, ocorre a oxidação do ferro e resulta em íons Fe²; e 
nas áreas catódicas, o oxigênio é reduzido a íons OHˉ.
O ferro, então, atua como uma espécie de condutor externamente à pilha galvânica 
comum onde os elétrons são transferidos.
São muitas as características da corrosão que são explicadas quando pensamos em um 
mecanismo eletroquímico.
Por exemplo, superfícies metálicas secas não são atacadas pelo oxigênio e metais que 
ficam em exposição no ar seco não sofrem corrosão. O que se torna simples quando 
comparamos a uma pilha galvânica que precisa de um meio aquoso para que os íons se 
movam e completem o circuito (GENTIL, 2007).
Quando pensamos em meios aquosos ao comparar água salgada e doce, na água salgada 
ocorre a corrosão muito mais rápido, pois o sal dissolvido na água do mar, por exemplo, 
supre os íons para condução da corrente.
São formadas áreas anódicas e catódicas em um pedaço de ferro que está sofrendo 
corrosão e isso faz com que as áreas adjacentes da superfície não sejam iguais 
quimicamente. Existem muitos modos de uma pequena área de ferro ou aço 
transformar-se em uma área anódica ou catódica se compararmos a uma área 
adjacente a elas. Abaixo, listamos dois dos mais importantes modos:
1. Quando a superfície metálica fica em contato com impurezas ao utilizar 
um pequeno cristal de metal de cobre ou estanho ou qualquer outro que 
atua como cátodo, faz com que as moléculas de oxigênio se reduzam. 
Ao redor deles há átomos de ferro que são anódicos ou oxidados de Fe². 
Podemos perceber bem facilmente esse efeito quando adicionamos água 
numa superfície metálica cujo revestimento seja de cobre.
Entre esses metais, é criada uma pilha galvânica onde o cobre é o catódico 
e o ferro é o anódico, acumula-se um volume grade de ferrugem na 
interface. Como exemplo, temos o para-choque de automóveis, quando 
acaba o revestimento de cromo se dá a formação de ferrugem.
2. Quando são formadas diferenças entre as concentrações de oxigênio 
na superfície do metal. Por exemplo, se uma gota de água cair em uma 
placa metálica que está ao ar livre, o metal em torno da placa está em 
contato direto com a água que contém diluída uma elevada concentração 
de oxigênio e água em contato com metal abaixo sem oxigênio, pois não 
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Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
ocorre o contato com o ar, o que faz surgir uma pilha de concentração 
de oxigênio. Já a área em volta da borda da gota de água, onde temos 
uma alta concentração de oxigênio, torna-se catódica e as moléculas 
de oxigênio são reduzidas, sendo que embaixo da gota encontramos a 
área anódica. Portanto, uma partícula de qualquer tipo que se encontrar 
em uma superfície metálica atua do mesmo modo que uma gota de 
água ao cortar suprimento de oxigênio da área que está encobrindo e 
estabelecendo áreas anódicas e catódicas.
O ferro ou o aço podem passar por processos de proteção contra a corrosão por vários 
métodos, como:
 » Recobrindo a superfície metálica comuma camada protetora, que pode 
ser tinta que tem função de cortar a exposição à umidade e oxigênio.
 » Recobrir com outro tipo de metal quando as condições são mais severas, 
se o material é mais ativo que o ferro, por exemplo, ele será oxidado e não 
o ferro, já o contrário o ferro que será oxidado, o que pode vir a ocasionar 
rachaduras na superfície como é o caso da aplicação de estanho nas 
latinhas, se o alimento tem ácido cítrico pode ocorrer do revestimento de 
estanho dissolver, expondo a superfície do aço. Geralmente, para evitar 
tal efeito, sempre se aplica uma camada de polímero orgânico e evita-se 
tal corrosão.
 » Quando se expõe o metal a um contato elétrico com metal mais ativo, 
como exemplo o zinco ou o magnésio, temos que o ferro acaba se tornando 
catódico e o metal que é ativo é o ânodo. Com isso podemos afirmar que o 
ferro recebe proteção contra a corrosão, pois se torna catódico. Esse tipo 
de combate à ferrugem é conhecido como proteção catódica e é muito 
utilizado em tubos ou cabos que estão expostos diretamente a água e 
solo, por exemplo (GENTIL, 2007).
Influência de fatores mecânicos na corrosão: 
 » corrosão sobre fadiga;
 » corrosão com erosão;
 » cavitação e turbulência;
 » corrosão sobre atrito.
30
CAPítulo 2
Classificação dos tipos de corrosões
Podemos classificar o processo corrosivo em dois grupos distintos:
 » corrosão quanto ao meio que o material está exposto;
 » corrosão conforme morfologia.
Podemos subdividir a corrosão quanto ao meio em que o material está exposto em três 
categorias:
 » corrosão eletroquímica;
 » corrosão química;
 » corrosão microbiológica.
Corrosão eletroquímica
Esse tipo de processo trata-se do mais comum e o encontramos com maior frequência 
na natureza. Suas características mais importantes são:
 » só ocorre na presença de água em estado líquido;
 » na maioria das vezes ocorre quando a água está em temperatura ambiente;
 » ocorre a formação de uma célula de corrosão com uma circulação de 
elétrons por toda a superfície metálica em questão.
Com as características vistas acima, podemos afirmar que somente ocorre corrosão do 
tipo eletroquímica se houver a presença de água, também conhecida como corrosão em 
meio aquoso. Na figura 9 temos o exemplo de corrosão eletrolítica.
