Buscar

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Érico Veríssimo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 299 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 299 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 299 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 COLÉGIO ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO 
ENSINO FUND., MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL 
Autorização de Funcionamento: Decreto: 527/79 – D.O.E. de 24/05/79 
Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução: 3.177/81 – D.O.E. de 13/01/82 
Avenida Eugênio Bastiani, 663 – Telefone: (43) 3461-1579 – CEP: 86.840-000 
FAXINAL/PARANÁ – NRE/APUCARANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO 
POLÍTICO 
PEDAGÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FAXINAL / PARANÁ 
2012 
 
 
 
 
 
2 
I. APRESENTAÇÃO 
 Este documento apresenta em linhas gerais a organização 
administrativa e Pedagógica do Colégio Estadual Érico Veríssimo - Ensino 
Fundamental, Médio, Normal e Profissional, construído a partir de reflexões 
junto à comunidade escolar, sobre as finalidades da Escola, explicitando seu 
papel social, definindo caminhos, formas operacionais e ações a serem 
empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. 
 Pensar na Construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico 
pressupõe princípios de: 
 - Igualdade de condições para acesso e permanência no processo 
educativo; 
 - Gestão democrática que abrange além do princípio constitucional, as 
dimensões administrativas, pedagógica e financeira; 
 - Liberdade que implica a idéia de autonomia que constitui a vivência 
na relação entre educadores, professores, funcionários, pais e o contexto 
social mais amplo; 
 -Valorização dos trabalhos em educação como princípio central na 
busca da qualidade e do sucesso na tarefa educativa de formação de 
cidadãos capazes de participarem na vida sócio-econômica, cultural e política 
do país. 
 
II. INTRODUÇÃO 
 O Colégio Estadual Érico Veríssimo - Ensino Fundamental, 
Médio, Normal e Profissional com o Curso de Formação de Docentes da 
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Curso Técnico 
em Administração Integrado e Subseqüente, prima por uma Educação de 
qualidade, buscando práticas pedagógicas inovadoras com interação 
contínua e permanente entre o saber escolar e outros saberes, entre o que 
o aluno aprende na escola e o que o aluno traz para a escola. 
 
A – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 
 
 
 
 
 
3 
 ESTABELECIMENTO: 
Colégio Estadual Érico Veríssimo – Ensino Fundamental, Médio, 
Normal e Profissional. 
 ENDEREÇO: 
Avenida Eugênio Bastiani nº 663 – Bairro: Centro 
CEP: 86.840-000 – Telefone/Fax: (43)3461-1579 
 AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: 
Decreto nº527/79 – D.O.E. de 24/05/79 
 RECONHECIMENTO DO ESTABELECIMENTO: 
Resolução nº3.177/81 – D.O.E. de 13/01/82 
 NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: Apucarana 
Município: Faxinal 
B- ASPECTOS HISTÓRICOS DO ESTABELECIMENTO 
 Este Colégio nasceu da união do Grupo Escolar Ouvidor Pires 
Pardinho – criado em 01/07/1958 e do Ginásio Estadual Governador Paulo 
Pimentel – criado em 28//05/1969. 
 Com a junção dos dois Estabelecimentos em 22 de maio de 
1979, a escola recebeu o nome de Escola Érico Veríssimo - Ensino de 1º 
Grau, atendendo alunos de 1ª a 8ª séries (Primário e Ginásio). 
 O nome do Estabelecimento foi escolhido através de eleição 
entre professores e funcionários e presta uma homenagem ao grande 
escritor brasileiro – “ÉRICO VERÍSSIMO”. 
 O Ensino Regular de 2º Grau, atual Ensino Médio foi 
implantado em janeiro de 1982, depois de renhida luta com a Secretaria de 
Estado da Educação. Com os novos cursos de Agropecuária e 
Administração Básica, a Escola passou a denominar-se Colégio Estadual 
Érico Veríssimo - Ensino de 1º e 2º Graus, tornando-se o único 
estabelecimento público a ofertar o Ensino de 2º Grau no município. 
 Desde a sua criação, era intenção dos que trabalhavam em 
 
 
 
 
 
4 
prol da educação de Faxinal a implantação do curso Magistério, antigo 
sonho da comunidade. Tornou-se realidade em 1988, depois de seguidos 
embates com a CNEC, então detentora da habilitação. Por isso, foi decisiva 
a atuação e união dos professores estaduais e políticos de Faxinal com o 
Governo do estado do Paraná, para que assumisse o curso. 
 Muitos professores da rede municipal e estadual, alguns 
efetivos desta instituição, foram formados para a missão do Magistério 
neste Estabelecimento. 
 O curso de Auxiliar de Contabilidade, outra grande 
reivindicação da comunidade, foi autorizado em março de 1991. 
 Muitos profissionais hoje atuantes no comércio local, na 
saúde, na educação, profissionais liberais e outros setores da comunidade 
e região, são oriundos dos bancos escolares deste Estabelecimento. 
 Em setembro de 1988, o estabelecimento adequou sua 
nomenclatura para Colégio Estadual Érico Veríssimo - Ensino Fundamental 
e Médio, conforme exige a LDB. 
 Com a municipalização do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª 
séries, através da Resolução nº128/99, o estabelecimento deixa de ofertar 
à comunidade essa modalidade de Ensino. 
 Desde a criação, passando por todos os processos de 
implantação e desativação de cursos, o colégio sempre foi dirigido por 
professores que foram indicados ou escolhidos por eleição direta, processo 
importante e democrático. 
 Após a criação e cessação de vários cursos, no ano de 2004 
foi autorizado o funcionamento de dois cursos profissionalizantes, sendo o 
curso Técnico em Administração Integrado e Subseqüente e o do curso 
Formação de Docentes,bem como o Curso de Aproveitamento de Estudos 
do Curso de Docentes o qual foi autorizado a partir do ano de 2010, os 
quais muito contribuirão para o desenvolvimento de nossa comunidade. 
 Através do trabalho de seus administradores, da dedicação de 
 
 
 
 
 
5 
seus professores e do desempenho de seus alunos, este Colégio vem 
conseguindo superar dificuldades e avançando na qualidade de ensino. 
 Além dos níveis de Ensino e modalidades já existentes, hoje 
ofertamos também o atendimento a Educação Inclusiva – Sala de 
Recursos, a LEM – Língua Estrangeira Moderna – CELEM – Espanhol e 
Atividades Complementares de 6º a 9º ano em contra turno. 
Inserimos na Proposta Pedagógica e Curricular a Diversidade Cultural, 
a “História e Cultura Afro-Brasileira, Africana Indígena” como estabelece a 
Deliberação n 04/06 - CEE/PR a “Historia do Paraná” como estabelece a 
Deliberação n 07/06 - CEE/PR e o “Ensino Religioso” o qual é uma 
disciplina que tem como objeto de estudo o sagrado dentro das diversas 
crenças existentes, exige uma reflexão que compreenda a relação com o 
sagrado, tendo a finalidade de valorizar e proporcionar o respeito à 
religiosidade da pessoa humana dentro do seu contexto sócio cultural em 
harmonia consigo, com a natureza e com a sociedade. 
 
C- ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO 
 O espaço físico está organizado da seguinte forma: 
17 Salas de aula 
04 Sanitários femininos 
04 Sanitários masculinos 
01 Banheiro funcionários 
01 Banheiro adaptado para cadeirante 
01 Sala de Multimídia 
01 Sala Laboratório de Química, Física e Biologia 
02 Salas de Laboratório de Informática 
01 Sala de Secretaria 
01 Sala de Biblioteca com banheiro 
01 Sala de Professores com banheiro 
01 Sala de Hora –PROINFO – com banheiro 
01 Sala de Equipe Pedagógica 
01 Sala de Direção 
 
 
 
 
 
6 
01 Sala de Recursos 
01 Sala de Oficina do Curso de Formação de Docentes 
01 Depósito de Merenda 
01 Almoxarifado 
02 Cantinas 
01 Quadra de Esportes - – sem cobertura 
01 Ginásio de Esportes coberto – com banheiro feminino e masculino 
01 Pátio Coberto 
 
D- ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA 
 Níveis de Ensino e Modalidades: 
1- Ensino Fundamental (6º a 9º ano) no período da manhã e tarde. 
2- Ensino Médio no período da manhã e noite.3- Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do 
Ensino Fundamental - Integrado, no período da manhã 
4– Aproveitamento de Estudos do Curso de Formação de Docentes no 
período noturno e com Prática de Formação no período da tarde. 
5- Curso Profissionalizante Técnico em Administração – Integrado e 
Subseqüente, no período da noite. 
 Inclusão Educacional: 
1 – Sala de Recursos no período da manhã e tarde. 
2 – Sala de Apoio no período da tarde. 
Língua Estrangeira Moderna – LEM - CELEM 
1 – Espanhol nos períodos da tarde e noite. 
 Atividades Complementares em contra turno 
1- Ensino Fundamental do período da manhã – (6º a 9º ano). 
2- Ensino Médio do período da manhã e noite 
3- Curso Profissionalizante – Formação de Docentes do período da 
 
 
 
 
 
7 
manhã. 
CALENDÁRIO ESCOLAR 
Janeiro Fevereiro Março 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 20 dias 
2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 dias 6 7 8 9 10 11 12 M/V/N 
9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 M/V/N 13 14 15 16 17 18 19 
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 26 
23 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 31 
30 31 
1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval 
 
