Buscar

Mitos da Coluna Vertebral

Prévia do material em texto

MITOS SOBRE 
A COLUNA 
VERTEBRAL 
 
RESUMO 
Venha comigo e desvende alguns mitos sobre a 
a coluna vertebral. Você vai ver que nem tudo é 
como dizem por ai! 
Dr. Filipe Oliveira 
Fisioterapeuta – Crefito 169368-F 
 
 
 
 
Olá, eu sou o Dr. Filipe Oliveira, Fisioterapeuta, 
Pós-graduado em Traumato-Ortopedia com 
Enfase em Terapias Manuais, Acupuntura e Pós-
graduando em Gerontologia, hoje atuo com o 
tratamento de dores crônicas, além de 
desenvolver minha primeira paixão na 
fisioterapia que é o trabalho com idosos, 
realizando uma fisioterapia diferenciada, 
personalizada e de resultados! 
 
 
 
 
MITOS SOBRE A COLUNA VERTEBRAL 
Volume 1 | Edição 1 
Data: Março de 
2018 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO 
MITO 1 
Dor na coluna não é comum 
MITO 2 
Exames de imagens são necessários 
MITO 3 
Dor na Coluna é causada por algo fora do lugar 
MITO 4 
Ficar na cama em repouso ajuda 
MITO 5 
A causa da minha dor é uma hérnia de disco 
MITO 6 
Mais dor na coluna significa mais danos 
MITO 7 
Mochila pesada causa dor na coluna em crianças 
MITO 8 
Sentar de forma ereta é a melhor postura 
MITO 9 
Se movimentar é ruim 
MITO 10 
Minha dor nunca vai passar 
MITO 11 
Tenho hérnia de disco não posso fazer agachamento 
 
 
 
 
 
Introdução 
COLUNA VERTEBRAL 
Muito tem se estudado sobre a coluna vertebral, 
e com o avanço das tecnologias tem ficado 
cada vez mais fácil ter informações de 
qualidade. Porém, há muita má informação 
rolando pelo mundo a fora, seja na Televisão ou 
Jornal, mas principalmente na internet. Esse e-
book vai mostrar para você alguns dos mitos que 
já superados pela ciência por conta das 
pesquisas no campo da Fisioterapia. 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
Mito 1 
DOR NA COLUNA NÃO É COMUM 
 
Esse é um dos grandes mitos sobre a coluna. 
Cerca de 80% das pessoas ao redor do mundo 
terão em algum momento vão se queixar de dor 
na coluna! Não se preocupe pensando que é 
algo grave, pode ser apenas por um 
desconforto. Movimente-se! 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mito 2 
EXAMES DE IMAGEM SÃO 
NECESSÁRIOS 
 
Raramente são necessários os exames de 
imagem (raio-x, ressonância magnética, 
tomografia computadorizada). Apenas 5% das 
pessoas tem algum comprometimento que dê 
indícios de que serão necessários exames mais 
específicos. Existem testes específicos para 
diagnosticarmos alterações na coluna vertebral, 
com grande credibilidade e comprovação 
cientifica! 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
Mito 3 
DOR NA COLUNA É CAUSADA POR 
ALGO FORA DO LUGAR 
Essa é uma das melhores, falar que algo está fora 
do lugar na coluna vertebral é bem difícil, eu diria 
que quase impossível, ainda mais somente por 
palpação e diagnóstico pessoal. E afirmar que 
por ter algo fora do lugar é que você está com 
dor é uma das coisas mais improváveis e que 
nunca deveriam ser ditas. Existem patologias 
como a Espondilolistese, onde ocorre um 
deslizamento da vertebra, nesse caso a vértebra 
realmente saiu do lugar, mas precisamos de um 
exame de imagem para vê-la. E mesmo que 
você tenha um Espondilolistese, isso não significa 
que sua dor é causada por conta dela! Portanto, 
não tem nada fora do lugar aí, fique tranquilo(a)! 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
Mito 4 
FICAR NA CAMA EM REPOUSO 
AJUDA 
Se você está em fase aguda, deve evitar 
movimentos que agravem a sua dor. Porém isso 
não significa que você deve ficar de cama, sem 
se movimentar. Mantenha-se ativo e de forma 
gradual vá voltando às suas atividades rotineiras. 
Quanto mais tempo parado, pior será a 
recuperação! 
 
 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mito 5 
A CAUSA DA MINHA DOR É UMA 
HÉRNIA DE DISCO 
Alguns estudos já mostraram que achados 
radiológicos (hérnia de disco, artrose, etc), não 
estão relacionados com o aparecimento de 
dores na coluna. Não tenha medo, algumas 
alterações do nosso corpo são normais, 
decorrentes do envelhecimento e de nossas 
atividades laborais! 
 