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Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Figura 9. navio atacado pela corrosão
Fonte: <http://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2013/01/ferrugem%20bre.jpg>.
Corrosão química
Esse tipo de processo não ocorre frequentemente, já que tem a necessidade de 
temperaturas elevadas para que ocorra. É conhecida como oxidação a alta temperatura 
e tem como características:
 » não precisa de meios que contenham água para ocorrer;
 » ocorre a altas temperaturas;
 » o meio corrosivo reage com o metal.
Devido a esse tipo de corrosão não necessitar de água para acontecer, o processo recebe 
o nome também de corrosão seca.
Ocorre outro processo como o de deterioração de materiais devido à vida útil e serviço 
que não são corrosões. Como é o caso de materiais que se degradam devido ao desgaste 
de utilização que é conhecido como desgaste de erosão.
Esse tipo de desgaste ocorre de forma gradual, conforme o meio em que ele se encontra. 
Sendo, por exemplo, o desgaste um resultado da erosão que é responsável por retirar 
partículas do material. Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove mecanicamente 
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
partículas do material. Portanto, não temos um processo químico ou eletroquímico e 
sim um processo físico. Lembrando que podem ocorrer ações simultâneas de corrosão 
e erosão que é o fenômeno da corrosão-erosão.
As alterações devido ao tempo de serviço são transformações metalúrgicas que podem 
ocorrer em materiais que são empregados em serviços de temperatura elevada.
Essas alterações não são classificadas como corrosão, mas ela pode facilitar que 
corrosões por resistência do material aconteçam.
Os metais em processos de corrosão podem vir a reagir com componentes que não 
são metálicos como, por exemplo, o O2, S, CO2 etc. e com essa reação resultar em 
componentes que se assemelham aos que encontramos na natureza, outros produzindo 
compostos semelhantes aos encontrados na natureza de onde eles foram extraídos. 
Com isso, podemos definir que o processo corrosivo nada mais é do que o inverso do 
processo realizado na metalurgia.
Corrosão microbiológica
Ocorre devido à presença de micro-organismos que podem ser bactérias, fungos etc., 
eles agem da seguinte forma:
 » influenciam diretamente na velocidade das reações anódicas e catódicas;
 » podem gerar modificação na resistência da película que se forma na 
superfície metálica pelos produtos de seus metabolismos;
 » dão origem a meios corrosivos;
 » podem formar tubérculos, que ao crescerem ou se multiplicarem facilitam 
a composição de pilhas de aeração diferencial.
Normalmente, os micro-organismos que são fontes de geração de produtos, dependendo 
do meio que se encontram, poderão iniciar processo de corrosão eletroquímica ou 
química.
Classificação de acordo com a morfologia 
Temos que classificar de acordo com o meio em questão, é muito adequado para se 
realizar estudos dos mecanismos de ataque, porém, a fim de se verificar os possíveis 
danos causados pelo processo corrosivo, é mais favorável classificar o processo conforme 
a figura 10 a seguir.
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Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Figura 10. De acordo com a morfologia, a classificação de corrosão.
Chapa sem 
corrosão 
Corrosão 
uniforme 
Corrosão 
intergranular 
(vista da área exposta)
Corrosão 
em placas 
Corrosão 
alveolar
Corrosão 
puntiforme 
pite
Corrosão 
intergranular 
(micrografia)
Corrosão 
filiforme 
Corrosão 
intragranular 
(micrografia)
Empolamento 
pelo hidrogênio
Corrosão em 
torno da solda
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/aBaaag4DEal-9.png>.
Corrosão do tipo uniforme 
Entre todas as corrosões é a que menor agride o metal. Normalmente, o ataque ocorre 
sobre toda a superfície do metal e geralmente sua penetração é igual para todos os 
pontos analisados. Como podemos verificar na figura 11, abaixo.
Figura11. Corrosão uniforme.
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/aBaaaasvEaE-2.jpg>.
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Corrosão do tipo em placas
Envolve os tipos de corrosão entre a corrosão localizada e a uniforme, a corrosão se dá 
somente em alguns pontos da superfície metálica. Como podemos verificar na figura 12.
Figura 12. Corrosão em placas.
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Captura-de-Tela-2017-04-25-%C3%a0s-20.17.35.
png>.
Corrosão do tipo alveolar
Esse tipo de corrosão ocorre na superfície do metal e produz escavações ou sulcos 
que são parecidos com alvéolos. Esses são de fundo arredondado e com profundidade 
normalmente inferior ao seu diâmetro. Como podemos observar na figura 13.
Figura 13. Corrosão alveolar.
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/800px-Corrosion-768x576.jpg>.
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Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Corrosão do tipo puntiforme (pite) 
Esse tipo de corrosão é uma das mais fortes que o processo corrosivo pode vir a 
apresentar. Aqui não se estabelece uma relação entre a quantidade de material que foi 
afetado e o quanto isso resultou. Nesse tipo de corrosão, o ataque se localiza em um 
ponto isolado e avança até o interior do metal, muitas vezes o atravessando. Podemos 
dizer que a corrosão do tipo fresta é uma variação desse tipo de corrosão. Como podemos 
observar na figura 14.
Figura 14.Corrosão puntiforme.
Fonte: <https://i2.wp.com/www.ndt.net/article/v07n07/ginzel_r/fig1.jpg>.
