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CAPÍTULO 45 - ORGANIZAÇÃO DO SNC, FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E NEUROTRANSMISSORES

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Leonardo F. R. Isquerdo – Medicina UFMS 2022 
CAPÍTULO 45 – Organização do SNC, Funções Básicas das sinapses e 
Neurotransmissores 
Neurônio do SNC: A Unidade Funcional Básica 
 Pode chegar centenas de sinais aferentes a um neurônio, mas o sinal eferente 
trafega por um axônio único 
 Sinal se propaga de forma anterógrada, do axônio de um neurônio precedente 
para os dendritos localizados nos neurônios seguintes 
Divisão Sensorial do S.N – Os Receptores Sensoriais 
 Muitas ações do SNC se iniciam pelas excitação dos receptores sensoriais 
 A informação sensorial chega ao SNC pelos nervos periféricos, passando por 
todas as suas unidades, da medula ao córtex 
Divisão Motora do SN – Os Efetores 
 Os músculos e as glândulas são efetores, executam as funções: contração dos 
músculos esqueléticos e lisos; secreção de substâncias por glândulas 
 Diferentes níveis do SNC controlam a musculatura. As regiões mais inferiores 
estão mais ligada à respostas automáticas, e as regiões mais superiores 
voltada à respostas complexas 
Processamento de Informações – Função “Integrativa” do SN 
 Mais de 99% de toda informação sensorial é descartada pelo cérebro ( p. ex. 
roupa, pressão da cadeira) 
 Funções integrativas: canalização e processamento da informação recebida 
O Papel das Sinapses no Processamento de Informações 
 Sinapse é o ponto de contato entre um neurônio e o neurônio seguinte. 
Determinam as direções em que os sinais nervosos vão se distribuir 
 Sinais facilitarórios e inibitórios podem controlar a transmissão sináptica 
 Podem bloquear sinais, amplificar sinais e transmitir sinais em muitas direções 
Armazenamento da Informação – Memória 
 A maior parte das informações sensoriais são armazenadas, principalmente no 
córtex cerebral, para uso futuro ou para cognição 
 Após os sinais passarem numerosas vezes pelas sinapses formam-se as 
memórias, que apresentam experiências das sensações originais 
Nível Medular 
 Não é apenas uma via de passagem de impulsos nervosos, também é 
responsável por: 1) movimentos de marcha, (2) reflexos que afastam partes do 
corpo de objetos que causam dor, (3) reflexos que enrijecem as pernas para 
sustentar o corpo contra a gravidade e (4) reflexos que controlam os vasos 
sanguíneos locais, movimentos gastrointestinais ou excreção urinária 
Leonardo F. R. Isquerdo – Medicina UFMS 2022 
Nível Cerebral Inferior ou Subcortical 
 A maioria das atividades subconscientes são controladas pelas regiões: bulbo, 
ponte, mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, cerebelo e gânglios da base 
 Controle da P.A e da respiração, equilíbrio, reflexos alimentares e padrões 
emocionais 
Nível Cerebral Superior ou Cortical 
 Funciona em conjuntos com as regiões subcorticais 
 Região de armazenamento de memórias; essencial para a maior parte dos 
processos mentais 
 Seu armazenamento de memórias é utilizado para operações determinadas e 
precisas 
Sinapses do SNC 
 Os impulsos podem se propagar por uma sucessão de neurônios, mas, além 
disso, cada impulso (1) pode ser bloqueado, (2) pode ser transformado de 
impulso único em impulsos repetitivos, (3) pode ainda ser integrado a impulsos 
vindos de outros neurônios >> Funções sinápticas dos neurônios 
Tipos de Sinapses – Químicas e Elétricas 
 A maioria das sinapses é química. O primeiro neurônio secreta por seu 
terminal um neurotransmissor que atua em receptores da membrana do 