Abril Maio Junho 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 2 19 dias 1 2 3 4 21 dias 
3 4 5 6 7 8 9 M/V/N 1 2 3 4 5 6 7 21 dias 5 6 7 8 9 10 11 M/V/N 
10 11 12 13 14 15 16 8 9 10 11 12 13 14 M/V/N 12 13 14 15 16 17 18 
22 
dias/N 
 
17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 FD-APR 
24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30 
Adm-
Sub 
 
 29 30 31 
21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi 
22 Paixão 
 
Julho Agosto Setembro 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 
3 4 5 6 7 8 9 4 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 dias 4 5 6 7 8 9 10 21 dias 
10 11 12 13 14 15 16 M/V/N 14 15 16 17 18 19 20 M/V/N 11 12 13 14 15 16 17 M/V/N 
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 
24 25 26 27 28 29 30 8dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 
31 
 7 Independência 
 
Outubro Novembro Dezembro 
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 
 1 1 2 3 4 5 1 2 3 
2 3 4 5 6 7 8 20 dias 6 7 8 9 10 11 12 19 dias 4 5 6 7 8 9 10 12 dias 
9 10 11 12 13 14 15 M/V/N 13 14 15 16 17 18 19 M/V/N 11 12 13 14 15 16 17 M/V/N 
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 24 
23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 31 
30 31 
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR 
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 
25 
Natal 
 
 20 Dia Nacional da Consciência Negra 
 
 
 
 Início/Término Ensino Fundamental e Médio 
 
Educação Profissional/Noturno 
 
 
 Planejamento e Replan. (Replan. Contraturno) 1º Trimestre = 08/02 a 12/05 1º Bimestre = 08/02 a 20/04 1º Sem. 
 
 
 
 
 
8 
 Recesso 2º Trimestre = 13/05 a 31/08 2º Bimestre = 25/04 a 04/07 
 Férias 3º Trimestre = 01/09 a 16/12 
1º Bimestre = 05/07 a 30/09 
2º Sem. 
 
 Formação Continuada 2º Bimestre = 03/10 a 16/12 
 Conselho de Classe do Ensino Fundamental e Médio 
 Reunião Pedagógica 
 
Conselho de Classe da Educação Profissional (Período contraturno) Formação Docentes-Aproveitamento e Adm-
Subsequente 
 
 GEAAC- Gincana Esportiva, Arrecadativa, Artística e Cultural 
 OBMEP 
 Dia Estadual do Funcionário de Escola 
 
Complementação Carga Horária 18/06 noturno Cursos Formação Docentes-Aproveitamento e Adm-
Subsequente 
 
 
 
 ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO EDUC. PROFISSIONAL SUBSEQUENTE 
 Dias letivos M/V Not. Dias letivos Noturno 
 1º Semestre 103 107 1º Semestre 102 
 2º Semestre 103 103 2º Semestre 104 
 Subtotal 206 210 Subtotal 206 
 Formação Continuada 6 6 Formação Continuada 6 
 TOTAL 200 204 TOTAL 200 
 
 
 
 Conselho de Classe 3 dias 
 Reunião Pedagógica 3 dias 
 
 
 
 
 Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes 
 janeiro 31 janeiro/férias 30 
 fevereiro 7 jan/julho/recesso 14 
 julho 18 dez/recesso 13 
 dezembro 13 outros recessos 3 
 Total 69 Total 60 
 
 
 Obs.: 10, 11 e 12/06/2011 -GEAAC: Gincana Esportiva, Arrecadativa, Artística e Cultural, com a participação de professores, alunos, pais 
e comunidade. 
 
 
 CALENDÁRIO APROVADO PELO CONSELHO ESCOLAR - ATA N° 05/2010 
 
D- QUADRO DE PESSOAL 
Nº PROFESSORES VÍNCULO 
01 ADRIANE DE LIMA VITALIANO QPM 
02 ALICE HRYCVZYSZYN QPM 
03 ANA CLAUDIA SAVIOLI PSS 
 
 
 
 
 
9 
04 ANDREIA NEVES DUARTE PSS 
05 BENEDITO LEMES QPM 
06 CARLOS ALBERTO SCHULTZ VELOSO PSS 
07 CARLOS JOSE HERVATINI QPM 
08 CELSO DE FARIA PSS 
09 CLAUDIA MARTINELLI P. SILVA QPM 
10 CLEIA MARIA ROBERTO QPM 
11 CRISTIANE DE LIMA VITALIANO QPM 
12 CRISTIANE DO CARMO ALIPIO QPM 
13 DENIS BRUNO CADAVAL PSS 
14 EDER DE ABREU COSTA PSS 
15 EDIMARA APARECIDA RIBEIRO DA SILVA PSS 
16 EDLAINE APARECIDA RUFATO QPM 
17 EDSON DASCHEVI QPM 
18 ELIANE DE LIMA VITALIANO QPM 
19 ELIANE FELICIO DE SOUZA PSS 
20 FLAVIA CRISTINA MORELLO PSS 
21 FRANCE ELISE COTTA PSS 
22 FRIDA IENSEN DE OLIVEIRA QPM 
23 IVETE NARA NAVARRO JUSTUS QPM 
24 JOSE FLAVIO BERNAL GOMES QPM 
25 KASSIA DANIELLE NEGRÃO CABRAL PSS 
26 LINDAMARA HUNKA PAVESE QPM 
27 LOURDES SOARES FARIAS QPM 
 
 
 
 
 
10 
28 LUCÍ MARA SINKOC DASCHEVI PSS 
29 LUCIA APARECIDA FERREIRA QPM 
30 MAGDA ELIZABETH NUNES RODRIGUES PSS 
31 MARCELA MARIA DA CRUZ QPM 
32 MARCO AURÉLIO VIEIRA DA SILVA PSS 
33 MARIA APARECIDA DA SILVA PEPELEASCOV PSS 
34 MARIA APARECIDA NAVARRO BERGOSSI QPM 
35 MARIA ELOISA HENRIQUE LEMES QPM 
36 MARILZA RIOS DE CASTRO TURRA QPM 
37 MARINA CECERE GARCIA PSS 
38 MARLON ALISSON DE SOUZA MACHADO PSS 
39 MARTA MARIA CAVA QPM 
40 MILSA VIEIRA QPM 
41 MURIELY PUTRIQUE BATISTA PSS 
42 OSCAR AUGUSTO BAHLS QPM 
43 PRISCILA HRYCZYSZUN VAZ MACEDO QPM 
44 ROMILDA WIELEVSKI TRIERVEILER QPM 
45 ROSALIA BENITEZ COSTA PSS 
46 ROSANGELA GARCIA PSS 
47 ROSELI APARECIDA FERREIRA CALDEIRA PSS 
48 ROSELI BUENO DA SILVA QPM 
49 ROSELI MOREIRA QPM 
50 ROSIMEIRE BARIZON MOREIRA RIBEIRO PSS 
51 SANDRA MARA SGARIONI QPM 
 
 
 
 
 
11 
52 SANTINA AMORIM BOGUSCHI PSS 
53 SILVANA TESSER PSS 
54 SIMONE BARBOSA DA SILVA CARDOSO PSS 
55 SOLANGE OSTAPECHEN QPM 
56 STELLA MARIS DE MELLO PSS 
57 TÂNIA MARA SCANDORIEIRO QPM 
58 VALDIVA FERNANDES COSTA QPM 
59 VANESSA MARTA FERREIRA FERNANDES QPM 
60 VANILDA APARECIDA DE OLIVEIRA PSS 
61 VERA DONATO FIGUEREDO PSS 
62 WASHINGTON LUIZ SANT ANA RIBAS QPM 
63 WILMA SCHROEDER ROCHA PSS 
64 ZENI SILVA GALLOQPM 
TOTAL DE PROFESSORES - QPM 35 
TOTAL DE PROFESSORES - PSS 29 
 
Nº EQUIPE TÉCNICA – PEDAGÓGICA E 
ADMINISTRATIVA 
VÍNCULO 
01 ARILDO FERREIRA DE CASTRO QPM 
02 CLAUDIA CASAVECHIA QPM 
03 FRIDA IENSEN DE OLIVEIRA QPM 
04 LUCIA APARECIDA FERREIRA QPM 
05 MANOEL FRANCISCO TEODOSIO NETTO QPM 
06 MARIA EDVINA SCHUMOVSKI QPM 
07 MARINES TRIZOTTI FARIA QPM 
 
 
 
 
 
12 
08 SERGIA MACHULEK DA CRUZ QPM 
TOTAL DA EQUIPE – QPM 08 
 
Nº FUNCIONÁRIOS VÍNCULO 
01 ALEXANDRE STEFAN SANSONOVSKI QFEB 
02 ANAIR LELA BORDIGNON QFEB 
03 APARECIDA PEREIRA VERTI CLT 
04 DURVALINA ANTUNES DOS SANTOS QFEB 
05 ESTER FERREIRA QFEB 
06 EVA MARGARIDA SILVEIRA BENTO QPPE 
07 LEONTINA MUCIAU DE PAULA QFEB 
08 MANOEL DOS PASSOS COSTA QFEB 
09 MARIA APARECIDA MUCIAU FERNANDES QFEB 
10 MARIA DE LOURDES VALLE CLT 
11 MARIA HELENA TRIERVEILER FOLEIS QFEB 
12 MARIA MARTA ROSSI CLT 
13 MARLENE APARECIDA PEREIRA RIBEIRO PSS 
14 SIMARA BOGUSCHI CAVA PSS 
15 TEREZINHA DE JESUS FERREIRA QFEB 
16 VERA WEISS QFEB 
17 VIVIAN ALENCAR COUTINHO QFEB 
TOTAL DE PESSOAL – QFEB E QPPE 12 
TOTAL DE PESSOAL - CLT E PSS 04 
 