Corrosão em frestas
É o tipo de corrosão que variou da puntiforme, ela se mostra em zonas onde a renovação 
do meio corrosivo é obtida somente por meio de difusão. Consegue-se esse estado 
quando não ocorre a renovação do meio corrosivo, ou seja, ele fica estagnado. Também 
pode ser obtida quando ocorre a sedimentação ou quando são utilizadas juntas de 
materiais porosos. Geralmente, esse tipo de corrosão ocorre em frestas cuja espessura 
varia centésimos de milímetros ou menores. Como podemos observar na figura 15. 
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Figura 15. Corrosão em frestas.
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/-a_fK_aoC00E/utKvu10Ykoi/aaaaaaaaCzs/pgKavaHsyTg/s1600/6fig6.jpg>.
Corrosão do tipo intergranular
É o tipo de corrosão que está entre o grão da estrutura cristalina do material, ou seja, no 
contorno dos grãos do metal. Esse pode passar por perda de propriedades mecânicas o 
que leva a possíveis fraturas se exposto a esforços mecânicos maiores. Como podemos 
visualizar na figura 16.
Figura 16. Corrosão intragranular.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-EwH-Wtibj0Y/vX8lDsmywbi/aaaaaaaaC0Q/ambyianus3s/s1600/corrosao-intergranular-ou-
intercristalina.jpg>.
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Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
Corrosão do tipo intragranular
Nesse tipo, a corrosão ocorre no interior do grão e com as suas propriedades 
comprometidas pode vir a ocorrer fraturas, como no caso do tipo de corrosão 
intergranular. Ela pode fraturar a menores esforços, sendo os efeitos maiores do que a 
corrosão intergranular. Como podemos observar na figura 17.
Figura 17. Corrosão intragranular.
Fonte: gentil, 2007.
Corrosão do tipo filiforme
Esse tipo de corrosão é processada através dos filamentos finos que se propagam 
nas mais diferentes direções e nunca se cruzam. Na maioria das vezes ocorre entre a 
superfície do metal que foi revestida por poliméricos, tintas ou metais o que faz com 
que haja um deslocamento do revestimento. Como podemos observar na figura 18.
Figura 18. Corrosão filiforme.
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Captura-de-Tela-2017-04-25-%C3%a0s-20.44.56-
189x300.png>.
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Corrosão por esfoliação
Esse tipo de corrosão pode aparecer em diferentes camadas e o produto formado devido 
à corrosão está situado entre a estrutura dos grãos alongados, esse separa as camadas e 
ocasiona um inchamento do metal. Como podemos observar na figura 19 abaixo.
Figura 19. Corrosão por esfoliação.
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Captura-de-Tela-2017-04-25-%C3%a0s-20.48.15.
png>.
Corrosão do tipo grafítica 
É um tipo de corrosão seletiva, geralmente no ferro fundido que é utilizado para transporte 
de esgoto, drenagens e água. A corrosão ocorre da seguinte forma: o ferro, no caso o 
ânodo, se transforma em produtos de corrosão que resultam em grafite que é o cátodo, 
e esse se encontra intacto. A área onde ocorreu a corrosão fica escura semelhante a um 
grafite e facilmente pode ser removida, como, por exemplo, utilizando-se uma espátula, 
consegue-se retirar tal produto. O ferro metálico (ânodo) é transformado em produtos 
de corrosão resultando no grafite (cátodo) intacto. A área corroída fica com um aspecto 
escuro, típico do grafite, que pode ser facilmente retirada com uma espátula.
denzificação
Corrosão também do tipo seletiva, na maioria das vezes se apresenta em latões. Ocorre 
a corrosão geralmente do ânodo, fazendo que reste o cobre que no caso é o cátodo, 
típico com coloração avermelhada diferenciando-se da cor do latão que é amarelada.
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Empolamento pelo H
Acontece no hidrogênio em seu estado nascente, possui uma maior capacidade de 
se difundir rapidamente em um material metálico no material metálico. Quando em 
processo de resfriamento devido à contração um hidrogênio se junta a outro, formando 
H2. Tudo isso ocorre, pois nesse resfriamento com a contração um H se difunde com 
outro, gerando uma concentração de bolhas. 
Figura 20. Empolamento pelo hidrogênio.
Fonte: <http://engenheirodemateriais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/aBaaaasvEaE-17.jpg>.
Corrosão em torno do cordão de solda
Esse tipo de corrosão acontece quando aços inoxidáveis que não estão estabilizados ou 
tem teores maiores que 0,03% de carbono se processam intergranularmente. Abaixo 
são apresentados os principais problemas causados pela corrosão.
Aparência do material
Pode ocorrer de a aparência de um material ser de suma importância e por isso sofrer 
processo corrosivo pode vir a ser um fato muito indesejável em certos casos. São 
realizadas análises para verificar que tipo de material deve ser empregado e que seja 
consideravelmente resistente à corrosão a um custo não exorbitante, ou são pesquisadas 
maneiras de proteger tal material contra o processo corrosivo, através de revestimentos 
com polímeros, utilizando os cerâmicos ou mesmo os metálicos ou através de processos 
de proteção anódicos ou catódicos. Um exemplo que é muito conhecido é a aplicação do 
aço inoxidável em esquadrias na construção civil.
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UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
manutenção 
Quando ocorre um estudo antes, a manutenção de uma planta processadora pode ter 
seu custo reduzido se forem utilizados materiais resistentes a corrosão. Nesse caso é 
realizado um estudo de custo-benefício já que muitas vezes a utilização de matérias que 
resistam à corrosão são mais econômicos, mesmo sendo mais caros, do que realizar a 
manutenção devido à corrosão.
interrupção do processo
Muitas vezes o processo de produção tem que ser paralisado devido a falhas inesperadas 
ocasionadas pela corrosão.
