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Nutrição animal - conceitos e composição química

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Nutrição animal – Introdução e composição química dos alimentos (12/08/2019)
Resumidamente, nutrição é “o estudo dos alimentos e a maneira como o organismo dos animais aproveitarão estes”. Nutrição animal, por ser o estudo dos alimentos, deve ser observado suas composições químicas, como os subprodutos que compõem a alimentação foram obtidos – pois elas provêm de diversos tipos de processamento (por exemplo: casquinha da soja, farelo de soja, soja tostada, soja desativada, etc.), qualidade do alimento, princípios tóxicos, fatores antinutricionais, para qual espécie é recomendado o alimento. 
Matematicamente, teremos que aprender a fazer a combinação dos alimentos atendendo às necessidades do animal. A maior dificuldade é prever e estimar o que vai acontecer lá na frente. 
Deve ser observado quanto o animal conseguiu absorver e a quebra dos alimentos. 
A alimentação de ruminantes deve envolver tanto o volumoso, quanto concentrado, por esse fator dá mais trabalho que o normal.
Quem mexe com produção animal, deve se preocupar com a nutrição animal, obedecendo a demanda da espécie, fora recomendar alimentos de mais qualidade – o que, costumeiramente, requer mais dinheiro para investimento. Com relação ao desempenho, a quantidade do produto pode interferir, além da genética do próprio bicho. 
Se o animal não tiver uma alimentação boa, de qualidade, não há como ele ser produtivo – seja em sentido a reprodução, a vacas leiteiras, coloração do ovo, et cetera. Fora isso, o manejo do animal, bem-estar, qualidade sanitária e outros diversos fatores devem estar congruentes entre si.
Conceitos em nutrição
Metabolismo: várias das reações que acontecem no organismo por meio de vias metabólicas. Tanto o catabolismo e anabolismo resultam no metabolismo.
Catabolismo – desgaste normal que o organismo tem, morte celular, gasto de ATP;
Anabolismo – é formado por todas as reações que acontecem no organismo a fim de incorporar nutrientes ao animal.
Ração vs. Dieta: ouve-se, no dia a dia, como se fosse apenas uma coisa só. Entretanto, teoricamente são conceitos diferentes. 
Ração: é a quantidade que o animal ingerirá durante determinado período, sendo por dia ou semana. Por exemplo, “administrarei cerca de 110 gramas de ração por dia para a galinha poedeira”;
Dieta: composição daquilo em que o animal está ingerindo. 
Conversão alimentar: é a conversão do que o animal está se alimentando em fatores que serão aproveitados por ele. Uma boa conversão alimentar tem um nível baixo. 
Eficiência alimentar: caminha em conjunto a conversão alimentar, contudo são opostas. Se, no caso, uma boa conversão é de nível baixo, o contrário acontece com a eficiência: são boas aquelas em que se têm um nível alto. 
O cálculo deve ser efetuado por regra de três simples; pegando o peso corporal pelo parâmetro que se quer o resultado. 
Composição química dos alimentos (WEENDE)
Agrupa os nutrientes, tendo uma ideia do que se tem ali para ter uma noção da qualidade. Até hoje essa análise de alimentos é usada, pois é barata.
Dependendo da espécie, a análise é mais aprofundada, para que a disposição seja mais adequada. São exemplos os ruminantes.
Todo alimento tem água, nem que seja em pouquíssimas quantidades; com grandes quantidades de umidade e má qualidade de armazenamento, os grãos podem se tornar quebradiços e fermentados. Capim tem bastante água, em torno de até 80%, enquanto o feno possui, no geral, somente 12 a 13%.
Retirando a umidade, entra o que realmente interessa: matéria seca. É aqui que se encontra os nutrientes dos quais o animal precisa. 
A classificação e comparação do alimento se vêm pela matéria seca, retirando toda a água. A maior parte da composição da matéria seca é de material orgânico e a outra pequena parte, material mineral – macro e microminerais – (há livros que chamam de “cinzas”). 
Tirando os materiais, encontramos as substâncias orgânicas, que se subdividem em três grupos principais – CHO, proteína e extrato etéreo bruto. O CHO se divide em dois grupos: carboidratos de digestão fácil ou não (estrutural).
As fibras brutas são substâncias presentes nos carboidratos estruturais, pois montam a parede celular vegetal, sendo elas a hemicelulose e celulose. Entretanto, faz parte desse grupo uma estrutura chamada lignina, porém esta não é carboidrato, e sim um polímero amorfo orgânico complexo que une as fibras celulares (hemicelulose e celulose) entre si, conferindo à planta maior rigidez. 
O problema da lignina é que ela é incomestível tanto para monogástricos quanto multigástricos, pois não há enzimas que a quebrem. (Um adendo: ruminantes possuem enzimas, denominadas hemicelulase e celulase, que conseguem digerir as fibras brutas.) 
Quanto mais o alimento amadurece – capim, por exemplo –, maior é a quantidade de lignina presente, decaindo a qualidade e aproveitamento do alimento. 
O outro grupo de carboidrato, os não estruturais, acarretam em extrativos não nitrogenados bruto. Tanto ruminantes quanto monogástricos conseguem digerir bem, somente um grupo, denominado polissacarídeos não amiláceos, não é digestível aos monogástricos. 
Carboidratos são fontes de glicose, a fim de gerar ATP. Ou seja, sua intenção é apor mais energia ao organismo.
Na proteína bruta, temos a proteína verdadeira e o nitrogênio não proteico. Estes são compostos sem proteínas presentes em alimentos volumosos e que são quantificados na proteína bruta. 
A média do nitrogênio presente é de 16%. Se pegarmos 100% do alimento e dividirmos por 16, teremos um total de fator de conversão de 6,25. Então, de um modo geral, a definição de proteína bruta seria a quantidade de nitrogênio multiplicado por 6,25 (valor médio; ou seja, pode variar um pouco entre os alimentos no geral). 
Então os alimentos concentrados não têm muito de e.n.n.b, enquanto os volumosos em comparação têm seu valor bem alto. 
Já o “extrato etéreo bruto” vem do éter, pois antigamente se usava muito deste componente orgânico para extração de gordura. Com o tempo, foi-se desenvolvendo outras técnicas, porém se perpetuou esse nome baseado no éter. Atualmente, o solvente mais utilizado é hexano.
O problema é que isso é meio bruto, como o próprio nome diz, então, tudo que for lipossolúvel, é extraído junto.
A classificação dos alimentos vem por meio de dois parâmetros: fibra e proteína bruta. Depois de conhecer a composição química dos alimentos, o teor de fibra e proteína bruta são usadas na matéria seca do alimento.

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