III- OBJETIVOS GERAIS: 
 
 
 
 
 
13 
 Compreender a cidadania como participação social e política, assim 
como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social, adotando 
no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às 
injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. 
 Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas 
diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar 
conflitos e de tomar decisões coletivas; 
 Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural 
brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e 
nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em 
diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou 
outras características individuais e sociais; 
 Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do 
ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, 
contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; 
 Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos 
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e 
agindo com responsabilidade em relação à saúde coletiva; 
 Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos 
para adquirir e construir conhecimentos; 
 Criar situações de ensino-aprendizagem que favoreçam aos alunos a 
construção do conhecimento voltada à Diversidade Cultural e Étnica, 
Educação do Campo, Cultura – AFRO - Brasileira, Africana, Indígena e 
a História do Paraná. 
 Atender os alunos com necessidades especiais, no contexto escolar, 
focando conteúdos acadêmicos além de zelar pelo desenvolvimento 
cognitivo, motor, afetivo e emocional, bem como a integração com os 
demais alunos; 
 Utilizar diferentes linguagens – verbais, matemática, gráfica, plástica e 
corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas 
idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, com contextos 
públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de 
 
 
 
 
 
14 
comunicação; 
 Formar profissionais comprometidos com o processo de aprendizagem 
e com a capacidade de pensamentos autônomos e criativos; 
 Articular a Educação Profissional com a Educação Básica; 
 Promover a integração da Educação Profissional com outras políticas 
públicas e ao mundo do trabalho; 
 Ofertar uma Educação Profissional de qualidade; 
 
IV - MARCO SITUACIONAL 
EDUCAÇÃO NO BRASIL 
A Educação no Brasil tem apresentado nas últimas décadas uma 
considerável melhoria. A escola (Ensino Fundamental e Médio) tornou-se 
local de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem 
investido neste setor. Pesquisas na área educacional apontam que um terço 
dos brasileiros freqüenta diariamente a escola (professores e alunos). São 
mais de 2,5 milhões de professores e 57 milhões de estudantes matriculados 
em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um crescimento no 
nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a 
melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país. Outra notícia importante 
na área educacional diz respeito ao índice de analfabetismo. Recente 
pesquisa do PNAD - IBGE mostra uma queda no índice de analfabetismo em 
nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002). Em 1992, o número de 
analfabetos correspondia a 16,4% da população. Esse índice caiu para 10,9% 
em 2002. Ou seja, um grande avanço, embora ainda haja muito a ser feito 
para a erradicação do analfabetismo no Brasil. Outro dado importante mostra 
que, em 2006, 97% das crianças de sete a quatorze anos freqüentavam a 
escola. 
EDUCAÇÃO NO PARANÁ 
 
 O Censo Escolar contabilizou 52.5 milhões de matrículas em 
 
 
 
 
 
15 
2009, considerando todas as etapas estudantes na Educação Básica, que 
compreende a Educação Infantil (creche e pré-escola), o Ensino Fundamental 
(1º a 9º ano ou 1ª a 8ª série), o Ensino Médio, a Educação Profissional, a 
Educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos (nas etapas Ensino 
Fundamental e Ensino Médio). Em de matrícula, o que se percebe, com 
relação ao ano passado, é uma ligeira queda, de 1,2% com relação ao censo 
anterior, confirmando a estabilidade já apresentada há alguns anos. Na 
Educação Infantil houve ligeiro aumento, de 0,6% - puxado pelo grande 
aumento no número de matrículas educacionais em creches, que foi de 8,3%. 
 Já a pré-escola apresentou queda de dois pontos percentuais, 
resultado do aumento das escolas que aderiram à Educação Fundamental de 
nove anos. Esta etapa, por sua vez, apresentou os mesmos índices 
percentuais de redução de matrículas com relação a 2008: 1,2%, índice que 
cai para 0,3% no que se refere ao Ensino Médio. Do total de matriculados, 
45.270.710 estão em escolas públicas (86,1%) e 7.309.742 estudam em 
escolas da rede privada (13,9%). As redes municipais são responsáveis por 
24.315.309 matrículas (46,2% do total). A grande alta apresentada se refere à 
Educação Profissional, que foi de 8,3% em um ano. 
 
Etapa/ 
Modalidade 
Estabelecimentos e Matrículas da Educação Básica /Ano 
2008 2009 Diferença 2008-2009 Variação 2008-2009 
Escolas Matrículas Escolas Matrículas Escolas Matrículas Escolas Matrículas 
Educação 
Básica 
199.761 53.232.868 197.468 52.580.452 -2.293 -652.416 -1,1 -1,2 
Educação 
Infantil 
113.550 6.719.261 114.158 6.762.631 608 43.370 0,5 0,6 
Creche 41.151 1.751.736 43.030 1.896.363 1.879 144.627 4,6 8,3 
Pré-Escola 106.458 4.967.525 106.563 4.866.288 105 -101.257 0,1 -2,0 
Ensino 
Fundamental 
154.414 32.086.700 152.251 31.705.528 -2.163 -381.172 -1,4 -1,2 
Ensino Médio 25.389 8.368.100 25.923 8.337.160 534 -28.940 2,1 -0,3 
Ed. 
Profissional 
3.374 795.459 3.535 861.114 161 65.655 4,6 8,3 
Educação 
Especial 
6.702 319.924 5.590 252.687 -1.112 -67.237 -16,6 -21,0 
EJA 42.018 4.945.424 40.853 4.661.332 -1.165 -284.092 -2,6 -5,7 
Ensino 
Fundamental 
38.581 3.295.240 37.334 3.094.524 -1.247 -200.716 -3,2 -6,1 
Ensino Médio 8.753 1.650.184 8.678 1.566.806 -75 -83.376 -0,9 -5,1 
 
 
 
 
 
16 
 
 EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO 
Nome das Instituições de Ensino Total de 
Turmas 
Quantidade de Alunos 
Matriculados 
Centro Municipal de Educação Infantil Alair Lourdes Fernandes - 60 
Centro Municipal de Educação Infantil Alice Salles Storn - 83 
Centro Municipal de Educação Infantil Branca de Neve - 62 
Centro Municipal de EducaçãoInfantil Nossa Senhora de Fátima - 51 
Centro Municipal de Educação Infantil Vila Nova - 53 
Colégio Estadual Érico Veríssimo 34 1140 
Colégio Estadual Olavo Bilac 13 295 
Colégio São Domingos 26 470 
Escola Estadual Augusto Bahls 15 340 
Escola Estadual Fernando Sontag 06 105 
Escola Estadual Maria Muziol Jaroskievicz 19 573 
Escola Letrinhas Encantadas 08 70 
Escola Municipal Cecília Meireles 10 253 
Escola Municipal Epitácio Pessoa 05 80 
Escola Municipal Marechal Rondon 07 120 
Escola Municipal Professora Cenira Gamarros Queiróz 15 267 
Escola Municipal Professora Elza Davantel Cabral 13 270 
Escola Municipal Tancredo Neves 15 348 
Total de alunos na rede municipal de ensino 1.647 
Total de alunos na rede estadual de ensino 2.563 
Total de alunos na rede particular de ensino 540 
Total Geral do Município 4.750 
 
EDUCAÇÃO NO COLÉGIO 
Diagnóstico da realidade do Colégio Estadual Érico Veríssimo – 
referente ao ano letivo de 2010. 
 Ens. 
Fundamental 
Ensino Médio Educ. Prof. 
Form. De 
Docentes 
Educ. Prof. 
ADM Integrado 
Ed. Prof. ADM 
Subseqüente 
Reprovados 48 95 09 21 26 
Desistentes 06 66 01 05 01 
Transferidos 27 23 02 02 02 
Aprovados 296 277 113 45 84 
Matriculados 409 490 125 73 113 
 
ENEM/2010 
 
 
 
 
 
17 
Médias Brasil Paraná Faxinal 
Prova Objetiva 
540,19 
 
 
 
537,90 
 
473,50 
Redação + Prova Objetiva 536,57 
 
ENEM – Colégio Estadual Érico Veríssimo 
Matriculados 81 
Participantes 38 
Prova Objetiva 38 
Redação + Prova Objetiva 38 
 
PROVA BRASIL/2010 – Colégio Estadual Érico Veríssimo 
- 8ª séries do Ensino Fundamental 2010 
Disciplinas 
Português 226,13 
Matemática 251,64 
Fonte de Pesquisa: Secretaria Municipal de Saúde – Secretaria de Estado da Educação – IBGE 
 
A) DESCRIÇÃO DA REALIDADE DO COLÉGIO 
 Mediante trabalho desenvolvido junto à comunidade escolar e 
discutindo as realidades vivenciadas (problemas, necessidades, 
possibilidades, conflitos, avanços, limites, contradições) durante o processo 
educativo e suas relações com a prática educativa, apresentamos o perfil do 
COLÉGIO ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO – direção, pedagogos, 
funcionários, professores, alunos e pais no que se refere aos aspectos: 
SOCIAL – ECONÔMICO – CULTURAL – PROFISSIONAL – EDUCATIVO – 
AFETIVO, bem como na sua estrutura física e estatística. 
Atendemos uma demanda de 1140 alunos matriculados, 01 diretor, 01 
diretor auxiliar, 04 pedagogas, 02 coordenadores de curso, 35 professores 
QPM, 29 professores PSS (contrato temporário), 11 agentes administrativo I, 
06 agentes administrativo II, com uma diversidade de conhecimento cientifico, 
intelectual e cultural bastante significativo. 
A demanda de alunos recebidos são filhos de fazendeiros, agricultores, 
profissionais liberais, empresários, mensalistas, porcenteiros, meeiros, 
diaristas, bóias-fria, desempregados, residentes na zona urbana (centro e 
periferia) e zona rural. Os alunos vindos do campo usam o transporte escolar 
sendo que temos alguns alunos que percorrem ate 35 km para chegar à 
 