Contaminação do produto
Contaminar o produto com resíduos advindos do processo corrosivo significa prejuízo 
dentro da empresa, ele pode ser menor quando apenas gera queda no produto final ou 
pode ser maior quando ocorre efeito catalítico do produto com o produto de corrosão, 
ocasionando a decomposição do produto, o que ocasiona uma perda de sua totalidade.
Perda de material 
Vazamentos dos tanques e dutos devido à corrosão são os responsáveis pela perda de 
material em indústria.
Segurança e saúde
A corrosão pode gerar problemas ambientais e de saúde quando, por exemplo, ocasiona 
vazamentos de compostos que podem inflamar ou que são radioativos ou tóxicos.
41
CAPítulo 3
Heterogeneidades responsáveis pela 
corrosão
Podemos classificar as heterogeneidades que são responsáveis pela corrosão em:
 » aeração diferencial;
 » agitação diferencial;
 » aquecimento diferencial;
 » concentração diferencial;
 » iluminação diferencial.
Aeração diferencial
Situação onde o material metálico encontra-se submerso em uma área aerada, 
formando, assim, pilhas eletroquímicas de aeração diferencial ou as chamadas pilhas 
de concentrações anódicas. Sendo que a com maior aeração, tornam-se catódica, 
resultando em uma corrosão localizada que pode vir a surgir pites ou alvéolos. Por fim, 
podem surgir também pilhas de concentração iônica devido a aerações diferenciais. Seu 
efeito sobre o cobre, por exemplo, é maior, já que se trata de um metal menos ativo e 
predominante no ferro, zinco, alumínio e aço galvanizado.
Agitação diferencial 
Quando a superfície metálica está com uma parte exposta à ação de um líquido que está 
sobre forte agitação, o que pode vir a ocasionar correntes de corrosão. Caso o líquido 
tenha aeração ou oxigênio seguido de agitação, podem ocorrer efeitos de aeração 
diferencial, pois o líquido agitado promove maior contato com a superfície metálica.Já o alumínio e o ferro tornam-se anódicos nas regiões em que se encontra em contato 
com o líquido sem agitação, mas prevalece o efeito de aeração diferencial. O cobre fica 
anódico nas regiões onde o líquido está mais agitado.
42
UNIDADE I │FormAs E TIpos DE Corrosão: AspECTos TéCNICos
Aquecimento diferencial 
Acontece quando uma superfície metálica demonstra partes distintas expostas a 
diferentes gradientes de temperatura o que pode vir a gerar um aquecimento, corrente 
de corrosão e consequentemente o aparecimento de pilhas galvânicas em locais onde a 
temperatura é superior às demais e anódicas.
Concentração diferencial 
Uma corrosão do tipo eletroquímica pode vir a ocorrer quando um material metálico fica 
em exposição a uma solução corrosiva que tem íons em diferentes concentrações. Onde 
ocorrer a menor concentração de íons metálicos será onde a região anódica ocorrerá. 
Quando pensamos em superfícies metálicas superpostas caso ocorram frestas onde 
os eletrólitos possam vir a passar, ocasionará uma corrosão devido à concentração 
diferencial, que irá gerar uma pilha que recebe o nome de corrosão de fresta ou corrosão 
de contato.
iluminação diferencial
Ocorre quando as superfícies metálicas são imersas em soluções que são iluminadas de 
formas diferenciadas, pode haver situações de potenciais diferentes onde temos que a 
superfície com maior iluminação se torna mais corrosiva, e caso haja ação na solução 
de oxigênio dissolvido, esse aumenta a ação da luz e consequentemente forma algumas 
películas protetoras, em alguns casos, formando películas protetoras.
material metálico
Ao redor dos grãos cristalinos, os átomos apresentam certo desarranjo que pode 
ocorrer pelo encontro dos grãos, resultando, geralmente, em imperfeições no interior 
dos cristais. O espaço entre dois grãos, é uma região heterogênea se comparada com o 
grão. Os átomos podem se apresentar adjacentes e em diferentes fases se comparada a 
sólida inicial, por exemplo, podem se formar seletivamente nessa região de contorno 
dos grãos.
Os grãos se orientam em várias direções e potenciais distintos. E quanto ao tamanho 
dos grãos, os menores têm mais energia interna do que os maiores, o que ocasiona 
então diferentes potenciais para essa espécie.
43
Formas E Tipos DE Corrosão: aspECTos TéCniCos │ UniDaDE i
tratamentos térmicos diferentes
Caso ocorra tratamento térmico diferente das restantes regiões em uma superfície, isso 
ocasiona uma diferença de potencial entre elas. Essa situação é muito comum quando 
ocorrem soldas metálicas, pois o aquecimento do local onde foi feita a solda resulta em 
modificações na natureza das fases presentes ou suas composições e assim formam 
condições propícias para formação de diferença de potencial.
Devemos salientar que o cordão de solda não é a área anódica. A corrosão ocorre 
em torno do cordão de solda que está geralmente associado a aços inoxidáveis, que 
tenham passado por temperaturas entre 400-950° e em seguida acomodados em meios 
corrosivos que acabam por afetar os contornos dos grãos. Portanto, sempre considerar 
uma possível corrosão em materiais que passaram por tratamento térmico prolongado 
na faixa de temperatura citada.
