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ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE

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SUMÁRIO
31. INTRODUÇÃO	�
42. CONSULTORIA: CASO JCRW.	�
42.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS	�
42.2 DESENVOLVIMENTO	�
42.2.1 Planejamento Tributário	�
102.2.2 Controladoria	�
122.2.3 Auditoria Fiscal	�
143.	CONCLUSÃO	�
16REFERÊNCIAS	�
�1. INTRODUÇÃO
No atual cenário econômico, tomado pela alta inflação, perda da capacidade de compra, perda de credibilidade do governo, o ambiente corporativo está marcado pela competitividade acirrada, dessa forma as empresas têm procurado por diferenciais externos que a façam se manter no mercado. Juntamente com todos os fatores descritos acima, ainda há a altíssima carga tributária brasileira, que afeta diretamente no crescimento da produção, empregos e desenvolvimento social e econômico do país. Logo, é necessário que a empresa disponha de uma boa gestão ligada à controladoria que busque através do planejamento tributário diminuir os custos da empresa, além do planejamento tributário também é importante que a controladoria se utilize da auditoria, pois a mesma tem por objetivo examinar com rigorosidade dos registros e das demonstrações contábeis, assim como identificar falhas no sistema de controle interno e no sistema financeiro.
Diante deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo responder as dúvidas e questionamentos dos investidores José Carlos e Robert Wilson que pretendem investir na abertura de empresa de transporte de passageiros municipal e interestadual para prestar serviços para órgãos públicos, através da prestação de serviços de consultoria empresarial. Para isso, será necessário discorrer sobre as naturezas jurídicas e avaliar os regimes de tributação, buscando a melhor opção para o enquadramento, minimizando a incidência dos impostos e alcançando assim melhores resultados econômicos, bem como tratar sobre que impostos incidirão na atividade da empresa. Também será abordado um estudo simplificado sobre as funções da controladoria para eficácia gerencial e sobre os procedimentos e documentos de uma auditoria fiscal.
Assim, o presente trabalho será estruturado em três seções: a primeira será esta introdução, seguida do desenvolvimento que tratará sobre a consultoria apontada, finalizando com as considerações finais.
2. consultoria: caso jcrw.
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente relatório de consultoria tem como objetivo maior demonstrar aos investidores Sr. José Carlos e Sr. Robert Wilson, o planejamento tributário com algumas alternativas a serem consideradas na decisão de investir uma empresa de transporte municipal e interestadual de passageiros com objetivo de prestar serviços para órgãos públicos, bem como dissertar a respeito de como as funções da controladoria poderão contribuir no planejamento tributário da empresa, garantindo informações adequadas ao processo decisório e por fim informar a respeito da auditoria fiscal.
O trabalho foi desenvolvido considerando a seguinte situação:
Planejamento tributário para abertura de empresa futura, considerando que o capital para investimento estimado é de R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais) e que nos editais dos processos licitatórios a remuneração máxima por contrato celebrado é de R$ 420.000,00 (Quatrocentos e vinte mil reais);
Análise e indicação de ações sobre a ótica da controladoria que poderão contribuir no planejamento tributário;
Informação a respeito da auditoria fiscal, seus procedimentos e documentos.
Inicialmente, buscou-se conhecer mais informações a respeito do plano dos investidores com objetivo de levantar evidências necessárias à emissão do presente relatório. Para isso foram realizadas as seguintes etapas: Reunião com os investidores para alinhamento das expectativas, definição do escopo e apresentação do projeto; Pesquisa na legislação fiscal e tributária; Elaboração do relatório e apresentação aos investidores.
2.2 DESENVOLVIMENTO
2.2.1 Planejamento Tributário
Para melhor entendimento dos investidores e didática da proposta, podemos definir o planejamento tributário segundo Fabrettti (2006, p.32): 
Estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas, denomina-se planejamento tributário, que exige antes de tudo, bom senso do planejador.