(imagem da internet) 
E aí vai uma curiosidade. Um estudo feito dentro 
de um hospital, viu que muitos enfermeiros 
tinham dor lombar e não tinham hérnia de disco. 
E que outros grupos de enfermeiros não tinham 
dor na coluna e tinham hérnia de disco. Viu só!? 
Não tenha medo por ter uma hérnia de disco! 
 
 
 
 
Mito 6 
MAIS DOR NA COLUNA SIGNIFICA 
MAIS DANOS 
Pode ocorrer de você e um familiar seu terem a 
mesma lesão, e os dois podem responder de 
maneira diferente a dor. Um mais saudável pode 
sentir apenas um incômodo e o outro menos 
ativo pode sentir mais. Fatores como humor, 
medo, estresse e até o sono podem alterar sua 
percepção de dor! 
 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
 
Mito 7 
MOCHILA PESADA PODE CAUSAR 
DOR EM CRIANÇAS 
Estudos feitos sobre o tema não encontraram 
relação entre dor na coluna e mochila pesada 
em crianças. Com o avanço das tecnologias 
muitas crianças vivem presas dentro de casa sem 
praticar atividades recreacionais e esportivas, 
que exercem impacto nos ossos e os fazem 
crescer e desenvolver a coordenação motora. 
Talvez esse peso extra na mochila possa até ser 
considerado uma atividade a mais no dia-dia! 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
 
Mito 8 
SENTAR DE FORMA ERETA É A 
MELHOR POSTURA 
Nenhuma postura especifica se mostrou ser 
capaz de prevenir ou reduzir a dor na coluna! O 
ideal é sempre procurar modificar a postura 
durante o dia de trabalho e/ou estudos. Se você 
trabalha sentado procure movimentar-se a cada 
hora pelo menos! No meu Instagram 
@dr.filipeoliveira tem alguns vídeos de exercícios 
para você praticar durante o dia(clique aqui)! 
 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
 
Mito 9 
SE MOVIMENTAR É RUIM 
Muitas pessoas com dor, não praticam 
atividades físicas por medo de se movimentar. 
Porém, a prática de atividades físicas é de suma 
importância para a manutenção da saúde e 
alívio de dores. 
 
 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mito 10 
MINHA DOR NA COLUNA NUNCA 
VAI PASSAR 
Muitas pessoas têm dor na coluna a muito 
tempo, meses, e até anos! Mesmo passando por 
vários tratamentos (medicamentosos, 
fisioterápicos, etc.). Talvez você não tenha sido 
tratado da forma correta. Mas não se preocupe, 
sua dor tem resolução sim, na maioria dos casos! 
Através de uma avaliação adequada e 
tratamento correto você vai ficar bem! 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mito 11 
TENHO HÉRNIA DE DISCO NÃO 
POSSO FAZER AGACHAMENTO 
Esse mito é dos bons hein? Se você tem 
limitações e essas lhe causam dor ao fazer 
agachamentos, realmente você não deve 
fazer nesse momento. Porém, o agachamento 
livre, com pesos, é um dos exercícios que mais 
exigem da musculatura do tronco! Por que não 
os fazer então? O mesmo vale para o 
Levantamento Terra! 
 
(imagem da internet) 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Bibliográficas 
 
1. Long DM, BenDebba M, Torgerson WS, Boyd RJ, Dawson EG, Hardy RW, 
Robertson JT, Sypert GW, Watts C. Persistent back pain and sciatica in the 
United States: patient characteristics. J Spinal Disord Tech. 1996;9:40. 
 
2. Woolf A, Pfleger B. Burden of major musculoskeletal conditions. B World 
Health Organ. 2003;81:646-56. 
 
3. Leboeuf-Yde C, Klougart N, Lauritzen T. How Common Is Low Back Pain 
in the Nordic Population?: Data From a Recent Study on a Middle-Aged 
General Danish Population and Four Surveys Previously Conducted in the 
Nordic Countries. Spine. 1996;21:1518.4. Bagnall DL. Physiatry: What’s the End Game? Phys Med Rehab. 2010;2:3. 
 
5. Deyo RA, Mirza SK, Turner JA, Martin BI. Overtreating Chronic Back Pain: 
Time to Back Off? J Am Board Fam Med. 2009;22:62. 
 
6. Haldeman S. Presidential address, North American Spine Society: Failure of 
the pathology model to predict back pain. Spine. 1990;15:718. 
 
7. McCarthy C, Arnall F, Strimpakos N, Freemont A, Oldham J. The 
Biopsychosocial Classification of Non-Specific Low Back Pain: A Systematic 
Review. Phys Ther Rev. 2004;9:17-20. 
 