Resumidamente, com o aquecimento da faixa verifica-se uma precipitação no contorno 
dos grãos de carboneto de cromo ou em associação com ferro, na forma de Cr Fe23 C6, 
deixando essa região deficiente em cromo. Tem-se, então, a destruição de passividade 
do aço na região.
44
unidAdE ii
químiCA E 
ElEtroquímiCA 
dA CorroSão
Nesta unidade iremos aprofundar o assunto e diferenciar mecanismo de corrosão 
químico e eletroquímico, a fim de sanar qualquer dúvida que fique pendente sobre 
esses dois tipos de mecanismos que podem ocorrer a corrosão.
CAPítulo 1
mecanismo químico e eletroquímico
mecanismos de processo corrosivo
Conforme o meio corrosivo do material, existem diferentes mecanismos que podem ser 
apresentados em processos corrosivos:
 » Mecanismo químico:
 › corrosão em solventes orgânicos sem presença de água;
 › corrosão de matérias não metálicos;
 › corrosão de material metálico em altas temperaturas devido à presença 
de gases ou de vapores ou até mesmo por não conter umidade, que 
apelidamos de corrosão seca.
 » Mecanismos eletroquímicos: 
 › corrosão atmosférica;
 › corrosão por soluções aquosas;
 › corrosão por solo;
 › corrosão por sais fundidos.
45
Química E ElEtroQuímica Da corrosão │ uNiDaDE ii
Nesse tipo de mecanismo de corrosão ocorrem reações químicas de forma direta entre o 
material e o meio corrosivo que não ocasiona a geração de energia em nenhuma forma, 
o que ocorre no mecanismo eletroquímico, como veremos posteriormente.
Exemplificando esse tipo de mecanismo de forma a elucidar seu comportamento, temos:
 » O ataque de metais, a exemplo do níquel, pelo monóxido de carbono gera 
a formação de carbonila de níquel.
 » Ataque de solventes orgânicos em metais em meios não aquosos.
 » Ataque do ozônio em borrachas.
 » O ataque do sulfato no concreto, ocasionando sua deterioração.
mecanismo eletroquímico
Podemos definir um processo eletroquímico em três etapas:
 » Fenômeno anódico (oxidação). 
 » Deslocamento de elétrons e íons. 
 » Fenômeno catódico (redução). 
No cátodo, podem ocorrer as sequentes reações católicas: 
 » Em um meio neutro e não aerado: 2 HOH + 2 e-H2 + 2 OH-
 » Em um meio neutro com aeração: 2 HOH + ½ O2 OH-
 » Em um meio ácido não aerado: 2 H+ + 2 e- H2
 » Em um meio ácido aerado: 2 H+ + ½ O2 + 2e
- 2 HOH
Com isso concluímos que a corrosão eletroquímica é ligada ao teor de acidez e oxigênio 
do meio, sendo que quanto maior for a sua concentração, mais intensa será essa reação 
de corrosão.
O oxigênio é tido como um fator de controle, tendo em vista que na presença de um 
meio neutro aerado ele exerce função de despolarizante, ou seja, ele intensifica o 
processo corrosivo. O processo ocorre quando ele reage com o H2, que está infiltrada 
na superfície do cátodo, polarizando a pilha. Devido a esse motivo, geralmente se faz a 
46
UNIDADE II │ QUímIcA E ElEtroQUímIcA DA corrosão
aeração da água utilizada na indústria. Como exemplo podemos citar a água utilizada 
nas caldeiras que passa por processo de aeração.
Porém, o oxigênio não é apenas um excitador de processos corrosivos, ele também 
pode exercer a função de proteção, onde forma uma camada protetora ao reagir com a 
superfície metálica e forma uma camada de óxido que diminui o contato do metal com 
o meio corrosivo. Também pode formar sobre a superfície metálica uma película de 
oxigênio, tornando-o passivo.
Corrosão eletroquímica – exemplos
São exemplos reais de corrosão eletroquímica:
Corrosão galvânica 
Nesse tipo de corrosão existe uma relação entre áreas anódicas e áreas catódicas, caso a 
área anódica seja maior do que a catódica, a corrosão ocorrerá de forma acentuada. Uma 
grande área catódica pode gerar uma maior densidade relativa à corrente na superfície 
do metal que está sendo atacada (ânodo) e como consequência ocorre uma alta taxa de 
corrosão. Por isso é mais confiável usar rebites de material metálico catódico em uma 
estrutura anódica do que o inverso.
Portanto, quando temos uma área catódica pequena comparada a uma grande área 
anódica, temos uma corrosão pouco acentuada.
Já quando ocorrer de dois materiais metálicos terem que ser ligados e tiverem potenciais 
diferentes, a tabela de potencial-padrão deve ser consultada. A figura 21 apresenta um 
exemplo de corrosão galvânica.
47
Química E ElEtroQuímica Da corrosão │ uNiDaDE ii
Figura 21. Corrosão galvânica.
Fonte: <http://www.rijeza.com.br/sites/default/files/imagens/blog/rijeza_corrosao_galvanica.jpg>.
Corrosão eletroquímica – Potenciais aplicados 
Como vimos anteriormente,a diferença de potencial entre eletrodos ocorre devido 
a seus potenciais serem diferentes. Portanto, é de origem espontânea tal processo. 
