Buscar

Insuficiência respiratória aguda

Prévia do material em texto

Insuficiência respiratória aguda (IRpA )
Doença caracterizada pela incapacidade do sistema respiratório em realizar adequadamente as trocas gasosas. As trocas gasosas dependem da ventilação alveolar e da difusão. Alterações em componentes parenquimatosas ou extrapulmonares podem comprometer as trocas gasosas. Em algum momento na evolução desta condição, que será mais rápido ou tardio em função de sua intensidade, o indivíduo apresentará hipoxemia e hipercapnia. 
	IRpA tipo I (hipoxêmica/pulmonar)
Insuficiência alvéolo-capilar
Ocorre devido à inundação alveolar e fisiologia de shunt intrapulmonar (a ventilação é baixa e o fluxo sanguíneo é alto) subsequente. A inundação do alvéolo pode ser causada por edema pulmonar, pnm ou hemorragia pulmonar. O edema ainda pode ser decorrente do aumento das pressões microvasculares pulmonares que são observadas na IC e sobrecarga de volume intravascular ou SDRA.
Tem como principal causa o espessamento da membrana alvéolo-capilar, provocando déficit de difusão molecular e degradação das trocas gasosas (dificultando a difusão passiva de O2 e CO²)
Pode ser causado por hipoventilação, distúrbios de difusão do O² alveolar (quando a espessura da membrana aumenta, a capacidade de difusão diminui, ocasionando esse distúrbio), shunt e discrepância entre V/Q
Problema perfusional 
PaO² <6ommHg (em ar ambiente, FiO2 de 21%)
	IRpA tipo II (hipercápnica/extra-pulmonar)
Insuficiência ventilatória
É causada pela falha da bomba ventilatória. Os mecanismos responsáveis pela hipoventilação alveolar resultam na incapacidade de eliminar o dióxido de carbono de forma eficaz. Pode se desencadeada por doenças neuromusculares, patologias pulmonares crônicas descompensadas, doenças neurológicas, dentre outras.
Possui três causas: 1. disfunção do centro respiratório; 2. comprometimento da função muscular respiratória; e 3. trabalho respiratório excessivo (obstrução de vias aéreas proximais).
PCO² >45mmHg (se não representar compensação de alcalose metabólica)
	IRpA simultânea 
Apesar desta classificação didática da IRpA, não é raro a ocorrência simultânea de mais de um dos mecanismos descritos em uma mesma condição clínica. Por exemplo, na DPOC, a obstrução difusa das vias aéreas e a hiperinsuflação que reduz a eficiência de contratilidade do diafragma determinam hipoventilação. Ao mesmo tempo, algumas vias aéreas podem estar completamente obstruídas, sobretudo por secreções, o que determinará baixa ou não ventilação das unidades alveolares correspondentes, caracterizando baixa V/Q(12). Outro exemplo compreende as diferentes causas de IRpA pulmonar, nas quais, para tentar compensar a hipoxemia, o paciente hiperventila. Podemos ter ainda doenças simultâneas que podem levar a IRpA por mecanismos diferentes, como a presença de acidente vascular encefálico (possível causa extra-pulmonar) em conjunto com pneumonia ou atelectasia (possíveis causas pulmonares). Alguns autores classificam essas condições como IRpA mista.

Continue navegando