Assim, será elaborado o planejamento tributário da futura empresa, a fim de responder as seguintes questões:
Qual o melhor enquadramento de natureza jurídica?
Qual regime tributário mais indicado?
Incide ISS e/ou ICMS sobre atividade escolhida?
O Código Civil (Lei nº 10.406/02) define variados tipos de naturezas jurídicas, entretanto, na presente proposta serão apresentadas aos investidores somente aquelas voltadas às entidades empresariais, conforme demonstrado abaixo com vistas a determinar a melhor natureza jurídica a ser enquadrada:
	NATUREZAS JURIDICAS
	EMPRESA INDIVIDUAL
	Lei nº 10.406/02
	EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
	Lei nº 12.441/11
	SOCIEDADES LIMITADAS
	Lei nº 10.406/02
	SOCIEDADE ANÔNIMA
	Lei nº 6.404/76
Quadro 1 – Natureza Jurídica
Fonte: adaptado pelos autores
Conforme apontado no quadro acima, a Empresa Individual está prevista no código civil e não necessita de dois sócios para ser constituída. Basta uma pessoa física ter um capital e decidir explorar atividade, sendo que o nome empresarial deverá ser o nome civil do proprietário e o detalhe mais importante é que não há uma separação entre os bens pessoais e os negócios, tendo assim o proprietário responsabilidade ilimitada diante aos credores sobre as possíveis dívidas contraídas e não pagas que a empresa venha a ter, o mesmo acontece caso haja algum problema com o proprietário, os bens da empresa poderão também ser utilizados. 
Assim como a anterior, a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), criada através da Lei nº 12.441/11, também será uma empresa com um só proprietário, agora conhecido como titular, mas que terá responsabilidade limitada referente ao seu capital, ou seja, o titular responde pelas dívidas da empresa somente até o valor da sua participação no capital desembolsado para formar a empresa, tendo proteção assim dos seus bens particulares. Importante ressaltar que a EIRELI, só poderá ser constituída com capital mínimo equivalente a 100 (cem) salários mínimos vigentes que seja totalmente integralizado e o seu titular só poderá ser dono de uma empresa com este tipo de natureza jurídica.
Tendo em vista a situação apresentada e por serem dois investidores, a natureza jurídica empresa individual ilimitada e limitada estariam descartadas para serem adotadas como enquadramento de natureza jurídica pelo futuro investimento.
As Sociedades Limitadas estão previstas no capítulo IV do código Civil, a partir do art. 1.052 e são as mais comuns no mercado empresarial brasileiro, elas podem ser definidas como a união de duas ou mais entidades com objetivo em comum de explorar atividades voltadas à circulação e/ou produção de bens e serviços, onde a responsabilidade de cada entidade é limitada ao valor do capital (cota) investido, do mesmo modo que acontece com a EIRELI.
Há de se ressaltar que essa opção seria a melhor para ser escolhida pelos investidores, pois é a mais comum e dará maior liberdade e segurança para desenvolvimento de seu negócio, sem preocupação de responder com seus bens pessoais.
As Sociedades Anônimas, assim como as sociedades limitadas, também são caracterizadas, pela responsabilidade limitada, entretanto ao invés de cotas, o capital é dividido em ações, conforme dispõe o art. 1º da Lei nº 6.404/76, que regulamenta esse tipo de natureza jurídica: as sociedades anônimas terão seu capital dividido em títulos de igual valor que são emitidos com objetivo de gerar capital, denominados ações e a responsabilidade de cada acionista é limitada ao preço daemissão de cada ação prometida ou adquirida. 
Esse tipo jurídico ainda pode ter o capital aberto ou fechado, o que determinará isso será o modo de negociação de suas ações. No capital aberto, as ações poderão ser vendidas ao público em geral, pois serão negociadas na bolsa de valores, já o capital fechado: as ações são negociadas entre os próprios acionistas, além de sua administração ser mais complexa, pois deve seguir algumas regras especificas.