Ocorre que em casos onde a diferença de potencial ocorre devido a uma fonte externa 
de energia, onde não há a necessidade de os eletrodos serem de diferente natureza. De 
forma esquemática:
Pilhas galvânicas (Processo espontâneo): 
A + B  A+B-
Ânodo A A+ + e-
Cátodo B + e-  B- 
Cuba eletrolítica (processo não espontâneo): 
 A+ + B-  A+B- 
Ânodo A+ + e-  A 
Cátodo B-  B- + e-
Podemos entender, então, que a célula que tem importância direta no processo de 
corrosão é aquela onde o eletrodo funciona como ânodo ativo, perdendo elétrons e 
oxidando-se.
48
UNIDADE II │ QUímIcA E ElEtroQUímIcA DA corrosão
Corrosão grafítica 
Tipo de corrosão onde o ferro fundido cinzento sofre corrosão, o ferro é convertido 
em produtos de corrosão. Pode ser observado em tubulações de ferro fundido que são 
utilizadas para o transporte de água. Na figura 22 podemos ver uma ilustração referente 
a esse tipo de corrosão.
Figura 22. Corrosão grafítica.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-9D78n_nauew/vX8mddJhmki/aaaaaaaaC0w/HB9ymunre7m/s1600/corrosao-grafitica-do-
ferro-fundido-notando-se-o-aspecto-escuro-da-area-corroida.jpg>.
dezincificação
Tipo de corrosão que ocorre com maior frequência em ligas de cobre e zinco (latão) 
que são colocadas em um eletrólito. Na dezincificação, o zinco passa pelo processo de 
corrosão e um resíduo poroso de cobre e produtos de corrosão são o que restam. Na 
figura 23 podemos verificar a dezincificação.
Figura 23. Dezincificação.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-18lCXgJoQqE/vX8mwunhmYi/aaaaaaaaC04/no5fZnukklw/s1600/Dezincificacao-em-parte-
interna-de-componente-de-latao-apresentando-uma-coloracao-avermelhada-contrastando-com-a-amarelada-do-latao.
jpg>.
49
Química E ElEtroQuímica Da corrosão │ uNiDaDE ii
Velocidade de corrosão 
Esse tipo de velocidade é a representação da perda de massa do material metálico em 
função do tempo por unidade de área. Quando calculamos a velocidade em equivalentes 
gramas por unidade de área por segundo podemos utilizar a seguinte equação:
V = i /F.S
Onde: 
 » V = velocidade ou taxa de corrosão;
 » i = intensidade da corrente elétrica (Ampere, A);
 » F = constante de Faraday (96500 Coulombs, C);
 » S = área anódica.
Sendo a velocidade de corrosão eletroquímica diretamente proporcional à intensidade 
da corrente elétrica, que depende diretamente do potencial do elemento sujeito à 
corrosão e da resistividade dos circuitos metálicos e eletrólitos. Torna-se complicado 
considerar um valor constante para a velocidade de corrosão devido a problemas de 
polarização e passivação que ocorrem durante o processo corrosivo.
Na figura 24 podemos observar as curvas características da perda de massa pelo 
processo corrosivo por unidade de tempo.
Figura 24. Curvas características da perda de massa pelo processo corrosivo por unidade de tempo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perda 
de 
massa 
A
D
B
C 
tempo ∆t 
Fonte: riella, 2010. 
Onde as curvas representam:
50
UNIDADE II │ QUímIcA E ElEtroQUímIcA DA corrosão
A. Uma velocidade constante de corrosão eletroquímica. Essa ocorre quando não há 
variação na superfície metálica, sendo que o produto da corrosão se encontra inativo e 
a constante concentração do agente corrosivo, caso muito raro de acontecer.
B. Muito parecida com a A, porém, em um período o agente corrosivo é induzido a fim 
de acabar com a proteção que pode ser uma película, por exemplo.
C. A reação tem a velocidade inversa à produção de produtos pela corrosão. Sendo que 
o produto da corrosão não é solúvel e fixo na superfície metálica.
D. Ocorre um crescimento da velocidade de corrosão, sendo os produtos de corrosão 
solúveis no meio em questão.
Polarização 
A força de corrosão será maior conforme a diferença de potencial dos metais que 
compõem o eletrodo seja maior. Mas quando pensamos em velocidade de reação, outros 
fatores devem ser levados em consideração.
Quando diferentes metais são unidos e imersos em um eletrolítico, fechando-se o 
circuito, ocorre uma diferença de ddp entre o eletrodo e com passar do tempo o potencial 
do eletrodo do ânodo se torna menos eletropositivo, enquanto o do cátodo se torna 
menos eletronegativo.
A variação pode ser ocasionada por várias reações como:
 » reações secundárias que conduzem a formação de películas protetoras; 
 » reforços de película já existentes;
 » destruição da película; 
 » fenômenos como absorver os gases que estão presentes na solução;
 » saturação da solução ao redor dos eletrodos;
 » redução de uma forma iônica a qual pode-se depositar ou desprender do 
cátodo etc.
Num determinado tempo, quando a reação anódica e a reação catódica se organizam nos 
metais, eles se unem, acontece o que chamamos de polarização dos eletrodos, onde no 
ânodo ocorre a polarização anódica e no cátodo ocorre a polarização catódica. Quanto 
maior for a polarização da reação no eletrodo, menor será a velocidade de corrosão 
resultante.
51
Química E ElEtroQuímica Da corrosão │ uNiDaDE ii
Passivação 
Ao adicionarmos o ferro em ácido diluído, ele é atacado rapidamente. Más se 
adicionarmos ácido nítrico concentrado, ele quase não é atacado. Se o ferro for retirado 
do ácido concentrado e imediatamente mergulhado em ácido diluído ele não será mais 
atacado.