 
 
 
 
18 
escola totalizando 70 km o percurso completo. Também atendemos alunos 
dos municípios vizinhos os quais são de Cruzmaltina, Borrazópolis, Mauá da 
Serra e Ortigueira. 
Diante da heterogeneidade do alunado percebe-se que 
independentemente dos aspectos descritos acima (social, econômico, cultural, 
profissional, acadêmico e afetivo) nos deparamos com adolescentes que 
demonstram total interesse, motivação e vêem nos estudos uma melhor 
perspectiva de vida, tanto profissional quanto qualidade de vida. Porem, por 
outro lado constatamos adolescentes principalmente numa faixa etária entre 
14 e 15 anos, geralmente os que estão cursando as 8ª séries / 9º ano do 
Ensino Fundamental e as 1ª séries do Ensino Médio (matutino e noturno), 
bem como os alunos entre 16 e 17 anos que ficam retidos nestas series 
mencionadas demonstram total desinteresse, indisciplina, auto-estima baixa, 
falta de limites, falta de respeito com os colegas de classe, com os 
professores e ate mesmo com os pais. 
Nossa maior preocupação e com os alunos do período noturno os 
quais apresentam os seguintes motivos - chegam atrasados para as primeiras 
aulas, não assistem as ultimas aulas, vem para o Colégio uma vez ou outra 
porque estão cansados ou porque seus patrões não dispensam no horário 
combinado, ficam desmotivados com o desempenho escolar abaixo da media, 
alguns acabam desistindo dos estudos e priorizando o trabalho (emprego), 
sentem fome, pois vem do trabalho direto para escola, dificuldade dos pais em 
participar das reuniões ou quando solicitado para resolver casos 
emergenciais, e, diante dessas situações tem discutido e levado ao 
conhecimento dos professores para que os mesmos proporcionem interação 
entre os demais alunos, retomada de conteúdos quando for o caso, trabalhos 
e pesquisas durante as aulas, empréstimo de fonte bibliográfica para ser 
levado para casa, dar total importância e valorização ao conhecimento prévio 
dos alunos, utilizar estratégias diferenciadas para a motivação dos estudos, 
garantindo a permanência e acesso à Escola os quais possam obter sucesso 
no processo e aprendizagem. 
No período noturno a evasão escolar continua sendo uma das grandes 
 
 
 
 
 
19 
preocupações do Colégio. Faltam-nos projetos específicos e concretos para 
esta área, concorremos com o desinteresse do aluno pela aquisição do 
conhecimento acadêmico, a falta de pré-requisitos das séries anteriores, as 
dificuldades de inter-relacionamento entre aluno/aluno, aluno/ professor, o 
emprego, o subemprego, o desemprego e a falta de compromisso dos pais 
em acompanhar o desenvolvimento de seus filhos na escola, a rotatividade de 
professores, de pedagogos, professores cansados, pois já estão no seu 
terceiro turno de trabalho, empresários incompreensíveis que não dispensam 
seus “funcionários estudantes” no horário de início das aulas, entre outros... A 
maior parte dos alunos evadidos freqüenta o período noturno 1ª série do 
Ensino Médio e, sempre acontece à evasão ao final do primeiro trimestre e ao 
final do mês de setembro. 
Diante destes fatos a direção, pedagogas e corpo docente reuniram-se 
para re-planejar as práticas pedagógicas, instrumentos e critérios de 
avaliações, trabalhos, pesquisas, bem como a recuperação de conteúdos. 
Pois temos organizado e orientado professores, alunos e pais que os 
trabalhos e atividades escolares para o Ensino Fundamental matutino e 
vespertino e para o Ensino Médio matutino serão realizados 80% em sala de 
aula sob orientação do professor, sendo que somente 20% serão realizados 
em casa. E, para o Ensino Médio Noturno 99% dos trabalhos e atividades 
escolares serão realizados em sala de aula sob a orientação do Professor, 
sendo que somente 1% será realizado em casa. 
Um dos grandes motivos é a falta de tempo do aluno que trabalhador. 
Para que esta proposta pedagógica se efetive se faz necessária a presença 
do aluno em sala de aula todos os dias. E, infelizmente isso ainda não esta 
acontecendo. Percebe-se que a cultura escolar de nossos alunos e vir para a 
escola fazer os trabalhos, as provas, garantirem sua nota (media para 
aprovação) e o mínimo de freqüência exigida pelo sistema. 
Hoje, na concepção teórica que embasamos nossos estudos o aluno 
tem que garantir a sua produção escolar no dia-a-dia. As demais alternativas 
pedagógicas estão explicitadas no Marco Conceitual e Marco Operacional. 
Temos avançado no inter-relacionamento e participação entre alunos x 
 
 
 
 
 
20 
professoresx direção x pedagogos x pais x comunidade através de atividades 
desenvolvidas na GEAAC – Gincana Esportiva Arrecadativa Artística e 
Cultural, Projeto PDE entre outros. 
Atendemos alunos com necessidades especiais Visual, Auditivo, 
Cadeirante e Mental (moderado e leve) com professores especializados na 
Sala de Recursos o qual e ofertado nos períodos matutino e vespertino, 
professor interprete e com acompanhamento de professor no centro de DV. 
Para estes alunos são disponibilizados materiais pedagógico concreto e 
quando necessário adaptado, computador, adaptações curriculares, acervo 
bibliográfico especifico, adaptações no espaço físico (rampas, corrimão, 
banheiro), jogos, CD e outros. 
O CEEV compõe um quadro de professores capacitados, todos com 
grau superior, pós-graduação e alguns cursando o PDE. Deparamo-nos com 
profissionais da educação comprometidos com o desempenho da qualidade 
do ensino e aprendizagem, primam por um ótimo trabalho, fazem em si 
próprio investimento intelectual e cultural, participam das ações e decisões no 
coletivo, mas, temos também nos deparado com o contrario, profissionais da 
educação que não se dedicam não se integram com os alunos e com os 
colegas de profissão, não se manifestam, enfim, são indiferentes a tudo e a 
todos. Não querem assumir suas próprias responsabilidades. 
Para que a prática educativa se efetive e transcorra com sucesso, 
sentimos a necessidade de estarmos no inicio do ano letivo com o quadro de 
professores completo para a construção coletiva da proposta pedagógica do 
ano corrente, previsão de reuniões por disciplina em calendário escolar, 
transparência e rigorosidade na avaliação funcional do professor e agilidade 
nas contratações. Mas, infelizmente isso não faz parte da nossa realidade. 
Pois o que constatamos são retiradas de professores no meio do 
processo educacional (e, no meio do ano letivo), as substituições de licenças 
médicas vem com quinze ou mais dias depois, as licenças prêmio não se 
consulta o diretor ou se faz uma previsão (inicio do ano) para ver a 
possibilidade de uma escala durante o ano letivo, e, os atestados médicos 
que tem vindo de forma avassaladora. 
 
 
 
 
 
21 
O convênio do SAS está sendo um dos piores departamentos na área 
da saúde para atendimento aos professores. Pagamos para tê-lo. Não e 
opcional. Nos dias de hoje o SAS não dispõe de especialistas para dar 
suporte aos professores que sofrem das doenças que se dizem “doenças do 
século – stress”. No mínimo teríamos que ter acompanhamento de terapia 
psicológica e psiquiátrico. Sabemos que tudo o que foi citado é direito do 
professor, mas porque não vem de forma mais organizada, ou melhor, 
respeitando os direitos dos profissionais da educação, que estão na base (na 
escola), pelo sistema? 
No que se refere à estrutura física temos um espaço bom e arejado, 
embora se precise de uma boa reforma nas salas de aula, pintura completa 
no prédio e urgentemente necessitamos de uma reforma na cozinha e no local 
de armazenamento da merenda escolar. 
Temos espaço físico para construir refeitório (nossos alunos tomam 
lanche em pé com pratos e canecas nas mãos), sala de artes, anfiteatro (cada 
vez que organizamos apresentações festivas, reunião de pais ou atividades 
que exijam concentração de um grande número de pessoas os quais temos 
que nos dirigirmos para os Salões Paroquiais e os mesmos nos tem cobrado 
aluguel ou taxa de limpeza) e que não pode ser pago pelo dinheiro que para a 
escola, do Estado. No que diz respeito ao laboratório de informática e ao 
laboratório de química, física, biologia e para a biblioteca necessitamos de 
recurso humano especializado para auxiliar os professores, entre outros. 
 Após todas as reuniões, discussões e levantamento das 
necessidades, possibilidades e possíveis soluções, concluímos que o 
prioritário no colégio é a elevação do conhecimento – processo de ensino-
aprendizagem, formação de alunos críticos, conscientes, responsáveis e o 
resgate dos valores éticos, culturais e morais por parte de toda a comunidade 
escolar, bem como a permanência do aluno no Colégio com o objetivo de 
diminuir o índice da evasão escolar. 
 