neurônio subsequente. Inibindo ou excitando a sensibilidade desse célula 
 As sinapses elétricas são caracterizadas por canais que conduzem 
eletricidade de uma célula para a próxima. A maioria dessas sinapses ocorre 
por junções gap e são observadas na musculatura lisa e cardíaca. Transmitem 
os sinais em ambas as direções 
Condução Unidirecional das Sinapses Químicas 
 Os sinais são transmitidos em uma única direção, do neurônio pré-sináptico 
para o pós-sináptico 
Anatomia Fisiológica da Sinapse 
 O neurônio motor anterior típico possui corpo, axônio único e dendritos. Nos 
dendritos e na superfície do corpo celular há muitos terminais pré-sinápticos 
(excitatórios ou inibitórios), porções finais de ramificações do axônios de 
diversos outros neurônios 
Terminais Pré-Sinápticos 
 O terminal pré-sináptico é separado do corpo celular do neurônio pós-sináptico 
pela fenda sináptica 
 O terminal tem dois tipos de estruturas internas importantes para sua função: 
as vesículas transmissoras, que armazenam a substância transmissora e as 
mitocôndrias, que fornece ATP para síntese de mais substância transmissora 
Leonardo F. R. Isquerdo – Medicina UFMS 2022 
 A despolarização da membrana do terminal sináptico provoca a liberação da 
substância transmissora, que irá inibir ou excitar o neurônio pós-sináptico 
Potencial de Ação – Liberação do Neurotransmissor – Íons Cálcio 
 A membrana pré-sináptica possui inúmeros canais de cálcio dependentes de 
voltagem. Quando o potencial despolariza a membrana, os canais de cálcio se 
abrem e muitos desses íons passam para o terminal. Essa entrada de íons 
cálcio provoca a liberação da substância transmissora 
Ação da Substância Transmissora sobre o Neurônio Pós-Sináptico 
 A membrana do neurônio pós-sináptico contém grande número de proteínas 
receptoras. 
 As moléculas desses receptores possuem (1) o componente de ligação, que 
se exterioriza e (2) o componente ionóforo, que atravessa toda membrana 
até atingir o interior da célula. Esse último pode ser de dois tipos: canal iônico e 
ativador de “segundo mensageiro” 
Canais Iônicos 
 Podem ser canais catiônicos (Na, K, Ca) ou aniônicos (Cl) 
 Os canais catiônicos excitam os neurônios, sendo que a substância é chamada 
transmissor excitatório 
 Os canais aniônicos inibem os neurônios, sendo que a substância é chamada 
transmissor inibitório 
Sistema de Segundos Mensageiros 
 O segundo mensageiro é responsável por provocar o efeito prolongado no 
neurônio, como no processo de memória 
 Um dos tipos mais comuns utiliza a proteína G, ligada ao receptor da 
membrana. Durante a ativação, a porção alfa se separa das outras, 
executando várias funções no citoplasma do neurônio, como: abertura de 
canais iônicos, ativação do AMPc ou GMPc, ativação de enzimas 
intracelulares e ativação da transcrição gênica 
Receptores Excitatórios ou Inibitórios na Membrana Pós-sináptica 
 Mecanismo de excitação: (1) abertura dos canais de sódio, (2) condução 
reduzida pelos canais de cloreto e potássio, (3) diversas alterações 
metabólicas para excitar a atividade celular >> CARGA POSITIVA DENTRO 
 Mecanismo de inibição: (1) abertura de canais de íon cloreto, (2) aumento de 
condutância de potássio para fora do neurônio, (3) ativação de enzimas que 
inibem as funções metabólicas >> CARGA NEGATIVA DENTO 
Substâncias Químicas que Atuam como Transmissores Sinápticos 
 Neurotransmissores com moléculas pequenas e de ação rápida: induzem as 
respostas mais agudas do SN 
 Neuropeptídeos (maiores e de ação lenta): ações mais prolongadas 
Leonardo F. R. Isquerdo – Medicina UFMS 2022 
Neurotransmissores de Moléculas Pequenas e de Ação Rápida 
