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Parto Humanizado O parto humanizado não é um tipo de parto. É o processo pelo qual médicos e outros profissionais de saúde envolvidos respeitam o momento do nascimento (a mãe e o bebê) e evitam intervenções desnecessárias. Os profissionais do parto humanizado se preocupam em esclarecer as dúvidas da gestante sobre o parto e em ajudá-la a se preparar para a maternidade. Parteira observando mãe e recém-nascido momentos após o nascimento na água. O que Significa? No parto humanizado há respeito pela mulher durante toda a gestação, no parto e pós-parto. É uma forma de garantir um parto saudável e consciente e diminuir a violência obstétrica. Nesse processo não se usa intervenções desnecessárias na mãe e no bebê, por exemplo: Fazer o corte na região do períneo, que é chamado de episiotomia; Fazer lavagens intestinais; Utilizar ocitocina sintética para acelerar o parto (aumenta as dores); Ser mantida em jejum durante o trabalho de parto; Aspirar o bebê e utilizar colírio de nitrato de prata. Outro aspecto importante é a presença de um acompanhante com a gestante (que é garantido por lei) durante o parto, tornando-a mais tranquila e confiante. Humanização do Parto A violência obstétrica ocorre quando há: agressões verbais, recusa de atendimento à gestante pelos médicos, impedimento do acompanhante durante o parto e utilização das intervenções desnecessárias (principalmente contra a vontade da parturiente). O Ministério da Saúde desenvolveu uma estratégia em 2011 para a melhoria da qualidade no atendimento à mulher durante a gestação, o parto e também ao recém-nascido. A Rede Cegonha, como é chamada, já funciona no Sistema Único de Saúde (SUS) de algumas cidades brasileiras. Essa estratégia contribui para o aumento dos partos naturais e reduz as cesáreas eletivas, tal como é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Parturiente acompanhada da equipe médica e do marido, usando a bola para aliviar as dores. Em países desenvolvidos, como o Reino Unido, a parturiente (mulher durante o trabalho de parto) pode escolher o tipo de parto que pretende ter e recebe apoio do governo. As mulheres geralmente são acompanhadas durante a gestação por parteiras, que as orientam na escolha do parto normal, hospitalar ou domiciliar. A cesárea é escolhida somente em casos de risco de vida. Doulas e Parteiras: Antigas ou Novas Profissões? Novos profissionais ganham destaque com o parto humanizado, como a doula, uma profissional que cuida da gestante antes, durante e depois do parto. A doula ajuda a parturiente a se sentir mais confiante no momento do parto. Auxilia com técnicas alternativas à anestesia, como massagens para controlar as dores das contrações. No pós-parto ajuda, por exemplo, com a amamentação e os cuidados ao recém-nascido. Uma profissão antiga que ganha nova importância é a das parteiras. Atualmente muitas parteiras têm formação superior em obstetrícia ou enfermagem obstétrica e são capazes de realizar partos em mulheres com gestação sem complicações no pré-natal e durante o trabalho de parto. Casas de Parto e Partos Domiciliares As casas de parto são locais preparados para acolher as gestantes que pretendem ter um parto natural. De modo geral, a equipe é formada por enfermeiras obstétricas e se localiza perto de um hospital público para caso de alguma emergência. Não possui centro cirúrgico, apenas equipamentos apropriados para realização dos diferentes tipos de parto. Por exemplo: banheira para parto na água, banco para parto de cócoras, bolas de fisioterapia para aliviar as dores, entre outros. O parto domiciliar requer uma gestação de baixo risco, ou seja, que decorreu normalmente sem complicações durante o pré-natal. Também é preciso alguns cuidados de preparação da casa para garantir a segurança do bebê e da mãe.
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