 
V - MARCO CONCEITUAL 
Os métodos clássicos de tortura escolar, 
 
 
 
 
 
22 
como a palmatória e a vara, já foram 
abolidos. Mas poderá haver sofrimento 
maior para uma criança ou adolescente que 
ser forçado a mover-se numa floresta de 
informações que não consegue 
compreender, e que nenhuma relação pode 
ter com a vida? (Rubem Alves). 
 
BASE LEGAL 
 
Lei de Diretrizes e Bases 
 
 A Lei Federal nº. 9394 de 26 de dezembro de 1996, que estabelece 
as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, é o documento norteador da 
educação brasileira, a partir de sua sanção. 
 A Diretriz refere-se tanto a direções físicas quanto às indicações 
para ação. No primeiro caso, como linha reguladora do traçado de um 
caminho ou estrada, é mais perene que a diretriz. No segundo, como um 
conjunto de instruções ou linha indicativa para se tratar e levar a termo uma 
ação, plano ou negócio, é objeto de um trato ou acordo entre as partes, está 
sujeita a revisões mais freqüentes. Pode-se dizer, portanto, que as diretrizes 
da educação nacional e de seus currículos estabelecidos na LDB, como linha 
reguladora do traçado que indica direção, devem ser mais duradouras. Sua 
revisão, ainda que possível, exige convocação de toda a sociedade 
representada no Congresso Nacional. As diretrizes deliberadas pelo CNE 
estão mais próximas da ação pedagógica, são indicações para um acordo de 
ações e requerem revisão mais freqüente. 
 A Base é superfície de apoio, fundamento; significa o alicerce 
sobre o qual se construirá o edifício. “Diretrizes e Bases” significam, portanto, 
neste contexto, tão só preceitos genéricos e fundamentais. 
 
Sobre a Educação e o Ensino 
 
 “A Educação é um processo formativo que se desenvolve na vida 
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e 
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
 
 
 
 
 
23 
manifestações culturais.” (Art. 1º) 
 O Ensino será ministrado com base nos princípios de igualdade, de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, sendo a educação dever da 
família e do Estado. (Art. 2º e 3º) 
 É dever de o Estado efetivar a educação mediante; 
 A oferta do ensino fundamental, obrigatório e gratuito e proporcionar 
extensão ao ensino médio da mesma forma; 
 Atendimento educacional especializado gratuito às pessoas com 
necessidades especiais. Haverá, quando necessário, serviços de apoio 
especificado, na escola regular para atender as peculiaridades dos alunos. 
 A Educação Profissional será desenvolvida em articulação com o Ensino 
Regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em 
instituições especializadas ou no ambiente de trabalho (Art. 40). 
 Garantia de padrões de qualidade de ensino; 
 Garantia aos que forem trabalhadores, de condições de acesso e 
permanência na escola. (Art. 4º) 
 
Compete a Escola 
 A desconcentração de decisões permitirá, a médio e longo prazo, a 
autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, tornando 
possível a cada escola construir sua própria identidade, elaborando a sua 
proposta curricular, administrando seus recursos humanos e financeiros, no 
desempenho de sua função social. (Art. 12 e 13) 
 
O Currículo do Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante 
 
 Os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem Ter uma 
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e 
estabelecimento escolar,por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da 
clientela. (Art. 26) 
 O conhecimento adquirido na Educação Profissional, inclusive no 
 
 
 
 
 
24 
trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para 
prosseguimento ou conclusão de estudos. Os diplomas de cursos de 
Educação Profissional de nível médio quando registrados, terão validade 
nacional. (Art. 41) 
 As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, como 
expressão das diretrizes e bases da educação nacional, serão obrigatórias, 
após sua aprovação e homologação. Porém, como contribuição de um 
organismo colegiado, de representação convocada, sua obrigatoriedade não 
dissocia da eficácia que tenham como orientadores da prática pedagógica e 
subordinam-se à vontade das partes envolvidas no acordo que representam. 
 O desdobramento do currículo da base nacional comum e parte 
diversificada revelam o sentido descentralizador e adota a flexibilidade como 
um dos seus eixos ordenadores, permitindo construir “edifícios diversificados 
sobre a mesma base.” 
 Os currículos do Ensino Fundamental, Médio e Profissional devem 
conter as seguintes diretrizes gerais: 
 Abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da 
matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade 
social e política, especialmente do Brasil; 
 Promover a integração da Educação Profissional, conteúdos da Base 
Nacional Comum com a parte específica do curso ofertado, outras políticas 
públicas e ao mundo do trabalho. 
 O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório; 
 A educação física é componente curricular da educação básica, ajustando-
se às faixas etárias, sendo obrigatório; 
 O ensino da história do Brasil e da história do Paraná levará em conta as 
contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo 
brasileiro; 
 Na parte diversificada, a partir da 5ª série será incluído, obrigatoriamente, 
o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna a ser escolhida 
pela comunidade escolar. 
 A História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena serão abordadas 
 
 
 
 
 
25 
de forma positiva, em todas as disciplinas, visando preservá-la, valorizá-la 
e fundi-la dando sentido construtivo aos elos culturais e históricos entre 
esses diferentes grupos e às alianças sociais. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Tendência Histórico – Crítica 
 
Dermeval Saviani é o criador da expressão “Concepção Histórico – 
Crítica”, que tem caráter crítico de articulação com as condições sociais, 
vinculado à dimensão histórica – (1979). 
José Carlos Libâneo discute a “Pedagogia Crítico – social dos 
conteúdos,” sendo uma proposta centrada nos conteúdos. 
A Pedagogia crítica implica: 
 a clareza dos determinantes sociais da educação, a 
compreensão do grau em que as contradições da sociedade 
marcam a educação; 
 identificação das formas mais desenvolvidas em que se 
expressa o saber objetivo, produzido historicamente, 
reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo 
as suas principais manifestações bem como as tendências 
atuais de transformação; 
 conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-
lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares; 
 provimento de meios necessários para que os alunos não 
apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas 
aprendam o processo de sua produção bem como as tendências 
de sua transformação. 
 
Perspectivas da Educação Progressista 
 educar para transformar; 
 
 
 
 
 
26 
 buscar melhores condições de vida: em seus aspectos sociais, 
políticos, econômicos, culturais, entre outros; 
 formar sujeito consciente de sua ação histórica na construção 
de uma sociedade mais justa e humana; 
 instrumentalizar o sujeito, via apropriação do conhecimento, na 
construção de saberes que possibilite compreender analisar 
criticamente a realidade social, no sentido de promover ações 
transformadoras; 
 não se acomodar frente às dificuldades sociais; 
 ver o aluno como agente principal do processo pedagógico, sem 
com isto, desconsiderar o educador. 
 
Tendência Progressista Crítico-Social Dos Conteúdos 
 
Papel da Escola 
 
 Os conteúdos devem ser vivos, concretos, indissociáveis das 
realidades sociais, mas sua difusão é tarefa primordial. 
 A valorização da escola é vista como instrumento de apropriação do 
saber (contribuindo para diminuir a seletividade social e torná-la democrática, 
deve partir das condições existentes, garantindo um bom ensino a todos, a fim 
de que os alunos passem de uma experiência confusa e desordenada ( 
sincrética) para uma visão organizada e unificada (sintética) e a atuação da 
escola consiste em preparar o aluno para o mundo adulto e suas 
contradições, fornecendo-lhe um instrumento (o saber) para uma participação 
ativa e organizada na transformação da sociedade. 
 
Conteúdos de Ensino 
 
 Os conteúdos são culturais universais, apesar de serem realidades 
exteriores aos alunos, os conteúdos não são fechados e refratários às 
realidades sociais, ligando-se à sua significação humana e social. Não há 
 
 
 
 
 
27 
oposição entre cultura erudita e saber popular, mas relação de continuidade 
progressiva. 
 Há um duplo movimento de continuidade e ruptura: proporcionando 
acesso aos conteúdos, ligando-os à experiência concreta do aluno 
(continuidade) e proporcionar elementos de análise crítica que o ajudem a 
ultrapassar a experiência, os estereótipos e as pressões da ideologia 
dominante (ruptura). 
 Pode-se ir do saber ao engajamento político, mas não o inverso, sob 
risco de cair-se numa pedagogia ideológica semelhante às pedagogias 
liberais. 
 
Métodos 
 
 É preciso que os métodos favoreçam a relação dos conteúdos com os 
interesses dos alunos e que estes possam reconhecer, nos conteúdos, um 
auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade (prática social). 
 Os métodos devem relacionar a prática docente com a experiência dos 
alunos, além da introdução dos elementos novos de análise, que propiciarão 
a “ruptura”. 
 
Relacionamento professor-aluno 
 
 A relação pedagógica consiste numa colaboração mútua, sendo o 
papel do aluno insubstituível, mas se acentua a participação do aluno no 
processo: o aluno participa da busca da verdade, ao confrontar sua 
experiência com os conteúdos e modelos expressos pelo professor e o 
esforço do professor em orientar, abrir perspectivas implica em envolvimento 
com a vida dos alunos. 
 Não se contenta o professor em satisfazer necessidades, mas busca 
despertar novas necessidades, acelerar e disciplinar métodos de estudo, 
exigir esforço dos alunos, propor conteúdos e modelos, incentivar o aluno a 
participação ativa. 
 
 
 
 
 
28 
 Faz-se necessária a intervenção do professor, mais experiente, que 
dispõe de formação para ensinar, possui mais conhecimentos, a fim de levar o 
aluno a ir mais longe. 
 