 Produzidos no citosol e entram nas vesículas por transporte ativo 
 Atua principalmente regulando a abertura de canais iônicos 
 A vesícula, após liberar o neurotransmissor, permanece como parte integrante 
da membrana e depois é reciclada 
 Como principal exemplo temos a acetilcolina 
 Acetilcolina: é secretada em diversas áreas do SN; na maioria das vezes tem 
efeito excitatório, mas tem ação inibitória em algumas terminações 
parassimpáticas 
 Norepinefrina: secretadas por corpos neuronais do tronco cerebral e 
hipotálamo; controle da atividadegeral e na disposição da mente; se liga 
principalmente a receptores excitatórios 
 Dopamina: secretada na substância negra, com efeito geralmente inibitório 
 Glicina: secretada nas sinapses da medula, atuando com efeito inibitório 
 GABA: secretada na medula espinhal, cerebelo, gânglios da base, córtex; 
efeito inibitório 
 Glutamato: secretado nas vias sensoriais aferentes, assim como no córtex; 
efeito excitatório 
 Serotonina: secretada por núcleos da rafe mediana do tronco cerebral; 
inibição da vias da dor na medula e nos níveis mais superiores 
 Óxido nítrico: secretado em áreas ligada à memória; não é armazenado em 
vesículas; altera a excitabilidade do neurônio pós-sináptico 
Neuropeptídeos 
 São sintetizados nos ribossomos do corpo celular e embalados pelo complexo 
de golgi em vesículas 
 As vesículas são levadas ao terminal axonômico pelo fluxo axonômico 
 Ao serem liberadas, as vesículas passam por uma autólise e não são 
recicladas 
 Provocam efeito prolongados 
Eventos Elétricos 
 Potencial pós-sináptico excitatório (PPSE): sinapses excitatórias provocam 
abertura dos canais de sódio, aumentando a carga dentro da célula, 
aproximando-a do limiar elétrico 
 Potencial pós-sináptico inibitório (PPSI): sinapses inibitórias provocam a 
abertura de canais de cloreto e de potássio, reduzindo a carga no interior da 
célula, afastando-a do limiar elétrico 
 O potencial de ação se inicia na extremidade proximal do axônio, pois ele 
possui mais canais de sódio do que o corpo celular 
 A inibição pode ser pré-sináptica, decorrente da abertura de canais aniônicos 
pelo GABA (principalmente) 
 Diversos terminais pré-sinápticos são normalmente estimulados ao mesmo 
tempo, e seus efeitos são somados 
Leonardo F. R. Isquerdo – Medicina UFMS 2022 
 A somação de potenciais pós-sinápticos causam a chamada facilitação no 
neurônio, fazendo com que um impulso de outra fonte excite-o muito facilmente 
 As sinapses que se encontram perto do corpo celular são mais eficazes para 
causar excitação ou inibição no neurônio 
Algumas Características Especiais da Transmissão sináptica 
 Fadiga sináptica: Quando as sinapses excitatórias são repetidamente 
estimuladas com alta frequência, o número de descargas do neurônio pós-
sináptico é inicialmente muito altas, mas a frequência de disparo começa a 
diminuir progressivamente nos próximos milissegundos ou segundos. É um 
mecanismo protetor contra atividade neuronal excessiva 
 Efeito da acidose ou alcalose: a alcalose aumenta acentuadamente a 
excitabilidade neuronal; a acidose deprime a atividade neuronal de modo 
drástico 
 Hipóxia: a cessação da disponibilidade de oxigênio pode provocar completa 
ausência de excitabilidade de alguns neurônios 
 Fármacos: diversos fármacos, como a cafeína, aumentam a excitabilidade; já 
os anestésicos, diminuem a excitabilidade 
 Retardo sináptico: Durante a transmissão do sinal neuronal do neurônio pré-
sináptico para o neurônio pós-sináptico, certa quantidade de tempo é 
consumida durante a liberação do neurotransmissor e a formação do potencial 
de ação

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