Referente à sociedade anônima, acredita-se que por ser uma natureza jurídica bastante complexa, não seria interessante para os sócios adotarem os procedimentos necessários e nem abrir o capital de sua empresa para bolsa de valores no primeiro momento, o que não impede de ter essa natureza jurídica como opção para um futuro breve.
Importante destacar que a escolha da natureza jurídica de uma empresa deve ser analisada cuidadosamente, ela por si só não interfere na tributação, nem causa impactos tributários, mas a sua escolha influenciará o regime de tributação que deverá ser adotado, onde de acordo com Regulamento do Imposto de Renda (RIR) cabe à entidade escolher o critério de tributação o qual estará sujeita, podendo optar pela apuração pelo: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.
É claro que existem situações em que a escolha não é permitida, como no caso das sociedades anônimas que não podem adotar o regime do simples nacional, conforme dispõe o art.17 da LC nº 123/2006 e no caso das empresas que tenham tido rendimentos oriundos do exterior ou ainda faturamento anual que ultrapasse R$ 78.000.000,00, essas são obrigadas a fazer sua tributação com base no Lucro Real. Além dos casos citados acima, para adoção do regime de tributação deve-se levar em consideração além da natureza jurídica, a atividade e o faturamento da empresa.
	INFORMAÇÕES
	FATURAMENTO ANUAL
	R$ 420.000,00 X 12 Meses = R$ 5.040.000,00
	ATIVIDADE
	Transporte Municipal e Interestadual de Passageiros
	NATUREZA JURÍDICA
	Sociedade Empresária Limitada
Quadro 2 – Informações
Fonte: elaborado pelos autores
Com base no exposto acima, estimou-se o faturamento anual da empresa em R$ 5.040.000,00 (Cinco milhões e quarenta mil reais) e adotou-se a natureza jurídica sugerida: sociedade limitada. 
Com relação à atividade da empresa faz-se necessário expor aos investidores, se haverá incidência do imposto de competência estadual ICMS e/ou imposto de competência municipal ISS, essa é uma discussão que sempre tem causado dúvidas nos contribuintes, entretanto, não é uma escolha do contratante ou prestador do serviço e sim é determinado pelas legislações vigentes, que diz que nos serviços de transporte municipal e interestadual de passageiros poderá haver a incidência tanto do ICMS quanto do ISS, mas não cumulativamente a tributação de um eliminará a tributação do outro, o que definirá será a avaliação de onde e como o serviço foi prestado, será o trajeto que determinará a incidência, vejamos:
O art. 02 da Lei Complementar 87/96, a conhecida Lei Kandir, dispõe que haverá incidência de ICMS sobre as prestações de serviços de interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores, logo haverá incidência de ICMS sobre a atividade, quando o serviço iniciar em um município e terminar em outro município (intermunicipal) e iniciar em um estado e terminar em outro (interestadual).
Já a Lei Complementar nº 116/03, determina que os serviços que constam na lista anexa da referida lei não ficam sujeitos ao ICMS e sim ao ISS e a atividade de transporte municipal constam na lista, logo haverá incidência de ISS sobre a atividade quando o serviço iniciar e terminal no mesmo município (municipal).
Logo, a informação repassada aos senhores investidores, baseada nas legislações vigentes é que poderá haver tanto a incidência de ICMS como ISS na atividade da futura empresa, se o transporte de passageiros for municipal haverá incidência de ISS, se for interestadual haverá incidência de ICMS.
A partir daí, considerando o faturamento anual estimado, com base na remuneração mensal dos contratos, a atividade da empresa e a natureza jurídica sugerida efetuaram-se simulações com vistas a determinar o melhor critério de tributação, que serão apresentadas ao decorrer do relatório.
Lucro Real
A tributação pelo lucro real é a regra geral para todas as empresas que quiserem adotar esse regime, no que diz respeito à apuração de Imposto de renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), onde o critério é baseado na obtenção do lucro líquido acrescido pelas adições e/ou exclusões e compensações determinadas na legislação. (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977).