Pressupostos de aprendizagem 
 
 O grau de envolvimento na aprendizagem depende tanto da prontidão 
e disposição do aluno, quanto do professor e do contexto da sala. 
 Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações e lidar 
com os estímulos do ambiente, organizando os dados disponíveis da 
experiência. 
 O princípio da aprendizagem significativa: parte daquilo que os alunos 
já sabem e a transferência da aprendizagem significativa dá-se a partir do 
momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e 
confusa e adquireuma visão mais clara e unificadora. Para tanto o trabalho 
escolar precisa ser avaliado como comprovação para o aluno de seu 
progresso em direção a noções mais sistematizadas. 
 
Manifestações na prática escolar 
 
 Modelos que visam avançar em termos de articulação do político e do 
pedagógico exigem do professor maior conhecimento dos conteúdos e 
domínio das formas de transmissão (competência técnica) e compreensão 
dos vínculos de sua prática docente com a prática social global (competência 
política). A tendência da pedagogia crítico-social dos conteúdos propõe uma 
síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a 
ação pedagógica inserida na prática social concreta. Entende a escola como 
mediação entre o individual e o social, onde se exerce a articulação entre a 
transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno 
concreto. Dessa articulação resulta o saber criticamente reelaborado. 
 
Concepção do Homem 
 
 
 
 
 
29 
 
 O homem é um ser complexo. A sua formação ou a deformação 
está intimamente ligada ao meio sociocultural e à base biológica. 
 Afirma Vygotsky, que as características tipicamente humanas não 
estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são meras pressões 
do meio externo. Elas resultam da interação dialética do homem e seu meio 
sociocultural. Ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o seu meio 
para atender suas necessidades básicas, transforma-se a si mesmo. 
À escola, como instituição social da educação, compete propiciar meios 
para o desenvolvimento intelectual do homem, na busca de sua autonomia e 
realização pessoal em toda a sua plenitude. 
 
Concepção de Sociedade 
 
 A sociedade tecnológica em que vivemos recoloca as questões da 
sociabilidade humana em espaços cada vez mais amplos, tornando as 
questões de identidade pessoal e social cada vez mais complexa. 
 Vygotsky, inspirado nos princípios do materialismo dialético, 
considera o desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um 
processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e cultural. 
Nesta perspectiva, a premissa é de que o homem constitui-se como tal, 
através de suas interações sociais, portanto, é visto como alguém que 
transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada 
cultura. É por isso que seu pensamento costuma ser chamado de sócio-
interacionista. 
 Nas últimas décadas, novas formas de convivência humana foram 
se desenvolvendo, novos paradigmas foram colocados, mas tanto no modelo 
do mundo capitalista, quanto na tentativa frustrada do socialismo, a verdade 
não reina soberana em nenhum deles. Dessa forma, está se buscando um 
novo modelo explicativo da sociedade atual. 
 No contexto em que o homem é um ser que interage socialmente 
no seu meio, faz-se necessário que ele tenha uma formação básica geral, 
 
 
 
 
 
30 
com desenvolvimento do pensamento reflexivo, crítico, atuante e com 
habilidades múltiplas para poder, com maior facilidade, ter acesso ao mundo 
do trabalho, mas também vincular-se à prática social, na qual o exercício da 
afetividade, da sensibilidade, da ética far-se-á presentes, no mundo 
contemporâneo. 
 
Concepção de Educação 
 
 Educação é um processo de desenvolvimento da capacidade física, 
intelectual e moral do ser humano, visando a sua melhor integração individual 
e social. Ela se desenvolve na vida familiar, na convivência humana, no 
trabalho, nas organizações civil, militar e eclesiástica, nas entidades culturais 
e políticas e, principalmente, nas instituições escolares. 
 A educação escolar, do qual fazem parte o Ensino Fundamental e 
Profissional objetiva o exercício pleno da cidadania, formação ética e 
autonomia intelectual. 
No mundo atual, em constantes e rápidas modificações, há que se 
refletir sobre a Educação para o século XXI, pois a educação deve cumprir o 
seu papel: 
- instrumento de apropriação do saber, contribuindo para diminuir a 
seletividade social e torná-la democrática; 
- preparar o aluno para o mundo adulto e suas contradições, 
fornecendo-lhe um instrumental (o saber) para uma participação ativa e 
organizada na transformação da sociedade. 
A Declaração Mundial sobre a Educação para Todos destaca, em um 
dos seus artigos, que toda pessoa - criança, adolescente ou adulto - deve 
poder se beneficiar de uma formação concebida para responder às suas 
necessidades educativas fundamentais. 
 O Ensino Médio e o curso Profissionalizante Integrado em nível 
Médio, etapa final da educação básica, destinam-se a um grupo de alunos 
heterogêneos, composto por adolescentes, jovens e adultos, egressos do 
Ensino Fundamental formal e não formal, os quais trazem incorporadas 
 
 
 
 
 
31 
práticas sociais e vivências do mundo do trabalho diversificadas. Daí a 
necessidade de assegurar maior flexibilidade à construção do currículo, à 
metodologia empregada para seu desenvolvimento bem como aos processos 
de avaliação. 
 
Concepção da Escola 
 
 A escola é uma instituição criada pela sociedade constituída, em 
função da própria, para formação básica do indivíduo, que se modifica através 
da aquisição de conhecimentos e modifica a sociedade na qual está inserida. 
 A escola é um espaço constituído de diversas dimensões: a 
pedagógica, a administrativa, a política, a social, a cultural, a humana. Cada 
dimensão atende determinados campos de ação. A pedagógica atende 
questões pertinentes ao processo ensino-aprendizagem; a administrativa 
cuida de questões de infra-estrutura e de pessoal; a política, do processo 
decisório; a social, da relação escola x comunidade; a cultural confere 
identidade social-cultural; a humana se relaciona com sentimentos, conceitos 
e preconceitos de cada ser humano da comunidade escolar. 
 O eixo central da escola é o pedagógico e as questões 
administrativas são atividades meio para a sua realização, mas para que o 
pedagógico tenha êxito é preciso que todas as outras dimensões funcionem 
interligadas, visando a sua finalidade maior, que é o de garantir o direito ao 
saber científico, cultural e ético, para a formação básica do educando. 
 Não basta dizer para a comunidade que a escola é importante. É 
preciso mostrar à sociedade através de seus trabalhos, publicações de alunos 
e professores; de participação na busca de soluções para os problemas 
comunitários; realizar projetos e atividades dirigidas ao público, à 
comunidade; fazer exposições de materiais; organizar e participar de 
seminários e fóruns sobre assuntos de interesse comunitário onde se situa; 
dar voz à escola através de publicações e manifestações nas mídias; 
desenvolver trabalhos voltados ao lazer, esporte, cultura, arte e convivência 
fraterna com a comunidade local e regional. Dessa forma, a escola estará se 
 
 
 
 
 
32 
firmando como instituição social necessária e significativa para a vida dos 
alunos e da comunidade. 
 
Concepção de Cultura 
 
O conceito de cultura e historicamente polissêmico e contraditório 
abordá-lo em uma sociedade multicultural e globalizada1 neste inicio do 
século XXI e uma a tarefa árdua. Não pretendemos nesse momento, discutir 
este conceito em sua amplitude, mas apontar nossa opção de concepção de 
cultura. 
Primeiramente procuramos entender qual a diferença entre 'natureza' e 
'cultura'. Para tanto a globalização e de certa forma, o ápice do processo de 
internacionalização do mundo capitalista. 
Para entendê-la, como, de resto, a qualquer fase da historia, ha dois 
elementos fundamentais a levar em conta: o estado das técnicas e o estado 
da política. 
Só quea globalização não e apenas a existência desse novo sistema 
de técnicas. Ela e também o resultado das ações que asseguram a 
emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos 
processos políticos atualmente eficazes. Os fatores que contribuem para 
explicar a arquitetura da globalização atual são: a unicidade da técnica, a 
convergência dos momentos, a cognoscibilidade do planeta e a existência de 
um motor único na historia, representado pela mais-valia globalizada. Um 
mercado global utilizando esse sistema de técnicas avançadas resulta em 
uma globalização perversa, a qual poderia ser diferente se seu uso político 
fosse outro. SANTOS, Milton. 
Por outra Globalização (do pensamento único a consciência 
universal). Rio de Janeiro: Record, 2000, p.1- 52 recorremos aos estudos de 
da filosofa Marilena Chaui. Na seqüência apontamos a concepção de cultura 
compreendida, a qual se fundamenta na antropologia, na sociologia, na 
historia e na filosofia. 
Segundo Chaui (2004, p. 242) e muito comum ouvirmos frases 
deterministas relativas à classe, gênero, etnia, religiões e etc., como por 
 
 
 
 
 
