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Material Organiza_ ¢Ã§Ã£o pol_ ¢Ã_tico-administrativa

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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO
A organização e estrutura do Estado podem ser analisadas sob 3 aspectos: 
forma de governo
sistema de governo
forma de Estado
- O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista de governo e a forma federativa de Estado → plebiscito (art. 2, ADCT) → não gravados como clausula pétrea (art. 60, par. 4º.)
FORMAS DE ESTADO → ditar!!!
FEDERAÇÃO
Histórico: origem nos EUA em 1787. 
- impossibilidadede secessão → cada Estado cedeu parte de sua soberania para um órgão central, formando os Estados Unidos da América (responsável pela centralização e unificação) → os Estados passaram a ser autônomos entre si, mas dentro do pacto federativo (movimento centrípeto - de fora para dentro, pois os Estados cederam parcela de sua soberania, em movimento de aglutinação/ agregação) → maior autonomia aos Estados. 
- federalismo por agregação: os Estados independentes ou soberanos resolvem abrir mão de parcela de sua soberania para agregar-se entre si e formarem um novo Estado, agora federativo, passando, entre si, a serem autônomos. 
- No Brasil -movimento centrífugo (de dentro para fora – movimento de desagregação/segregação), razão da menor autonomia dos Estados brasileiros.
- federalismo por desagregação (segregação), a federação surge a partir de um determinado Estado unitário que resolve descentralizar-se.
- Conceito de Federação: ditar!!!
- Características comuns a toda Federação: ditar!!!
- federalismo de segundo grau (Manoel Gonçalves Ferreira Filho)
FEDERAÇÃO NO BRASIL - surgiu com a proclamação da República em 1889 - Decreto n. 1, de 15/11/1889 (instituidor da forma republicana de governo
- Nosso federalismo aboliu a ideia norte-americana de federalismo dual, pois incluiu uma terceira esfera de poder – os municípios → federalismo tricotômico, trino, tripartido ou tríplice.
- questionamentos sobre os Municípios:ao contrário do que ocorre com os Estados-membros e DF,não possuem Casa Legislativa que represente seus interesses; também se questiona se os municípios possuem poder constituinte próprio, ou seja, se as leis orgânicas equivalem às Constituições Estaduais.
- É composta pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (arts. 1 e 18 CF).
UNIÃO 
- Ente resultante da congregação dos Estados-Membros (Estados, DF e Municípios). “É federativa de Direito, mas não é federada de fato”.
- Dupla personalidade: interna (pessoa jurídica de direito público interno – autonomia financeira, administrativa e política – FAP) e externa (representa a RFB (art. 21, I a IV), na pessoa de seu Presidente (reúne as funções de chefe de Estado e de Governo). 
- Bens da União(art 20 CF)
Definições importantes: ditar!!!
ESTADOS
- Possuem capacidade de auto-organização (art. 25), autogoverno (arts. 27, 28 e 125 – regras de estruturação dos Poderes), autoadministração e autolegislação (arts. 18 e 25 a 28 – regras de competências legislativas e não legislativas). 
- São pessoas jurídicas de direito público interno, mas que não detém soberania. 
- Podem incorporar entre si, subdividir-se ou desmembrar-se, quer para formarem novos Estados, quer para formarem Territórios federais, mediante aprovação da população envolvida, através de plebiscito, e do Congresso Nacional por Lei Complementar, ouvidas as Assembleias Legislativas dos Estados (art. 18, §3º, art. 48, VI)
- O Congresso não está vinculado nem ao pronunciamento do plebiscito, nem ao entendimento das Assembleias Legislativas, pois estas apenas opinam sobre a aprovação ou rejeição. 
- Fases: ditar!!!
- Assembleia Legislativa unicameral, que se estabelece na capital do Estado.
- Bens dos Estados (art. 26)
- Ver também o art. 25
DISTRITO FEDERAL 
- Na CF de 88 a capital federal é Brasília, que se situa dentro do DF (art. 18, § 1º). Nos termos da LODF, além de capital da RFB é sede do governo do DF.
- Não é Estado e nem Município. É unidade federada autônoma, com capacidade de auto-organização (art. 32, caput), autogoverno (art. 32, §§2º e 3º - eleição de Governador e Vice e dos Deputados Distritais), autoadministração e auto legislação (possuem competências previstas na CF). 
- Autonomia do DF é parcialmente tutelada pela União: art. 21, XIII e XIV, 32,§4º e 144, §6º
- Súmula 647/STF
- Lei 10.633, de 27/12/02, instituiu o Fundo Constitucional do DF (FCDF) de natureza contábil, com a finalidade de promover os recursos necessários à organização e manutenção dessas instituições, bem como assistência financeira para a execução dos serviços públicos de saúde e educação.
- O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Legislativa, composta de 24 Deputados Distritais. 