Embora possa ser opcional, há algumas empresas que são obrigadas a adotá-lo de acordo com o limite de sua receita bruta anual, se for superior a R$ 78 milhões, ou ainda se recebem rendimentos do exterior, ou se tiverem atividades relacionadas a banco e cooperativas de crédito, entretanto para isso é preciso manter uma contabilidade perfeita, guardando todos os comprovantes de movimentação da empresa e gerar todos os livros contábeis e fiscais previstos em lei, inclusive o Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). 
Logo, se as despesas dedutíveis da empresa futura não forem suficientes e a mesma não tiver como objetivo manter uma organização de suas contas, esse regime não é o ideal.
Lucro Presumido
O regime de tributação pelo lucro presumido é mais simplificado que pelo lucro real, todas as empresas com faturamento inferior a 78 milhões podem adotar esse regime. A determinação da base de cálculo para apuração do IRPJ e da CSLL é realizada mediante aplicação de uma alíquota definida pelo regulamento do imposto de renda, de acordo com a atividade exercida.
Assim, como não informação ou estimativa sobre a estrutura de despesas e receitas da futura empresa, nem previsão de margem de lucro, para realizar um estudo mais aprofundado, levando em consideração nosso sistema tributário, sugere-se que para inicio da atividade, os investidores optem pelo enquadramento de regime tributário pelo lucro presumido.
Simples Nacional
Levando em consideração que o faturamento anual da futura empresa ultrapassará o teto de faturamento disposto na LC nº 123/06 de R$ 3.600.000,00, não é permitido que a mesma optasse pelo enquadramento no simples nacional, considerando que fosse uma única empresa.
Importante destacar também que conforme art. 17 da referida lei a empresa que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros não poderão recolher impostos e contribuições na forma do simples nacional.
Logo, há dois critérios impeditivos para opção do regime tributário pelo simples nacional, mesmo havendo algumas condições para enquadramento pela atividade, caso a empresa faturasse menos, ainda sim, não seriam vantajosas.
Entretanto, é importante afirmar que a opção por um regime vantajoso hoje, não implica dizer que o mesmo sempre será vantajoso, caso aja alguma alteração na estrutura de despesas, a opção deve ser revista, o estudo deve ser feito de forma constante, uma vez que a escolha pelo regime de tributação é anual.
Referente às alíquotas do ISS e ICMS tanto no regime tributário de apuração pelo lucro real quanto pelo lucro presumido e pelo simples nacional, permanecem as mesmas, uma vez que os regimes influenciam somente na incidência dos tributos federais, logo as alíquotas são:
	ALÍQUOTAS
	ISS
	5%
	ICMS
	12%
Quadro 3 – Alíquotas
Fonte: elaborado pelos autores
Pode-se inferir que diante o planejamento tributário realizado, foi possível responder as questões formuladas no inicio do relatório.
2.2.2 Controladoria
A controladoria consiste em assegurar a eficácia da empresa por meio da otimização de seus resultados, integrando os esforços das diversas áreas da empresa, logo para a plena realização do planejamento tributário na futura empresa é indispensável que a mesma tenha um setor de controladoria, pois conforme afirmado por Mosimann e Fisch(1993, p. 11) “para garantir cumprimento e a continuidade da organização a controladoria consiste em coordenar os esforços para conseguir a resultado global esperado”.
Complementando esse conceito, pode-se afirmar que a controladoria é um sistema de informações, onde há entrada de dados que são processados tornando-se informações úteis que ajudarão na tomada de decisão do empreendimento. Desse modo é atribuído a ela variadas funções, como por exemplo, há quem atribua a controladoria duas funções básicas: supervisionar a contabilidade em todos os seus aspectos e aplicar as informações coletadas na mesma na resolução de problemas administrativos futuros.
Mosimann e Fisch (1993), afirmam que analisar, projetar e controlar pessoas e custos com o objetivo de gerar resultados para alcançar as metas da organização, são funções que a controladoria desempenha.