33 
exemplo: “Fulana nem parece mulher”, “judeus são naturalmente avarentos e 
o árabes são naturalmente comerciantes espertos”, o brasileiro sempre da um 
“jeitinho” para tudo (grifo nosso). 
Estas afirmações permitem a naturalização de determinados 
comportamentos, praticas, idéias, alem de sugerir que existe uma única 
natureza humana para todos os tempos e lugares. 
De acordo com Chaui (2004, p. 246) com a qual corroboramos 'cultura' 
e 'natureza' não são termos antagônicos, mas uma “segunda natureza que a 
educação e os costumes acrescentam a natureza”, resultados expressos na 
vida material e imaterial de uma sociedade, grupo, família ou de um sujeito. O 
conceito de cultura na acepção sociológica refere-se aos aspectos da 
sociedade humana que “são antes aprendidos do que herdados” 
(GUIDDENS, 2005, p.38). 
No entendimento de que a cultura não e um fator determinante 
biológico ou ideológico esta comunidade escolar recusa uma concepção de 
cultura totalmente planificada, monolítica e hegemonicamente padronizada 
pelo sistema econômico, político ou de alguns ideólogos. Contudo, faz-se 
necessário deixar claro que não podemos dissociar o conceito de cultura do 
tempo e do espaço em que vivemos. 
Nessa primeira década do século XXI, vivemos em uma sociedade 
globalizada e multicultural, ou seja, inserida no movimento da mundialização 
do capital e da informação, com sua diversidade racial, geográfica, religiosa, 
política e econômica etc. 
Segundo Maclaren (2000) o processo de globalização influencia direta 
e indiretamente a vida dos seres humanos em todos os campos, a saber: 
econômico, cultural, política, relação interpessoais e a própria subjetividade, 
contudo ele frisa que o processo de globalização “não se verifica de modo 
homogêneo, tanto na extensão quanto na profundidade”. 
Considerando a contribuição de Maclaren (2000), observamos em nossa 
Segundo Chesnais (1996) o processo de mundialização e uma fase especifica 
do processo de internacionalização do capital que tem como característica o 
movimento conjunto da: 1) acumulação ininterrupta do capital e, 2) as políticas 
 
 
 
 
 
34 
de liberação, de privatização, de desregulamentação e de desmantelamento 
das conquistas sociais e democráticas. CHESNAIS, Francois. 
A mundialização do capital. São Paulo: Xama, 1996. Concepção de 
cultura o mundo globalizado e multicultural. Procuramos entende-lo na 
extensão e profundidade de nossa cultura e na relação com o mundial. Assim, 
ressaltamos a clareza de não abordarmos a diversidade cultural 
(diferenciação e da singularidade de culturas) nas diferentes disciplinas, 
descoladas das discussões sobre a desigualdade social e econômica, a qual 
e produto das relações de exploração capitalistas historicamente construídas 
em nossos pais, em relação aos outros países ricos e pobres. 
Assim, esta comunidade escolar defende uma concepção de cultura 
que não acomode os sujeitos na sociedade dita globalizada e multicultural, 
mas que respeite e interprete as diferenças buscando não “mascarar” ou 
omitir as profundas desigualdades sociais e econômicas. Com isso, pretende-
se construir uma cultura de resistência critica a dominação em seus mais 
variados aspectos e, também criar a possibilidade de refletir e desafiar os 
processos historicamente sedimentados pela imposição econômica e de 
alguns ideólogos. 
Segundo Da Matta (1986, p17), “a identidade social se constrói por 
meio de dados quantitativos, onde somos uma coletividade que deixa a 
desejar; e por meio de dados sensíveis e qualitativos, em que podemos ver a 
nos mesmo como algo que vale a pena”. E nessa perspectiva que esta 
comunidade escolar, buscara discutir o conceito de cultura e, não apenas 
como uma questão da sociedade “pós-moderna”, nem reduzindo aos 
problemas étnicos, gênero, ambientais, orientação sexual, e etc. 
Mas observar estas instancia de maneira relacional respeitando as 
suas especificidades e complexidades. 
No caso especifico da sociedade brasileira, para Da Matta (1986, p.19) 
ao buscar entender o Brasil por meio desta capacidade relacional, ou seja, 
como duas faces de uma moeda poderemos entender mais sobre a 
identidade de nosso povo. 
Pois, na compreensão de Da Matta (1986), o que nos faz ser 
 
 
 
 
 
35 
reconhecidos como brasileiros, principalmente na percepção do estrangeiro e 
a utilização da língua falada e escrita, dos costumes, de determinados gostos 
e festas nacionais, pelo espaço geográfico que ocupamos. Contudo, este 
antropólogo ressalva que, embora sejamos identificados como brasileiros por 
falar o mesmo idioma, morar num espaço geográfico denominado Brasil e, a 
maioria da população gostar da festas nacionais como, por exemplo, o 
Carnaval, faz-se necessário considerar que as diferenças étnicas, religiosas, 
regionais, locais e individuais são reais, assim não existe uma identidade 
brasileira monolítica. Para Stuart Hall (1998) a identidade nacional fica na 
esfera de uma “comunidade imaginaria”. 
A “cultura nacional imaginaria“ seria mantida pelos discursos e 
narrativa sobre a nação em obras literárias e historiográficas e também nas 
narrativas populares, geralmente para atender determinados interesses de um 
determinado momento histórico a serviço dos mecanismos de dominação. 
Segundo Pereira Filho (2010) “No caso da busca da Identidade do 
Brasil e do brasileiro, esses fatores aparecem de maneira bastante marcante. 
Pensar a formação histórica e cultural brasileira e ir de encontro a pelo menos 
três aspectos centrais: o território, o povo, o Estado. E, em todos esses três 
casos, ocorre enorme complexidade quanto à identificação de seus elementos 
formadores”. 
Assim, melhor do que falar de uma identidade nacional, e problematizar 
o seu entendimento em diferentes momentos da Historia do Brasil, 
procurando desvelar os mecanismos que a construiu, ou seja, trazer a tona os 
interesses envolvidos nas mudanças, permanências, rupturas e a partir disso 
buscar o. Importa ressaltar que, historicamente, já houve momentos de 
determinação cultural, mas que estas sempre tiveram atreladas a interesses 
de dominação. 
Assim, a concepção de cultura desta comunidade escolar buscara 
pensar a identidade e a pluralidade cultural pelo viés da diversidade, a qual a 
nosso ver não pode estar desvinculada dos processos históricos que as 
construíram. Essa concepção deve estar fundamentada teoricamente, de 
forma clara, pois sustentara e orientara a pratica pedagógica da Escola, bem36 
como, a mediação e articulação desse processo junto à comunidade escolar. 
 
Concepção de Trabalho 
 
A palavra trabalho deriva do latim tripalium, objeto de três paus 
aguçados utilizado na agricultura e também como instrumento de tortura. Mas, 
outros conceitos foram associados, e segundo Karl Marx (1983), o trabalho é 
o fruto da relação do homem com a natureza, e do homem com o próprio 
homem, é o que nos distingue dos animais e move a história, sendo 
considerada também a transformação da natureza em produtos ou serviços, 
portanto em elementos de cultura. O trabalho é desse modo, o esforço 
realizado, e também a capacidade de reflexão, criação e coordenação. 
Sob esta concepção, o trabalho é também entendido como um meio 
transformador de uma sociedade e, seguindo este raciocínio a educação tem 
função estratégica central na construção de uma nação, portanto a escola 
pode e deve ser a esperança da transformação da sociedade, pois é o elo 
entre o fazer e o pensar. 
 
Concepção de Conhecimento 
O ser humano possui conhecimento adquirido através do senso 
comum, ou seja, o conhecimento real, não científico, que é constituído no 
cotidiano, de forma espontânea. 
 Ao longo do desenvolvimento, aprende-se a abstrair e generalizar 
conhecimentos aprendidos espontaneamente, mas é bem mais difícil 
formalizá-los ou explicá-los em palavras porque, diferentemente da 
experiência escolar, não são conscientes, deliberados ou sistemáticos. 
 O processo de aquisição do conhecimento é ascendente, isto é, 
inicia-se de modo inconsciente e até caótico, de acordo com uma experiência 
que não é controlada e encaminha-se para níveis mais abstratos, formais e 
conscientes. 
 O processo de aquisição de conhecimentos sistemático escolar tem 
uma direção oposta à do conhecimento espontâneo, é descendente, de níveis 
formais e abstratos para aplicações particulares. 
 
 
 
 
 
37 
 Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao 
conhecimento escolar. O conhecimento escolar reorganiza o conhecimento 
espontâneo e estimula o processo de sua abstração. 
 A contextualização, um dos princípios da organização curricular, 
facilita a aplicação da experiência escolar para a compreensão, da 
experiência pessoal em níveis mais sistemáticos e abstratos e o 
aproveitamento da experiência pessoal para facilitar o processo de concreção 
dos conhecimentos abstratos que a escola trabalha. Isto significa que a ponte 
entre a teoria e prática, recomendada pela LDB, deve ser de mão dupla. 
 Cabe à escola desenvolver o conhecimento espontâneo, 
encaminhando-o a níveis mais abstratos, formais, conscientes e 
sistematizados, com a utilização das competências cognitivas básicas: 
raciocínio abstrato, comparação, capacidade de compreensão de situações 
novas que é a base para solução de problemas. 
 A contextualização é um recurso pedagógico para tornar a 
construção de conhecimentos um processo permanente de formação de 
capacidades intelectuais superiores. 
 