Com isso o metal está em estado passivo. Por exemplo, o aço inox possui comportamento 
igual em alguns meios. E é durante essa condição que o seu comportamento eletroquímico 
aparenta ser mais nobre, ou seja, o seu potencial é menor do que o que ele apresentaria 
normalmente. A explicação está no fato de a geração de uma película protetora do 
óxido corresponder à superfície do metal. A exemplo temos o alumínio formando uma 
película protetora no óxido de alumínio, transformando-o em passivo.
diferença de potencial relacionada ao metal
Contorno dos grãos
Devido a experiências já realizadas, podemos afirmar que o contorno dos grãos trabalha 
como área anódica em função ao grão que trabalha como área catódica. Com isso 
ocorrem os ataques intergranulares. Mas podemos nos deparar em determinadas ligas 
metálicas com contorno de grãos catódicos em relação a grãos (anódico), e com isso se 
tem um ataque granular. Podemos exemplificar com o alumínio com 99% de pureza 
atacado pelo HCL de 10 a 20% de concentração.
O tamanho do grão também interfere já que um grão fino tem energia interna maior do 
que um grão grosseiro.
O tratamento térmico ou metalúrgico, quando realizado em diferentes partes dos grãos, 
faz com que a diferença de potencial existente entre as regiões surja, por exemplo, em 
um cordão de solda, mesmo sendo o material utilizado na solda igual ao material do 
componente a ser soldado, a área em torno dos grãos se torna anódica. 
diferença de potencial na superfície metálica
Quando a superfície metálica é polida, ela pode apresentar potencial diferente se 
comparado a superfícies rugosas. Ocorre com maior facilidade também a formação de 
películas apassivadoras.
52
UNIDADE II │ QUímIcA E ElEtroQUímIcA DA corrosão
Bordas de superfícies metálicas 
São essas as regiões que se tornam mais susceptíveis ao ataque e que tornam a área 
anódica. Isso ocorre devido a essas regiões não serem tão polidas quanto à superfície. 
formas diferentes
A forma que tem um material metálico pode comprometê-lo quando pensamos em 
corrosão. Geralmente, superfícies convexas são cátodos se comparadas às superfícies 
côncavas (fios com pequeno diâmetro possuem velocidade de corrosão superiores a fios 
de maior diâmetro).
deformações diferenciais 
Sendo um material metálico submetido à tensão, o quese observa é que a região 
tracionada exerce função de cátodo se comparada a outra região que é tensionada.
diferença de potencial relacionada com o meio 
corrosivo 
 » concentração diferencial;
 » aeracão diferencial;
 » aquecimento diferencial.
53
unidAdE iiimEioS 
CorroSiVoS
Nesta última unidade estudaremos os meios corrosivos, os processos mais importantes 
que envolvem tais componentes e como podemos administrar da melhor forma a 
utilização de técnicas para prevenir que os mesmos ataquem componentes com 
processos oxidativos.
CAPítulo 1
Classificação dos meios de corrosão
A natureza do meio corrosivo é de suma importância quando pensamos em como 
proteger o ataque em superfícies metálicas. Por exemplo, em trocadores de calor o meio 
corrosivo em questão encontra-se em temperatura maior e em contato direto com a 
superfície metálica nos tubos. 
Vamos agora definir os meios que ocasionam a corrosão de materiais. Listaremos os 
mais comuns de serem encontrados:
 » águas naturais;
 » atmosfera;
 » solo;
 » produtos químicos;
 » alimentos;
 » substâncias fundidas;
 » madeira;
 » plástico.
54
UNIDADE III │ MEIos CorrosIvos
Corrosão das águas naturais
Geralmente, todo elemento metálico exposto à água sofrerá corrosão, mas depende 
diretamente das substâncias que estão presentes nela. Entre as substâncias que podem 
ser encontradas com maior frequência nas águas, temos:
 » gases dissolvidos (gás sulfídrico, dióxido de carbono, amônia, nitrogênio, 
trióxido de enxofre, oxigênio, cloro e dióxido de enxofre);
 » sais dissolvidos (bicarbonato de cálcio, ferro e magnésio, cloreto de sódio, 
carbonato de sódio, magnésio e ferro);
 » matérias orgânicas, podendo ser de origem vegetal ou animal;
 » bactérias;
 » limo;
 » algas;
 » sólidos suspensos.
Quando pensamos na água como meio corrosivo, o ph, a velocidade, ação mecânica e a 
temperatura devem ser levados em consideração. De acordo com cada contaminante que 
a água está exposta, deve-se levar em consideração seus detalhes como, por exemplo.
A água potável tem a qualidade sanitária como primordial, com isso evitam-se sólidos 
suspensos de sais, sendo o teor máximo de cloreto e sulfato de 250 mg/l, como 
os de mercúrio e chumbo e micro-organismos que são responsáveis por doenças 
transmissíveis.
No sistema de resfriamento, se deve evitar sólidos suspensos ou que formem depósitos 
e crescimento biológico que podem se depositar e criar condições de corrosão.
Na geração de vapor, é evitada a presença de oxigênio e sais incrustantes como o 
bicarbonato de cálcio e magnésio. Por exemplo, em caldeiras temos a oxidação do 
oxigênio com a magnetita protetora, formando Fe2O4 não protetora, como, por exemplo, 
o CaCO3 carbonato de cálcio dificultando assim a troca térmica.