- O Tribunal de Justiça do DF não integra a estrutura do seu poder governamental (é de responsabilidade da União).
MUNICÍPIOS 
- É pessoa jurídica de direito público interno e autônoma (arts. 1, 18 e 29 CF). Segundo José Afonso da Silva, são divisões político-administrativas dos Estados, e não da União. 
- Autogoverno (elege, diretamente, o Prefeito, o Vice-Prefeito e vereadores, conforme incisos do art. 29), autoadministração e autolegislação (regras de competência previstas no art. 30). 
- Por sua vez, o art. 34, VII, c, estabelece que a intervenção federal poderá ser decretada em caso de inobservância ao princípio constitucional da independência municipal. 
- Trata-se de autonomia, e não soberania.
- Se organizam através de Lei orgânica que apresenta certa rigidez (art. 29, caput). 
- Podem ser criados ou sofrer incorporação, fusão e desmembramento (art. 18, §4º.) → Fases: ditar!!! 
- Não tem órgão jurisdicional próprio (Art. 125 CF)
- Bens: art. 20, IV
TERRITÓRIOS(ART. 18, § 2º e 33) 
- Não são considerados componentes da federação. A CF lhe dá status de simples descentralização administrativa-territorial da União (não é dotado de autonomia política e é considerado “autarquia da União”).
- Não existem mais territórios – ditar!!!
- Podem ser criados (art. 18, § 2º, §3º., 48, VI) - depende (i) da aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e (ii) da edição de lei complementar pelo Congresso Nacional, devendo este ouvir, obrigatoriamente, as respectivas Assembléias Legislativas. 
- Poder Executivo: dirigido por governador, nomeado pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal (art. 52, III, c e 84, XIV). 
- Legislativo: cada território elegerá o número fixo de 4 deputados federais. Não há variação conforme a população local (art. 45, § 2º)
- Judiciário, MP e defensores públicos federais: para os TF com mais de cem mil habitantes haverá tribunais de 1ª. e 2ª. instancias, cuja organização e manutenção será da União (art. 21, XIII)
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
- A nossa Constituição fixa a repartição de competências entre os entes federados, eis que são entes autônomos. 
- As atribuições previstas na CF poderiam ser objeto de alteração, desde que não afrontem a forma federativa de Estado e cláusulas pétreas. 
- O modelo horizontal não leva em consideração a enumeração de atribuições, e sim que o primeiro não estipula concorrência entre os entes, já que cada qual exerce suas atribuições nos limites fixados na Constituição, sem relação de subordinação ou hierarquia. Esse é o modelo brasileiro, que pode ser observado nos arts. 21, 22, 23, 25 e 30 CF. 
- Nesse caso, inexiste hierarquia de atos normativos, e sim campos de atribuição definidos pelo Constituinte originário.
- Já no modelo vertical, a matéria é partilhada entre os entes federativos, existindo certa relação de subordinação na atuação deles (art. 24 CF). 
- Segundo o Princípio da Predominância do Interesse, à União caberão matérias e questões de interesse geral, nacional, aos Estados matérias de interesse regional e aos Municípios, assuntos de interesse local. 
- Classificação: 
1) competência legislativa quanto à forma (ou processo de distribuição):
a) enumerada (expressa): quando estabelecida de modo expresso na CF para uma determinada entidade: ex. arts. 21 (não legislativa,administrativa ou material) e 22 
b) reservada (remanescente ou residual): compreende toda a matéria não expressamente incluída numa enumeração. É a que sobra a uma entidade após a enumeração da competência da outra. (exs. art. 25, §1º, 30 III e IX, o que sobrar do art. 21) 
2) Quanto à extensão (participação de uma ou mais entidades na esfera de normatização ou realização da matéria): 
a) Exclusiva (art. 25, §§ 1º e 2º e art. 21, quando é atribuída a uma entidade com exclusão das demais).
b) Privativa (art. 22, quando enumerada como própria de uma entidade, com possibilidade, no entanto, de delegação ou competência suplementar). 
c) Comum, cumulativa ou paralela (a faculdade de legislar ou praticar certos atos, em determinada esfera, juntamente e em pé de igualdade, art. 23). 
d) Concorrente (cujo conceito compreende a possibilidade de disposição sobre o mesmo assunto ou matéria por mais de uma entidade federativa e primazia da União no que tange à fixação de normas gerais, art. 24 e parágrafos)
e) Suplementar(que é correlativa da competência concorrente e significa o poder de formular normas que desdobrem o conteúdo de princípios ou normas gerais ou que supram a ausência ou omissão destas, art. 24, § 1º a 4º e 30, II). 
3) Quanto à origem, pode ser originária, quando desde o início é estabelecida em favor da entidade; delegada, quando a entidade recebe sua competência por delegação (art. 22, § único). 
- Quem promove a normatização das questões de competência da União é o CN – art 48

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