Concepção de Currículo 
 
O currículo não e um mero conjunto neutro de conhecimentos 
escolares a serem ensinados, aprendidos e avaliados. O currículo e sempre 
parte de uma tradição seletiva, e um conjunto de ações, “não algo pronto de 
uma vez por todas; e, antes, algo a ser defendido onde, com o tempo, as 
mistificações tendem a se construir e reconstruir” (GOODSON, 2001, p. 2 7). 
A comunidade escolar do Colégio Érico Veríssimo corrobora com as 
idéias de Goodson (2001), concebe currículo como uma construção, um 
campo de lutas, um processo, fruto da seleção e da visão de alguém ou de 
algum grupo que de tem o poder de dizer e fazer. Nesse sentido, o currículo 
revela e expressa tensões, conflitos, acordos, consensos, aproximações e 
distanciamentos. 
O currículo proposto tem como objetivo possibilitar a reflexão sobre a 
educação no contexto da sociedade global e multicultural na qual estamos 
 
 
 
 
 
38 
inseridos, a partir da proposição dos conteúdos das diferentes disciplinas e 
por meio das diferentes atividades pedagógicas, defendendo a necessidade 
de dialogo entre os professores, estudantes, pais, comunidade e outros, este 
e o desafio do currículo proposto por esta comunidade escolar. 
E importante deixar claro nossa compreensão de sociedade 
multicultural e global. Atualmente, a expressão multicultural tem sido 
amplamente utilizada nos discursos educacionais, no currículo a mesma serve 
para caracterizar a sociedade brasileira a qual se encontra inserida no 
movimento de mundialização do capital com sua diversidade geográfica, 
étnica, religiosa, política, cultural etc. 
Nesse sentido, esta comunidade escolar entende o conceito 
multicultural, como uma possibilidade de defender um caminho flexível para 
escola, com o qual pretende contemplar os saberes do cotidiano dos 
diferentes sujeitos que compõem esta comunidade escolar, relacionando com 
os saberes artísticos, filosóficos e científicos historicamente construídos. 
Dessa forma, o professor ao elencar seus conteúdos no PPC desta 
proposta “deve” ir alem dos territórios e dos limites disciplinar, mas “deve” ter 
a capacidade de buscar diálogos interdisciplinares, de integrar, de incluir em 
contextos específicos dos diferentes sujeitos os saberes dos denominados 
“excluídos”, a saber: negros, indígenas, povos ribeirinhos e faxinalenses, 
pobres, homossexuais, portadores de deficiência física e outros. 
O currículo proposto por esta comunidade escolar rejeita a escola 
excludente, contudo, questiona as condições de trabalho com um segmento 
especifico da chamada minorias, principalmente, ao que tange as deficiências 
físicas, visuais, mentais, auditivas. Esta postura traz consigo a critica ao 
sistema de inclusão proposto para as escolas brasileiras sem que os 
professores recebam uma formação especifica para trabalhar com estes 
sujeitos, não permitindo assim um processo de ensino/aprendizagem para 
alem do discurso. 
Nas diretrizes curriculares e disciplinares propostas pela Secretaria do 
Estado do Paraná, e explicito o interesse do Estado em reconhecer o 
pluralismo no interior da sociedade paranaense e no espaço escolar como um 
 
 
 
 
 
39 
espaço de afirmação de identidades diversas. Exemplo disso foi à proposição 
das diretrizes disciplinares para Educação Básica, as quais contemplam e 
valorizam os diferentes sujeitos que compõem a sociedade. 
Esse fator leva-nos a questionar: O que significa falar de identidade 
neste contexto? Identidade “e o papo do momento, um assunto de extrema 
relevância e em evidencia” (BAUMAN, 2005, p. 23). Para Hall (2000, p.103) 
esta ocorrendo uma “verdadeira explosão discursiva do conceito de 
identidade. 
Estes entre outros teóricos alertam para os vários aspectos 
circunscritos a questão identitária. Assim, para o currículo deste 
estabelecimento de ensino buscou-se analisar a rede de significações que a 
problemática adquire, nos diferentes lugares sociais. 
No caso especifico da sociedade brasileira, temos que questionar quais 
as implicações de pensar identidade e a pluralidade cultural pelo viés da 
diversidade, a qual historicamente ainda e descolada da desigualdade social 
e da discriminação. 
De maneira geral, os professores que compõem esta comunidade 
escolar sabem a diferença entre a diversidade cultural, fruto da diferenciação 
e da singularidade de culturas, e a desigualdade social, produto das relações 
de exploração capitalista, historicamente construídas e consolidadas em 
nossos pais. 
Dessa forma, contemplar a diversidade cultural no currículo por meio 
das diferentes disciplinas e das atividades pedagógicas constituipara este 
estabelecimento de ensino um movimento, num campo político de embates, 
no qual as relações de classe, gênero, etnia são relações de poder, 
autoridade, dominação e resistência na lógica social capitalista. 
Nesta perspectiva, a proposta dos conteúdos elencados no currículo 
deste colégio, buscou não confundir o respeito à tolerância em relação às 
múltiplas experiências de grupos humanos e as lutas sociais pela 
transformação da sociedade. Assim, a proposição dos conteúdos pelas 
diferentes disciplinas deste estabelecimento de ensino bem como as 
atividades pedagógicas, tem por finalidade a busca da construção do respeito 
 
 
 
 
 
40 
e da tolerância, mas não mascarando ou omitindo as profundas 
desigualdades sociais e econômicas existentes no Brasil. 
Nesse sentido, o currículo proposto por esta comunidade escolar, 
buscara mediar às relações entre escola, conhecimento artístico, filosófico, 
cientifico e sociedade, buscando compreender as permanências, as 
transformações no que tange os objetivos da escola (o que ela faz) e com 
quem ela estabelece relações, ou seja, a quem ela atende e de que modo. 
O currículo por ser histórico, interfere na historia de seu tempo, o 
mesmo “traz para escola, elementos que existem no mundo e cria, na escola, 
sentido para o mundo” (VEIGA NETO, 1999, p. 101). Partindo desta premissa, 
faz-se necessário pensar que as relações estabelecidas no currículo e outros 
elementos da pratica escolar devem voltar o olhar para o papel da escola 
como instituição cultural, social e política. Ela não só reproduz como também 
produz saberes, praticam valores, culturas. Portanto, o currículo não se limita 
ao “prescrito” nos documentos oficiais, mas abrange as ações, as vivencias 
do cotidiano escolar. Segundo Sacristan: o currículo pode ser entendido como 
“uma práxis antes que um objeto estático emanado de modelo coerente de 
pensar a educação ou as aprendizagens necessárias das crianças e dos 
jovens, que tampouco se esgota na parte explicita do projeto de socialização 
cultural das escolas. 
E uma pratica, expressão da função socializa Dora e cultural que 
determinada instituição tem, que reagrupa em torno dele uma serie de 
subsistemas ou praticas diversas, entre as quais se encontra a pratica 
pedagógica desenvolvida em instituições escolares que comumente 
chamamos de ensino. E uma pratica que expressa em comportamentos 
práticos diversos. 
O currículo, como projeto baseado num plano construído e ordenado, 
relaciona a conexão entre determinados princípios e uma realização dos 
mesmos, algo que se ha de comprovar e nessa expressão pratica concretiza 
seu valor. E uma pratica na qual se estabelece um dialogo, por assim dizer, 
entre agentes sociais, elementos técnicos, alunos que reagem diante dele, 
professores que modelam etc. (2000, p. 15-16). 
 
 
 
 
 
41 
Compartilhamos com Sacristan que o currículo se concretiza no campo 
dos saberes e das praticas pedagógicas realizadas na instituição escolar, 
pratica esta que não e neutra, pois desvela confluências de relações e 
interesses que se entrecruzam nos anseios sociais vinculados ao poder, 
representados por ideais hegemônicos e contra-hegemonicos. 
Assim entendemos o currículo como componente da escola, por 
conseqüência, o mesmo também representa encontro e desencontro de 
desejos e ideologias. O currículo vivido revela não apenas aceitação das 
tensões configuradas no cotidiano da sala de aula e da escola, das 
preposições da mantenedora, mas também da resistência na efetivação do 
projeto social idealizado. 
 
Concepção de Letramento 
 Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa 
“literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um 
indivíduo alfabetizado não necessariamente um indivíduo letrado. 
Alfabetização é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que 
sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais 
da leitura e da escrita. 
 Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contexto das 
práticas sociais e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e 
letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e 
grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento é utilizada no 
processo de inserção numa cultura letrada. 
 O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento, 
que é o uso social da leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e 
interacionistas, é preciso conhecer a importância da informação sobre 
letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a criança no mundo 
letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa 
inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a 
interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O 
letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o 
 
 
 
 
 
42 
conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano. Ao 
conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o aprendizado 
automático e repetitivo, baseado na descontextualização. 
 Na escola a criança deve interagir firmemente com o caráter social 
da escrita e ler e escrever textos significativos. A alfabetização se ocupa da 
aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de indivíduos, o letramento 
focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por 
uma sociedade. “Em termos sociais mais amplos, o letramento é apontado 
como sendo produto do desenvolvimento do comércio, da diversificação dos 
meios de produção e da complexidade crescente da agricultura. 
 “Ao mesmo tempo, dentro de uma visão dialética, torna-se uma 
causa de transformações históricas profundas, como aparecimento da 
máquina a vapor, da imprensa, do telescópio, e da sociedade industrial como 
um todo”. TFOUNDI, Leda Verdiani. 
 A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento 
como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de 
habilidades de uso da leitura e as escrita nas práticas sociais que envolvem a 
língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; 
entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento 
metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino 
aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. 
 Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e 
lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, 
divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de 
compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do 
telegrama. 
 Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se 
com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. 
Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender 
quem a gente é descobrir quem podem ser. 
 
Concepção de Ensino Aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
43 
Trabalhar com a diversidade presente no Colégio Érico Veríssimo exige 
clareza de que o ensino e a aprendizagem vão alem das diferenças de idade 
ou série. E preciso considerar para alem das diferenças socioeconômicas, as 
Diferenças culturais, individuais dos estudantes que compõem esta 
comunidade Escolar. Os conteúdos elencados no PPC e ministrados nas 
diferentes disciplinas devem considerar o contexto de produção do 
conhecimento bem como expor aos Estudantes a finalidade deste na 
sociedade atual. Esta comunidade escolar entende que a aprendizagem 
acontece a partir do momento que os estudantes conseguem relacionar os

Continue navegando