8. Butler DS, Moseley GL, Harman K, Explain Pain Noigroup Publications 
Adelaide, Australia; 2003. 
 
9. O’Sullivan P. Diagnosis and classification of chronic low back pain disorders: 
Maladaptive movement and motor control impairments as underlying 
mechanism. Man Ther. 2005;10:242-55. 
 
10. Zusman M. Mechanisms of Musculoskeletal Physiotherapy. Phys Ther Rev. 
2004;9:39-49. 
 
11. Woolf CJ. Central sensitization: Implications for the diagnosis and treatment 
of pain. Pain. 2010; 
 
12. Moseley GL. Reconceptualising pain according to modern pain science. 
Phys Ther Rev. 2007;12:169-78. 
 
13. Ali N, Thomson D. A comparison of the knowledge of chronic pain and its 
management between final year Physiotherapy and medical students. Eur J Pain. 
2009;13:38-50. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Bibliográficas 
 
14. Ryan C, Murphy D, Clark M, Lee A. The effect of a Physiotherapy 
education compared with a non-healthcare education on the attitudes and beliefs 
of students towards functioning in individuals with back pain: An observational, 
cross-sectional study. Physiotherapy. 2010;96:144-50. 
 
15. Buchbinder R, Jolley D. Improvements in general practitioner beliefs and 
stated management of back pain persist 4.5 years after the cessation of a public 
health media campaign. Spine. 2007;32:E156. 
 
16. Coudeyre E, Rannou F, Tubach F, Baron G, Coriat F, Brin S, Revel M, 
Poiraudeau S. General practitioners’ fear-avoidance beliefs influence their 
management of patients with low back pain. Pain. 2006;124:330-7. 
 
17. Briggs E, Carr E, Whittaker M. Survey of undergraduate pain curricula for 
healthcare professionals in the United Kingdom. Eur J Pain. 2011;In Press: 
 
18. Gross DP, Ferrari R, Russell AS, Battié MC, Schopflocher D, Hu RW, 
Waddell G, Buchbinder R. A population-based survey of back pain beliefs in 
Canada. Spine. 2006;31:2142. 
 
19. Briggs AM, Jordan JE, Buchbinder R, Burnett AF, O’Sullivan PB, Chua 
JYY, Osborne RH, Straker LM. Health literacy and beliefs among a community 
cohort with and without chronic low back pain. Pain. 2010;150:275-83. 
 
20. Urquhart DM, Bell RJ, Cicuttini FM, Cui J, Forbes A, Davis SR. Negative 
beliefs about low back pain are associated with high pain intensity and high 
level disability in community-based women. BMC Musculoskelet Disord. 
2008;9:148. 
 
21. Moseley L. Unraveling the barriers to reconceptualization of the problem in 
chronic pain: the actual and perceived ability of patients and health 
professionals to understand the neurophysiology. J Pain. 2003;4:184-9. 
 
22. Burton AK, Waddell G, Tillotson KM, Summerton N. Information and 
advice to patients with back pain can have a positive effect: a randomized 
controlled trial of a novel educational booklet in primary care. Spine. 
1999;24:2484. 
 
23. Hay E, Mullis R, Lewis M, Vohora K, Main C, Watson P, Dziedzic K, Sim 
J, Lowe CM, Croft P. Comparison of physical treatments versus a brief pain-
management programme for back pain in primary care: a randomised clinical 
trial in Physiotherapy practice. Lancet. 2005;365:2024-30. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Bibliográficas 
 
 
24. Symonds TL, Burton AK, Tillotson KM, Main CJ. Absence resulting from 
low back trouble can be reduced by psychosocial intervention at the work place. 
Spine. 1995;20:2738. 
 
25. Moseley L. Combined Physiotherapy and education is efficacious for 
chronic low back pain. Aust J Physiother. 2002;48:297-302. 
 
26. Moseley G. Evidence for a direct relationship between cognitive and 
physical change during an education intervention in people with chronic low 
back pain. Eur J Pain. 2004;8:39-45. 
 
27. Bowey-Morris J, Davis S, Purcell-Jones G, Watson PJ. Beliefs About Back 
Pain: Results of a Population Survey of Working Age Adults. Clin J Pain. 
2011;27:214. 
 
28. Buchbinder R, Jolley D. Effects of a media campaign on back beliefs is 
sustained 3 years after its cessation. Spine. 2005;30:1323. 29. Buchbinder R, 
Jolley D, Wyatt M. Population based intervention to change back pain beliefs 
and disability: three part evaluation. BMJ. 2001;322:1516 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Filipe Oliveira – Fisioterapia e Acupuntura 
Telefone: (92) 98138-2856 
AmazonCorpus – Fisioterapia & Pilates 
Rua Pará, n810, Pateo Vieiraves 
Manaus, Amazonas, CEP: 69055-575

Continue navegando