Já Figueiredo (2004), infere que as funções primordiais da controladoria são: informação: pois há o entendimento de como funcionam os sistemas operacionais; motivação: como o efeito desses sistemas afetam as pessoas; coordenação: centralização das informações, avisando sobre problemas e procurando soluções para regularizar; avaliação: verificação se os resultados estão sendo alcançados; planejamento e acompanhamento.
Assim, nesse relatório para indicação das ações que as funções da controladoria poderão colaborar no planejamento tributário da empresa futura, sintetizou-se as funções primordiais, conforme abaixo:
A controladoria é o banco de informações da empresa, onde a mesma poderá buscar caminhos a seguir, assim entende-se que as funções da controladoria poderão contribuir na elaboração do planejamento tributário da empresa futura, ajudando os investidores, futuros sócios a ter uma gestão eficaz e tomar as decisões mais acertadas.
Os investidores ao pesquisar e questionar qual enquadramento, regime tributário entre os aspectos é melhor para abrir a empresa que desejam investir, já estão fazendo uso da função de projeção ou planejamento da controladoria. No planejamento são definidos os objetivos que a empresa pretende alcançar, e estes se tornam um norte para todo o resto do caminho a seguir, através dos objetivos definidos também é permitido avaliar as situações atuais e projetar tendências futuras, evitando com isso problemas na fase de elaboração.
Após a projeção, a próxima fase é a elaboração do que foi projetado, assim indica-se que os investidores optem pelo que foi indicado no planejamento tributário para que a empresa possa ser conduzida de forma satisfatória.
Depois de executado o planejamento é necessário que aja a constante avaliação e manutenção, uma vez que as condições da empresa podem se modificar, bem como as legislações, o que com certeza impactaria na entidade. Por fim, também é indispensável que aja controle, medindo o desempenho do que foi estabelecido e corrigindo quando necessário.
Logo, conclui-se que a controladoria contribui significativamente no progresso das empresas, permitindo equilíbrio diante dos desafios do ambiente operacional, elaboração soluções e auxiliando no rendimento das operações. 
2.2.3 Auditoria Fiscal
Diante a carga tributária brasileira que é uma das mais altas do mundo, onerando significativamente as entidades empresariais, além de ser altíssima ainda é bastante complexa, o que demanda dos seus usuários cautela e constante informação diante as alterações legislativas ocorridas. 
Diante desse contexto, como houve interesse dos investidores em realizar um planejamento tributário e ainda de continuar com o cuidado, caso optem por investir no negócio desejado, sugere-se a adoção no futuro empreendimento de auditoria fiscal, sobre o qual discorremos sucintamente a seguir.
Para Guimaraes (1998), a auditoria fiscal tem como principal objetivo a verificação do cumprimento da legislação fiscal e sua correspondência nas demonstrações financeiras, logo a auditoria fiscal pode ser considerada uma parte da auditoria financeira, pois visa verificar se as demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as características qualitativas da informação contábil e se não contém erros que possam influenciar no resultado fiscal e consequentemente no pagamento dos tributos ao governo.
Se o contribuinte optar por não fazer uma auditoria, o mesmo pode alguns problemas, tais, como: risco de ser atuado por omissão de informação ou erro na escrituração; acaba não realizando a conferencia dos valores de impostos debitados e creditados; não tem informação sobre quais notas fiscais foram ou não contabilizadas o que gera a entrega das informações ao fisco de forma incoerente.
Logo, contata-se que a auditoria fiscal é de suma importância, haja vista que é uma ferramenta que ajuda a administração, realizando um exame na situação fiscal, verificando a falta de cumprimento de normas, ou ainda omissões e inexatidões, garantindo que os controles e rotinas fiscais sejam fielmente executados e que os dados e informações contábeis correspondam às normas fiscais, conforme ratificado por Guimaraes (1998), a auditoria fiscal concede mais segurança a empresa no que diz respeito aos dados produzidos, evitando assim que a empresa incorra em fraude ou crime de sonegação fiscal e ainda a responsabilização de seus sócios ou administradores.