 » Para produção de produtos químicos, a presença de impurezas como o 
sal é evitada, utilizando-se água desmineralizada ou deionizada, e em 
casos farmacêuticos e medicinais ela também é esterilizada.
55
Meios Corrosivos │ UNiDADe iii
Com isso, temos algumas etapas principais e essências para tratamento da água que 
são:
 » Água potável: realizada clarificação para eliminar sólidos suspensos, 
cloração e controle de pH.
 » Água de resfriamento: realizada cloração, adição de inibidores de 
corrosão e dispersantes e controle de pH.
 » Água para caldeiras: desaeração para eliminar oxigênio, abrandamento 
ou desmineralização para eliminar dureza da água e controle de pH.
Várias impurezas e/ou contaminantes podem estar presentes na água. Portanto, 
dependendo para o que essa água será utilizada, esse tipo de contaminante ou impureza 
pode influenciar na ação de corrosão. Na figura 25 há uma tubulação de água potável 
em processo corrosivo.
Figura 25. Tubulação de água potável em processo corrosivo.
Fonte: <https://1.bp.blogspot.com/-xlWsi0_Z6T0/TyXTQclJ-Fi/aaaaaaaaDvs/BWXlw-sDHsm/s1600/incendio-
CorrosaoredeHidrante4.jpg>.
Temos que ter como base que a água quimicamente pura é constituída apenas de 
moléculas que se apresentam associadas por formarem pontes de hidrogênio. Já todas 
as outras substâncias presentes na água podem ser consideradas impurezas, como 
sais minerais, ácidos, gases dissolvidos, matérias em suspensão e micro-organismos. 
Dependendo da sua finalidade, deve-se condicioná-la para evitar problemas para sua 
utilização e também para evitar corrosões.
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UNIDADE III │ MEIos CorrosIvos
O metal em contato com a água pode vir a sofrer dois tipos de agravantes a ação mecânica 
aliada à corrosão, o que resulta em uma aceleração da corrosão em si.
Com isso, estabelecemos alguns limites ou fatores que influenciam diretamente a ação 
corrosiva da água. Temos que os contaminantes mais frequentes, presentes na água 
são:
 » Sais dissolvidos como cloreto de sódio, ferro e magnésio, carbonato de 
sódio, bicarbonatos de cálcio, magnésio e ferro.
 » Gases dissolvidos como nitrogênio, gás sulfídrico, óxido de enxofre, SO2 
e SO3, amônia, cloro e gás carbônico.
 » Sólidos em suspensão.
 » Matérias orgânicas.
 » Bactérias em crescimento biológico.
Devemos levar em consideração fatores variáveis como pH, velocidade, ação mecânica 
e temperatura.
Sais dissolvidos
Eles podem interferir tanto na aceleração quanto no retardo da velocidade quando 
estamos falando do processo de corrosão. Os sais que agem com maior frequência 
nesses processos são: 
 » cloretos;
 » sais oxidantes;
 » bicarbonato de cálcio;
 » sulfatos;
 » bicarbonato de magnésio;
 » bicarbonato de ferro.
Devido ao fato de o cloreto de sódio no processo corrosivo ser um eletrólito forte, ele 
aumenta a condutividade que é importante no processo eletroquímico de corrosão. 
57
Meios Corrosivos │ UNiDADe iii
Já em processos corrosivos com presença de ar na água, o que se vê é uma taxa de 
corrosão inicialmente crescente com concentração de cloreto de sódio e depois decresce, 
sendo o máximo de 3% de NaCl e depois 26% NaCl.
Com aumento da concentração de NaCl, temos uma diminuição da taxa de corrosão. Mas 
devemos ter atenção ao ponto inicial, onde há um aumento da taxa de corrosão, já que 
a solubilidade do oxigênio decresce, mesmo com pequenas adições de NaCl. Podemos 
explicar esse fato da seguinte forma: em água destilada, que tem baixa condutividade, 
ânodos e cátodos devem sempre estar relativamente próximos, e como consequência 
os íons OH- formados nos cátodos estão sempre próximos dos íons de Fe2+ formados 
nos ânodos, o que gera o Fe(OH)2, que é adjacente à superfície metálica que tem como 
função ser uma barreira à difusão. 
Em soluções com NaCl que tem grande condutividade, os ânodos e cátodos que foram 
adicionados agem e assim o OH- não reage de imediato com os íons Fe2+ que foram 
formados nos ânodos, já que eles se difundem na solução e reagem para formar o 
Fe(OH)2 fora da superfície metálica e consequentemente não exerce ação protetora. 
Com isso temos uma corrosão mais rápida do ferro quando a água contém NaCl, já que 
o oxigênio dissolvido age nas regiões catódicas, o que gera a despolarização e implica 
numa maior reação catódica, quando pensamos em velocidade de reação. E como a 
reação anódica (corrosão) depende da velocidade da reação catódica (consumo de 
elétrons) o ferro corrói com maior velocidade.
Estudo comparativo dos sais dissolvidos na água
Os sais que se dissolvem na água podem acelerar o processo de corrosão, porém, não 
se pode generalizar essa afirmativa, já que podemos ter sais retardando o processo 
de corrosão. A água pode dissolver alguns sais num processo conhecido por hidrólise 
salina, como: cloretos ou sulfatos de alumínio, ferro e magnésio, fosfato trissódico, 
carboneto de sódio e silicato de sódio. Nesse processo devemos considerar duas formas 
distintas:
 » Na primeira temos sais, a