Entretanto, para sua realização é necessário à execução de alguns procedimentos, que são técnicas aplicadas com o objetivo de obter evidências suficientes e fundamentar a opinião do auditor a respeito das informações auditadas, conforme disposto na norma NBCT 11, como exemplo pode-se citar: testes, amostragens, exames seletivos entre outros.
Entre as técnicas necessárias para realização de uma auditoria fiscal, pode-se elencar:
Inspeção de registros e documentos para verificação do regime e enquadramento necessário;
Comprovação de saldos e valores das demonstrações fiscais;
Conferência de cálculos e alíquotas de impostos;
Observação das atividades.
Ao realizar uma auditoria fiscal a documentação de auditoria necessária para o registro de tudo que foi executado, bem como registro das evidências e conclusões dos trabalhos executados, é mais conhecida como papéis de trabalho, logo para fins de normas de auditoria há uma diferença entre essa documentação de auditoria e arquivo de auditoria, conforme evidenciado na NBC TA 230, enquanto a documentação de auditoria é onde é feito o registro, o arquivo de auditoria são uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento seja em forma física ou digital desses registros.
CONCLUSÃO
Pelo exposto conclui-se que o planejamento tributário tornou-se indispensável, pois a legislação tributária brasileira é muito complexa, com inúmeras leis e constantes alterações, o que dificulta a interpretação dos empresários, assim é uma forma de se manterem atualizados em virtude dos diversos influenciadores na gestão empresarial. Antes de constituir a empresa é extremamente necessário e relevante definir qual tipo de enquadramento de natureza jurídica a mesma terá, bem como a escolha do regime tributário, não é algo simples e sem importância, na realidade essa decisão poderá contribuir ou não para o sucesso do empreendimento.
Além do planejamento tributário conclui-se também que a adoção da controladoria nas empresas proporcionará grandes benefícios, uma vez que ela auxilia a administração a conduzir sua gestão de forma mais eficaz, do mesmo modo a execução de auditoria, no caso em questão da auditoria fiscal que permitirá a empresa saber se está adequada com as legislações fiscais vigentes. Este estudo não é conclusivo e nem pretendeu esgotar o assunto estudado. Na realidade, recomenda-se para trabalhos futuros sua ampliação buscando ir mais fundo nos tópicos aqui abordados.
REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 750/93 de 
BRASIL. Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 11.Abr.2017.BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 11.Abr.2017.
BRASIL. Lei nº 12.441 de 11 de julho de 2011. Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12441.htm>. Acesso em: 11.Abr.2017.
BRASIL. Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 11.Abr.2017.
BRASIL. Lei Complementar nº 116 de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm>. Acesso em: 11.Abr.2017.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 10. ed. São Paulo, Atlas, 2006.
FIGUEREDO, Sandra. Controladoria: teoria e prática 3 ed. São Paulo: Altas, 2004. 
GUIMARAES, Joaquim Fernando da Cunha. 1998. Auditoria Fiscal – Revista de Contabilidade e Comercio nº 117. 
MOSIMANN, Clara Pellegrinello; FISH, Sílvio. Controladoria: seu papel na administração de empresas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999. 137 p.
WEB AULA 1, CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. UNOPAR. 2017. 
WEB AULA 2, CONTROLADORIA. UNOPAR. 2017. 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIÊNCIAS CONTABEIS
Alex campos dias
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ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
Umuarama-PR
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Alex campos dias
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ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
Trabalho de Portfólio apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas do 6 e 7º Semestre.
Orientadores: Alcides José da Costa Filho
 Antonio Ricardo Catanio
 Carla Patricia Rodrigues Ramos
 Valdeci da Silva Araujo
 Vanessa Vilela Berbel
Umuarama-PR
2017

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